sábado, 27 de janeiro de 2024

Atos 2.42

Atos 2.42 “E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.”


A igreja primitiva (120 irmãos) agora acrescentada de quase 3000 almas. Foi e é um exemplo para a igreja do século 21, eis aqui alguns dos motivos:


“E perseveravam na doutrina dos apóstolos,



Paulo afirma que os crentes em Cristo estão “edificados sobre o fundamento dos apóstolos” (Efésios 2.20), que é o mesmo que “doutrina dos apóstolos”, pois a eles foi dada a missão de Lançar as bases doutrinárias da Igreja de Cristo.

Essas duas expressões fazem referência ao ensino dos apóstolos e não aos apóstolos em si, ou seja, a Igreja não está fundamentada nestes homens, mas na doutrina que receberam de Cristo e repassaram à Igreja do Senhor. Essa doutrina foi concluída pelos apóstolos.

Paulo, ao discorrer sobre o mistério do corpo de Cristo, fala de uma só fé (Efésios 4.5) que deve ser preservada zelosamente pelos santos (Judas v.3): “[...] pela fé que uma vez foi dada aos santos” (Judas 1:3)

A validade do que eles ensinaram está no fato de que “Jesus Cristo é a principal pedra de esquina”, ou seja, o Senhor é a base e o sustento de toda doutrina ensinada pelos apóstolos. Sem Cristo, esses ensinos não existiriam ou não teriam valor nenhum, pois Cristo é o insubstituível.

A unidade doutrinária conduz a uma comunhão perfeita. Nela não há lugar para heresias nem apostasias. Isto significa que não pode haver genuína comunhão cristã com dois ou três pensamentos teológicos díspares e contrastantes. As seitas aparecem quando um indivíduo, ou grupo, apresenta uma doutrina contrária aos profetas e apóstolos de Nosso Senhor.

Nestes últimos dias, muitos aparecerão em nosso meio dissimulando suas inverdades doutrinárias, com o único intuito de destruir a comunhão dos santos (2 Tessalonicenses 2.3; 2 Pedro 2.1).

 

“[...] e na comunhão,”

A palavra grega para comunhão é koinonia e significa “ter em comum”, às vezes traduzida por “participar” ou “cooperar”. Ela traz a idéia de cooperação e relacionamento espiritual entre os santos.

O Dicionário Teológico, CPAD define comunhão como o “vínculo de unidade fraternal mantida pelo Espírito Santo e que leva os cristãos a se sentirem um só corpo em Jesus Cristo”

A comunhão que trata as Escrituras resulta da salvação que desfrutamos em Cristo: “Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados para a comunhão de seu Filho Jesus Cristo nosso Senhor” (1 Coríntios 1.9).  É a comunhão do e no Espírito Santo (Filipenses 2.1); é a comunhão da fé (Filemom v.6), e a comunhão dos crentes uns com os outros e com Cristo: “O que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai, e com seu Filho Jesus Cristo”(1 João 1:3)

A comunhão da Igreja Primitiva era completa. Reuniam-se em oração e súplica, mas também se reuniram para socorrer os mais necessitados.

 

“[...] e no partir do pão,”

Os crentes primitivos mantinham uma comunhão tão intensa entre si que se reuniam com alegria e singeleza de coração para celebrar a Santa Ceia. Era o seu “partir do pão”.

Mais adiante, notaremos que a igreja primitiva reunia-se todo primeiro dia da semana para participar da ceia do Senhor. Evidentemente, essa prática começou imediatamente, e esses bebês em Cristo perseveraram em participar fielmente da comunhão todo primeiro dia da semana.

Eles em Cristo e Cristo em cada um deles. Pode haver comunhão mais plena? Não era simplesmente uma cerimônia; era um memorial “fazei isto em memória de mim” (1 Coríntios 11:24) uma festa na qual lembravam a morte e ressurreição de Jesus — a expressão mais sublime do amor divino.

Voltemos a participar, ou melhor, a celebrar a Santa Ceia como a reunião mais importante e solene da Igreja. Todas as vezes que nos congregamos com essa finalidade, lembramo-nos de que Cristo morreu e ressuscitou e certificamo-nos de que, em breve, virá Ele arrebatar-nos.

 

“[...] e nas orações.”


Informa-nos Lucas, também, que a comunhão da igreja Primitiva tinha como base a oração. A igreja começou numa atmosfera de oração e assim permaneceu. Isto significa que as reuniões de clamor e intercessão eram-lhes freqüentes e poderosas.

Haja vista que, certa ocasião, a força da oração daqueles santos chegou a abalar a estrutura do prédio em que estavam reunidos “E, tendo orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo, e anunciavam com ousadia a palavra de Deus” (Atos 4.31).

Sem oração, a comunhão da Igreja perde a sua força e influência. Sua igreja é uma comunidade de clamor e intercessão? Ela ainda move o coração de Deus? É hora de clamar!

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
03/01/2024

FONTES:

GONÇALVES, José. O Corpo De Cristo – Origem, Natureza e Missão da Igreja no Mundo. Rio de Janeiro CPAD, 2023.

https://www.estudantesdabiblia.com.br/licoes_cpad/2011/2011-01-04.htm

https://www.estudantesdabiblia.com.br/licoes_cpad/2007/2007-01-11.htm

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_200109_08.pdf

 

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