Mateus 6.25 “Por isso, vos digo: não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo mais do que o vestuário? ”
“Por isso, vos digo: não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir.
Ao dizer “por isso”, Jesus estava Se referindo ao que Ele dissera há pouco. Quem serve a Deus como seu Senhor não tem razão para andar ansioso ou preocupado com o amanhã; pois Deus proverá o que for necessário para a realização do serviço a Ele prestado.
A
palavra grega para “andar ansioso” significa “ter ansiedade” ou “ficar
injustificadamente
preocupado”. A preocupação drena a energia que deveria ser gasta no serviço ao
Senhor. Ela é fútil; e, como tal, é proibida. Paulo escreveu: “Não andeis
ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as
vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças” (Filipenses
4:6).
Não uma proibição.
O que Jesus proíbe não de previdência ou planejamento (confira com 1 Timóteo. 5:8; Provérbios 6:6-8; 30:25), mas de ansiedade sobre necessidades diárias. Proíbe o afã, o angustiar-se pela manhã antes de saber o que nos trará a manhã. Jesus não recomenda uma atitude displicente, que não faz provisão para o futuro nem reflete sobre o que o futuro pode significar concretamente em termos de exigências e possibilidades. Proíbe, sim, o temor ansioso, doentio, que é capaz de eliminar toda possibilidade de alegria da vida.
Os versos seguintes esclarecem com exemplos belos a loucura da preocupação. Primeiro Deus provê alimento para as aves do céu. Diferentemente dos humanos, as aves não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros. Se Deus cuida das aves insignificantes, Ele certamente proverá alimento para as pessoas que Ele fez à Sua imagem (Gênesis 1:27). De fato, os seres humanos valem muito mais do que as aves (Salmos 8:3–8).
Em
Sua segunda ilustração, Jesus enfocou o vestuário. Mais uma vez, Ele recorreu à
natureza, usando os lírios do campo. O que uma flor faz para merecer sua
beleza? As flores não trabalham nem fiam. Deus provê lindas flores como vestimenta
para a erva do campo. Todavia, essas ervas são apenas temporárias: “Porque o
sol se levanta com seu ardente calor, e a erva seca, e a sua flor cai, e
desaparece a formosura do seu aspecto” (Tiago 1:11). Novamente, o argumento
de Jesus parte do menor para o maior. Se Deus veste
dessa forma plantas insignificantes, com certeza Ele vestirá o Seu povo
“Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo mais do que o vestuário? ”
Seres humanos realmente precisam do que comer, beber ou vestir para sobreviverem fisicamente. Michael J. Wilkins destacou o seguinte: “Jesus está falando a pessoas familiarizadas com a luta diária da vida. Grande parte da rotina diária dessas pessoas era gasta tentando obter os suprimentos suficientes para a existência diária”. Todavia, a vida tem um significado muito maior e alvos mais nobres do que a mera preservação física.
Se Deus nos deu a vida, e que se tal foi a magnitude de seu dom, bem podemos confiar nEle com respeito às coisas menores. Se Deus nos deu a vida, certamente também nos dará o alimento que necessitamos para seu sustento. Se nos deu corpos, certamente podemos confiar que terá que nos dar também roupa para que os cubramos e abriguemos.
Considerando que a própria vida e o corpo foram providenciados por Deus, não deveríamos confiar nele para providenciar aquilo que tem menos importância?
DEIVY FERREIRA
PANIAGO JUNIOR
02/12/2024
FONTES:
RENOVATO, Elinaldo. As Promessas de Deus - Confie e Viva as Bênçãos do Senhor porque Fiel é o que Prometeu. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.
http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201205_03.pdf
BARCLAY, William. The Gospel of Matthew - Tradução: Carlos Biagini.
HARRISON, Everret F; PFEIFFER, Charles F. Comentário Bíblico Moody. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1990.
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