Lucas 24.10 “E eram Maria Madalena, e Joana, e Maria, mãe de Tiago, e as outras que com elas estavam, as que diziam estas coisas aos apóstolos.”
“E eram Maria Madalena, e Joana, e Maria, mãe de Tiago,
A feliz descoberta da ressurreição de Jesus foi feita por um grupo de mulheres o que seguiam. Elas haviam ido ao sepulcro a fim de embalsamá-lo. Pois elas levaram as especiarias que tinham preparado.
O embalsamamento era o costume judaico de colocar especiarias aromáticas nas ataduras em que envolviam o corpo. O propósito da visita ao túmulo indica que não esperavam um Cristo ressurreto. E possível, também, segundo o costume da época, que tenham ido lamentar por Ele.
Segundo Mateus, “No fim do sábado, quando já despontava o primeiro dia da semana”; segundo João: “No primeiro dia da semana... de madrugada, sendo ainda escuro”. Conclusão: as mulheres visitaram o túmulo bem cedo, na manhã do domingo, antes do nascer do sol e pouco tempo após a ressurreição. As mulheres que foram ao sepulcro segundo o Evangelista Lucas se chamavam:
Maria Madalena provavelmente tinha esse nome segundo a cidade de Magdala na Galiléia. Uma cidade mencionada somente uma vez no NT, em Mateus 15.39. Ela é mencionada em Lucas 8.2 como tendo sido liberta de sete demônios. Depois de sua conversão, a sua devoção a Cristo se tornou evidente, e pode ser vista em alguns episódios, como por exemplo, quando ela aparece durante o seu ministério e também em sua paixão (Lucas 8.1-3; Marcos 15.40,41; João 19.25). Ela foi a primeira a ver o Senhor ressuscitado (João 20.11-18).
Joana era a esposa de Cuza, oficial de Herodes Antipas: “E Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes, e Suzana, e muitas outras que o serviam com seus bens” (Lucas 8:3) e uma das mulheres que serviam a Jesus com suas fazendas. Acompanhou as outras mulheres da Galiléia até o túmulo de Jesus (Lucas 23.55-24.10).
Maria, a mãe de Tiago, foi mencionada por Mateus (27:56) e Marcos (15:40). Somadas as informações descobrimos que é identificada também como Maria, mãe de Tiago, o Menor, e de José, e que acompanharam Jesus na Galiléia e o serviram. Ela é mencionada em conexão com todos os eventos que cercam a morte, o sepultamento e a ressurreição de Cristo, porém pouco mais pode ser dito com segurança a seu respeito.
“... e as outras que com elas estavam,”
Isso indica que as mulheres citadas não eram as únicas. Então provavelmente dois grupos de mulheres visitaram o túmulo. Isto explica as diferenças entre as narrativas. Não era intenção dos quatro evangelistas fazer um relatório minucioso das circunstâncias que envolveram aquela Páscoa; preocuparam-se simplesmente em narrar de forma breve o fato da ressurreição de Jesus.
Cada escritor o apresenta de um ponto de vista, mencionando apenas os detalhes necessários ao seu propósito. Este fato explica as diferenças de detalhes, tais como o número de mulheres, a posição dos anjos e o número deles.
“... as que diziam estas coisas aos apóstolos.”
Aparentemente, os apóstolos não estavam reunidos, em um só corpo; eles estavam espalhados, cada um na sua cidade, talvez dois ou três juntos no mesmo alojamento, mas um contava a outros, e estes contavam a outros, de modo que, dentro de pouco tempo, naquela manhã, todos eles souberam disto. Mas nós lemos (v. 11) como a notícia foi recebida: “As suas palavras lhes pareciam como desvario, e não as creram”.
Os apóstolos e os outros discípulos aguardavam a ressurreição, mas na realidade, era a última coisa que esperavam. A prisão e a crucificação do Mestre paralisara por um tempo a sua fé, de modo que não podiam crer no testemunho das mulheres. Descrença indesculpável, porque as mulheres viram o túmulo vazio, ouviram a mensagem dos anjos, e viram, tocaram e ouviram o próprio Jesus (Mateus 28.9).
DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
13/7/2024
FONTES:
QUEIROZ, Silas. O Deus Que Governa o Mundo e Cuida da Família – Os Ensinamentos Divinos nos livros de Rute e Ester para a Nossa Geração. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.
HARRISON, Everret F; PFEIFFER, Charles F. Comentário Bíblico Moody. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1990.
PERLMAN, Myer. Lucas, o Evangelho do Homem Perfeito. l.ed. - Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 1995.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry - Mateus a João. Rio de Janeiro CPAD, 2008.
PFEIFFER, Charles F.; REA, VOS, Howard F.; REA, John.Dicionário Bíblico Wycliffe. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.
Nenhum comentário:
Postar um comentário