segunda-feira, 20 de outubro de 2025

Romanos 6.12

Romanos 6.12 “Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em suas concupiscências;”

 

“Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal,”

O apóstolo destaca aqui o uso dos nossos corpos para servir a Deus ou ao pecado: “Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal”. “Mortal” vem de thnetos, que significa “sujeito... a morte”. “Desde que nascemos, começamos a morrer”, conforme o que foi determinado por Deus no jardim: “No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste tomado; porquanto és pó e em pó te tornarás” (Gênesis 3:19).

A conjunção “portanto” indica que Paulo estava pronto para tirar conclusões práticas do que acabara de dizer. Visto que seus leitores haviam morrido para o pecado e visto que ressuscitaram para uma nova vida em Cristo, deveriam se comportar de determinada maneira. Segundo James R. Edwards, esta é a “primeira exortação moral em Romanos”. Aqui, a ênfase do apóstolo não era informar, mas exortar.

Os cristãos estão livres, ou justificados, do pecado (v. 7), já não servem o pecado como escravos (v. 6). Isso poderia deixar a impressão de que o pecado já não representava uma ameaça — mas não era esse o caso. Assim como um escravo liberto podia continuar a servir como escravo, uma pessoa liberta da escravidão do pecado ainda pode servir ao pecado. Paulo estava praticamente rogando aos seus leitores: “Não deixem que isto aconteça!”

Quando Paulo exorta os que já haviam experimentado a regeneração, dizendo: “Não reine o pecado em vosso corpo mortal”, ele estava mostrando aos crentes romanos que, uma vez que foram justificados, resta-lhes agora viver como tais, na santificação do Espírito.

 

“... para lhe obedecerdes em suas concupiscências;”

A palavra traduzida por “paixões” (epithumia) refere-se a “aquilo sobre o qual o coração está estabelecido” (epi, “sobre” e thumos, “alma” ou “mente”). A palavra refere-se a fortes desejos de qualquer tipo, sejam bons ou maus, mas geralmente denota desejos maus o mesmo que “concupiscência”. Deus planejou que nossos corpos tivessem desejos, como o desejo pelo alimento. Deus colocou esses desejos dentro de nós para o nosso próprio bem e para realizar os Seus propósitos.

Todavia, como todo presente de Deus, esses desejos podem ser mal utilizados. Satanás nos incita a satisfazermos nossos desejos de maneiras pervertidas, maneiras que desagradam a Deus. Tiago escreveu que “cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz” (Tiago 1:14).

Cada um de nós tem seus pontos fracos: em alguns, pode ser o álcool ou as drogas; em outros, o sexo ilícito ou a maledicência. Muitos têm o excesso de comida como ponto fraco. Qualquer que seja o seu ponto fraco entenda que você não tem que ceder a essa fraqueza; você não tem que “obedecer às suas paixões”. Quando você for tentado, Deus sempre lhe proverá “um livramento, de sorte que... possais suportar” (1 Coríntios 10:13). Agora, libertos da escravidão do pecado e com a ajuda de Deus (Romanos 8:13), conseguimos dizer “não” as concupiciencias.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
20/10/2025

FONTES:

QUEIROZ, Silas. Corpo, Alma e Espírito – A restauração integral do ser humano para chegar a estatura completa de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/Po_lessons/Po_200812_07.pdf

CABRAL, Elienai. Romanos – O evangelho da justiça de Deus. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus. 1986.

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