domingo, 2 de junho de 2024

Romanos 8.24

 

Romanos 8.24 Porque em esperança fomos salvos. Ora a esperança que se vê não é esperança; porque o que alguém vê como o esperará?”

 

Porque em esperança fomos salvos.”

A esperança para a qual Deus nos salvou é a libertação do corpo sob a pressão do pecado, e do estado de limitação mortal na qual aguardamos o dia quando, vestidos de imortalidade, veremos a Deus.

O que é esperança? Paulo diz que é a confiante expectação das bênçãos prometidas, ainda não presentes, nem vistas. Esta esperança não é o desejo de ter alguma coisa boa demais para ser verdade e improvável de acontecer. O objeto ou a bênção esperada (aqui, a redenção do corpo) é real e distinto, mas ainda não presente.

John Stott diz que a esperança cristã não é algo incerto como nossas esperanças comuns do dia-a-dia, mas uma expectativa jubilosa e confiante que se baseia nas promessas de Deus.

Quando o mundo criado foi sujeito à vaidade ou inutilidade, ele passou a “esperar” ser um dia “libertado”: Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou, Na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus (vv. 20, 21). Paulo nos mostra que a nossa esperança não é incerta; é tão segura quanto qualquer coisa que possuímos.

Essa esperança, porém, nunca nos decepcionará, nem nos envergonhará por termos confiado nela, porque ela é mantida viva e demonstrada como verdadeira pelo amor de Deus que o Espírito Santo derramou em nosso coração (Romanos 5.5).

 

“Ora a esperança que se vê não é esperança; porque o que alguém vê como o esperará?”

Se alguém nos perguntar: “Quem espera pelo que já vê?” com certeza responderemos: “Nós”. “Todos os dias eu vejo a casa que um dia espero possuir”, ou “Espero comprar o vestido que vi numa vitrine”. Uma criança pode dizer: “Eu vi o brinquedo que estou querendo que meus pais me dêem”. Todavia nesse versículo a resposta desejada é “não!”.

Quando Paulo usou a palavra “vê”, ele estava falando de algo que não pode ser visto atualmente com os olhos físicos: Não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas(2 Coríntios 4:18), ou seja a redenção do corpo quando Cristo voltar.

Quando finalmente “virmos” isso acontecer, será realidade. Talvez seja útil pensarmos em “ter ou possuir finalmente”. Uma possível tradução seria: “Quem espera por aquilo que já tem?” Phillips parafraseia assim: “a esperança sempre significa esperar por alguma coisa que ainda não vemos”.

O único motivo por que a promessa da nossa ressurreição, do nosso corpo glorificado, do nosso reinar com Cristo, e do nosso futuro eterno é chamada ‘esperança’ é porque ainda não os alcançamos. Mas esperamos que “o mesmo Deus de paz nos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Tessalonicenses 5.23)

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
9/6/2024

FONTES:

HORTON, Stanley M. (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2006

CABRAL, Elienai. Romanos – O evangelho da justiça de Deus. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus. 1986.

LOPES, Hernandes dias. Romanos: o evangelho segundo Paulo. São Paulo, SP: Hagnos 2010.

HARRISON, Everret F; PFEIFFER, Charles F. Comentário Bíblico Moody. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1990.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/Po_lessons/Po_200902_03.pdf

Nenhum comentário:

Postar um comentário