quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

Levítico 19.11

Levítico 19.11 “Não furtareis, nem mentireis, nem usareis de falsidade cada um com o seu próximo. ” 


Em Levítico 19, o Senhor continuou a ensinar ao Seu povo o que deveriam fazer para “serem santos "como Ele (19:2), dizendo: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (19:18).Para agradar a Deus, e serem santos, os israelitas tinham de tratar bem seus semelhantes.

Quando um indivíduo ama a Deus e Lhe obedece, ele se torna uma pessoa melhor e um próximo melhor.

Aqui a atenção do Senhor volta-se para os Dez Mandamentos que Ele dera no Monte Sinai. Primeiro, Ele lembrou o povo que não deveriam furtar, depois, que não deveriam mentir ou usar de falsidade com o próximo. Essas são confirmações do oitavo e nono mandamentos: “Não furtarás” e “Não dirás falso testemunho contra o teu próximo” (Êxodo 20:15, 16).

Essas regras enfatizam as diretrizes negativas (“não”) para se amar o próximo. Se alguém ama o seu próximo, há algumas coisas que ele não fará:não roubará/furtará, nem mentirá àqueles a quem ele ama.


“Não furtareis, ” 

O oitavo mandamento protegia os bens pessoais. Ele afirmava o direito da propriedade. O mandamento ensinava que um indivíduo não deveria ser injustamente destituído de seus bens.

A propriedade pessoal era um presente de Deus, que é dono de todas as coisas. Furtar de outra pessoa era como roubar de Deus. Leis específicas elaboraram o que deveria ser considerado furto e qual deveria ser a pena por furtar.

Furto nunca foi considerado crime capital, nem houve autorização da Lei para desfiguramento físico por furto – como ocorreu em outros códigos religiosos. O antídoto para a prática do roubo era trabalhar arduamente – “antes, trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom”(Efésios 4:28.

O trabalho foi designado a Adão antes da queda, quando ele foi colocado dentro do jardim do Éden, para “o cultivar e o guardar” (Gênesis 2:15). Após a queda, Adão teve que continuar a trabalhar, embora sua tarefa tenha se tornado mais difícil (Gênesis 3:17–19). O trabalho fazia parte dos dez mandamentos da Lei, pois Deus disse: “Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra” (Êxodo 20:9).

No Novo Testamento esta lei era reconhecida, e Jesus foi acusado de violar o sábado“trabalhando” no sétimo dia (veja Marcos 2:23–28; 3:1–6). Paulo sustentou a si mesmo muitas vezes trabalhando em seu ofício de fazedor de tendas (Atos 18:3). Além do próprio apóstolo trabalhar, ele recomendou o trabalho a outros, dizendo: “Se alguém não quer trabalhar, também não coma” (2 Tessalonicenses 3:10b; veja 1 Coríntios 4:12; 1 Tessalonicenses 4:11, 12).

A motivação de Paulo para trabalhar era dupla. Primeiramente, o trabalho é benéfico. É bom o indivíduo fazer o que é construtivo, a fim de suprir suas próprias necessidades. O trabalho é valioso para a comunidade na proporção em que provê produtos e serviços. As pessoas são mais felizes quando estão ocupadas e produtivas. O trabalho também permite que as pessoas sejam respeitadas.

Em segundo lugar, o trabalho fornece os meios “com que acudir ao necessitado”. Esta era uma prática da igreja do primeiro século. Por exemplo, os membros da igreja de Jerusalém dividiram seus bens entre si para que não houvesse necessitado entre eles (Atos 2:45; 4:34). Quando surgiu uma grande fome na Judeia, as igrejas da Europa e Ásia Menor enviaram alívio material aos irmãos necessitados (Atos 11:29, 30; Romanos 15:26; 2 Coríntios 8 e 9). Paulo admoestou os romanos a contribuírem para “as necessidades dos santos” (Romanos 12:13).


“...nem mentireis,nem usareis de falsidade cada um com o seu próximo; ” 

O contexto para o nono mandamento era o tribunal da lei. A intenção do mandamento era proteger as pessoas de falsas acusações em juízo: “Não admitirás falso boato, e não porás a tua mão com o ímpio, para seres testemunha falsa. Não seguirás a multidão para fazeres o mal; nem numa demanda falarás, tomando parte com a maioria para torcer o direito. Nem ao pobre favorecerás na sua demanda” (Êxodo 23:1-3).

O mandamento lida principalmente“com a testemunha mentirosa que prejudica o bem-estar de outrem”. Nos dias antes das impressões digitais e amostras de DNA, as maiores evidências de um crime tinham que ser fornecidas por testemunhas. Deveria haver pelo menos duas ou três; não era possível condenar uma pessoa com base em apenas um testemunho: “Uma só testemunha contra alguém não se levantará por qualquer iniqüidade, ou por qualquer pecado, seja qual for o pecado que cometeu; pela boca de duas testemunhas, ou pela boca de três testemunhas, se estabelecerá o fato” (Deuteronômio 19:15).

Se as testemunhas não dissessem a verdade, seria produzida uma injustiça.O falso testemunho poderia resultar em uma pessoa perdendo a reputação, seus bens e até sua vida: “Então vieram dois homens, filhos de Belial, e puseram-se defronte dele; e os homens, filhos de Belial, testemunharam contra ele, contra Nabote, perante o povo, dizendo: Nabote blasfemou contra Deus e contra o rei. E o levaram para fora da cidade, e o apedrejaram, e morreu” (1 Reis 21:13); “Ora, os príncipes dos sacerdotes, e os anciãos, e todo o conselho, buscavam falso testemunho contra Jesus, para poderem dar-lhe a morte; (Mateus 26:59).

O castigo por dizer falso testemunho era o mesmo que era planejado para o próximo da pessoa:  “Far-lhe-eis como cuidou fazer a seu irmão; e assim tirarás o mal do meio de ti” (Deuteronômio 19:19). Este mandamento foi criado para assegurar a integridade do processo judicial, protegendo o réu contra falsos testemunhos. Toda mentira contradiz a natureza de Deus, que é a própria fonte de toda a verdadee não pode mentir (João 17:17; Hebreus 6:18).

 

DEIVY FERRREIRA PANIAGO JUNIOR
30/5/2023

FONTES:

CABRAL, Elienai. Relacionamentos em Família – Superando desafios e problemas com exemplos da Palavra de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201811_01.pdf

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201609_01.pdf

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