quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

Gênesis 1:26

Gênesis 1:26 “E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra.


“E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; “

No sexto dia da criação após Deus ter ordenado a terra a produzir alma vivente conforme a sua espécie de gado, repteis e feras (1.24). Chega enfim o momento supremo da criação quando Deus cria o homem. O homem partilha o sexto dia com outras criaturas,é feito do pó como elas (2:7,19), alimenta-se como elas (1:29,30) e se reproduz sob uma bênção semelhante à delas (1:22,28).Elas constituem a metade do seu contexto. Mas a ênfase cai na distinção que há entre ele e elas. “Façamos” está em tácito contraste com ‘‘Produza a terra” (24); Em comparação com os animais, o homem é colocado em posição à parte por seu ofício e ainda mais por sua natureza (2:20); mas o apogeu da sua glória é sua relação com Deus. A narrativa apresenta Deus convocando ou acorte celestial de anjos que assistem diante dele, ou dos outros dois membros da Trindade, a fim de que toda a atenção fosse dada a este acontecimento. Obviamente, existe apoio abundante no Novo Testamento para essa doutrina. Contudo, foi somente no segundo século da era cristã que os cristãos começaram a usar Gênesis 1:26 implicando haver ali uma pluralidade de Pai, Filho e Espírito Santo na Divindade. Deus o criou à Sua própria imagem (tselem) e semelhança (demuth). As palavras imagem e semelhança se reforçam mutuamente; não consta “ e” entre as frases, se referem a apenas uma característica como em 1 João 3:2 que diz: “Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos”. O homem não é igual a Deus no aspecto físico, mas entre a criação divina, ele compartilha de maneira única dos atributos espirituais, intelectuais e morais de Deus. O Comentário Beacon descreve que o “Homem Feito à Imagem de Deus” é um ser espiritual apto para a imortalidade (Genesis 1.26a), é um ser intelectual com a capacidade da razão e de governo (Genesis 1.26b) e é um ser moral que tem a semelhança de Deus (Genesis 1.27). Stanley Horton leciona que: A respeito da imagem moral de Deus nos seres humanos, “Deus fez ao homem reto” (Eclesiastes 7.29). Até mesmo os pagãos, que não possuem conhecimento da lei escrita de Deus, conservam uma lei moral escrita por Ele em seus corações (Romanos 2.14,15). Em outras palavras, somente os seres humanos possuem a capacidade de sentir o que é certo e errado, bem como o intelecto moral e a vontade necessários para escolher entre eles. Por essa razão, os seres humanos são chamados livres agentes morais.


“... e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se move sobre a terra”.

Quando Deus criou o homem, deu-lhe o domínio sobre os animais, porém o homem está abaixo de Deus como um mordomo a quem foi confiada uma tarefa sagrada. O homem vive entre dois mundos: o físico e o espiritual. Assim como os animais, ele possui um corpo físico feito do pó da terra, que precisa de sustento. Ele também necessita de ar, água e nutrientes, mas ele é a única criatura que pode ouvir a voz de Deus e ter pensamentos segundo Deus (veja Salmos 8:3–9). Portanto, o domínio do homem sobre os animais é intelectual e não físico. Tem a ver com qualidade, e não com quantidade. O homem não tem um cérebro maior do que uma baleia azul. Ele não é tão forte quanto um leão ou tão veloz quanto um leopardo. Sua visão não se compara com a de uma águia. É claro que a superioridade do homem sobre os animais não está no campo físico de algo que pode ser quantificado; afinal o homem pode ser morto por uma animal, antes, só pode ser uma qualidade intelectual que Deus incorporou em cada ser humano.



DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
10/8/2023

FONTES:

BAPTISTA, Douglas. A igreja de Cristo e o império do mal – Como viver neste mundo dominado pelo espírito da Babilônia. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: uma perspectiva pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 259.

HARPER, A. F. (Ed.). Comentário Bíblico Beacon. Vol. 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201506_03.pdf

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201506_02.pdf

HARRISON, Everret F; PFEIFFER, Charles F. Comentário Bíblico Moody. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1990.

Kidner, Derek. Gênesis: introdução e comentário. Trad. Odayr Olivetti.São Paulo: Vida Nova, 2004.

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