quinta-feira, 12 de junho de 2025

Joel 2:31

 

Joel 2:31 “O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor.”


“O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue,”

A profecia escatológica do profeta Joel é mencionada pelo Apóstolo Pedro em seu primeiro sermão pentecostal na cidade de Jerusalém durante a Festa de Pentecoste (Festa das Semanas). Pedro frisa o derramar dos Espírito, mas cita toda a profecia que possui camadas em seu cumprimento.

A terminologia usada por Joel em relação ao sol e à lua é usada por todo o Antigo Testamento para se falar de ocasiões “em que Deus agiria de um modo especial para abençoar ou amaldiçoar” (Isaías 13:6, 10, 11; Ezequiel 32:2, 7, 8; Amós 5:18, 20). Provavelmente o sol não se apagará; e a lua não se transformará em sangue; mas mediante tais termos devemos entender acontecimentos cósmicos terríveis acontecerão.

Isso nos faz relembrar das pragas do Egito e da negação do sol em brilhar sobre a morte de Jesus, mas algo ainda mais radical do que isso deve estar em pauta. E inútil tentarmos ser específicos aqui, com interpretações naturais ou sobrenaturais das palavras.

 

“... antes que venha o grande e terrível dia do Senhor.”

O dia de Pentecoste inaugurou a era dos “últimos dias”. O apóstolo Pedro cita as palavras de Joel com alteração “E acontecerá depois destes dias” de Joel, alterado para “E acontecerá nos últimos dias”. Pedro considera que a profecia de Joel se aplica aos últimos dias, e declara que seus ouvintes agora estão vivendo nos últimos dias. Já começou o ato final da salvação divina.

Esses sinais de acontecimentos cósmicos ocorrerão posteriormente ao derramar do Espírito que iniciou naqueles dias e “antes de chegar o grande e glorioso dia do Senhor”.

A expressão "dia do Senhor" e outras equivalentes, como “aquele dia”, é uma expressão comum nas escrituras sagradas, tanto no Antigo Testamento como no Novo Testamento, e refere-se a um período de tempo em que Deus manifesta o seu poder e julgamento. No Antigo Testamento, a expressão é usada para indicar a vinda do julgamento divino sobre nações e povos, muitas vezes associada a catástrofes e punições (Amós 5.18-20; Isaías 13.6,9; Obadias 15).

No Novo Testamento, o termo é utilizado para descrever a volta de Cristo em julgamento e para o estabelecimento do reino eterno. O “Dia do Senhor” não é um “dia” de 24 horas, mas um longo período em que serão derramados os juízos divinos sobre os ímpios da Terra. A Bíblia se refere a ele como um dos mais terríveis diante dos acontecimentos aos que ficarem. Mas para os salvos será o encontro com o seu Senhor e Salvador, um evento de grande celebração (1 Pedro 4.13). Para estes, Jesus voltará do mesmo modo que partiu, ou seja, descerá dos céus (Atos 1.11).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
12/06/2025

FONTES:

GONÇALVES, José. A igreja em Jerusalém – Doutrina comunhão e fé: A base para o crescimento da igreja em meio as perseguições. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_200109_06.pdf

MARSHALL, Howard. Atos - Introdução e Comentário. Vida Nova/Mundo Cristão. 1991.

STOTT, John R. W. A Mensagem de Atos: Até aos Confins da Terra, São Paulo: ABU, 1994.

CHAMPLIN, Russell Norman. O Antigo Testamento interpretado versículo por versículo. São Paulo: Hagnos, 2001.

PFEIFFER, Charles F.; REA, VOS, Howard F.; REA, John.Dicionário Bíblico Wycliffe. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006. 

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