sexta-feira, 25 de abril de 2025

João 8:44

João 8:44 "Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira."


"Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. "

Depois de contestar o parentesco daqueles judeus incrédulos com Abraão e com Deus. Jesus lhes disse claramente:"vós tendes por pai ao diabo". Jesus usa os termos “pai” e “filhos" em um sentido ético: filhos são aqueles que apresentam as qualidades do pai. Jesus então, lhes diz claramente de quem eles são filhos: “Vós tendes por pai ao diabo”.

Pois, se eles não eram filhos de Deus deveriam ser filhos do diabo, pois tanto a semente de Deus e a semente de Satanás dividem o mundo (Gênesis 3:15). Os filhos de Satanás compartilham da sua natureza, refletem a sua imagem e obedecem os seus mandamentos. Os idólatras "dizem ao pedaço de madeira tu és meu pai" (Jeremias 2:27).

Isso não significa que eles agiram por compulsão: “quereis satisfaz". Eles escolheram agir de acordo com “os desejos do diabo”. Pois tiveram o seu entendimento cegados pelo diabo (Efésios 2.2). 
Jesus acusou os judeus de ser filhos do diabo porque seus pensamentos se inclinavam a destruir o bom e manter o falso. Todo homem que busca destruir a verdade, faz a obra do diabo.


"Ele foi homicida desde o princípio, "

Não do seu próprio princípio pois ele foi criado como anjo de luz. Mas desde o princípio da criação do homem pois o diabo através da serpente com astúcia “roubou a imortalidade de Adão”, cujo resultado foi a morte de toda a humanidade (Romanos 5:12). 

Satanás denegriu a imagem de Deus no homem, pois invejou sua felicidade, por isso trabalhou pela sua ruína.“Por inveja do diabo a morte entrou no mundo, experimentam-na quantos são de seu partido!” (Sab 2.24). 

Ele instigou o Caim ia matar seu irmão Abel (1 João 3.12. Por isso o diabo é chamado de assassino, isso não diminui a culpa de Caim mas aumenta a culpa do diabo.

Esses judeus incrédulos também como Caim eram semente do maligno pois procuravam matar a Cristo que tinha só dito a eles a verdade.


"... e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. "

Quanto a ele ser o arquétipo do mentiroso, a primeira frase dele registrada não só põe em dúvida, mas contradiz abertamente o que Deus dissera. Deus tinha dito: “Certamente morrerás” (Genesis 2.17); a serpente disse: “É certo que não morrereis” (Genesis 3.4). 

O que Deus diz é “a verdade”; o que o diabo diz é “a mentira”, porque contradiz “a verdade”. Neste sentido Paulo diz que os idólatras “trocaram a verdade de Deus pela mentira” (Romanos 1.25); em outra passagem ele diz que àqueles que se recusaram a receber “o amor da verdade” Deus envia “a operação do erro, para darem crédito à mentira” (2 Tessalonicenses 2.11). 


"Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira."

A mentira faz parte da natureza do diabo, é própria dele. A primeira pessoa a quem ele mentiu foi ele mesmo, pois ele pensou "serei semelhante ao altíssimo" (Isaías 14:14).

Ele diz falsidades de maneira tão natural e espontânea como Deus diz a verdade: se “é impossível que Deus minta” (Hebreus 6.18), também é impossível que o diabo diga a verdade, mesmo quando decida citar as Escrituras fará isso segundo seus propósitos”. 

Os filhos de Deus, portanto, serão caracterizados por seu amor à verdade; os filhos do diabo, o pai da mentira, por sua recusa em aceitar a verdade. Jesus não diz "apesar de eu dizer a verdade, não me credes”, mas porque eu digo a verdade, não me credes. Por causa da ascendência espiritual dos seus adversários, o fato-de ele dizer a verdade era razão suficiente para eles o rejeitarem.

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR 
26/4/25

FONTES:

CABRAL, Elienai. E o Verbo se fez Carne – Jesus sob o olhar do apóstolo do amor. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_202201_02.pdf

BARCLAY, William. The Gospel of John - Tradução: Carlos Biagini.

BRUCE, F. F. João introdução e comentário. São Paulo: Mundo Cristão, 1987.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry – Mateus a João. Rio de Janeiro CPAD, 2008.

Nenhum comentário:

Postar um comentário