LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
27 DE AGOSTO DE 2024
HAMÃ PLANEJA DESTRUIR OS JUDEUS DE TODO O REINO DE ASSUERO
Ester 3.6 “Porém teve como pouco, nos seus propósitos, o pôr as mãos só em Mardoqueu (porque lhe haviam declarado de que povo era Mardoqueu); Hamã, pois, procurou destruir a todos os judeus, o povo de Mardoqueu, que havia em todo o reino de Assuero.”
“Porém teve como pouco, nos seus propósitos, o pôr as mãos só em Mardoqueu (porque lhe haviam declarado de que povo era Mardoqueu);”
De acordo com 3:7, os acontecimentos deste capítulo aconteceram em 474 A.C., mais do que quatro anos depois de Ester se tornar rainha. Hamã, o agagita, se torna o favorito do rei. E Mardoqueu não o reverenciava como foi determinado por Assuero.
Hamã não havia percebido que Mardoqueu não se inclinava perante ele. Possivelmente porque todos dos demais servos do rei o faziam (v.2). Esses mesmos servos fizeram saber a Hamã (v.4), e também o informaram que ele era judeu.
Os judeus se inclinavam diante dos seus reis (2 Samuel. 14:4; 18:26; I Reis 1:16). Mas quando os persas se inclinavam diante dos seus reis, eles o fadam como se estivessem diante de um ser divino. Por isso os espartanos se recusaram a inclinar-se diante de Xerxes (Heródoto, 7.136).
Mardoqueu hava declarado que era judeu para os demais servos do rei(v. 4). Considerando que a sua lealdade a Jeová era a base de sua recusa em inclinar-se diante de Hamã, ele teve de divulgar a sua nacionalidade finalmente.
Apenas depois destas coisas Hamã observou: “Vendo, pois, Hamã que Mardoqueu não se inclinava nem se prostrava diante dele, Hamã se encheu de furor” (v.5). Ele encheu-se de furor contra Mardoqueu, pela sua recusa em reverenciá-lo. Embora cheio de furor, Hamã calculou que podia alargar à sua vingança não apenas contra Mordecai, mas também contra toda a sua raça, que podia ser igualmente obstinada em sua oposição a ele.
“Hamã, pois, procurou destruir a todos os judeus, o povo de Mardoqueu, que havia em todo o reino de Assuero.”
"Procurou Hamã destruir todos os judeus". Para Hamã na sua ira não seria suficiente punir somente Mardoqueu. Após considerar que a recusa de Mordecai em se inclinar diante dele baseava-se em motivos religiosos, Hamã entendeu que nada além de uma perseguição de grande alcance poderia finalmente resolver este problema.
Por que a recusa de Mordecai em curvar-se perante Hamã enraiveceria a este e o faria desejar o extermínio de todos os judeus? Só o fato de vingar-se e matar Mordecai já seria um mal excessivo, mas exterminar um povo inteiro, que não estava de modo algum envolvido nesse choque de vontades? A resposta está ligada a um antigo rancor.
Os amalequitas, povo do rei Agague, haviam atacado Israel depois da saída deles do Egito, posteriormente Deus ordenou a Saul que dizimasse Amaleque, este porém não fez conforme a ordem do Senhor. O profeta Samuel então "despedaçou a Agague perante o Senhor" (1 Samuel 15.31).
Ao longo de todos aqueles anos, esses velhos inimigos dos judeus contaram essa história às sucessivas gerações. Conseqüentemente, os agagitas odiavam osjudeusl Por ser agagita, Hamã vinha cultivando o rancor que lhe fora ensinado desde a infância.
O preconceito não vem num a embalagem junto com o recém -nascido. É algo que aprendemos, para o qual somos treinados. Não nascemos odiando. Somos ensinados a odiar. Por intermédio de seus pais, avós e bisavós, de seus tios, tias e primos, Hamã, o agagita, aprendera a odiar os judeus. Esse ódio o consumia e, quando ele passou a ocupar uma posição de poder, e ter um “motivo” intentou exterminar de uma vez todos os judeus.
DEIVY FERREIRA
PANIAGO JUNIOR
18/8/2024
FONTES:
QUEIROZ, Silas. O Deus Que Governa o Mundo e Cuida da Família – Os Ensinamentos Divinos nos livros de Rute e Ester para a Nossa Geração. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.
HARRISON, Everret F; PFEIFFER, Charles F. Comentário Bíblico Moody. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1990.
BALDWIN, Joyce G. Ester – Introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1986.
SWINDOLL, Charles R. Ester: uma mulher de sensibilidade e coragem - tradução de Neyd Siqueira. - São Paulo: Mundo Cristão, 1999.
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