Genesis 49.10 “O cetro não se arredará de Judá, nem o legislador dentre seus pés, até que venha Siló; e a ele se congregarão os povos.”
“O cetro não se arredará de Judá, nem o legislador dentre seus pés,”
Judá significa louvor. Era o quarto filho de Jacó com Lia, recebeu o primeiro inqualificável louvor do velho patriarca. E Levaria sobre si a esperança de Israel. Não tendo o direito da primogenitura, nem dignidade excepcional, ou poderes espirituais, sobressairia como o poderoso líder de um povo, que entusiasticamente haveria de admirá-lo e louvá-lo.
Ao descrever o descendente real de Judá, o escritor mencionou um cetro que não se arredaria de Judá, nem o bastão (legislador) do rei deixaria de estar entre seus pés. Cetro ou bastão simboliza seu inteiro domínio no papel de guerreiro, rei e juiz.
Esses elementos eram símbolos evidentes da realeza no Oriente Próximo, como ilustram dezenas de relevos antigos. Sem dúvida, eles apontavam para a dinastia de Davi: “Vê-lo-ei, mas não agora, contemplá-lo-ei, mas não de perto; uma estrela procederá de Jacó e um cetro subirá de Israel...” (Números 24:17); “Tu amas a justiça e odeias a impiedade; por isso Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de alegria mais do que a teus companheiros” (Salmos 45: 7), que reinou sobre os israelitas (os descendentes de Jacó) durante alguns de seus melhores anos (2 Samuel 7:8–16; Salmos 2:7–9; 89:3, 4). E principalmente ao messias. O Leão da tribo de Judá! (Apocalipse 5.5)
“... até que venha Siló; e a ele se congregarão os povos.”
Sobre o preciso significado desta expressão, não é seguro dogmatizar. Siló em nenhuma outra parte é título bíblico do Messias, nem apresenta qualquer sentido claro como palavra.
Shedd diz sobre uma ligeira correção do texto, fazendo-o concordar com a Septuaginta, seria equivalente a esta expressão: "até que venha o que lhe pertence". Kidner cita outras possíveis variantes primitivas do texto: “até que o que é seu venha” ,” até que surja a plena herança de Judá”, ou “ até que ele venha, a quem [ela pertence]” (RSV).
Esta forma, conquanto elíptica, parece que é captada e interpretada por Ezequiel 21:26 em palavras dirigidas ao último rei de Judá: “ Tira o diadema e remove a coroa ... até que venha aquele a quem ela pertence de direito', a ele a darei”(ARA). Aí está o melhor apoio para o conteúdo messiânico que a exegese judaica e cristã encontrou no pronunciamento proveniente dos tempos mais remotos.
Finalmente o direito de exercer o domínio sobre o povo de Deus, haveria de pertencer, com exclusividade, a Jesus Cristo: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. Do aumento deste principado e da paz não haverá fim, sobre o trono de Davi e no seu reino, para o firmar e o fortificar com juízo e com justiça, desde agora e para sempre; o zelo do Senhor dos Exércitos fará isto” (Isaías 9.6-7).
DEIVY FERREIRA
PANIAGO JUNIOR
3/7/2024
FONTES:
QUEIROZ, Silas. O Deus Que Governa o Mundo e Cuida da Família – Os Ensinamentos Divinos nos livros de Rute e Ester para a Nossa Geração. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.
HARRISON, Everret F; PFEIFFER, Charles F. Comentário Bíblico Moody. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1990.
Kidner, Derek. Gênesis: introdução e comentário. Trad. Odayr Olivetti.São Paulo: Vida Nova, 2004.
http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201605_05.pdf
Biblía de estudo Shedd. São Paulo: Vida Nova, 1998.
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