TEXTO ÁUREO
“E, por isso, procuro sempre ter uma consciência sem ofensa, tanto para com Deus como para com os homens.” (Atos 24.16).
TEXTO ÁUREO
“E, por isso, procuro sempre ter uma consciência sem ofensa, tanto para com Deus como para com os homens.” (Atos 24.16).
Salmos 139:23 “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos.”
“Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração;”
Davi não é cúmplice de traidores. Ele os renega firmemente e agora apela a Deus, mostrando que ele não alimenta nenhum traço de comunhão com eles: “Não odeio eu, ó Senhor, aqueles que te odeiam, e não me aflijo por causa dos que se levantam contra ti?” (v.21). Ele deseja que Deus o sonde, e o sonde completamente, até que cada ponto do seu ser seja conhecido, e lido, e entendido; pois ele está certo de que mesmo depois de tal investigação não será encontrada nele nenhuma cumplicidade com ímpios: “Examina-me, SENHOR, e submete-me a provas; sonda meus sentimentos e minha mente” (Salmos26.2).
Os que são retos encontram conforto na onisciência de Deus como testemunha da retidão deles e, com humilde confiança, imploram a Ele para que os teste e sonde a fim de que se revelem para eles mesmos se o pecado permanece em seus corações: “Quem pode perceber os próprios erros? Purifica-me dos que ainda não me são claros” (Salmos 19.12).
Às vezes, podemos não encontrar uma maneira de se inocentar perante os homens, mas devemos nos contentar e nos consolar com o testemunho de uma boa consciência e com a aprovação, por parte de Deus, da nossa integridade, como acontece como salmista aqui: “Eis que também agora a minha testemunha está no céu, e nas alturas o meu testemunho está” (Jó 16:19).
“... prova-me, e conhece os meus pensamentos.”
O salmista quer que Deus realize todo e qualquer teste nele. Que ele seja examinado pelo fogo e pela água. Que Deus não leia apenas os desejos do seu coração, mas também os pensamentos fugitivos da sua cabeça. A palavra traduzida por “pensamentos” ocorre apenas em Salmo 94:19. A idéia é: examine-me completamente; examine não apenas minha conduta exterior, mas também o que penso; quais são meus propósitos; o que passa pela minha mente; o que ocupa minha imaginação e minha memória; o que protege minhas afeições e controla minha vontade.
A fé verdadeira é preciosa; é como ouro, suportará um teste. A presunção é apenas uma falsificação, e não suportará ser testada (1 Pedro 1.7). Um crente verdadeiro não teme nenhuma prova. Ele deseja ser testado por Deus. Ele deseja ter a sua fé testada por outros, ele deseja testar a si mesmo. Ele está disposto a ouvir o pior, e também o melhor. A pregação que mais o agrada é a que é mais penetrante e criteriosa (Hebreus 4.12). Ele detesta ser iludido com esperanças vãs. Ele não será iludido ou lisonjeado a um falso conceito da sua condição espiritual.
Quando aparecerem oportunidades de testes, ele concordará com o conselho do apóstolo: “Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos” (2 Coríntios 13.5). Ezequias, quando provado, orou a Deus com essa intensidade: “Ah! Senhor, peço-te, lembra-te agora, de que andei diante de ti em verdade, e com coração perfeito, e fiz o que era reto aos teus olhos” (Isaías 38:3) e recebeu do profeta Isaías a resposta consoladora de Deus. “Assim diz o Senhor, o Deus de Davi teu pai: Ouvi a tua oração, e vi as tuas lágrimas; eis que acrescentarei aos teus dias quinze anos. E livrar-te-ei das mãos do rei da Assíria, a ti, e a esta cidade, e defenderei esta cidade” (Isaías 38:5,6).
Que bênção é que exista um Ser que pode nos conhecer de modo perfeito! Ele é infinitamente íntimo conosco: “Tu sabes o meu assentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento” (v.2). Oremos como o salmista orou, e que sejamos tão honestos quanto ele.
DEIVY FERREIRA
PANIAGO JUNIOR
05/11/2025
FONTES:
QUEIROZ, Silas. Corpo, Alma e Espírito – A restauração integral do ser humano para chegar a estatura completa de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.
SPURGEON, Charles. Os Tesouros de Davi – Volume III. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
HENRY, Matthew. Comentário Bíblico – Poéticos. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.
Hebreus 9:14 “Quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará as vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo? “
“Quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus,”
O argumento do escritor aos Hebreus parte da premissa menor para a maior: “se o sangue dos touros e bodes, e a cinza de uma novilha aspergida sobre os imundos, os santifica, quanto à purificação da carne” (v.13), quanto mais o sangue de Jesus, o Filho de Deus, pode realmente purificar as nossas consciências! O escritor quer com esse argumento mais uma vez ressaltar a superioridade de Cristo, desta vez na avaliação da Sua oferta.
O sangue de bodes e de touros — é provavelmente uma referência às ofertas no Dia da Expiação (Levítico 16), a cinza de uma novilha pode referir-se à oferta ocasional de uma novilha (Números 19). Estas eram disposições externas que ofereciam a purificação ritual da contaminação da carne. É importante notar o contraste entre “carne” e o “Espírito” que acontece entre os versos 13 e 14. As ofertas levíticas podiam fornecer a pureza cerimonial, mas a oferta que Cristo faz purificará a nossa consciência, isto é, era uma purificação interior e espiritual.
O bispo Westcott observa os seguintes motivos pelos quais o sangue de Cristo é superior, partindo da análise de seu sacrifício, que foi: voluntário, ao contrário dos sacrifícios exigidos pela Lei; racional, e não como o dos animais (irracionais); espontâneo, e não em obediência a ordens superiores e moral, como oferta de si próprio por ação do supremo poder nEle residente (o Espírito Eterno).
Jesus se ofereceu “pelo Espírito eterno”. Todas as traduções consideram ser essa uma referência ao “Espírito Santo” ou ao “eterno Espírito de Cristo” e, por isso, deram inicial maiúscula a “Espírito”. É inadequado alegar com base nessa afirmação que o Espírito Santo ajudou Jesus em Sua morte no Calvário. Se fosse assim, as palavras de Jesus de abandono na cruz pareceriam banais (Mateus 27:46). Com certeza, tudo que Cristo fez na terra foi em harmonia com a vontade do Espírito Santo e pode ser esse o sentido aqui.
Cristo fez Seu sacrifício em pleno entendimento do que Ele estava fazendo, o que nenhum animal jamais poderia fazer. Ele Se ofereceu. Nenhuma outra vítima e certamente nenhum outro sumo sacerdote havia feito isso. Foi uma ação tanto voluntária quanto premeditada. Os animais não têm “espírito” pelo qual submetam-se a sacrificar os próprios corpos, mas Jesus tinha. Ele foi até a cruz espontaneamente “sem mácula”, o que significa que Ele não tinha pecado que manchasse a Sua alma. A palavra para “sem mácula” é a mesma usada na LXX para um animal “sem defeito” (Levítico 1:3, 10; 1 Pedro 1:19).
“... purificará as vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo? “
A mera “lavagem cerimonial” dos rituais vétero-testamentários não podia “purificar a consciência”. “A Purificação da carne” (v. 13) era uma lavagem de impureza ritual e não de impureza moral. O autor sagrado já se queixara de que o antigo sistema de sacrifícios nada fizera em favor da natureza moral (ou consciência) dos adoradores: “é uma alegoria para o tempo presente, em que se oferecem dons e sacrifícios que, quanto à consciência, não podem aperfeiçoar aquele que faz o serviço” (v.9). Porém, o sangue de Cristo é um agente de total purificação do homem interior, o coração.
Limpar a “consciência” era limpar a alma da culpa. O sangue de Cristo continua a nos purificar até hoje (1 João 1:7). Quando a culpa é tirada e a pessoa entende que está perdoada, ela pode finalmente perder o medo de comparecer perante Deus quando morrer. O que o inocente tem a temer? Uma pessoa pode se apresentar calma e tranqüila em todas as calamidades quando ela está ciente, pela fé, de que não tem culpa perante Deus.
Obras mortas referem-se a feitos realizados debaixo da velha aliança que não podiam trazer vida ou vivificar. A mesma expressão ocorre em 6:1: “Por isso, deixando os rudimentos da doutrina de Cristo, prossigamos até à perfeição, não lançando de novo o fundamento do arrependimento de obras mortas e de fé em Deus,” (Hebreus 6:1). São todas as obras do homem em si, à parte de Deus.
Essas obras não têm valor comparadas à justiça imputada que temos em Cristo. Porque quem está no pecado está morto para Deus porque está perdido, fora de Cristo. Tal pessoa não pode realizar obras “vivas” que são aceitáveis a Deus: “Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniquidades como um vento nos arrebatam” (Isaías 64:6).
Removidas as obras mortas, a pessoa pode enfim “servir ao Deus vivo”. Uma pessoa não pode adorar adequadamente nem servir a Deus sem obter essa remoção. Pois, as obras devem ser negadas, afinal não podem nos salvar. Para termos enfim acesso a justiça imputada por Cristo pela fé: “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam” (Hebreus 11.6).
DEIVY FERREIRA
PANIAGO JUNIOR
05/11/2025
FONTES:)
QUEIROZ, Silas. Corpo, Alma e Espírito – A restauração integral do ser humano para chegar a estatura completa de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.
http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201405_08.pdf
GUTHRIE, Donald. Hebreus – Introdução e comentário. Série Cultura Bíblica. Trad. Gordon Chown. São Paulo: Vida Nova e Mundo Cristão, 1983.
https://textoaureoebd.blogspot.com/2024/12/hebreus-61.html
BOYD, Frank M. Comentário Bíblico Gálatas, Filipenses, 1 e 2 Tessalonicenses e Hebreus. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 1996.
LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
5 DE NOVEMBRO DE 2025
A CONSCIÊNCIA REGULA NOSSA CONDUTA PERANTE O ESTADO
Romanos 13:5 “Portanto é necessário que lhe estejais sujeitos, não somente pelo castigo, mas também pela consciência.”
“Portanto é necessário que lhe estejais sujeitos,”
Tendo em mente que Deus instituiu os governos humanos. “Porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas” (v.1). Toda autoridade é ministro de Deus para o nosso bem (v.4) por isso é esperada a nossa sujeição. Cabral diz que não só devemos acatá-las e obedecer-lhes na “letra da lei”, mas devemos cumprir os seus regulamentos. Calvino disse: “Não se deve pôr em dúvida que o poder civil é uma vocação, não somente santa e legítima diante de Deus, mas também mui sacrossanta e honrosa entre todas as vocações”.
Barclay comenta que Paulo via no estado um instrumento a serviço de Deus, o qual protegia o mundo do caos. Aqueles que administravam o estado estavam desempenhando a parte deles nessa grande tarefa. Conscientes ou não dessa verdade, estavam fazendo o trabalho de Deus e era dever do cristão ajudá-los e não impedi-los. Como servos de Deus, devemos orar pelas autoridades ( 1 Timóteo 2.1,2).
“... não somente pelo castigo,”
O Estado recebe a incumbência de uma função explicitamente proibida ao cristão (Romanos 12.17,19). Deus proíbe ao cristão aplicar vingança pessoal e ordena ao Estado fazê-lo. As autoridades governamentais executam a ira de Deus sobre os malfeitores e, desse modo, aplicam a punição, como fica evidente na declaração de Paulo de que ela é vingadora para castigar o que faz mal, podendo até mesmo aplicar a espada (morte).
Paulo primeiramente devia se referir a esses castigos. Mas certamente não podemos excluir o castigo divino, visto que os desobedientes, nesse caso, são rebeldes contra uma instituição ordenada por Deus.
“... mas também pela consciência.”
A consciência é aquela faculdade mental dada por Deus a cada ser humano para ajudá-lo a distinguir entre o certo e o errado. Alguns obedecem aos limites de velocidade só por medo de uma multa; outros pagam o imposto de renda só por medo de serem processados.
Paulo disse que devemos obedecer às autoridades, não apenas porque isso é mais seguro, mas porque é o que se deve fazer e porque é o que Deus quer que façamos. Assim como Paulo, devemos nos esforçar “por ter sempre consciência pura diante de Deus e dos homens” (Atos 24:16).
DEIVY FERREIRA
PANIAGO JUNIOR
01/11/2025
FONTES:
QUEIROZ, Silas. Corpo, Alma e Espírito – A restauração integral do ser humano para chegar a estatura completa de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.
http://biblecourses.com/Portuguese/Po_lessons/Po_200905_01.pdf
BARCLAY, William. The Letter to the Romans - Tradução: Carlos Biagini.
Lopes, Hernandes dias. Romanos: o evangelho segundo Paulo. São Paulo, SP: Hagnos 2010.
CABRAL, Elienai. Romanos – O evangelho da justiça de Deus. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus. 1986.