segunda-feira, 17 de novembro de 2025

Provérbios 31:13

Provérbios 31:13 “Busca lã e linho, e trabalha de boa vontade com suas mãos.”

 

“Busca lã e linho,”

A mulher virtuosa vai à feira, compra lã e linho da mão dos mercadores, para depois fiar e tecer esses elementos, e com eles fabricar as roupas de casa. O linho e a lã eram, em geral, de propriedade doméstica; o linho era semeado no campo e depois colhido e, à custa de um processo moroso e muito trabalhoso, posto em condições de ser fiado na roca e no fuso, para então ir ao tecelão também caseiro, para o preparo dos tecidos: Estende as suas mãos ao fuso, e suas mãos pegam na roca” (v.19).  

A lã era oferecida pelas ovelhas e pelos carneiros domésticos, e quase todos os hebreus possuíam as suas granjas, onde criavam esses animais. Ela serve para proteger do frio: “Não teme a neve na sua casa, porque toda a sua família está vestida de escarlata” (v.21).

 

“... e trabalha de boa vontade com suas mãos.”

Apesar de ser responsável pela casa: “Levanta-se, mesmo à noite, para dar de comer aos da casa, e distribuir a tarefa das servas” (v.15), ela trabalha. Ela não trabalha duro apenas com as mãos, mas com a cabeça também: “examina uma propriedade e adquire-a; planta uma vinha com o fruto de suas mãos” (v.16). Está sempre aprendendo coisas novas, sempre investindo um pouco mais em suas habilidades. E ela não precisa que ninguém lhe mande fazer isso. Ela trabalha duro porque quer. Para ela, não é um fardo aprender uma nova língua, aprender a cozinhar, ou aprender um novo trabalho.

O que é surpreendente sobre essa descrição é o fato de contradizer tão vigorosamente a opinião de alguns cristãos de que uma boa esposa deve ficar em casa, ter bebês e se ocupar do trabalho de casa. Provérbios 31 nos mostra uma mulher do Antigo Testamento que é, na verdade, uma mulher de negócios, que usava ao máximo os seus talentos e as suas capacidades, e realizava o mesmo tipo de tarefas que os homens daquela sociedade realizavam.

“A mulher virtuosa” do Antigo Testamento não é a mulher silenciosa e subserviente que tantos cristãos imaginam, mas uma mulher decidida e realizada, cujo sucesso a revestiu “de força e glória” e que se sabe que fala “com sabedoria”, pois “a lei da beneficência está na sua língua (v.26).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
17/11/2025

FONTES:

QUEIROZ, Silas. Corpo, Alma e Espírito – A restauração integral do ser humano para chegar a estatura completa de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

MESQUITA, Antonio Neves. Estudo no Livro de Provérbios - princípios para uma vida feliz. Rio de Janeiro: JUERP, 1979.

RICHARDS, Lawrence. Comentário Devocional da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2012.

CARDOSO, Cristiane. A mulher V : Moderna, à moda antiga / Cristiane Cardoso. - Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2013.

João 6:38

João 6:38 “Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou.”

 

“Porque eu desci do céu,”

A idéia de que o Filho, que desce do céu, é um pensamento freqüente neste capitulo, conforme se pode averiguar nas seguintes referências: Vs. 33, 38, 41, 50, 51 e 58. A preexistência de Cristo é aqui ensinada, juntam ente com a autoridade nisso subentendida e a união com o Pai: a autoridade de Jesus é celestial, pois esse foi o seu lar anterior. Ele veio do céu para cuidar dos negócios do seu Pai.

Ele nos trouxe a mensagem celestial, exibindo ante os homens os desígnios do céu que visam a redenção do homem. Tudo isso foi dito por Jesus a fim de autenticar a sua mensagem e missão.

 

“... não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou.”

Jesus também enfatiza a sua submissão ao Pai; ele procura fazer unicamente a vontade daquele que o enviou. A execução da vontade do Pai foi à comida e a bebida do Filho durante toda sua vida: “A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar a sua obra” (João 4.34).

Não como se a vontade de Cristo fosse contrária à vontade do Pai, assim como, em nós, a carne é contrária ao espírito, mas Cristo possuía como homem, as emoções naturais e inocentes da natureza humana, os sentimentos de dor e prazer, uma inclinação para a vida, uma aversão à morte.

Ainda assim, Ele satisfazia não a si mesmo, não deliberava com estes, nem os consultava, quando estava para dar continuidade à sua missão, mas se submetia à vontade de seu Pai. Considerando esse fato, Ele realmente não levava em consideração sua própria vontade, mas o Senhor era, nesse sentido, guiado pela vontade de seu Pai: “porque não busco a minha vontade, mas a vontade do Pai que me enviou” (João 5.30).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
17/11/2025

FONTES:

QUEIROZ, Silas. Corpo, Alma e Espírito – A restauração integral do ser humano para chegar a estatura completa de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

CHAMPLIN, Russell Norman. O Novo Testamento interpretado versículo por versículo. São Paulo: Hagnos, 2001.

https://textoaureoebd.blogspot.com/2025/05/joao-530.html

1 Coríntios 7:37

1 Coríntios 7:37 “Todavia o que está firme em seu coração, não tendo necessidade, mas com poder sobre a sua própria vontade, se resolveu no seu coração guardar a sua virgem, faz bem.”

 

“Todavia o que está firme em seu coração, não tendo necessidade,”

Paulo lembra aos casados que a crise presente não os habilita a mudar o seu estado civil pelo divórcio, nem os solteiros (os viúvos) devem buscar um cônjuge: “Estás ligado à mulher? Não busques separar-te. Estás livre de mulher? Não busques mulher” (v.27). Ele reafirma a sua preferência de que a virgem não seja dada em casamento: “Digo, porém, aos solteiros e às viúvas, que lhes é bom se ficarem como eu” (v.8).

Paulo não é contra o casamento. É um estado santo: “Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula” (Hebreus 13.4). Mas ele sabe que sob as atuais circunstâncias o casamento traria “tribulações” (pressões, circunstâncias difíceis causadas provavelmente pela perseguição), por isso queria com este conselho poupá-los de muita dificuldade (v.28). Seria mais fácil suportarem qualquer circunstância que viesse, se ao mesmo tempo não tivessem de cuidar de um marido ou de uma esposa. Cuidadosamente ele aconselha as condições de seguir esse procedimento.

Um homem inclinado para o celibato “que não possui necessidade”, ou seja, impulso sexual ou pressões na sociedade em geral (como a de um contrato matrimonial) poderia mostrar-se “firme em seu coração” acerca do seu voto, formal ou informalmente feito, de permanecer no celibato. Se seu íntimo é que tomou tal decisão, não deve sujeitar-se a pressões de qualquer natureza. Ele não deve pensar que está agindo “sem decoro”.

 

“... mas com poder sobre a sua própria vontade, se resolveu no seu coração guardar a sua virgem, faz bem.”

Nesse caso, o homem que prefere permanecer celibatário tem o dom do celibato. Se ele é capaz de controlar-se, de dominar os seus desejos e possui domínio sobre a sua própria vontade. Domínio é exousia, “ autoridade” , “ direito” “domínio”, de sorte que domínio sobre o seu próprio arbítrio significa, “ o direito de levar a efeito o seu próprio propósito” o que significa como é óbvio, alguém que controla as suas paixões ou alguém que mantém seu desejo sob controle.

Paulo se referia à própria virgindade dele, isto é, o seu estado virginal, embora o estado virginal de sua noiva também pode estar em pauta. Ambas representam traduções possíveis. Todavia, seria estranho a aprovação de um contrato não cumprido ter louvor, pois o apóstolo afirma que tal homem faria bem e estaria agindo com nobreza em sua firme resolução de permanecer no celibato.

Muitos questionam se Paulo alguma vez foi casado. Porém, visto que ele deu seu voto pelo martírio de Estevão e outros (Atos 26.10), isto significaria que era membro do Sinédrio, o qual exigia que seus membros fossem casados (Livro judaico dos porquês). Muitos acreditam que a esposa de Paulo morreu e ele era viúvo.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
17/11/2025

FONTES:

QUEIROZ, Silas. Corpo, Alma e Espírito – A restauração integral do ser humano para chegar a estatura completa de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

MORRIS, Leon. I Coríntios: Introdução e Comentário. Tradução Odayr Olivetti. São. Paulo. Mundo Cristão, 1983

HORTON, Stanley. I e II Corintios – os problemas da igreja e suas soluções. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.

CHAMPLIN, Russell Norman. O Novo Testamento interpretado versículo por versículo. São Paulo: Hagnos, 2001.

KOLATCH, Alfred J. Livro judaico dos porquês. São Paulo: Sefer, 1996.

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 17 DE NOVEMBRO DE 2025 (Lucas 10:21)


LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
17 DE NOVEMBRO DE 2025
JESUS SE ALEGROU NO ESPÍRITO

Lucas 10:21 “Naquela mesma hora se alegrou Jesus em espírito, e disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste às criancinhas; assim é, ó Pai, porque assim te aprouve.”

 

“Naquela mesma hora se alegrou Jesus em espírito,”

Lucas inseriu essa oração no contexto dos setenta discípulos que retornavam de uma comissão limitada (Lucas 10:17, 21, 22). Já em Mateus essa oração de Jesus foi proferida para ser ouvida pela multidão (Mateus 11:25–27). Esta foi uma das ocasiões em que o contentamento encheu o coração do Homem de Dores e Ele se alegrou no Espírito Santo. Naquela hora em que viu Satanás cair, e ouviu do bom sucesso de seus ministros, Ele se alegrou.

Note que nada alegra tanto o coração do Senhor Jesus quanto o progresso do Evangelho, e o fracasso de Satanás, através da conversão das almas: “Mas de nada faço questão, nem tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira, e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus” (Atos 20:24).

A alegria de Cristo era uma alegria sólida e substancial, uma alegria interior: Ele se alegrou no espírito; mas a sua alegria, como as águas profundas, não faziam ruído; era uma alegria que um estranho não perceberia. Em sua oração sacerdotal ele intercedeu a Deus para que seus discípulos sentissem sua alegria: “...que tenham a minha alegria completa em si mesmos” (João 17:13).

Antes de se dedicar a render ações de graças a seu Pai, Ele se alegrou; pois, assim como o louvor de gratidão é a linguagem genuína da alegria santa, também a alegria santa é a raiz e a fonte do louvor de gratidão.

 

“... e disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste às criancinhas; assim é, ó Pai, porque assim te aprouve.”

Ele louvou a Deus chamando-O de Pai. Jesus estava salientando Seu relacionamento singular com Deus e Sua identidade como um Ser Divino: “...mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus” (João 5:18).

Em segundo lugar, Ele destacou a soberania de Deus, dirigindo-Se a Ele como Senhor do céu e da terra: “O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra” (Atos 17:24).

Em terceiro lugar, Ele falou da salvação como provisão de Deus, e não resultado de planos, propósitos ou poder humanos. Deus em sua revelação escolheu se manifestar as criancinhas ao invés dos sábios e inteligentes.

O contraste entre os sábios e instruídos e os pequeninos não se baseia na inteligência, mas na atitude; evidencia-se a diferença entre os que confiam em si mesmos e os que confiam em Deus (Mateus 18:1–4; 21:15, 16; 1 Coríntios 1:18–31). “Os sábios e instruídos” pensam que podem se salvar ou que não precisam de salvação. Os “pequeninos” são os que são espiritualmente dependentes de Deus. São os “humildes de espírito” que se humilham perante Deus (Mateus 5:3).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
11/11/2025

FONTES:

QUEIROZ, Silas. Corpo, Alma e Espírito – A restauração integral do ser humano para chegar a estatura completa de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

MORRIS, Leon L. Lucas, Introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2007. (Série cultura bíblica)

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry - Mateus a João. Rio de Janeiro CPAD, 2008.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201206_08.pdf