sábado, 12 de abril de 2025

Números 25:1

Números 25:1 “E Israel deteve-se em Sitim e o povo começou a prostituir-se com as filhas dos moabitas.”

 

“E Israel deteve-se em Sitim”

Mackintosh comentou: Há pouco haviamos estado no cume de Pisga ouvindo o testemunho de Deus a respeito de Israel, e ali tudo era brilhante e belo, sem uma nuvem e sem mancha. Mas agora achamo-nos nas planícies de Moabe, e tudo é mudado.

Israel acampou num lugar chamado Sitim. Este nome significa literalmente “acácias” (Cipreste) devido a grande quantidade delas que cresciam ali, também é chamada de Abel-Sitim (Números 33.49) Ela é Identificado por Josefo como Abila, possivelmente Tell el-Kefrein, 10 quilómetros a leste do Jordão. Este foi o lugar do último acampamento de Israel antes de atravessar o Jordão: “E Josué, filho de Num, enviou secretamente, de Sitim, dois homens a espiar, dizendo: Ide reconhecer a terra e a Jericó” (Josué 2.1).

 

“... e o povo começou a prostituir-se com as filhas dos moabitas.”

Balaão, depois de haver falhado na sua tentativa de amaldiçoar Israel por dinheiro, conseguiu induzi-los por meio dos seus ardis a cometerem o pecado, esperando desta forma alcançar o seu fim. Essa é a chamada “Doutrina de Balaão”: “Mas algumas poucas coisas tenho contra ti, porque tens lá os que seguem a doutrina de Balaão, o qual ensinava Balaque a lançar tropeços diante dos filhos de Israel, para que comessem dos sacrifícios da idolatria, e fornicassem” (Apocalipse 2:14), e se refere a esse incidente.  O Novo Testamento também fala do "Caminho de Balaão" (2 Pedro. 2:15), referindo- se ao seu amor ao "salário da injustiça" (Números 22,24)..

Prostituir-se tem um sentido físico tanto quanto espiritual. A prostituição sagrada era uma característica comum da religião Cananéia; através dela aqui alguns dos israelitas foram persuadidos a participar de sacrifícios pagãos, e o povo inclinou-se aos deuses delas. Ao fazê-lo, quebrou tanto o primeiro quanto o segundo mandamentos: “Não terás outros deuses diante de mim... não as adorarás, nem lhes darás culto” (Exôdo 20:3, 5).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
13/04/2025

FONTES:

CABRAL, Elienai. E o Verbo se fez Carne – Jesus sob o olhar do apóstolo do amor. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

MACKINTOSH, C.H. Estudos sobre o livro de números – MACKINTOSH, C.H. 2.ed. São Paulo: Associação Religiosa Impressa da Fé, 2003.

WENHAM, G. J. Números: Introdução e Comentário. Tradução Adiel Almeida de Oliveira. São Paulo: Sociedade Religiosa Edições Vida Nova & Associação Religiosa Editora Mundo Cristão, 1985.

João 15:1

João 15:1 “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador.”

 

“Eu sou a videira verdadeira, ”

Tal como fazia com frequência, nesta passagem Jesus trabalha com imagens e ideias que formavam parte da herança religiosa do povo judeu. No Antigo Testamento se faz referência a Israel uma e outra vez como a vinha ou a videira de Deus. Isaías apresenta uma grande imagem de Israel como a vinha de Deus. “A vinha do SENHOR dos Exércitos é a casa de Israel” (Isaías 5:7).

Tanto era assim, que a vinha se converteu num símbolo de Israel: “Trouxeste uma videira do Egito”, cantou o salmista pensando na libertação de seu povo escravizado levada a cabo por Deus (Salmo 80:8). O emblema nas moedas dos macabeus era a vinha. A vinha formava parte do imaginário judaico; pois se tornara o próprio símbolo do povo de Israel.

Por que Jesus afirmou ser a “videira verdadeira”? Porque as coisas boas desta terra não passam de sombras das realidades eternas. O pão natural que alimenta o corpo não passa de um imperfeito símbolo de Cristo, o verdadeiro Pão que alimenta a alma. A água natural, que satisfaz a sede do corpo, é apenas um a leve sugestão de Cristo, a Agua Viva, que satisfaz a sede da alma. O Senhor, dizendo ser a Videira verdadeira, ensinando que, assim como a videira natural é a fonte de vida e fruição para seus ramos, também era Ele a verdadeira fonte da vida frutífera dos seus seguidores.

Barclay explica que quando Jesus afirma ser a videira verdadeira está fazendo contraste com o povo de Israel. "Vocês creem que porque pertencem ao povo de Israel são um ramo na videira verdadeira de Deus. Vocês creem que só porque são judeus e membros do povo eleito de Deus e devido a sua raça vocês são um ramo na videira de Deus. Mas a verdadeira videira não é o povo. Eu sou a videira verdadeira. Não é o fato de ser judeu o que os salvará. A única coisa que pode salvá-los é manter uma comunhão íntima e viva comigo porque eu sou a videira de Deus. E vocês devem ser ramos unidos a mim." Jesus estabelecia que o caminho rumo à salvação de Deus não passava pelo sangue judeu mas sim pela fé nele.

 

“... e meu Pai é o lavrador. ”

Nestas palavras, Deus é descrito com o sendo Dono e Cultivador da vinha, com o exercício das seguintes funções segundo Myer Pearlman:

1) Ele plantou a videira, ou seja, foi Ele quem enviou seu Filho a este mundo para ser fonte de vida: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu o seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (João 3:16)

2) Ele corta os ramos infrutíferos:Toda a vara, em mim, que não dá fruto, a tira". Assim como se remove os ramos inúteis, também são removidos os cristãos professos que não têm vida espiritual. Foi este o juízo divino pronunciado contra a nação de Israel (Eclesiastes 13.6-10; Romanos 11.17-21). Judas Iscariotes é exemplo destacado de alguém que foi cortado do convívio com Cristo (Atos 1.16-20).

3) Ele limpa (poda) o ramo frutífero: E limpa ioda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto”. Poderíamos supor que os ramos frutíferos ficariam livres da severidade, por serem motivos de satisfação para o Agricultor. No entanto, assim como videiras boas são podadas sem hesitação, a fim de concentrarem a seiva nos cachos, também os filhos de Deus muitas vezes recebem severas disciplinas a fim de se tornarem mais eficazes na obra cristã. Mediante a aplicação da disciplina, o Pai remove da alma humana os empecilhos à vida e ao crescimento, as ambições desta vida, a traiçoeira influência das riquezas, as concupiscências da carne e as paixões da alma (Hebreus 12.6-11).

Sobre essa limpeza Cristo tranquiliza seus discípulos: “Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado”. Tinham seguido os seus ensinos, estavam em comunhão com Ele (João 13.8-1 1).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
15/04/2025

FONTES:

CABRAL, Elienai. E o Verbo se fez Carne – Jesus sob o olhar do apóstolo do amor. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

PEARLMAN, Myer. João o evangelho do Filho de Deus. Rio de Janeiro, CPAD, 2024.

BARCLAY, William. The Gospel of John - Tradução: Carlos Biagini.

2 Reis 17:28

2 Reis 17:28 “Veio, pois, um dos sacerdotes que transportaram de Samaria, e habitou em Betel, e lhes ensinou como deviam temer ao Senhor. “

 

“Veio, pois, um dos sacerdotes que transportaram de Samaria,”

Após sucessivos avisos pelo ministério de todos os profetas: ”Convertei-vos de vossos maus caminhos, e guardai os meus mandamentos e os meus estatutos, conforme toda a lei que ordenei a vossos pais” (v.13). Israel não os ouviu: “Porém não deram ouvidos; antes endureceram a sua cerviz, como a cerviz de seus pais, que não creram no Senhor seu Deus” (v.14). E o Senhor os entregou ao Rei da Assíria, Salmanesser, após um cerco de três anos contra Samaria, enfim toda a tribo do Norte foi cativa. Salmanesser “fê-los habitar em Hala e em Habor junto ao rio de Gozã, e nas cidades dos medos” (v.6).

Após deixar a terra de Israel praticamente deserta, apenas os pobres mais miseráveis ali permaneceram. O rei da Assíria: “trouxe gente de Babilônia, de Cuta, de Ava, de Hamate e Sefarvaim, e a fez habitar nas cidades de Samaria, em lugar dos filhos de Israel; e eles tomaram a Samaria em herança, e habitaram nas suas cidades” (v.24).

Essas novos habitantes “no princípio da sua habitação ali, não temeram ao Senhor; e o Senhor mandou entre eles, leões, que mataram a alguns deles” (v.25). Após essa terrível experiência, entenderam os novos habitantes de Israel que esse mal acontecera porque não sabiam exercer o culto daquela terra e pediram ao rei da Assíria que os levasse um dos sacerdotes da terra. Salmanesser tendo conhecimento disso deu a ordem: “Levai ali um dos sacerdotes que transportastes de lá; e vá e habite lá, e ele lhes ensine o costume do Deus da terra” (v.27).

 

“... e habitou em Betel, e lhes ensinou como deviam temer ao Senhor. “

Esse sacerdote habitou em Betel. Betel significa “casa de Deus”. Originalmente chamada de Luz (Genesis 28.19), foi visitada por Abrão no início de sua peregrinação pela terra prometida (Genesis 12.8). Jacó teve seu sonho ali enquanto estava a caminho de Padã-Arã (Genesis 28.19). Ao retomar de Padã-Arã, Jacó construiu um altar aqui e chamou o lugar de El-Betel (Genesis 35.6,7). Jeroboão I fez de Betei um dos dois centros de adoração para Israel, após as divisões das Tribos entre Norte e Sul, erigindo ali um dos bezerros de ouro (1 Reis 12.28,29).

Esse sacerdote, não identificado retornou do cativeiro para Israel e ensinou os novos moradores como deveriam cultuar o Deus da terra. Ele os ensinou a temer ao Senhor. Todavia esses novos habitantes nunca deixaram de adorar aos seus deuses: “Assim temiam ao Senhor, mas também serviam a seus deuses, segundo o costume das nações dentre as quais tinham sido transportados” (v.33).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
15/04/2025

FONTES:

CABRAL, Elienai. E o Verbo se fez Carne – Jesus sob o olhar do apóstolo do amor. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

PFEIFFER, Charles F.; REA, VOS, Howard F.; REA, John.Dicionário Bíblico Wycliffe. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006. 

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 12 DE ABRIL DE 2025 (Gálatas 5.22)


LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
12 DE ABRIL DE 2025
QUEM NASCEU DE NOVO REVELA O FRUTO DO ESPÍRITO

Gálatas 5.22 “Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. ” 


Após de uma exposição sobre a luta da carne contra o Espírito, Paulo nos apresenta as chamadas “Obras da Carne” (Gálatas 5.19-21) elas são listadas: adultério, fornicação, impureza, lascívia, Idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, Invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus.

 

“Mas o fruto do Espírito é: “ 

A fim de evidenciar a vida de comunhão com Deus, Paulo começa agora a falar do que acontece com aqueles que se submetem ao Espírito Santo: em lugar de obras aparecem o fruto e em lugar de carne aparece o Espírito. As mais belas virtudes cristãs são destacadas na vida daqueles que vivem sob o controle do Espírito Santo. O singular fruto, como sempre é usado por Paulo, na verdade trata-se de um recurso para destacar a unidade que o Espírito Santo cria na vida daqueles que se sujeitam a Ele, produzindo as diversas virtudes, mas tendo uma só fonte. No viver carnal a desunião é grandiosa, ao contrário daqueles que vivem sob a vida dinâmica do Espírito Santo, que busca levar o crente a viver como Jesus viveu neste mundo, tendo um só sentimento, em total perfeição (Gl 4.19). O viver na carne traz diversos problemas, conflitos, pecados, mas o viver no Espírito produz uma vida segundo o querer de Jesus. A lista de Paulo começa da seguinte maneira:


“...amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. ”

a) Amor (Agápe). É importante entender que Paulo não está dizendo aqui, que as demais virtudes vêm do amor, na verdade, ao o amor é a decisão de tudo (1 Coríntios 13.13; 1 João 4.8).

b) Gozo (Chard — alegria com motivos certos). Quer dizer alegria, não é produto do crente, mas vem ao crente por meio de Jesus e do Espírito (João 15.11; 1 Tessalonicenses 1.6).

c) Paz (Eiréne — ordem, segurança, felicidade, ausência de ódio, vida confiante no que Cristo fez). Essa paz vem de Cristo e concede tranquilidade ao crente (João 14.27; Filipenses 4.6), ela visa atingir também os relacionamentos.

d) Longanimidade (makrothumía-paciência). Dominado por esse fruto o cristão não se apressa em tomar atitude ásperas de imediato, nem fica dominado com o sentimento de vingança, mas deixa tudo nas mãos de Deus (Romanos 12.19).

e) Benignidade (Crestótes — generosidade, amabilidade). A ênfase está em fazer o bem e envolve atitudes sociais.

f) Bondade (Agathosyne — retidão, bondade benéfica). Essa bondade trata-se mais de uma conduta, alguém que faz o bem porque é reto e sua alma aborrece o mal. Dominado por esse fruto o cristão nunca agirá com intenções e motivos maléficos.

g) Fidelidade (Pístis — entenda que não se trata de fé, mas sim de fidelidade, lealdade). São diversos os conceitos que essa palavra recebe, mas nesta ocasião ela ganha uma conotação de integridade, dignidade que merece confiança (Mateus 23.23; 2 Timóteo 4.7; Tito 2.10).

h) Mansidão (Praótes — gentileza, faz o bem para o outro com toda humildade, pois o eu carnal está subjugado).

i) Domínio próprio (Encrateia — autocontrole. Domínio sobre os desejos e as paixões, especialmente os apetites sensuais). Estudiosos falam desse controle como um ato de reprimir com mão forte, por intermédio do Espírito, os desejos do eu carnal.

Observe que no tocante às obras da carne, Paulo diz que aqueles que são dominados por ela jamais entrarão no reino dos céus. Para as obras carnais existe restrição, exigências, mas quanto aos frutos do Espírito Santo, Paulo diz que não há Lei, ou melhor, restrição. Não há Lei para frear o fruto do Espírito, pois todas as virtudes do fruto do Espírito são benéficas para nossa vida (Romanos 8.4; 1 Timóteo 1.9). O cristão deve procurar sempre viver sob o poder do Espírito Santo para que esses frutos estejam em sua vida (João 15.2; Efésios 5.9; Colossenses 3.12; 1 Coríntios 13.7).


DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
15/3/2023

Fontes:

RENOVATO, Elinaldo. Aviva a Tua Obra – O chamado das escrituras ao quebrantamento e ao poder de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

GOMES, Osiel. As Obras da Carne e o Fruto do Espírito - Como o crente pode vencer a verdadeira batalha espiritual travada diariamente. Rio de Janeiro: CPAD, 2016.