sábado, 2 de novembro de 2024

Hebreus 13.8

  

Hebreus 13.8 “Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente. ”

 

“Jesus Cristo é o mesmo,

Provavelmente, o versículo mais conhecido de Hebreus. Gerações de antigos líderes estimados já morreram, mas temos Aquele que continua vivo, a nos servir e ajudar, como já não podem fazer os líderes que partiram. Hebreus 1:12 aplica as palavras de Salmos 102:27 a Ele: “Tu, porém, és o mesmo, e os teus anos jamais terão fim”.

O Antigo Testamento faz declarações como  esta sobre Deus: “Eu, o SENHOR, o primeiro, e
com os últimos Eu mesmo
” (Isaías 41:4; veja 44:6).  Aqui em Hebreus, a mesma terminologia é aplicada a Cristo. Não há incongruência, pois Cristo é, de fato, “o primeiro e o último” (Apocalipse 1:17).

Esta passagem mostra a imortalidade do Filho de Deus e, por extensão, aquilo que Ele é quanto ao tempo! O Filho é o Criador do Universo (vv. 10-12). A criação como agora existe será “mudada” (v. 12) qual “vestido”, havendo depois novos céus e nova Terra, mas Cristo é eterno, imutável. Cristo é o mesmo, a fé é igualmente a mesma.

Jesus é o mesmo quanto ao Seu propósito e ensino. Nosso ensino sobre Cristo, corretamente interpretado, também deve ser o mesmo. Visto que Ele não muda quanto à verdade da Sua palavra, nós também não devemos mudar nosso procedimento, deixando de seguir o que Cristo ordenou (1 Coríntios 15:58).

 

“... ontem, e hoje, e eternamente. ”

As três dimensões em que Cristo se apresenta aqui refletem aquilo que Ele foi, e é, e será para sempre o mesmo.

Ele é o mesmo ontem. Cristo é eterno e histórico. Ele nasceu de uma virgem e fez parte do tempo; mas como Deus, Ele é “Pai da Eternidade”: ”Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Isaías 9.6).

Ele é o mesmo hoje. Cristo é eterno, histórico e atual porque a sua existência transcende o tempo. Ele existiu e está existindo e continuará a existir! Porque Ele vive e reina para sempre: “E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém” (Apocalipse 1.18).

Ele será o mesmo eternamente. Cristo é eterno porque possui em si a natureza da imortalidade. “O qual é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele” (Colossenses 1.15-17).

Jesus Cristo ontem e hoje é o mesmo, e até as eras. Sua obra de ontem, a obra sacrificial e expiatória como sumo sacerdote, foi exposta pelo autor de Hebreus com profundidade. É a própria base do cristianismo. Hoje a obra de Cristo prossegue, na intercessão que ele faz por nós, à mão direita do Pai (Hebreus 7.25; 4.14-16).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
06/11/2024

FONTES:

RENOVATO, Elinaldo. As Promessas de Deus - Confie e Viva as Bênçãos do Senhor porque Fiel é o que Prometeu. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201408_11.pdf

SILVA, Severino Pedro da. Epístola aos hebreus: as coisas novas e grandes que Deus preparou para você. Rio de Janeiro: CPAD, 2003

BOYD, Frank M. Comentário Bíblico Gálatas, Filipenses, 1 e 2 Tessalonicenses e Hebreus. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 1996. 

GUTHRIE, Donald. Hebreus- Introdução e Comentário. São Paulo: Vida Nova, 1984.

HEGNER, Donald A. Hebreus- Novo Comentário Bíblico Contemporâneo. Editora Vida, São Paulo.

Genesis 6.3

  

Genesis 6.3 “Então disse o Senhor: Não contenderá o meu Espírito para sempre com o homem; porque ele também é carne; porém os seus dias serão cento e vinte anos. ”

“Então disse o Senhor: Não contenderá o meu Espírito para sempre com o homem; porque ele também é carne”

Esse versículo apresenta uma serei de desafios até suas traduções são variadas. A ARA traduz: “Então, disse o Senhor: O meu Espírito não agirá para sempre no homem”. O verbo hebraico para contender pode ser traduzido também como lutar com ou permanecer com. A primeira tradução representaria Deus usando continuamente de força para com os homens rebeldes, para mantê-los em linha e para evitar que se destruam completamente como resultado de seu comportamento pecador. O segundo ponto de vista representaria Deus como tomando a determinação de afastar seu fôlego vital da vida do homem, resultando, é claro, na morte.

A razão para o Espírito que Deus deu ao homem não permanecer (não contender) nele “para sempre” é que ele “é carnal”. A palavra hebraica equivalente a “carnal” (basar), possui vários significados e deve ser entendida segundo o contexto. Aqui essa palavra pode indicar a fragilidade da nossa natureza física: “Ele, porém, que é misericordioso, perdoou a sua iniquidade; e não os destruiu, antes muitas vezes desviou deles o seu furor, e não despertou toda a sua ira. Porque se lembrou de que eram de carne, vento que passa e não volta” (Salmos 78.38-29). Mas também pode ser perfeitamente uma referência à fraqueza da natureza humana decaída “Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos” (Efésios 2.3). Algumas versões traduzem a palavra “carne” por “natureza humana” (NTJ).

 

“..., porém os seus dias serão cento e vinte anos. ”

Alguns afirmam que Deus encurtou o tempo de vida do homem por causa de sua inclinação para o pecado e a maldade. Será que Deus determinou que, após o dilúvio, Ele limitaria o tempo de vida do homem para uns 120 anos, e não quase 900 anos, como está registrado a respeito dos pré-diluvianos, no capítulo 5? Este palpite é plausível no contexto imediato da destruição do mundo. Talvez Deus tenha decidido não mais tolerar pessoas vivendo por tanto tempo com pensamentos e atos completa e continuamente malignos (6:5).

Alguns continuaram a viver mais de 120 anos. Noé, por exemplo, tinha 600 anos quando o dilúvio sobreveio à terra (7:6) e viveu até os 950 anos (9:29). Abraão viveu 175 anos (25:7), Isaque viveu até 180 anos (35:28) e Jacó, até 147 (47:28). José viveu 110 anos (50:26), Moises ainda era forte quando morreu aos 120 anos (Deuteronômio 34:7) e Josué viveu 110 anos (Josué 24:29). No grupo posterior, só Arão excedeu a idade de 120 (Números 33:39), morrendo aos 123. Obviamente, isto poderia sugerir que 120 anos veio a ser a longevidade máxima depois de Noé. Essa redução aconteceu gradualmente, havendo algumas exceções à regra.

Uma segunda ideia é que os 120 anos representam um período de graça antes do dilúvio, no qual Noé, “pregador de justiça”: “Ele não poupou o mundo antigo quando trouxe o dilúvio sobre aquele povo ímpio, mas preservou Noé, pregador da justiça, e mais sete pessoas” (2 Pedro 2:5), teria tempo para advertir a humanidade de que o julgamento divino estava próximo, visando ao arrependimento daquela geração: “no qual também foi e pregou aos espíritos em prisão, os quais, noutro tempo, foram desobedientes, quando Deus aguardava com paciência nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca, na qual poucas pessoas, apenas oito, foram salvas através da água” (1 Pedro 3:19, 20). Uma antiga obra judaica interpretou essa declaração como um tempo de provação: “Eu lhes darei um prazo: cento e vinte anos; caso possam ser convertidos”. Esta última ideia é mais sustentável porque se encaixa melhor no contexto mais amplo da longevidade dos indivíduos que viveram após o dilúvio. Além disso, esse tempo foi necessário para que a família de Noé construísse a arca, a qual tinha consideráveis dimensões.

Sobre a contradição Kidner escreveu: “Os cento e vinte anos poderiam ser o período de espera antes do dilúvio, ou a média menor da duração da vida humana, que doravante se deveria esperar. Qualquer destes significados harmoniza-se com o que se segue em Gênesis. ”

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
04/11/2024

FONTES:

RENOVATO, Elinaldo. As Promessas de Deus - Confie e Viva as Bênçãos do Senhor porque Fiel é o que Prometeu. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

https://textoaureoebd.blogspot.com/search?q=a+carne+%C3%A9+fraca

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201508_01.pdf

Kidner, Derek. Gênesis: introdução e comentário. Trad. Odayr Olivetti.São Paulo: Vida Nova, 2004.

HARRISON, Everret F; PFEIFFER, Charles F. Comentário Bíblico Moody. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1990.

Salmo 90.10

  

Salmo 90.10 "Os dias da nossa vida chegam a setenta anos, e se alguns pela sua robustez chegam a oitenta anos, o orgulho deles é canseira e enfado, pois logo passa e vamos embora voando".

 

"Os dias da nossa vida chegam a setenta anos, ”

O próprio Moisés, escritor do salmo, viveu mais do que isto (70 anos), mas o seu caso foi uma exceção, e não regra: no seu tempo, pois a vida já tinha a mesma duração que tem hoje em dia. Lembrem-se que no segundo ano da peregrinação no deserto, conforme o relato de Números 14, Deus declarou que todos aqueles que tinham sido recentemente contados no monte Sinai morreriam no deserto e que apenas Josué e Calebe entraram na terra prometida com mais de sessenta anos.

Isto é a própria brevidade, em comparação com os homens de antigamente, mas não é nada quando em comparação com a eternidade. Mas a vida é suficientemente longa para a virtude e a piedade, e longa demais, para a maldade e a blasfêmia. O Senhor havia dito anteriormente em Genesis 6.3 “Então disse o Senhor: Não contenderá o meu Espírito para sempre com o homem; porque ele também é carne; porém os seus dias serão cento e vinte anos. ”

 

“... e se alguns pela sua robustez chegam a oitenta anos, o orgulho deles é canseira e enfado, ”

A força incomum que ultrapassa o limite de setenta anos somente leva o homem idoso a uma região onde a vida é um cansaço e um lamento. Chegaram os maus dias, e os anos em que o homem clama: “Não tenho neles contentamento”.

Normalmente, a velhice é um estado de fragilidade; o próprio gafanhoto é um peso para ela, (Eclesiastes 12.5). Até mesmo o velho é um peso, para sua esposa, seus filhos, para si mesmo. Como disse Barzilai a Davi: “Da idade de oitenta anos sou eu hoje; poderia eu discernir entre bom e mau? Poderia o teu servo ter gosto no que comer e beber? Poderia eu mais ouvir a voz dos cantores e cantoras?” 2 Samuel 19.35. A velhice, dizemos, é um bom convidado, e deveria ser bem recebida, mas ela traz tal grupo consigo: cegueira, dores, tosses, etc.; estas coisas são incômodas, como poderiam ser bem recebidas? Thomas Adams diz: “Se o melhor deles for canseira e enfado, o que será o pior deles? ”

“... pois logo passa e vamos embora voando".

As suas palavras são mais apropriadamente traduzidas como: “Ele nos conduz rapidamente, e nós voamos”; assim como codornas são levadas juntamente com o forte vento ocidental, também os homens são levados, diante das tempestades da morte.

Mesmo que a vida chegue a 80 anos, parece um período curto, e nós voamos como num sonho (Jó 20:8). Estas palavras adquirem sentido especial para uma pessoa que está à beira da morte e olha para os dias de sua peregrinação. Jacó, que viveu além disso, disse acerca dos seus anos a Faraó: “Os dias dos anos das minhas peregrinações são cento e trinta anos; poucos e maus foram os dias dos anos da minha vida e não chegaram aos dias dos anos da vida de meus pais, nos dias das suas peregrinações” (Genesis 47.9).

Os dias das pessoas são tão passageiros e insatisfatórios como a erva ou a flor do campo, desaparecendo rapidamente: “Quanto ao homem, os seus dias são como a erva, como a flor do campo assim floresce. Passando por ela o vento, logo se vai, e o seu lugar não será mais conhecido” (salmo 103-15-16)

O Pregador descreve a vida como uma preciosa tigela de ouro suspensa do céu por um cordão de prata que está conectado com o alto, com o céu: “Antes que se rompa o cordão de prata, e se quebre o copo de ouro, e se despedace o cântaro junto à fonte, e se quebre a roda junto ao poço” (Eclesiastes 12:6). A vida está conectada com Deus. Ele deu ao homem o sopro da vida. No entanto, quando o cordão de prata é removido, quando se rompe, a tigela de ouro cai na terra e se despedaça irremediavelmente. A luz da vida é completamente extinta. Depois do fim da vida vem o encontro com Deus. O homem é chamado a se preparar para isso: “Prepare-se para encontrar o seu Deus” (Amós 4:12).

Não importa quanto possamos viver, é inevitável que, um dia, voamos desta vida, com a morte.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
06/11/2024

FONTES:

RENOVATO, Elinaldo. As Promessas de Deus - Confie e Viva as Bênçãos do Senhor porque Fiel é o que Prometeu. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

SPURGEON, Charles. Os Tesouros de Davi – Volume II. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

https://bibliotecabiblica.blogspot.com/2015/08/significado-de-salmos-90.html

Ezequiel 36.26

  

Ezequiel 36.26 “E vos darei um coração novo e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei o coração de pedra da vossa carne e vos darei um coração de carne. 

 

“E vos darei um coração novo e porei dentro de vós um espírito novo; ”

O velho coração estava irremediavelmente corrompido pelo pecado. Assim como Davi, após pecar com Bate-Seba pediu a Deus para “criar nele um coração puro” (Salmos 51:10), Israel carecia dessa nova criação.

Ao dizer que eles receberiam um novo coração, Deus estava declarando uma mente ou intelecto renovado, e uma transformação emocional. Do coração procedem as “fontes da vida” (Provérbios 4:23); se o coração não for guardado, ele nos levará para longe do Senhor: “Porque do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, fornicação, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias” (Mateus 15.19).

O personagem bíblico do Antigo Testamento que recebeu um novo coração foi Saul: “Sucedeu, pois, que, virando ele as costas para partir de Samuel, Deus lhe mudou o coração em outro; e todos aqueles sinais aconteceram naquele mesmo dia” (1 Samuel 10:9), após receber esse novo coração o Espírito de Deus se apoderou dele e começou a profetizar.

 

“... e tirarei o coração de pedra da vossa carne e vos darei um coração de carne. ”

O povo se tornara obstinado, teimoso e rebelde. Seus corações haviam ficado completamente insensíveis à vontade de Deus, se tornaram pedras; seus ouvidos estavam surdos aos clamores do Senhor: “Mas a casa de Israel não te quererá dar ouvidos, porque não me querem dar ouvidos a mim; pois toda a casa de Israel é de fronte obstinada e dura de coração” (Deuteronômio 9:6).

Estevão denunciou os homens da sua geração dizendo: “Homens de dura cerviz, e incircuncisos de coração e ouvido, vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim vós sois como vossos pais” (Atos 7.51).

Agora, com essa transformação, o povo seria sensível, pois receberiam um coração de carne e estariam atentos à palavra do Senhor: “E lhes darei um só coração, e um espírito novo porei dentro deles; e tirarei da sua carne o coração de pedra, e lhes darei um coração de carne” (Ezequiel 11:19). Com esse novo coração conseguiriam sentir o que Deus sentia, pois possuíram o seu Espírito: “Quem não tem o Espírito não aceita as coisas que vêm do Espírito de Deus, pois lhe são loucura; e não é capaz de entendê-las, porque elas são discernidas espiritualmente. Mas quem é espiritual discerne todas as coisas, e ele mesmo por ninguém é discernido; pois "quem conheceu a mente do Senhor para que possa instruí-lo? " Nós, porém, temos a mente de Cristo” (1 Coríntios 2.14-16).

 

A implantação do Espírito de Deus dentro deles transformará seus motivos e lhes capacitará a viver de acordo com os estatutos e os juízos de Deus: “Mas esta é a aliança que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei a minha lei no seu interior, e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. E não ensinará mais cada um a seu próximo, nem cada um a seu irmão, dizendo: Conhecei ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o Senhor; porque lhes perdoarei a sua maldade, e nunca mais me lembrarei dos seus pecados” (Jeremias 31.32-33).

O resultado deste transplante psicológico é que Israel passará por uma verdadeira mudança de sentimentos. Isso ocorrerá de maneira plena na ocasião da manifestação em glória de Cristo:  Mas sobre a casa de Davi, e sobre os habitantes de Jerusalém, derramarei o Espírito de graça e de súplicas; e olharão para mim, a quem traspassaram; e prantearão sobre ele, como quem pranteia pelo filho unigênito; e chorarão amargamente por ele, como se chora amargamente pelo primogênito” (Zacarias 12.10).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
08/11/2024

FONTES:

RENOVATO, Elinaldo. As Promessas de Deus - Confie e Viva as Bênçãos do Senhor porque Fiel é o que Prometeu. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

TAYLOR, John B. Ezequiel introdução e comentário. São Paulo: Mundo Cristão, 1984.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201910_08.pdf

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 02 DE NOVEMBRO DE 2024 (Hebreus 2.1)

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
02 DE NOVEMBRO DE 2024
O CUIDADO CONTRA A APOSTASIA INDIVIDUAL

Hebreus 2.1 “Portanto, convém-nos atentar com mais diligência para as coisas que já temos ouvido, para que em tempo algum nos desviemos delas. ”

 

“Portanto, convém-nos atentar com mais diligência para as coisas que já temos ouvido, ”

“Portanto”, indica que o que vem a seguir significa será uma conclusão do raciocínio apresentado no capítulo primeiro acerca da elevada dignidade de Cristo e sobre seu poder de salvar. Nos convém “atentar com mais diligência” ou “Importa que nos apeguemos, com mais firmeza” Essa frase é usada no sentido de nos orientar a ter “atenção máxima”. Aos hebreus Deus falou: “Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos” (Êxodo 19.5).

Senão agirmos com diligencia estaremos perdidos. Aqueles que não prestam a devida atenção a esta admoestação mostram-se descuidados com a eternidade!

Uma atenção especial e cuidadosa deve ser dada as “coisas que já temos ouvido, ” ou “às verdades ouvidas”. O que ouvimos? Subentende-se aqui tudo o que está incluso nas boas novas do evangelho.

Pode-se definir que o evangelho contém pelo menos quatro elementos: 1) Ele contém o nosso credo, que é a essência da mensagem do evangelho (1 Coríntios 15:1–4). 2) Ele contém as promessas que esperamos (Romanos 8:24; Tito 1:2), incluindo a esperança no céu, na vida eterna, na redenção do corpo na ressurreição e na providência divina nesta vida. 3) Ele contém
mandamentos a serem obedecidos e aos quais devemos nos submeter (Mateus 28:19, 20; Marcos 16:15, 16; 2 Timóteo 2:2). 4) Ele adverte do castigo aos que não lhe obedecem, dando-nos razão para temer (2 Tessalonicenses 1:7–9; Mateus 25:31, 46; Hebreus 10:26–29 e 12:28, 29).

 

“... para que em tempo algum nos desviemos delas. ”

A NVI diz: “para que jamais nos desviemos”. A palavra grega traduzida por “desviemos” significa literalmente “escoar para além de”. Uma porção de ilustrações pode ser usada para descrever esse tipo de desvio: um navio que desliza de seu ancoradouro e desvia para a destruição; um anel que escorrega do dedo de um nadador descuidado ou um corredor de longa distância que toma a direção errada do trajeto. A tragédia desse desvio é vividamente ilustrada toda vez que veículos perdem a direção e saem bruscamente do curso normal, colidindo com outros veículos ou pedestres.

A ideia, portanto, desta palavra é que precisamos urgentemente ancorar nossas vidas ao que temos aprendido, e jamais deixar que o barco de nossas vidas se solte do porto e naufrague. F. F. Bruce disse: Qualquer que seja a força metafórica do verbo aqui, o autor está advertindo os leitores cristãos, os quais ouviram e aceitaram o evangelho, que, se eles cederem à tentação de abandonar a fé, a situação deles será desesperadora.

Desviar-se, portanto, destas coisas, era voltar as costas para o maior e melhor benefício de Deus a eles concedido, que doravante eram justificados em Cristo, sem o rigor da Lei: “Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê (Romanos 10.4).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
29/10/2024

FONTES:

RENOVATO, Elinaldo. As Promessas de Deus - Confie e Viva as Bênçãos do Senhor porque Fiel é o que Prometeu. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201402_09.pdf

SILVA, Severino Pedro. Epístola aos Hebreus – as coisas novas e grandes que Deus preparou para você. Rio de Janeiro CPAD, 2023.