sábado, 20 de julho de 2024

Jó 14.7

 

Jó 14.7 “Porque há esperança para a árvore que, se for cortada, ainda se renovará, e não cessarão os seus renovos.”

 

“Porque há esperança para a árvore que, se for cortada, ainda se renovará,”

Todo homem moribundo certamente refletirá sobre a morte, pois a enfermidade propositalmente o lembrará dela. Aqui Jó fala o que pensa sobre ela, pois está nessa condição. Enquanto meditava Jó observou a árvore. É possível uma árvore cortada, se renovar e tornar a brotar rebentos do seu tronco. Há esperança para ela.

A palavra esperança significa, entre outras coisas, a expectativa de se auferir algum bem ou benefício futuro. No âmbito das Sagradas Escrituras, é a certeza do cumprimento das promessas que nos foram feitas por Deus: “Porque todas quantas promessas há de Deus, são nele sim, e por ele o Amém, para glória de Deus por nós  (2 Coríntios 1.20).

Se o corpo da árvore for cortado, e somente o tronco ou toco for deixado no solo, ainda que possa parecer morto e seco, brotará, e surgirão novos renovos, como se tivessem sido recém plantados. Mas o homem não tem esta esperança de retorno à vida. O que ele deseja dizer é que o homem é inferior à árvore, que é cortada e revive, enquanto o homem não.

Isso não nega uma vida futura, mas um retorno à condição atual da vida. Jó claramente espera por um estado futuro. Ainda assim, é apenas uma esperança vaga e trêmula, não uma garantia; pois Jó não possuía uma revelação da vida futura como temos hoje em Cristo: “E que é manifesta agora pela aparição de nosso Salvador Jesus Cristo, o qual aboliu a morte, e trouxe à luz a vida e a incorrupção pelo evangelho” (2 Timóteo 1:10).

Exceto o único vislumbre brilhante em Jó 19.25-26 “Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra. E depois de consumida a minha pele, contudo ainda em minha carne verei a Deus”.

 

“... e não cessarão os seus renovos.”

Swindoll escreveu: Quando você limpa um campo, o lenhador experiente irá aconselhá-lo a remover os tocos. Não os deixe no solo. Se deixar um toco, ele logo brota quando a chuva cai. A árvore vai voltar; até o arbusto crestado volta a ficar verde. As plantas e as árvores são assim. A umidade da terra e a chuva do céu são de certa forma, percebidas pelo toco de uma árvore, e têm uma influência para revivê-lo: “Ao cheiro das águas brotará, e dará ramos como uma planta” (Jó 14.9).

Elas se renovarão abundantemente como foi renovada a vara seca de Arão: “Sucedeu, pois, que no dia seguinte Moisés entrou na tenda do testemunho, e eis que a vara de Arão, pela casa de Levi, florescia; porque produzira flores e brotara renovos e dera amêndoas” (Números 17.8).

No sonho de Nabucodonosor, quando o fato de ser privado do uso de sua razão foi representado pelo corte de uma árvore, o seu retorno à razão foi representado pelo deixar do tronco na terra, com cadeias de ferro e de bronze, para ser molhado pelo orvalho do céu: “Mas deixai na terra o tronco com as suas raízes, atada com cadeias de ferro e de bronze, na erva do campo; e seja molhado do orvalho do céu, e seja a sua porção com os animais na erva da terra (Daniel 4.15).

Todos os que meditam de dia e de noite na Palavra de Deus serão como árvores renovadas: “Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto no seu tempo; as suas folhas não cairão, e tudo quanto fizer prosperará” (Salmo 1.3).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
21/7/2024

FONTES:

QUEIROZ, Silas. O Deus Que Governa o Mundo e Cuida da Família – Os Ensinamentos Divinos nos livros de Rute e Ester para a Nossa Geração. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

MESQUITA, Antonio Neves. Estudo no livro de Jó – uma interpretação do sofrimento humano. Rio de Janeiro: Juerp, 1979.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_202102_04.pdf

SWINDOLL, Charles R. Jó: Um homem de tolerância heroica - São Paulo: Mundo Cristão, 2004.

HENRY, Matthew. Comentário Bíblico –Livros Poéticos:  Rio de Janeiro, CPAD.

FAUSSET, A. R.; BROWN, David; JAMIESON , R. Jamieson, Fausset and Brown’s commentary on the whole Bible. Grand Rapids: Zondervan Classic Reference Series, 1999.Crossway Books, 1999.

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 20 DE JULHO DE 2024 (Lucas 24.10)

 

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
20 DE JULHO DE 2024
AS MULHERES COMO TESTEMUNHAS NO MINISTÉRIO DE JESUS

Lucas 24.10 “E eram Maria Madalena, e Joana, e Maria, mãe de Tiago, e as outras que com elas estavam, as que diziam estas coisas aos apóstolos.”

 

E eram Maria Madalena, e Joana, e Maria, mãe de Tiago,

A feliz descoberta da ressurreição de Jesus foi feita por um grupo de mulheres o que seguiam. Elas haviam ido ao sepulcro a fim de embalsamá-lo. Pois elas levaram as especiarias que tinham preparado.

O embalsamamento era o costume judaico de colocar especiarias aromáticas nas ataduras em que envolviam o corpo. O propósito da visita ao túmulo indica que não esperavam um Cristo ressurreto. E possível, também, segundo o costume da época, que tenham ido lamentar por Ele.

Segundo Mateus, “No fim do sábado, quando já despontava o primeiro dia da semana”; segundo João: “No primeiro dia da semana... de madrugada, sendo ainda escuro”. Conclusão: as mulheres visitaram o túmulo bem cedo, na manhã do domingo, antes do nascer do sol e pouco tempo após a ressurreição. As mulheres que foram ao sepulcro segundo o Evangelista Lucas se chamavam:

Maria Madalena provavelmente tinha esse nome segundo a cidade de Magdala na Galiléia. Uma cidade mencionada somente uma vez no NT, em Mateus 15.39. Ela é mencionada em Lucas 8.2 como tendo sido liberta de sete demônios. Depois de sua conversão, a sua devoção a Cristo se tornou evidente, e pode ser vista em alguns episódios, como por exemplo, quando ela aparece durante o seu ministério e também em sua paixão (Lucas 8.1-3; Marcos 15.40,41; João 19.25). Ela foi a primeira a ver o Senhor ressuscitado (João 20.11-18).

Joana era a esposa de Cuza, oficial de Herodes Antipas: “E Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes, e Suzana, e muitas outras que o serviam com seus bens (Lucas 8:3) e uma das mulheres que serviam a Jesus com suas fazendas. Acompanhou as outras mulheres da Galiléia até o túmulo de Jesus (Lucas 23.55-24.10).

Maria, a mãe de Tiago, foi mencionada por Mateus (27:56) e Marcos (15:40). Somadas as informações descobrimos que é identificada também como Maria, mãe de Tiago, o Menor, e de José, e que acompanharam Jesus na Galiléia e o serviram. Ela é mencionada em conexão com todos os eventos que cercam a morte, o sepultamento e a ressurreição de Cristo, porém pouco mais pode ser dito com segurança a seu respeito.

 

“... e as outras que com elas estavam,”

Isso indica que as mulheres citadas não eram as únicas. Então provavelmente dois grupos de mulheres visitaram o túmulo. Isto explica as diferenças entre as narrativas. Não era intenção dos quatro evangelistas fazer um relatório minucioso das circunstâncias que envolveram aquela Páscoa; preocuparam-se simplesmente em narrar de forma breve o fato da ressurreição de Jesus.

Cada escritor o apresenta de um ponto de vista, mencionando apenas os detalhes necessários ao seu propósito. Este fato explica as diferenças de detalhes, tais como o número de mulheres, a posição dos anjos e o número deles.

 

“... as que diziam estas coisas aos apóstolos.”

Aparentemente, os apóstolos não estavam reunidos, em um só corpo; eles estavam espalhados, cada um na sua cidade, talvez dois ou três juntos no mesmo alojamento, mas um contava a outros, e estes contavam a outros, de modo que, dentro de pouco tempo, naquela manhã, todos eles souberam disto. Mas nós lemos (v. 11) como a notícia foi recebida: “As suas palavras lhes pareciam como desvario, e não as creram”.

Os apóstolos e os outros discípulos aguardavam a ressurreição, mas na realidade, era a última coisa que esperavam. A prisão e a crucificação do Mestre paralisara por um tempo a sua fé, de modo que não podiam crer no testemunho das mulheres. Descrença indesculpável, porque as mulheres viram o túmulo vazio, ouviram a mensagem dos anjos, e viram, tocaram e ouviram o próprio Jesus (Mateus 28.9).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
13/7/2024

FONTES:

QUEIROZ, Silas. O Deus Que Governa o Mundo e Cuida da Família – Os Ensinamentos Divinos nos livros de Rute e Ester para a Nossa Geração. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

HARRISON, Everret F; PFEIFFER, Charles F. Comentário Bíblico Moody. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1990.

PERLMAN, Myer. Lucas, o Evangelho do Homem Perfeito. l.ed. - Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 1995.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry - Mateus a João. Rio de Janeiro CPAD, 2008.

PFEIFFER, Charles F.; REA, VOS, Howard F.; REA, John.Dicionário Bíblico Wycliffe. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.