sexta-feira, 18 de julho de 2025

Tito 1:2

    

Tito 1:2 “Em esperança da vida eterna, a qual Deus, que não pode mentir, prometeu antes dos tempos dos séculos;”

 

“Em esperança da vida eterna,”

A verdadeira religião e a prática da piedade promovem a esperança da vida celestial. Erdman diz que a fé e o conhecimento da verdade são acompanhados da esperança. A palavra “esperança” aparece 52 vezes no Novo Testamento e sempre está em conexão com Deus, com o Mediador e com os crentes. Deus é o autor dessa esperança, pois ele é o Deus da esperança (Romanos 15.13).

O propósito dessa esperança é oferecer aos que creem a vida eterna (Romanos 6.23). Essa vida eterna tem a ver com a fruição da comunhão com Deus, desde agora e por toda a eternidade (Jo 17.3,24). A verdade do evangelho não apenas transforma a vida aqui e agora, mas também aponta para uma esperança gloriosa no futuro. Somos nascidos de Deus para uma viva Esperança.

A comunhão consciente com Deus, já aqui na terra, por si só é um a garantia e um antegozo da vida eterna: “E todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá” (João 11.26). Agora mesmo, nós, que somos filhos de Deus, temos a vida eterna; na vinda do Senhor, alcançaremos a imortalidade.

João equiparou Jesus com “a vida eterna”. Ele proclamou que “Deus nos deu a vida eterna, e esta vida está em seu Filho” (1 João 5:11).  João também afirmou em seu evangelho: “Porque, como o Pai tem a vida em si mesmo, assim deu também ao Filho ter a vida em si mesmo” (João 5:26). Cristo é o doador da vida eterna.

Esse trecho do versículo é uma forte reminiscência de João 17:3: “E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste”, pois lá como cá a vida eterna é definida em termos de conhecer a Deus, tanto ao Pai como ao Filho. O pai é a fonte da vida eterna, e Jesus Cristo transmite essa vida (João 1.4 - 14.6). Lemos no contexto do capítulo: “Estas coisas vos escrevi a vós, os que credes no nome do Filho de Deus, para que saibais que tendes a vida eterna” (1 João 5:13).

 

“... a qual Deus, que não pode mentir,”

Um dos atributos comunicáveis de Deus é a veracidade, “Ele não pode mentir”, porque isso seria contrário a sua natureza, pois Ele não muda (Malaquias 3.6). O apóstolo Paulo escreveu: “Seja Deus verdadeiro, e mentiroso todo homem ...” (Romanos 3.4). O homem mente, mas Deus sempre diz a verdade. Hebreus 6:18 diz: “mediante duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, forte alento tenhamos nós que já corremos para o refúgio, a fim de lançar mão da esperança proposta”.

Por ocasião da tentativa de Balaque em fazer com que o profeta Balaão amaldiçoasse o povo de Israel, lemos que, ao introduzir a mensagem da Palavra de Deus que não agradaria a Balaque, o profeta Balaão enfatizou que Deus não mente nem se arrepende para, em seguida, arrematar: “Eis que recebi mandado de abençoar; pois ele tem abençoado, e eu não o posso revogar” (Números 23.20). Assim, Balaão não podia fazer o que Deus não havia decretado.

 

“... prometeu antes dos tempos dos séculos;”

Esse Deus que jamais mentir, não porque não tem poder para mentir, mas porque mentir contradiz a sua natureza, pois Ele é a Verdade, nos prometeu a vida eterna.

Deus sempre cumpre aquilo que promete: “porventura, diria ele e não o faria? Ou falaria e não o confirmaria?”. Em outras palavras, suas declarações proféticas e suas promessas infalivelmente terão cumprimento: “Não quebrarei a minha aliança, não alterarei o que saiu dos meus lábios” (Salmo 89.34), pois, Ele vela “sobre a minha palavra para cumpri-la” (Jeremias 1.12).

Ele decretou a vida eterna antes dos tempos dos séculos “como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor” (Efésios 1:4). Para uma santa vocação: “Que nos salvou, e chamou com uma santa vocação; não segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos dos séculos;” (2 Timóteo 1:9). 

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
18/07/2025 

FONTES:

GONÇALVES, José. A igreja em Jerusalém – Doutrina comunhão e fé: A base para o crescimento da igreja em meio as perseguições. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

LOPES, Hernandes Dias. Tito e Filemom; doutrina e vida, um binômio.  São Paulo: Hagnos, 2009.

https://textoaureoebd.blogspot.com/2024/11/numeros-2319.html

https://textoaureoebd.blogspot.com/2025/01/1-joao-520.html

https://textoaureoebd.blogspot.com/2025/05/joao-173.html

https://textoaureoebd.blogspot.com/2024/01/romanos-828.html

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_200401_06.pdf


Atos 5.3

   

Atos 5.3 “Disse, então, Pedro: Ananias, porque encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo e retivesses parte do preço da herdade?” 

 

“Disse, então, Pedro: Ananias, porque encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo”

Muitos dos que tinha posse na igreja primitiva vendiam suas propriedade e colocavam aos pés dos apóstolos: “Não havia, pois, entre eles necessitado algum; porque todos os que possuíam herdades ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que fora vendido, e o depositavam aos pés dos apóstolos” (Atos 4:34). Um homem chamado José, conhecido pelos apóstolos de Barnabé, assim fez. Ananias se sua mulher Safira, aparentemente invejaram a disposição de José e cobiçaram o prestígio que ele chegou a ter entre os apóstolos. Decidiram fazer o mesmo, mas entre si combinaram de reter parte do valor.

Ananias foi questionado por Pedro. Como na situação do cobiçoso Judas, Satanás derramava suas pecaminosas sugestões no coração de Ananias: “E, acabada a ceia, tendo já o diabo posto no coração de Judas Iscariotes, filho de Simão, que o traísse (João 13.2). O diabo, no entanto, não pode entrar em nossa vida a não ser mediante permissão nossa. Por isso Pedro indagou: “Por quê?” - “Resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tiago 4.7). Por isso, a responsabilidade do homem permanece: “Por que formaste este desígnio em teu coração?”

Adolf Pohl dá o seu brado de alerta: “Que fato horrível: um coração anteriormente repleto do Espírito Santo de Deus agora está cheio de Satanás! Isso é possível. Não temos direito a qualquer atitude autoconfiante”.

Provavelmente, imaginava que estivesse enganando a Pedro, líder da igreja. Mas não entendia que o verdadeiro líder da igreja era o Espírito Santo, onisciente, que a tudo perscruta. A Igreja Primitiva se constituía de um grupo sob a liderança do Espírito Santo (Atos 8.29,39: 10.19: 13.2; 16.6,7). Ou seja, Ananias “Não mentiste aos homens, mas a Deus.” O pecado dele não foi apenas mentir ao Espírito Santo, mas tentar falsificar o Espírito Santo, buscando representar sua fraudulenta ação como divinamente inspirada. Assim, ele procurou fazer com que o Espírito Santo participasse do seu horrendo crime.

 

“... e retivesses parte do preço da herdade?”

O verbo reteve é idêntico àquele que se empregou para descrever a ação de Acã em reter parte dos despojos de Jericó, que deveriam ser entregues à casa do Senhor ou destruídos: “E transgrediram os filhos de Israel no anátema; porque Acã filho de Carmi, filho de Zabdi, filho de Zerá, da tribo de Judá, tomou do anátema, e a ira do Senhor se acendeu contra os filhos de Israel (Josué 7.1).

Não havia na igreja primitiva a obrigação de os crentes venderem suas propriedades e trazerem aos apóstolos os montantes apurados. Não fora abolido o direito da posse individual de bens. Ananias não teria violado nenhum preceito se tivesse conservado sua propriedade. O ato de vender era da exclusiva responsabilidade do dono, bem como o ato de entregar aos apóstolos o dinheiro recebido. Os apóstolos não possuíam autoridade sobre o dinheiro, a não ser quando o recebiam para o fundo de assistência.

Seu pecado foi dar parte, dizendo que estava dando tudo. Seu pecado foi mentir ao Espírito e enganar a igreja. Por trás da hipocrisia de Ananias estava a atividade sutil de Satanás. O perverso inimigo que já havia atacado a igreja através da perseguição, agora a ataca sedutoramente por meio da corrupção.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
18/07/2025 

FONTES:

GONÇALVES, José. A igreja em Jerusalém – Doutrina comunhão e fé: A base para o crescimento da igreja em meio as perseguições. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

PEARLMAN, Myer. Atos – E a igreja se fez missão. Rio de Janeiro: Cpad, 1995. 

POHL, Adolf. Atos dos Apóstolos. Curitiba: Editora Evangélica Esperança, 2002.

LOPES, Hernandes Dias. Atos: a ação do Espírito Santo na vida da igreja. São Paulo: Hagnos, 2012.

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 18 DE JULHO DE 2025 (Atos 4:19)

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
18 DE JULHO DE 2025
UM CHAMADO AO ARREPENDIMENTO

Atos 4:19 “Respondendo, porém, Pedro e João, lhes disseram: Julgai vós se é justo, diante de Deus, ouvir-vos antes a vós do que a Deus;”

 

“Respondendo, porém, Pedro e João, lhes disseram:”

Os sacerdotes haviam prendido Pedro e João, logo após eles terem curado um coxo junto a porta formosa em nome de Jesus: “hoje somos interrogados acerca do benefício feito a um homem enfermo” (Atos 4:9). Até mesmo os sacerdotes conheciam o coxo e não podiam negar o milagre que foi feito: “Porque a todos os que habitam em Jerusalém é manifesto que por eles foi feito um sinal notório, e não o podemos negar” (Atos 4:16).

Porém os sacerdotes sabiam que não gozavam de popularidade entre o povo. E não se interessavam em investigar a verdade nas declarações. Só desejavam sufocar uma doutrina que ameaçava a supremacia deles. Após discutirem sobre a questão controversa os sacerdotes decidiram ameaçar Pedro e João: “Mas, para que não se divulgue mais entre o povo, ameacemo-los rigorosamente para que não falem mais nesse nome a homem algum” (Atos 4:17).

 

“Julgai vós se é justo, diante de Deus, ouvir-vos antes a vós do que a Deus;”

Para os apóstolos a situação era difícil, afinal Pedro e João eram cidadãos leais. Eles deviam obedecer às autoridades constituídas, especialmente em se tratando de autoridade religiosa. Juízes justos têm de optar entre o caminho de punir e o de declarar inocente. Estes sacerdotes, no entanto, não eram justos. Irritados contra os apóstolos não ousavam fazer nada mais grave contra eles, “por causa do povo”.

Os apóstolos após ouvirem as ameaças responderam: “Julgai vós se é justo, diante de Deus. ouvir-vos antes a vós do que a Deus? Porque não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido".

Pedro estabeleceu, para sempre, o princípio fundamental entre os limites da obediência cívica e do dever cristão de testemunhar. Quando existe clara contradição entre os mandamentos dos homens e os de Deus, de tal forma que obedecer a uns é desobedecer aos outros, não sobra mais nenhuma dúvida quanto ao que o crente deve fazer.

Os apóstolos tinham sido convocados a serem testemunhas de Jesus Cristo; e eram obrigados por seu dever a continuarem o seu testemunho.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
24/06/2025 

FONTES:

GONÇALVES, José. A igreja em Jerusalém – Doutrina comunhão e fé: A base para o crescimento da igreja em meio as perseguições. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

PEARLMAN, Myer. Atos: E as igreja se fez missões. CPAD, 1ª edição, Rio de Janeiro, 1995.

MARSHALL, Howard. Atos - Introdução e Comentário. Vida Nova/Mundo Cristão. 1991.