sábado, 12 de julho de 2025

1 Pedro 4.8

   

1 Pedro 4.8 “Mas, sobretudo, tende ardente amor uns para com os outros; porque o amor cobrirá a multidão de pecados.”

 

“Mas, sobretudo, tende ardente amor uns para com os outros;”

J. N. D. Kelly traduziu assim esse imperativo: “Acima de tudo, porém, tende amor uns pelos outros a toda força”. O amor que os cristãos têm uns pelos outros flui do amor que eles têm em comum por Cristo. “Ardente” significa “constante, firme”. A caridade na Bíblia é um amor elevado, santo, desprendido que, por si só, exprime ações de gentileza, misericórdia e compaixão.  No grego é traduzida pela palavra ágape - o amor melhor que Deus nos confiou “pelo fato de ter Cristo morrido, sendo nós ainda pecadores” (Romanos 5.8).

Em 1 Pedro 1:8, o apóstolo disse: “A quem, não havendo visto, amais”.Os leitores de Pedro sentiam o amor de Cristo, pois já sabiam quem era Cristo e o que Ele fizera por eles (1 Pedro 2:21–25). Sabiam também que o Senhor voltaria e sabiam como deveriam viver até esse dia chegar.

O reino de Cristo, então, estava acontecendo entre eles. Na proporção em que praticavam o amor uns pelos outros, participavam das bênçãos de Cristo. Um prenúncio do céu acontece quando crentes vivem no corpo com um amor infinito uns pelos outros. Foi o próprio Jesus quem disse: “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros” (João 13:35).

 

“... porque o amor cobrirá a multidão de pecados.”

O significado desta frase não é totalmente claro. Pedro poderia querer dizer que o amor de Deus pela humanidade O fez enviar Cristo como Redentor. No dia do julgamento, através da expiação vicária de Cristo, Deus cobrirá multidão de pecados.

Outra possibilidade para Champlin, é se algum crente ama às almas perdidas, e procurara-las convertê-las ao Senhor. Se tiver sucesso, grande multidão de pecados será apagada, isto é, será expiada, e, indiretamente, o amor do tal crente pelas almas perdidas terá produzido esse resultado. Este amor que cobre pecados ainda pode ser visto como uma espécie de expiação pelas inúmeras faltas praticadas pelos irmãos e que são perdoadas. Como disse Salomão: “O ódio excita contendas, mas o amor cobre todas as transgressões” (Provérbios 10.12).

Embora essas duas interpretações façam sentido, existe outra melhor. A frase vem imediatamente após o apóstolo ter admoestado os crentes a mostrar seu amor uns pelos outros na comunidade de Cristo. É melhor entender a expressão “o amor cobre multidão de pecados” como uma descrição de como o amor mútuo deve ser expresso entre os cristãos.

É provável que os leitores de Pedro, assim como os cristãos modernos, se encontrassem necessitados de mais amor ao observarem os atos uns dos outros. Não há como ser cristão sem estar na companhia de outros cristãos. Servir a Cristo é uma experiência inerentemente comunitária. Talvez não haja teste mais indicativo de que Cristo habita em nós do que nossa disposição para mostrar amor incondicional uns pelos outros.

Raramente ocorre de cristãos estarem juntos e não haver oportunidade para alguém sentir-se ofendido. A igreja de Jesus Cristo não é lugar para quem reprime os sentimentos. Às vezes, o amor exige que os cristãos confrontem um irmão em pecado e insistam no arrependimento. O amor às vezes requer repreensão. Um irmão sábio guarda a repreensão no coração.

Todo cristão, dependendo da ocasião, vai ofender ou ser ofendido. O amor dentro da comunidade de Cristo deverá “cobrir uma multidão de pecados” porque os cristãos têm um Senhor cujo amor por eles cobriu uma multidão de pecados. As fraquezas dos outros irmãos não diminuem o amor que cristãos maduros têm por eles. Eles então deverão mostrar o mesmo perdão e caridade que experimentaram do Senhor para com as faltas de outros.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
12/07/2025 

FONTES:

GONÇALVES, José. A igreja em Jerusalém – Doutrina comunhão e fé: A base para o crescimento da igreja em meio as perseguições. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

CHAMPLIN, Norman.O Novo Testamento Interpretado: Versículo Por Versículo, Volume 1. São Paulo: Hagnos, 2001.

HORTON, Stanley. I e II Pedro – A razão da nossa Esperança. Rio de Janeiro: CPAD.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201410_03.pdf

1 João 3:18

   

1 João 3:18 “Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas em obra e em verdade.”

 

“Meus filhinhos,”

 A palavra, Filhinhos, sugere tanto a idade avançada do autor como o terno e afetuoso relacionamento que havia entre ele e seus leitores. Estes são simplesmente “teknia”, “filhinhos”, em 2:12,28; 3:7,18; 4:4; 5:21. Essa palavra grega ocorre no evangelho de João a partir dos lábios de Jesus, em (João 13:33) “ Filhinhos, ainda por um pouco estou convosco. Vós me buscareis, e, como tinha dito aos judeus: para onde eu vou não podeis vós ir, eu vo-lo digo também agora “.

 

“... não amemos de palavra, nem de língua, mas em obra e em verdade.”

O amor fraternal revela um coração compassivo. A compaixão nasce do amor fraternal. Por isso, não pode haver compaixão onde não há amor fraternal. Compaixão é a capacidade de sentir a necessidade do outro o suficiente para fazer algo a respeito. Compaixão é mais ação do que palavras; resulta do amor de Deus que habita no coração (João 3:17).

O cristão compassivo não só vê a necessidade do outro, mas também a supre. João disse: “Ora, aquele que possuir recursos deste mundo, e vir a seu irmão padecer necessidade, e fechar-lhe o seu coração, como pode permanecer nele o amor de Deus?” (3:17). A compaixão cristã segue uma trajetória definida: habilidade, consciência, ação. O que fazemos para ajudar um irmão é mais importante do que o que dizemos.

O amor que temos pelos nossos irmãos reflete a nossa devoção a Deus. Esse amor anuncia a nossa conversão a Cristo, o nosso compromisso com o exemplo de Cristo e a nossa compaixão pelos outros. As manifestações externas do amor refletem os compromissos internos da alma.

Certo garotinho foi mandado até uma mercearia para comprar uma dúzia de ovos. Feita a compra, pôs-se a voltar para casa. No caminho, o menino acidentalmente caiu e quebrou quatro ovos. Em sua mente, voltar para casa com quatro ovos quebrados era impensável! Tudo o que fez diante daquela situação foi sentar-se ao lado dos ovos quebrados e chorar.

Nisto, um homem veio andando. Vendo a situação do menino, expressou sua tristeza e prosseguiu. Outro homem também passou por ali. Vendo a necessidade, parou, entregou uma moeda de cinquenta centavos ao menino e disse: “Pegue e vá comprar mais quatro ovos”. As ações do segundo homem revelaram seu coração compassivo.

Você é uma pessoa compassiva? Examine suas ações em relação à necessidade alheia!

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
12/07/2025 

FONTES:

GONÇALVES, José. A igreja em Jerusalém – Doutrina comunhão e fé: A base para o crescimento da igreja em meio as perseguições. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

https://textoaureoebd.blogspot.com/2024/02/1-joao-521.html

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_202304_02.pdf

Mateus 22:39

   

Mateus 22:39 “E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.”

 

“E o segundo, semelhante a este, é:”

Jesus responde ao fariseu que lhe pergunta acerca do maior de todos os mandamentos. Diz Ele, com efeito, O maior mandamento da lei e o que vem em primeiro lugar na lei, e se acha em Deuteronômio 6.5: “Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças”. Pois, Deus deve ser amado sem reservas e com toda a capacidade do ser.

Mas há um segundo mandamento, corolário do primeiro e análogo a ele, pois também faz do amor o motivo dominante:   O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Pois, um homem não pode amar a Deus num sentido real sem amar também a seu próximo, feito como ele à imagem de Deus: “Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu? E dele temos este mandamento: Que quem ama a Deus, ame também a seu irmão” (1 João 4:20,21).

O Decálogo, composto de duas pedras contendo os dez grandes mandamentos e estas resumem os 613 preceitos, Jesus resumiu as duas pedras em dois grandes mandamentos. “Amar a Deus acima de todas coisas e ao próximo como a nós mesmos.” Desta forma, Jesus evoca a verticalidade e a horizontalidade dos mandamentos, sendo a verticalidade, a expressão do nosso amor e devoção a Deus e a horizontalidade, a nossa expressão e amor ao próximo.

 

“Amarás o teu próximo como a ti mesmo.”

Essa citação é de Levítico 19:18 na Septuaginta: “Não te vingarás nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor”. Na passagem correspondente em Lucas, Jesus definiu “próximo” como alguém em necessidade a quem o outro tem condição de ajudar (Lucas 10:29–37). O individualismo e o egoísmo nos nossos dias têm dificultado, e até impedido, gestos de amor ao próximo, até mesmo entre cristãos.

Se cultivarmos um relacionamento correto com Deus, não teremos problemas com seus mandamentos. O amor é a base para a obediência. Na verdade, a Lei como um todo se resume no amor: “A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei. Com efeito: Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não darás falso testemunho, não cobiçarás; e se há algum outro mandamento, nesta palavra se resume: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. O amor não faz mal ao próximo. De sorte que o cumprimento da lei é o amor” (Romanos 13.8-10).

Se amarmos a Deus, amaremos nosso próximo; e se amarmos nosso próximo, não faremos nada para prejudicá-lo. Aos gáltas Paulo escreveu que esse mandamento por si só cumpre a Lei: "Porque toda a lei se cumpre numa só palavra, nesta: Amarás o teu próximo como a ti mesmo" (Gálatas 5:14).

Outros mestres judeus, tanto antes como depois de Cristo, enfatizaram o tratamento devido a outros semelhantes. O rabino Hillel resumiu a Lei com uma forma negativa da regra de ouro: “O que é odioso para você, não faça ao seu próximo”. O rabino Akiba disse que “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” é “o grande princípio da Torá”.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
12/07/2025 

FONTES:

GONÇALVES, José. A igreja em Jerusalém – Doutrina comunhão e fé: A base para o crescimento da igreja em meio as perseguições. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

https://ebdcomentada.com/central-gospel-2o-trimestre-2020-21-06-2020-licao-12-o-maior-de-todos-os-mandamentos-amor/

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201210_02.pdf

TASKER, R. V. G. Mateus: Introdução e comentário. Série Cultura Bíblica –São Paulo: Mundo Cristão, 1980.

1 Tessalonicenses 4:9

   

1 Tessalonicenses 4:9 “Quanto, porém, ao amor fraternal, não necessitais de que vos escreva, visto que vós mesmos estais instruídos por Deus que vos ameis uns aos outros;”

 

“Quanto, porém, ao amor fraternal, não necessitais de que vos escreva,”

Amor fraternal vem do vocábulo grego filadelfia, em que se percebe imediatamente a semelhança a Filadélfia, a “cidade do amor fraternal”. Esse tipo de amor se distinguia no grego de outras emoções semelhantes. Era a emoção que normalmente se sentia por um parente, uma emoção geralmente espontânea. Devemos amar os nossos irmãos da fé como se fossem nossos irmãos de sangue.Este tipo de amor implica uma devoção recíproca. O amor fraternal é ensinado no AT (Levítico 19.18) e fazia parte da tradição transmitida na igreja (Marcos 12.29-31; João 13.34).

Paulo disse que não havia necessidade de que ele escrevesse a eles sobre esse amor porque eles já haviam sido por Deus instruídos sobre esse assunto, sendo assim sobre isso o desejo do apóstolos é somente que eles progridam nesse estado cada vez mais: “Finalmente, irmãos, nós vos rogamos e exortamos no Senhor Jesus que, como de nós recebestes, quanto à maneira por que deveis viver e agradar a Deus, e efetivamente estais fazendo, continueis progredindo cada vez mais; porque estais inteirados de quantas instruções vos demos da parte do Senhor Jesus“ (1 Tessalonicenses 4:1,2).

 

“... visto que vós mesmos estais instruídos por Deus que vos ameis uns aos outros;”

Eles não precisavam que Paulo “escrevesse” sobre o amor fraternal, pois eles já haviam sido oralmente “instruídos por Deus” sobre o assunto. Paulo, evidentemente, não estava dizendo que Deus Se revelou diretamente a eles. Ele quis dizer que eles foram “por Deus instruídos” num sentido indireto quando ele (Paulo) estava presente em Tessalônica ensinando sobre o favor de Deus.

A passagem de Paulo por Tessalônica em sua segunda viagem missionária foi corrida e tumultuada. Ele permaneceu ali por três sábados disputando acerca de Cristo na sinagoga local, mas precisou sair de lá à noite por causa do grande alvoroço que se estabeleceu na cidade por conta de judeus  desobedientes e homens perversos que habitavam ali.

Apesar da curta passagem Paulo lhes instruiu sobre o amor inspirado por Deus. Quando um homem inspirado fala, suas palavras não são palavras de homens, mas são a palavra de Deus: ”Por isso também damos, sem cessar, graças a Deus, pois, havendo recebido de nós a palavra da pregação de Deus, a recebestes, não como palavra de homens, mas (segundo é, na verdade), como palavra de Deus, a qual também opera em vós, os que crestes” (1 Tessalonicenses 2:13)

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
12/07/2025 

FONTES:

GONÇALVES, José. A igreja em Jerusalém – Doutrina comunhão e fé: A base para o crescimento da igreja em meio as perseguições. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201503_02.pdf

João 13:34

   

João 13:34 “Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis.”

 

“Um novo mandamento vos dou:”

Essas palavras de Jesus foram ditas na mesma noite em que seus discípulos se puseram a disputar entre si um lugar de proeminência. Depois de anunciar que partiria em breve, Jesus se certificou de que seus discípulos sabiam o que ele esperava deles quando se ausentasse. Então, Jesus deu-lhes um novo mandamento.

Somente aqui no Evangelho de João Jesus usou claramente a palavra “novo”. O mandamento para amar não era inteiramente novo, mas, de fato, antigo: “Não te vingarás nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor” (Levítico 19:18).

Por que, então, Jesus disse que ele estava dando um “novo” mandamento? Woods sugeriu três sentidos em que o mandamento de Jesus era novo. 1) O mandamento era novo no sentido de que “incluir todos os seres humanos – bons e maus – nossos inimigos, bem como nossos amigos”. 2) Também era novo porque “o amor que Jesus difere do amor que a lei ordenava”. 3) Além disso, era novo porque nosso amor tem uma motivação diferente; “devemos imitá-lo tanto quanto possível” por causa do amor que Jesus manifestou por nós.

Embora haja muito a ser dito em favor desses três aspectos, eles não parecem captar a essência exata do mandamento de Jesus. O mandamento é apresentado como “novo” porque Jesus com seu ensino e ainda mais com seu exemplo lhe deu uma nova profundidade de significado. Quando o mandamento é retomado e repetido por João em 1 João 2.7,8, ele não é “mandamento novo, senão mandamento antigo, o qual desde o princípio tivestes”.

 

“Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis.”

Os discípulos que há pouco disputavam entre eles qual seria o maior deviam se amar uns aos outros segundo o amor que Jesus tinha por eles – assim como eu vos amei. Jesus “amou os seus que estavam no mundo” e “amou-os até ao fim” (João 13:1). Jesus demonstrou constantemente o seu amor pelos discípulos em teoria e na prática. É evidente que Jesus queria que eles entendessem a importância desse mandamento, pois ele o repetiu mais duas vezes em suas últimas instruções: “O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei” (João 15:12);  Isto vos mando: Que vos ameis uns aos outros” (João 15:17).

O preceito de Jesus impactou fortemente João. Em seu Evangelho, ele usou palavras traduzidas por “amor” muitas vezes e com orgulho se identificava como “o discípulo a quem [Jesus] amava” (João 13:23). Além disso, João continuou a enfatizar o tema do amor em 1 João (1 João 3:11, 18, 23; 4:7, 8, 11, 12).

Muitos estudiosos chamam a atenção para uma história preservada por Jerônimo, segundo a qual, na velhice, João nunca deixava de repetir: “Filhinhos, amai-vos uns aos outros”. João nunca se esqueceu da admoestação do seu Senhor.Esse é padrão do amor que os cristãos devem ter uns pelos outros é o daquele que o Senhor derramou em abundância sobre eles.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
12/07/2025 

FONTES:

GONÇALVES, José. A igreja em Jerusalém – Doutrina comunhão e fé: A base para o crescimento da igreja em meio as perseguições. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

BRUCE, F. F. João introdução e comentário. São Paulo: Mundo Cristão, 1987.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_202203_02.pdf

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 12 DE JULHO DE 2025 (Atos 2:43)

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
12 DE JULHO DE 2025
UMA IGREJA REVERENTE

Atos 2:43 “E em toda a alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. “

 

“E em toda a alma havia temor,”

Um dos efeitos do crescimento da igreja, ainda na sua infância, era o sentimento de reverência ou temor da parte do povo: “A igreja tinha paz em toda a Judeia, Galileia e Samaria e ia se fortalecendo à medida que andava no temor do Senhor. E, encorajada pelo Espírito Santo, crescia em número” (Atos 9:31). Pois, todos os eventos recentes contribuíram para produzir esse temor: a recente crucificação de Jesus de Nazaré; as maravilhas que participaram desse evento; os eventos do dia de Pentecostes; e os milagres realizados pelos apóstolos eram todos adequados para difundir solenidade, pensamento e ansiedade através da comunidade.

Toda pessoa ou indivíduo; isto é, o povo em geral; não apenas sobre aqueles que se tornaram cristãos, mas as multidões que testemunharam essas coisas. A mesma multidão que pouco antes zombara deles Atos 2:13; foi silenciada diante do poder de Deus. A população não-cristã sentia uma certa apreensão diante de um grupo em cujo meio aconteciam eventos sobrenaturais: ”E houve um grande temor em toda a igreja, e em todos os que ouviram estas coisas“ (Atos 5:11).

O efeito de uma grande obra da graça de Deus é comumente produzir uma seriedade e solenidade incomuns em uma comunidade, mesmo entre aqueles que não são convertidos. Ele restringe, subjuga e silencia a oposição. Hoje as pessoas estão acostumadas com o sagrado. Há uma banalização do sagrado. Há saturação, comercialização e paganizarão das coisas de Deus. Quem conhece a santidade de Deus não brinca com as coisas de dele.

 

“... e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos.”

A manifestação extraordinária do poder de Deus estava presente na vida da igreja.  “Maravilhas (Prodígios) e sinais” são as mesmas palavras que foram empregadas para descrever as obras poderosas de Jesus:  Homens israelitas, escutai estas palavras: A Jesus Nazareno, homem aprovado por Deus entre vós com maravilhas, prodígios e sinais, que Deus por ele fez no meio de vós, como vós mesmos bem sabeis” (Atos 2:22) — estavam sendo operados pelos apóstolos, e Lucas passaria em breve a relatar exemplos específicos.

Em Atos 3 — O paralítico é curado; em Atos 4.31 — O lugar onde a igreja ora, treme; em Atos 5.12,15 — Muitos sinais e prodígios são efetuados; em Atos 8.6 — Filipe realizou sinais em Samaria; em Atos 9 — A conversão de Saulo é seguida da sua cura; em Atos 12 — Pedro é libertado pelo anjo do Senhor; em Atos 16.26 - Ocorre um terremoto em Filipos; em Atos 19.11- Pelas mãos de Paulo, Deus fazia milagres. Hoje é comum identificarmos dois extremos na igreja: aqueles que negam os milagres e aqueles que os inventam.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
18/06/2025 

FONTES:

GONÇALVES, José. A igreja em Jerusalém – Doutrina comunhão e fé: A base para o crescimento da igreja em meio as perseguições. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

MARSHALL, Howard. Atos - Introdução e Comentário. Vida Nova/Mundo Cristão. 1991.

Lopes, Hernandes Dias Atos: a ação do Espírito Santo na vida da igreja. São Paulo: Hagnos, 2012.

STOTT, John. A Mensagem de Atos - Até os confins da terra. São Paulo: ABU, 1994.

https://versiculoscomentados.com.br/index.php/estudo-de-atos-2-43-comentado-e-explicado/