segunda-feira, 3 de novembro de 2025

Hebreus 10:22

Hebreus 10:22 “Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé, tendo os corações purificados da má consciência, e o corpo lavado com água limpa,”

 

“Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé,”

Temos que nos “achegar” a Deus. Essa declaração pode ser confrontada com Hebreus 4:16: “Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça”. Valendo-nos do novo e vivo caminho (v.20), chegamos a Deus; primeiramente, buscando o perfeito sacrifício pelo pecado, e o perdão e através desse perdão, então, diariamente, buscando o favor divino.

Devemos nos aproximar dele com um coração verdadeiro um sincero. O coração (ou alma) sincero fala do homem justo, o qual ocupa correta posição diante de Deus (Romanos. 3:21 e 5:1), o qual também demonstra esse fato, com sua vida de santidade, de vitória sobre os vícios (Gálatas 5:19,20). Paulo podia comparecer intrepidamente perante uma multidão de pessoas porque ele sabia que seu coração estava puro (Atos 23:1).

Para isso necessitamos que o nosso antigo coração seja transformado pelo Espírito: “E dar-vos-ei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne. E porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos, e os observeis” (Ezequiel 36:26,27). Essa transformação só acontece integralmente mediante a inteira certeza de fé.

Obtemos plena certeza de fé quando cremos totalmente nos ensinos doutrinários contido nas Escrituras. Uma fé que não se baseia na verdadeira doutrina bíblica é só superstição baseada em ignorância. Precisamos conhecer a verdade para sermos libertos (João 8:31, 32). O indivíduo que não entende o que deve fazer para obedecer a Cristo, como pode se achegar a ele?

 

“... tendo os corações purificados da má consciência,”

O grego diz aqui, literalmente, corações aspergidos. O sangue do sacrifício era aspergido no Santo dos Santos, com o também em outras cerimônias. Tal aspersão teria efeitos purificadores. O autor sagrado rejeitou esse ponto de vista supersticioso sobre o sangue (Hebreus 9:12 e 10:4); mas vê no poder do Espírito Santo, que torna real para os crentes o sacrifício de Cristo e a vida ressurrecta que ele nos confere, um agente de total purificação do homem interior, o coração.

O autor sagrado se queixara de que o antigo sistema de sacrifícios levíticos nada fizera em favor da natureza moral (ou consciência) dos adoradores: “é uma alegoria para o tempo presente, em que se oferecem dons e sacrifícios que, quanto à consciência, não podem aperfeiçoar aquele que faz o serviço” (Hebreus 9:9).

Porém, o relacionamento com Cristo purifica-nos a alma. Isso fala sobre a transformação moral que ocorre mediante a santificação (1 Tessalonicenses 4:3).

Essa verdade é expressa aqui com o uma declaração poética, o coração é purificado de sua má consciência. A consciência é aquela qualidade da alma que nos permite distinguir entre o bem e o mal; mas é igualmente o entendimento espiritual que nos guia na inquiriação espiritual. (Romanos 13:5). Uma consciência má é equivalente a uma natureza moral defeituosa, que está ainda poluída pelo erro e pelo pecado ; nessas condições, a consciência não serve de boa orientadora no terreno das ações morais, mas antes, serve de empecilho para a inquirição espiritual.

 

“... e o corpo lavado com água limpa,”

No Antigo Testamento, a água era usada na purificação da carne; no Novo Testamento, ela é usada para purificar a alma dos pecados (Atos 22:16; 1 Pedro 3:20, 21). Na prática, a maioria dos comentaristas concorda que este é o sentido de “água” aqui. No ato de submissão ao batismo, o indivíduo permite que seu corpo demonstre sua total e completa submissão a Cristo. A disposição para permitir que outro o mergulhe indica sua total disposição para obedecer a Cristo.

Pedro declarou que, assim como Noé e sua família foram “salvos através da água” (1 Pedro 3:20), a nossa salvação é concedida pelo mesmo meio. O batismo “figura”, ou é um “antítipo” da salvação aquática de Noé e de sua família.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
03/11/2025

FONTES:)

QUEIROZ, Silas. Corpo, Alma e Espírito – A restauração integral do ser humano para chegar a estatura completa de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201406_06.pdf

GUTHRIE, Donald. Hebreus: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1999.

CHAMPLIN, Russell Norman. O Novo Testamento interpretado versículo por versículo. São Paulo: Hagnos, 2001. 

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 3 DE NOVEMBRO DE 2025 (1 Timóteo 1:5,19)

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
3 DE NOVEMBRO DE 2025
FÉ E CONSCIÊNCIA PURA DEVEM CAMINHAR JUNTAS

1 Timóteo 1:5, 19 “Ora, o fim do mandamento é o amor de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida.[...] Conservando a fé, e a boa consciência, a qual alguns, rejeitando, fizeram naufrágio na fé.”

 

“Ora, o fim do mandamento é o amor de um coração puro,”

A Palavra de Deus tem por finalidade a transformação espiritual do ser humano. Esse é o fim do “mandamento” ou o propósito do ensino cristão. Provocar mudança eficaz no interior do homem. Paulo expressa bem essa transformação em 2 Coríntios 5.17: “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.”

Esse ensino (mandamento) não produz efeito superficial, mas profundo, e isso resulta no “amor de um coração puro”. Esse amor, que se revela num “coração” puro, não é qualquer tipo de “amor”, mas o verdadeiro amor cristão, que deriva do amor Àgape, ou amor de Deus. É uma amor sacrificial que se concretiza, ou se materializa, não em teoria, mas num viver santo e puro, conforme a Palavra de Deus. É o amor que faz o crente amar a Deus em primeiro lugar, e “ao próximo como a si mesmo” (Lucas 10.27).

Jesus refere-se aos que têm “coração puro”. São os “limpos de coração, porque eles verão a Deus” (Mateus 5.8). Na Escritura, o coração é o centro e a fonte da totalidade da atividade mental e moral do homem; se ali faltar pureza, obviamente não pode irradiar o amor cristão.

 

“... e de uma boa consciência,”

A segunda evidência desse “mandamento” é “uma boa consciência” cristã. No vernáculo, consciência significa “conhecimento, ciência”. A consciência é a capacidade ou sede da consciência moral, comum a todas as pessoas (Romanos 2.15; 2 Coríntios 4.2). Seu significado básico é a percepção interior que o homem tem da qualidade moral das suas próprias ações. Esse termo, e essa idéia eram populares entre os estóicos, parece que Paulo o tomou emprestado do seu meio-ambiente gentio.

A consciência natural do homem não salvo é influenciada por muitos fatores, tais como sua origem, sua história e suas experiências. Mas a consciência cristã é a convicção interior da condição cristã, na comunhão com Cristo. E o sentimento de firmeza de pensamento; é a certeza da comunhão com Deus. É chamada “boa consciência” no andar com Deus (Atos 23.1; 1 Pedro 3.21); é “ter uma consciência sem ofensa, tanto para com Deus como para com os homens” (Atos 24.16); é a “voz interior”, que acusa ou defende cada pessoa (Romanos 2.15); é a consciência que leva o crente a obedecer a Deus, independentemente de quem quer que seja (Romanos 13.5); é o testemunho interior da conduta do crente (2 Coríntios 1.12); é a consciência do crente que serve a Deus com pureza (2 Timóteo 1.3).

Os falsos mestres, que perturbaram a igreja em Éfeso, não tinham essa “boa consciência” cristã. Eles certamente falavam, ensinavam e agiam conforme a consciência deles (2 Timóteo 4.1); todavia, eram hipócritas e falavam mentiras pois tinham “cauterizado a sua própria consciência” (2 Timóteo 4.2).

 

“... e de uma fé não fingida.”

A consciência cristã está vinculada com a fé, visto que pelo batismo o cristão recebeu perdão pelos seus pecados, e pelo influxo do Espírito Santo passa por aquela “renovação da mente” que o capacita a “experimentar qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Romanos 12:2).

A fé não fingida é terceiro resultado fim do mandamento, ou da Palavra de Deus, na vida do crente. Tem o sentido de fé sincera, autêntica, verdadeira. É a “fé que um a vez foi dada aos santos” (Judas 3). No dizer de Paulo, os falsos mestres queriam ser doutores da lei e não entendendo nem o que dizem nem o que afirmam: “Ninguém vos domine a seu arbítrio com pretexto de humildade e culto dos anjos, envolvendo-se em coisas que não viu; estando em vão inchado na sua carnal compreensão” (Colossenses 2:18). Por isso mesmo, davam-se a fábulas e a genealogias intermináveis (1 Timóteo 1.4), com o que se embaraçavam e embaraçavam seus ouvintes.

 

“Conservando a fé, e a boa consciência,”

Paulo encarregou Timóteo de ficar em Éfeso para advertir alguns que não ensinassem outra doutrina (v.3). Timóteo então nas palavras de Paulo estava ali para militar boa milícia (v.18). Os meios para se atingir esse alvo seria “conservar a fé e a boa consciência”.

A “fé que um a vez foi dada aos santos” (Judas 3). Deve ser conservada através da palavra de Deus: “De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus” (Romanos 10.17). Pois a Palavra de Deus edifica a fé (Romanos 10:17). Como somos justificados pela fé (Romanos 5:1, 2; Gálatas 3:26, 27) e andamos por ela fé (2 Coríntios 5:7) através dela vencemos o mundo pela fé (1 João 5:4) e assumimos a natureza de Cristo (Gálatas 2:20). Não é de admirar que Paulo quisesse que Timóteo guardasse a fé! Todo evangelista precisa gerir sua vida e ministério na arena da fé edificada na Palavra.

Quando se mantém a fé, constrói-se a consciência boa. A consciência boa é: “uma consciência sem ofensa, tanto para com Deus como para com os homens” (Atos 24.16); é a “voz interior”, que acusa ou defende cada cristão (Romanos 2.15); ela leva o crente a obedecer a Deus (Romanos 13.5); é o testemunho interior da conduta do crente (2 Coríntios 1.12); é a consciência do crente que serve a Deus com pureza (2 Timóteo 1.3). A consciência não conservada pode se tornar “cauterizada” ou “ferreteada” (1 Timóteo 4:2) ou “corrompida” (Tito 1:15).

 

 “... a qual alguns, rejeitando, fizeram naufrágio na fé.”

Senão mantermos a nossa fé e nossa boa consciência nossos pés logo se desviarão para a direção errada (Jeremias 10:23). E desviaremos os nossos ouvidos da verdade e voltaremos às fábulas (2 Timóteo 4.4). Poderemos assim “naufragar na fé”. O fato de alguns terem “naufragados na fé” não só evidencia o fracasso pessoal deles, como também lança um protesto contra a teoria de “uma vez salvo, sempre salvo”, ou “uma vez na fé, sempre na fé”. (1 Timóteo 4:1; Gálatas 5:4).

Assim, se não levarmos em conta a voz da consciência, permitindo que o pecado permaneça não confessado e não perdoado, a nossa fé não terá vida longa. Todo aquele cuja consciência tenha sido tão manipulada a ponto de tornar-se insensível acha-se em grande perigo. É com intensa força que de Paulo denuncia a oportunidade que esses dois homens, Himeneu e Alexandre (v.20) tiveram de permanecer fiéis! Eles repudiaram as influências divinas e humanas que lhes foram oferecidas com amor.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
01/11/2025

FONTES:)

QUEIROZ, Silas. Corpo, Alma e Espírito – A restauração integral do ser humano para chegar a estatura completa de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

KELLY, John N. D. I e II Timóteo e Tito: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova e Editora Mundo Cristão, 1983.

RENOVATO, Elinaldo. As ordenanças de Cristo nas cartas pastorais. Rio de Janeiro: CPAD, 2015.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_200311_03.pdf