sexta-feira, 12 de dezembro de 2025

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 12 DE DEZEMBRO DE 2025 (Atos 8:2)


LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD

12 DE DEZEMBRO DE 2025
HOMENS PIEDOSOS

Atos 8:2 “E uns homens piedosos foram enterrar Estêvão, e fizeram sobre ele grande pranto.”

 

“E uns homens piedosos foram enterrar Estevão,”

Não somos capazes de identificar quem eram exatamente esses homens piedosos. Alguns eruditos entendem que essa nomenclatura (varões piedosos) se refere a homens piedosos judeus: “Eram judeus, homens piedosos e todos estavam habitando em Jerusalém” (Atos 2:5 ; Lucas 2:25). Porém, mais tarde a palavra “piedoso” também foi usada para descrever o cristão Ananias, reconhecidamente como “piedoso conforme a lei” (Atos 22:12). Vale lembrar que foi em Antioquia, na Síria, que os discípulos foram pela primeira vez chamada cristãos (Atos 11.26).

Esses homens reconhecendo o apedrejamento como um erro trágico de seus líderes (Lucas 23.47,48) devem ter corrido um risco considerável ao se identificarem com Estevão dessa maneira. Em contraste, Saulo, que tinha aprovado o apedrejamento de Estevão (v.1). Eles recolheram o cadáver contundido e abatido de Estevão e lhe deram um sepultamento decente. Estevão foi provavelmente sepultado no Campo de Sangue que há pouco tempo fora comprado para a sepultura dos estrangeiros: “E, tendo deliberado em conselho, compraram com elas o campo de um oleiro, para sepultura dos estrangeiros. Por isso foi chamado aquele campo, até ao dia de hoje, Campo de Sangue” (Mateus 27.7,8).

 

“... e fizeram sobre ele grande pranto.”

O código legal judaico permitia que os criminosos executados fossem sepultados, mas proibia luto ou pranto sobre eles. se esta proibição estava em vigor durante o século I, os pranteadores estavam, na realidade, fazendo um protesto público contra a execução de Estevão. Eles o enterraram solenemente e fizeram sobre ele grande pranto por seu luto.

O Luto é uma expressão de mágoa ocasionada por calamidade ou perda trágica como a morte de um parente ou amigo, tão universal quanto a morte propriamente dita. No Oriente Próximo, o choro veemente sempre fez parte do luto.

Abraão lamentou e chorou por causa da morte de sua esposa Sara (Genesis 23.2). Davi e seus homens choraram ao saberem da morte de Saul e Jônatas (2 Samuel 1.12) Não podemos deixar de nos comover pelo pesar do Senhor Jesus, ao chorar pela morte de Lázaro, compartilhando a tristeza de seus amigos (João 11.33-35).

O tempo dedicado ao luto variava. O período mais longo mencionado na Bíblia são os 70 dias durante os quais os egípcios choraram por Jacó (Genesis 50.3), um período habitual entre os egípcios. José chorou sete dias por seu pai (Genesis 50.10,11). Trinta dias de choro foram observados por Arão (Números 20.29) e por Moisés (Deuteronômio 34.8). Os homens de Jabes-Gileade jejuaram por sete dias após cremarem e então sepultarem os restos de Saul e de seus filhos (1 Samuel 31.13).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
07/12/2025

FONTES:

QUEIROZ, Silas. Corpo, Alma e Espírito – A restauração integral do ser humano para chegar a estatura completa de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry – Atos a Apocalipse. Rio de Janeiro CPAD, 2008.

 

quinta-feira, 11 de dezembro de 2025

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 11 DE DEZEMBRO DE 2025 (2 Timóteo 3.12)


 LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD

11 DE DEZEMBRO DE 2025
VIVENDO A VERDADEIRA PIEDADE NAS PERSEGUIÇÕES

2 Timóteo 3.12 “E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições. ” 


No versículo 11 Paulo cita as perseguições que ele e Barnabé enfrentaram em sua primeira viagem missionária, quando pregava na região da Galácia, essas perseguições estão descritas no capítulo 13 e 14 de Atos dos apóstolos.

Em Antioquia da Psídia: Paulo havia pregado na sinagoga dos judeus durante dois sábados. No segundo sábado quase toda a cidade se ajuntou para ouvir o Apóstolo, “então os judeus, vendo a multidão, encheram-se de inveja e, blasfemando, contradiziam o que Paulo falava” (Atos 13:45). Após Paulo responder que era mister pregar a palavra de Deus primeiro a eles, mas como eles o haviam rejeitado se voltaria para os gentios para lhes anunciar a salvação “os judeus incitaram algumas mulheres religiosas e honestas, e os principais da cidade, e levantaram perseguição contra Paulo e Barnabé, e os lançaram fora dos seus termos” (Atos 13:50).

Em Icônio: De maneira semelhante, após anunciar Jesus “os judeus incrédulos incitaram e irritaram, contra os irmãos, os ânimos dos gentios” (Atos 14:2). E após algum tempo conseguiram dividir a multidão da cidade “E havendo um motim, tanto dos judeus como dos gentios, com os seus principais, para os insultarem e apedrejarem” (Atos 14:5). Após ficarem sabendo do motim, Paulo e Barnabé partiram para Listra e Derbe.

Em Listra: Após curarem um homem coxo, desde o ventre da sua mãe. Paulo e Barnabé foram aclamados por toda a cidade, pois acreditavam que eles eram deuses e o chamavam “Jupiter e Mercurio”. Após não aceitarem receber sacrifícios disseram: “Senhores, por que fazeis essas coisas? Nós também somos homens como vós” (Atos 14:15) e impediram que a multidão lhes sacrificassem. No entanto, após esse evento “sobrevieram ali uns judeus de Antioquia e de Icônio que, tendo convencido a multidão, apedrejaram a Paulo e o arrastaram para fora da cidade, cuidando que estava morto” (Atos 14:19).

Após lembrar Timóteo das perseguições que enfrentou nesses lugares ele o escreve que, de todas essas perseguições, Deus o livrou.


“E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições. ”

A piedade sempre provoca o antagonismo do mundo. Paulo já havia deixado isso claro quando passou novamente nas cidades citadas: “Confirmando os ânimos dos discípulos, exortando-os a permanecer na fé, pois que por muitas tribulações nos importa entrar no reino de Deus” (Atos 14:22), e não quer deixar os irmão de Efeso ignorantes a respeito disso. Aos Tessalonicenses ele havia escrito: “Pois, estando ainda convosco, vos predizíamos que havíamos de ser afligidos, como sucedeu, e vós o sabeis” (1 Tessalonicenses 3:4).

Willian Barclay escreveu: “É melhor sofrer com Deus e com a verdade do que prosperar com os homens e com a mentira, pois a perseguição é transitória, mas a glória final dos fiéis é segura”. As cicatrizes são o preço que todo crente paga por sua lealdade a Cristo. A perseguição é um cálice que todo crente fiel a Cristo precisa beber.

Calvino corrobora essa ideia dizendo que “é inútil tentar separar Cristo de sua cruz, e é muito natural que o mundo odeie a Cristo, incluindo seus membros”. Jesus intercedeu ao Pai por nossa condição: “Não peço que os tire do mundo, mas que os livre do mal”.

Então não podemos nos esquecer que como ele livrou Paulo da suas perseguições ele nos livrará de todo o mal e que em Cristo podemos nos alegrar mesmo sofrendo perseguições: “Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós” (Mateus 5:12).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
28/11/2023

 

FONTES:

GABY, Wagner. Até os confins da terra – Pregando o evangelho a todos os povos até a volta de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

Lopes, Hernandes Dias. 2 Timóteo: o testamento de Paulo à igreja. São Paulo: Hagnos, 2014.

 

quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 10 DE DEZEMBRO DE 2025 (Daniel 6:10)

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
10 DE DEZEMBRO DE 2025
A DISCIPLINA DE DANIEL

Daniel 6:10 “Daniel, pois, quando soube que o edito estava assinado, entrou em sua casa (ora havia no seu quarto janelas abertas do lado de Jerusalém), e três vezes no dia se punha de joelhos, e orava, e dava graças diante do seu Deus, como também antes costumava fazer.”

 

“Daniel, pois, quando soube que o edito estava assinado, entrou em sua casa (ora havia no seu quarto janelas abertas do lado de Jerusalém),”

Depois que Daniel ficou sabendo que o rei Dario, o medo, assinou movido por orgulho e vaidade um decreto no qual ele seria considerando um deus durante trinta dias. E que não seria tolerado durante trinta dias fazer petição a qualquer deus, ou a qualquer homem, senão ao rei. Quem desobedecesse ao mandamento do rei seria lançado na cova dos leões (Daniel 6:7).

Daniel entrou em sua casa, mais precisamente no seu quarto para orar. Esse é o tipo de oração que decide batalhas espirituais, porque é o canal de comunicação entre o crente e Deus: “Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente” (Mateus 6:6).

A oração de Daniel em cativeiro não estava baseada desobediência ao rei Dario, mas na obediência ao Deus de Israel: “Mais importa obedecer a Deus do que aos homens” (Atos 5.29). Deus havia deixado prescrições bíblicas de oração nos momentos de crise (1 Reis 8.38,42,44,48), e o que suplicasse a Deus deveria se voltar para o lado de Jerusalém, porque é "Jerusalém a cidade que escolhi para pôr ali o meu nome", é o que diz o Senhor em 1 Reis 11.36. Também porque em Jerusalém estava o templo de Deus (nos dias de Daniel, destruído), centro da unidade nacional e símbolo da fé e da existência do povo escolhido.

 

“... e três vezes no dia se punha de joelhos, e orava, e dava graças diante do seu Deus, como também antes costumava fazer.”

Daniel, na crise, apenas manteve o ritmo que costumava manter, na oração. Ele três vezes ao dia se punha de joelhos para orar. Em três horas do dia os judeus faziam oração: às 9 da manhã; às 12, e às 15 horas. Davi assim fazia: “De tarde e de manhã e ao meio-dia orarei; e clamarei, e ele ouvirá a minha voz” (SaImo 55.17). Pedro e João subiam ao templo para a oração às 15 horas, que era a hora nona dos judeus (Atos 3.1).

Há crentes que só nas crises ou necessidades agudas cumprem um esquema de oração, mas aquele que está habituado a orar com regularidade, nessas ocasiões simplesmente mantém o ritmo costumeiro, enquanto o temporal ruge do lado de fora.

Daniel, além de perseverante, foi também humilde: "se punha de joelhos". Isso fala de submissão e entrega total a Deus. Jesus orou assim: “E apartou-se deles cerca de um tiro de pedra; e, pondo-se de joelhos, orava (Lucas 22.41); e grato: "orava e dava graças". Muitas orações não têm resposta porque só se ocupam de petições, sem ações de graças de antemão. A gratidão a Deus certamente o inclinará a dar-nos o que precisamos.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
07/12/2025

FONTES:

QUEIROZ, Silas. Corpo, Alma e Espírito – A restauração integral do ser humano para chegar a estatura completa de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

GILBERTO, Antonio. Daniel e Apocalipse. Rio de Janeiro: CPAD, 1984.

 

terça-feira, 9 de dezembro de 2025

2 Coríntios 7.13

2 Coríntios 7.13 “Por isso fomos consolados pela vossa consolação, e muito mais nos alegramos pela alegria de Tito, porque o seu espírito foi recreado por vós todos.”

 

“Por isso fomos consolados pela vossa consolação,”

Certas observações anteriores na carta demonstram que o apóstolo estava sob considerável estresse nesse período de sua vida. Em 2 Coríntios, mais do que em qualquer outro registro percebemos isso. As palavras de Paulo aqui refletem o conforto que ele experimentou ao ouvir o relato de Tito sobre a maneira como os coríntios receberam sua carta “escrita em lágrimas”.

Paulo deixa de sentir tristeza por ter escrito aquela carta “severa”, ainda que logo depois de enviá-la, sentira pesar por tê-la escrito. Todavia, a mudança em sua atitude resultara do fato de ter visto os benefícios positivos operados por tal carta. A igreja de Corinto aceitou a consolação da carta de Paulo e ao saber disso Paulo se sentiu confortado. Tudo isso trouxe consolação para Paulo e o fez regozijar-se.

 

“...e muito mais nos alegramos pela alegria de Tito, porque o seu espírito foi recreado por vós todos.”

Tito provavelmente recebeu a tarefa de levar à igreja em Corinto essa carta escrita em lágrimas. O mensageiro de Paulo deve ter ficado também apreensivo com essa situação. Tito não sabia se a igreja o receberia como um enviado do apóstolo, ou se acataria as instruções da carta que ele portava. Até se reencontrar com Tito na Macedônia, o apóstolo Paulo muito se preocupou com a possibilidade de a situação instalada em Corinto se agravar. No entanto, Paulo escolheu o homem certo para levar sua carta.

Finalmente, Paulo fala de como está aliviado, em face do excelente relatório, e também em face de a confiança que ele expressara a Tito, a respeito dos coríntios serem plenamente justificadas.

O relatório trazido por Tito era animador. Paulo foi “confortado”; Tito ficou “recreado”. Além de alívio e paz de espírito, ele muito mais se alegrou pelo contentamento de Tito. Ele se alegrava, ainda, porque sua confiante exaltação dos coríntios, quanto às suas atitudes reais perante Tito.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIO
09/12/2025

FONTES:

QUEIROZ, Silas. Corpo, Alma e Espírito – A restauração integral do ser humano para chegar a estatura completa de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

HORTON, Stanley. I e II Coríntios – Os problemas da igreja e suas soluções.Rio de Janeiro: CPAD, 2003.

KRUSE, Colin. 2 Coríntios – Introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1984.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_202108_01.pdf

Romanos 1.9

Romanos 1.9 “Porque Deus, a quem sirvo em meu espírito, no evangelho de seu Filho, me é testemunha de como incessantemente faço menção de vós,”

 

“Porque Deus, a quem sirvo em meu espírito, no evangelho de seu Filho,”

Mesmo não conhecendo pessoalmente a igreja de Roma, Paulo ora pelos crentes romanos, chamando o próprio Deus por testemunha. Primeiro afirmando que ele servia a Deus em seu espírito. Ou seja, Paulo servia a Deus não apenas externamente, mas também internamente. Outra possível tradução seria: “a quem eu sirvo com todo o meu coração”. Deus, que conhece o homem interior, poderia dar testemunho do interesse de Paulo pelos romanos.

Ele serve a Deus cumprindo o evangelho de seu Filho. O inicio deste capítulo descreve este evangelho: Este evangelho diz respeito a seu Filho, o qual, segundo a carne, veio da descendência de Davi e foi designado Filho de Deus com poder, segundo o Espírito de santidade, pela ressurreição dos mortos, a saber, Jesus Cristo, nosso Senhor” (Romanos 1.3-4 NAA).

Cumprir o evangelho significa aplicar ativamente os ensinamentos de Jesus Cristo na vida diária, o que envolve mais do que apenas ouvir ou saber sobre eles. Trata-se de uma combinação de fé, obediência e ação que reflete a mensagem central do evangelho: a salvação através da vida, morte e ressurreição de Jesus.

 

“... me é testemunha de como incessantemente faço menção de vós,”

Paulo faz um apelo solene ao sondador de corações: Pois Deus “me é testemunha”. Era por um assunto importante, e sobre uma coisa conhecida somente por Deus e por seu próprio coração. É muito confortável poder invocar a Deus como testemunha de nossa sinceridade e constância no cumprimento de um dever. Deus é, de maneira particular, uma testemunha de nossas orações secretas, do assunto delas e de sua forma; afinal de contas, nosso Pai vê em segredo : “Mas quando você orar, vá para seu quarto, feche a porta e ore a seu Pai, que está no secreto. Então seu Pai, que vê no secreto, o recompensará” (Mateus 6.6).

Era de esperar que Paulo orasse metodicamente pelos que se converteram por seu trabalho. Mas esta passagem evidencia que suas orações ultrapassavam o círculo imediato de suas relações pessoais e de sua responsabilidade apostólica. Paulo não restringia suas orações a lugares em que ele havia trabalhado (Efésios 1:15, 16; Filipenses 1:3, 4; 1 Tessalonicenses 1:2, 3).

Ele também orava por igrejas em cidades que ele ainda não havia visitado como essa congregação em Roma. Ele assegura aos crentes de Roma que, embora não conheça a maioria deles pessoalmente, contudo ora por eles sempre e em todo o tempo (v.10). Henry comenta não é impróprio ser específico em nossas orações por igrejas e lugares particulares; não para informar a Deus, mas para comover a nós mesmos. Pois é provável que tenhamos mais consolo naqueles amigos pelos quais oramos mais.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
09/12/2025

FONTES:)

QUEIROZ, Silas. Corpo, Alma e Espírito – A restauração integral do ser humano para chegar a estatura completa de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry – Atos a Apocalipse. Rio de Janeiro CPAD, 2008.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/Po_lessons/Po_200809_03.pdf

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 9 DE DEZEMBRO DE 2025 (Lucas 6:12)

 
LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD

9 DE DEZEMBRO DE 2025
UMA NOITE EM ORAÇÃO

Lucas 6:12 “E aconteceu que naqueles dias saiu ao monte a orar, e passou a noite em oração a Deus.”

 

“E aconteceu que naqueles dias saiu ao monte a orar,”

O começo da oposição e a escolha de homens certos para seus íntimos colaboradores exigia um aconselhamento prolongado do Pai. Por isso, Jesus como de costume saiu a um monte a fim de orar. Por que o Senhor Jesus orava no monte? Porque queria ficar a sós com o Pai: “E, despedida a multidão, subiu ao monte para orar, à parte. E, chegada já a tarde, estava ali só” (Mateus 14:23), e isso não seria possível na casa de alguém, devido ao assédio do povo, nem nas sinagogas, onde Ele era considerado persona non grata.

Observe, porém, que Ele também orava em lugares desertos (Lucas 5.16), não necessariamente em montes. E que não realizava cultos em lugares assim; Ele apenas freqüentava locais desertos para ficar a sós com o Pai. Ele orava nos montes e lugares desertos porque não havia na época templos como os de hoje. Ele foi claro, ao dizer: “A minha casa será chamada casa de oração” (Mateus 21.13). E também afirmou: “... quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai...” (Mateus 6.6).

Perguntem-se, quais dos apóstolos oraram nos montes? Para onde Pedro e João estavam indo, na hora da oração? Ao templo (Atos 3.1). Onde Pedro estava orando quando o Senhor lhe deu uma visão acerca da evangelização dos gentios? No terraço de uma casa (Atos 10.9). Paulo e seus cooperadores aproveitaram a quietude da praia para orar (Atos 21.5). Na igreja primitiva não era costume orar em montes.

 

“... e passou a noite em oração a Deus.”

Jesus estava prestes a escolher seus discípulos. De certa forma, não havia nada mais importante nos três anos de ministério de Jesus antes da cruz do que isso. Esses eram os homens que dariam continuidade ao que Ele havia feito, e sem eles a obra de Jesus jamais se estenderia ao mundo inteiro. Não é de admirar que Jesus tenha dedicado uma noite inteira à oração para essa escolha crucial.

O Mestre nos deu um exemplo importante para seguir. Nunca devemos tomar qualquer decisão importante sem uma temporada de sinceras orações. Alguns pensam que meia hora é um tempo longo demais para dedicarmos às nossas devoções particulares; mas não podemos nos esquecer que Cristo passava noites inteiras orando. Nós sempre temos muitos assuntos para apresentar diante do trono da graça, e deveríamos nos comprazer muito na comunhão com Deus. E por essas duas razões, devemos também dedicar longos períodos à oração.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
05/12/2025

FONTES:

QUEIROZ, Silas. Corpo, Alma e Espírito – A restauração integral do ser humano para chegar a estatura completa de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

HARPER, A. F. (Ed.). Comentário Bíblico Beacon. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry – Mateus a João. Rio de Janeiro CPAD, 2008.

https://cirozibordi.blogspot.com/2008/08/cultos-no-mato-e-os-gravetos.html

https://www.blueletterbible.org/search/preSearch.cfm?Criteria=Lucas+6&t=NKJV

 

segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 8 DE DEZEMBRO DE 2025 (Mateus 4:2)

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
8 DE DEZEMBRO DE 2025
JESUS DEDICOU-SE AO JEJUM E À ORAÇÃO

Mateus 4:2 “E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome;”

 

“E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites,”

Jesus, após ser conduzido pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo (v.1), se absteve de qualquer alimento por quarenta dias e quarenta noites (quarenta noites somente em Mateus). Tal como Moisés havia jejuado quando estivera “com o Senhor” no Monte Sinai para receber a Lei (Êxodo 34.28). Robertson comenta que “O período do jejum, como no caso de Moisés, foi gasto em enlevo espiritual, durante o qual os desejos do corpo natural foram suspensos.”

A história da tentação de Jesus contém de fato muitas semelhanças com a história de Moisés conduzindo Israel do Egito para a Terra Prometida. Tanto Jesus quanto Moisés foram levados para o deserto (4:1; Êxodo 19:1, 2), jejuaram por quarenta dias e quarenta noites (4:2; Êxodo 34:28; Deuteronômio 9:9) e a ambos foram mostrados reinos do alto de uma montanha (4:8; Deuteronômio 3:27; 34:1–4)

Esse período de jejum tem equivalentes nas vidas de outro grande líder de Israel no Antigo Testamento. Elias também jejuou por esse mesmo tempo quando fugia da ira de Jezabel após a derrota dos profetas de Baal no monte Carmelo (1 Reis 19:8). Em cada um desses casos, o jejum foi feito por uma razão espiritual. Fiel a esse padrão, Jesus jejuou contemplando Seu ministério iminente e em preparação para o Seu encontro com o tentador.

 

“... depois teve fome;”

Jesus, enlevado em oração e meditação, passa quarenta dias sem comer. Voltando a si, por assim dizer, sente o aguilhão da fome. A fome nos deixa fisicamente fracos, e também nos faz focar a atenção na comida, em detrimento de outras preocupações – incluindo necessidades espirituais . Jesus não só estava faminto, como também estava sujeito aos perigos do deserto. Marcos descreveu Jesus como estando “com as feras” (Marcos 1:13).

O tentador vai aproveitar-se desse momento e apelar fortemente diante da necessidade física do Senhor. Seu propósito era persuadir Jesus a satisfazer seu apetite de maneira indigna. O primeiro Adão sucumbira ao desejo carnal; não sucumbiria também o segundo?

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
29/11/2025

FONTES:

QUEIROZ, Silas. Corpo, Alma e Espírito – A restauração integral do ser humano para chegar a estatura completa de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

TASKER, R. V. G. Mateus: Introdução e comentário. Série Cultura Bíblica –São Paulo: Mundo Cristão, 1980.

PEARLMAN, Myer. Mateus – O Evangelho do Grande Rei. Rio de Janeiro: CPAD.

ROBERTSON, A. T. Comentário Mateus & marcos à luz do novo testamento grego. Rio de Janeiro: CPAD, 2011.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201204_03.pdf