sexta-feira, 7 de novembro de 2025

Salmos 140:2

Salmos 140:2 “Que pensa o mal no coração; continuamente se ajuntam para a guerra.”

 

“Que pensa o mal no coração;”

O homem mau e o homem violento pensam sempre o mal no seu coração (v.1). Eles não podem ser felizes, a menos que estejam tramando e planejando, conspirando e idealizando. Eles parecem ter apenas um coração, pois estão de completo acordo em sua maldade; e com todo o seu coração, e toda a sua alma, perseguem a sua vítima. Uma perversidade não é suficiente para eles; eles trabalham no plural, e preparam muitas flechas para seus arcos. Eles são muito sutis, habilidosos em fazer enganos; eles planejaram isso, prepararam o esquema com toda arte e astúcia inimagináveis.

O que eles não podem realizar, ainda assim gostam de repensar, e ensaiar no palco da sua cruel imaginação: “Também os que buscam a minha vida me armam laços e os que procuram o meu mal falam coisas que danificam, e imaginam astúcias todo o dia” (Salmos 38:12). É terrível ter uma doença de coração como esta. Quando a imaginação se deleita em fazer mal aos outros, é sinal de que toda a natureza da pessoa está avançada em iniqüidade.

 

“... continuamente se ajuntam para a guerra.”

Eles são um comitê de oposição, em sessão permanente: eles nunca adiam, mas consideram perpetuamente a questão absorvente de como fazer o máximo mal contra o homem de Deus. Eles são um exército sempre pronto para a briga; não somente vão para a guerra, como habitam nela. Essa é a situação descrita em Sal. 120.7: “Pacífico sou, mas quando eu falo já eles procuram a guerra.

Embora sejam a pior companhia, ainda assim eles se toleram, uns aos outros, e estão continuamente uns na companhia dos outros, unidos na luta contra o homem bom. Herodes e Pilatos unir-se-iam nessa empreitada e, nisso, assemelham-se a Satanás, e este não está dividido contra si mesmo, e todos os demônios concordam com Belzebu.

Os inimigos de Davi eram tão violentos quanto eram maus, tão ardilosos quanto eram violentos, e tão persistentes quanto eram ardilosos. É difícil lidar com pessoas que só estão em seu elemento quando estão com as adagas desembainhadas contra você. Um caso como este requer oração, e a oração invoca a Deus.

John Lorinus diz que o ímpio ataca o justo com três armas - com o coração, por conspiração; com a língua, pela mentira; e com a mão, pela violência.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
07/11/2025

FONTES:

QUEIROZ, Silas. Corpo, Alma e Espírito – A restauração integral do ser humano para chegar a estatura completa de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

SPURGEON, Charles. Os Tesouros de Davi – Volume III. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

HENRY, Matthew. Comentário Bíblico – Poéticos. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.

CHAMPLIN, Russell Norman. O Novo Testamento interpretado versículo por versículo. São Paulo: Hagnos, 2001. 

Filipenses 4.8

ilipenses 4.8 “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.”.

 

“Quanto ao mais, irmãos,”

A expressão “quanto ao mais” aqui é usada para dar inicio as porções finais de epistolas. Não introduz, como antítese, o que os crentes filipenses deveriam fazer,  mas trata-se de um simples sinal que indica que Paulo estava chegando ao fim de sua carta.

As virtudes aqui alistadas fazem todas parte do fruto do Espírito (Galatas 5:22,23), devendo ser consideradas como algo que surge mediante o cultivo e o desenvolvimento espirituais. Essas virtudes e que devem ocupar as nossas mentes, devendo sempre ser levadas em conta por nos, em nossa inquirição espiritual: “... para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1 Pedro 2.9).

 Deus nos guarda e nos da paz como um dom; mas também temos obrigações e precisamos cultivar as virtudes espirituais. Sem essas virtudes, o ideal cristão não pode concretizar-se na vida de uma pessoa.

 

“... tudo o que é verdadeiro,“

Deus é a norma de toda a verdade, como também seu padrão e fonte originaria. Nas paginas do N.T., a verdade e freqüentemente sinônimo do evangelho, a verdade conforme ela e revelada em Cristo; e Cristo e a verdade personificada (João 14:6). Aquelas coisas que concordam com a natureza de Deus, na pessoa de Cristo, são verdadeiras, em contraste com a falsidade e a hipocrisia.

É verdadeiro tudo aquilo que é autêntico e não se baseia em suposições, boatos, mentiras e coisas sem comprovação. A igreja de Jesus Cristo não pode e não deve permitir que o espírito de mentira domine sua mente (Cl 3.9). Mentes dominadas por sentimentos carnais fantasiam seus pensamentos com mentiras. Deus abomina a mentira e a sua Palavra diz em Salmos 119.163: “Abomino e aborreço a falsidade”.

 

“... tudo o que é honesto,”

No grego honesto pode significar  honroso, reverenciável, venerável. Dos diáconos se pede que tenham essa qualidade (1 Timóteo. 3:8); mas aqui essa mesma virtude e requerida de todos os crentes. Os crentes devem exibir uma dignidade que se deriva da salvação.

Quando Paulo diz que se deve pensar “em tudo o que é honesto” está  exortando aos cristãos de Filipos que a conduta deles seja transparente e decorosa. Seja como algo feito à luz do dia (Romanos 13.13). O mundo precisa notar essa diferença no comportamento do crente. Ser honesto e pensar em coisas honestas equivalem a pensar em coisas dignas e que merecem o respeito das pessoas ao nosso redor.

 

 “... tudo o que é justo,

No original grego justo significa equitativo, satisfatório em todas as obrigações para com Deus, para com nossos semelhantes e para conosco mesmos. Essa é a forma adjetivada da retidão salvadora, que nos é dada pela Fé, a saber, a própria retidão de Deus (Romanos 3:21). Todas as nossas ações devem concordar com essa nossa natureza inata.

Pensar e ocupar a mente em tudo o que é justo significa desenvolver uma relação positiva com Deus e com os homens. Os padrões de justiça de Deus norteiam o comportamento moral em relação a Deus e às pessoas. O cristão verdadeiro cumpre as leis de justiça e equidade na vida da família, da sociedade e da espiritualidade.

 

“... tudo o que é puro,”

Pureza implica limpeza, algo não contaminado ou poluído. Na língua grega do Novo Testamento, a palavra “puro” advém de hagnos. Essa palavra grega sugere e descreve aquilo que é moralmente puro e livre de sujeiras, de manchas, assim como os sacrifícios de gratidão que faziam parte dos rituais sacerdotais do povo de Israel tinham que ser limpos, perfeitos e puros de qualquer impureza, antes de serem colocados sobre o altar.

Desta forma, também, tudo que fazemos para Deus e tudo quanto oferecemos a Deus precisa ser puro. Uma mente pura significa uma mente casta. A primeira idéia de “ser puro” é ser inocente em relação a ter pensamentos, palavras e ação puros. O crente deve permitir ao Espírito a limpeza contínua no coração, na consciência, nas afeições e nos motivos da vida. Toda sorte de impureza deve ser eliminada no meio do povo de Deus (Efésios 5.3).

 

“... tudo o que é amável,

No grego significa digno de amor, indicando aquilo para o que somos atraídos, devido a sua beleza de caráter. Esse termo e usado exclusivamente aqui, em todo o N.T., indicando aquilo que, por sua própria beleza, atrai o amor e se toma caro para alguém. Deus e o grande magneto da bondade, que atrai o amor. Por isso mesmo e que o Senhor Jesus disse que se ele fosse levantado da terra, atrairia a si mesmo todos os homens; e isso mostra ate que ponto ele possuía a beleza divina (João 12:32)

As coisas amáveis são coisas que atraem e causam prazer a todas as pessoas. Significa pensar naquilo que promove o amor fraternal e à amizade. Amizade representa o que mais valorizamos na vida, por isso, “tudo o que é amável” é tudo quanto constrói emocional e espiritualmente nas relações entre os irmãos.

 

“... tudo o que é de boa fama, “

No grego significa, literalmente,  que soa bem. Também pode significar digno de louvor ou admirável. Assim, pois, o crente deve buscar aquelas coisas que criam, para ele, a boa reputação, aquilo que e digno de louvor aos olhos dos outros homens e aos olhos de Deus.

O pensar em coisas de boa fama é ter cuidado com as palavras e ações em relação às pessoas do nosso convívio. Significa rejeitar na mente qualquer coisa ou pensamento que desonrem ou que tragam descrédito às outras pessoas.

Devemos, sim, pensar em tudo o que é “de boa fama”. Aquele que ocupa sua mente com coisas boas acerca de seu irmão “não folga com a injustiça, mas folga com a verdade” (1 Coríntios 13.6). A inveja, o ciúme, a presunção são elementos que permeiam a mente de crentes carnais que não conseguem pensar bem acerca do seu irmão.

 

“...se há alguma virtude, “

No original grego virtude pode significar excelência moral. Essa mesma palavra era usada para indicar manifestação do poder divino, milagre ou o poder de Deus (2 Pedro 1:3). Era o milagre moral divino que Paulo queria que os crentes recebessem, através da atuação do Espírito Santo.

Esse termo aqui tem um significado geral, incluindo tudo quanto Paulo dissera antes. Todas aquelas qualidades compõem a excelência moral que e referida no presente versículo.

A virtude tem seu louvor, e continuará tendo. Deveríamos andar em todos os caminhos da virtude e permanecer nela; e, então, quer nosso louvor seja de homens ou não, ele procederá de Deus (Romanos 2.29).

 

“... e se há algum louvor,”

No grego original temos epainos, que significa louvor, aprovação, também usado como termo para indicar coisa digna de louvor.Aquele que possuí as virtudes anteriormente mencionadas torna-se digno de louvor e o recebe, pelo menos da parte de Deus.

Não que o louvor dos homens seja o nosso alvo (Joao 12:43), mas devemos viver de tal maneira que mereçamos esse louvor. Paulo não recomendava aqui que os crentes filipenses procurassem obter o aplauso ou a recomendação de outros através de ações virtuosas; mas tão-somente quis dizer que os crentes deveriam devotar-se a realização de boas obras, que merecem aprovação, a fim de que os ímpios sejam constrangidos a apoiar a sua boa conduta.

Ao mencionar o louvor, tanto quanto ao mencionar a virtude, Paulo sumaria, em sua declaração, todas as qualidades morais que havia alistado. E como se ele tivesse dito: Se possuirdes essas virtudes será digno de louvor.

 

“... nisso pensai.”

Que essas coisas dignas de louvor e essas virtudes, sejam as razoes de nossa meditação e consideração, para que sejam inclusas em nossa conduta diária. Devem ser substituídos os vãos pensamentos da sensualidade, o lucro e a fama mundanos, buscando cuidadosamente aquelas coisas que contribuem para o bem de nossas almas imortais, o que transcende a qualquer bem terreno que os homens busquem mediante suas mentalidades carnais.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
06/11/2025

FONTES:)

QUEIROZ, Silas. Corpo, Alma e Espírito – A restauração integral do ser humano para chegar a estatura completa de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

CABRAL, Elienai. Filipenses - A humildade de Cristo como exemplo para a Igreja. Rio de Janeiro: CPAD, 2013.

CHAMPLIN, Russell Norman. O Novo Testamento interpretado versículo por versículo. São Paulo: Hagnos, 2001.

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 7 DE NOVEMBRO DE 2025 (Hebreus 9:14)


LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
7 DE NOVEMBRO DE 2025
O SANGUE DE JESUS PURIFICA NOSSAS CONSCIÊNCIAS

Hebreus 9:14 “Quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará as vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo? “

 

“Quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus,”

O argumento do escritor aos Hebreus parte da premissa menor para a maior: “se o sangue dos touros e bodes, e a cinza de uma novilha aspergida sobre os imundos, os santifica, quanto à purificação da carne” (v.13), quanto mais o sangue de Jesus, o Filho de Deus, pode realmente purificar as nossas consciências! O escritor quer com esse argumento mais uma vez ressaltar a superioridade de Cristo, desta vez na avaliação da Sua oferta.

O sangue de bodes e de touros — é provavelmente uma referência às ofertas no Dia da Expiação (Levítico 16), a cinza de uma novilha pode referir-se à oferta ocasional de uma novilha (Números 19). Estas eram disposições externas que ofereciam a purificação ritual da contaminação da carne. É importante notar o contraste entre “carne” e o “Espírito” que acontece entre os versos 13 e 14. As ofertas levíticas podiam fornecer a pureza cerimonial, mas a oferta que Cristo faz purificará a nossa consciência, isto é, era uma purificação interior e espiritual.

O bispo Westcott observa os seguintes motivos pelos quais o sangue de Cristo é superior, partindo da análise de seu sacrifício, que foi: voluntário, ao contrário dos sacrifícios exigidos pela Lei; racional, e não como o dos animais (irracionais); espontâneo, e não em obediência a ordens superiores e moral, como oferta de si próprio por ação do supremo poder nEle residente (o Espírito Eterno).

Jesus se ofereceu “pelo Espírito eterno”. Todas as traduções consideram ser essa uma referência ao “Espírito Santo” ou ao “eterno Espírito de Cristo” e, por isso, deram inicial maiúscula a “Espírito”. É inadequado alegar com base nessa afirmação que o Espírito Santo ajudou Jesus em Sua morte no Calvário. Se fosse assim, as palavras de Jesus de abandono na cruz pareceriam banais (Mateus 27:46). Com certeza, tudo que Cristo fez na terra foi em harmonia com a vontade do Espírito Santo e pode ser esse o sentido aqui.

Cristo fez Seu sacrifício em pleno entendimento do que Ele estava fazendo, o que nenhum animal jamais poderia fazer. Ele Se ofereceu. Nenhuma outra vítima e certamente nenhum outro sumo sacerdote havia feito isso. Foi uma ação tanto voluntária quanto premeditada. Os animais não têm “espírito” pelo qual submetam-se a sacrificar os próprios corpos, mas Jesus tinha. Ele foi até a cruz espontaneamente “sem mácula”, o que significa que Ele não tinha pecado que manchasse a Sua alma. A palavra para “sem mácula” é a mesma usada na LXX para um animal “sem defeito” (Levítico 1:3, 10; 1 Pedro 1:19).

 

“... purificará as vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo? “

A mera “lavagem cerimonial” dos rituais vétero-testamentários não podia “purificar a consciência”. “A Purificação da carne” (v. 13) era uma lavagem de impureza ritual e não de impureza moral. O autor sagrado já se queixara de que o antigo sistema de sacrifícios nada fizera em favor da natureza moral (ou consciência) dos adoradores: “é uma alegoria para o tempo presente, em que se oferecem dons e sacrifícios que, quanto à consciência, não podem aperfeiçoar aquele que faz o serviço” (v.9). Porém, o sangue de Cristo é um agente de total purificação do homem interior, o coração.

Limpar a “consciência” era limpar a alma da culpa. O sangue de Cristo continua a nos purificar até hoje (1 João 1:7). Quando a culpa é tirada e a pessoa entende que está perdoada, ela pode finalmente perder o medo de comparecer perante Deus quando morrer. O que o inocente tem a temer? Uma pessoa pode se apresentar calma e tranqüila em todas as calamidades quando ela está ciente, pela fé, de que não tem culpa perante Deus.

Obras mortas referem-se a feitos realizados debaixo da velha aliança que não podiam trazer vida ou vivificar. A mesma expressão ocorre em 6:1: “Por isso, deixando os rudimentos da doutrina de Cristo, prossigamos até à perfeição, não lançando de novo o fundamento do arrependimento de obras mortas e de fé em Deus,” (Hebreus 6:1). São todas as obras do homem em si, à parte de Deus.

Essas obras não têm valor comparadas à justiça imputada que temos em Cristo. Porque quem está no pecado está morto para Deus porque está perdido, fora de Cristo. Tal pessoa não pode realizar obras “vivas” que são aceitáveis a Deus: “Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniquidades como um vento nos arrebatam” (Isaías 64:6).

Removidas as obras mortas, a pessoa pode enfim “servir ao Deus vivo”. Uma pessoa não pode adorar adequadamente nem servir a Deus sem obter essa remoção. Pois, as obras devem ser negadas, afinal não podem nos salvar. Para termos enfim acesso a justiça imputada por Cristo pela fé: “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam” (Hebreus 11.6).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
05/11/2025

FONTES:)

QUEIROZ, Silas. Corpo, Alma e Espírito – A restauração integral do ser humano para chegar a estatura completa de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201405_08.pdf

GUTHRIE, Donald. Hebreus – Introdução e comentário. Série Cultura Bíblica. Trad. Gordon Chown. São Paulo: Vida Nova e Mundo Cristão, 1983.

https://textoaureoebd.blogspot.com/2024/12/hebreus-61.html

BOYD, Frank M. Comentário Bíblico Gálatas, Filipenses, 1 e 2 Tessalonicenses e Hebreus. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 1996.