LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
26 DE AGOSTO DE 2024
DEVEMOS AGIR COM SERENIDADE EM QUALQUER ÁREA DE LIDERANÇA
1 Pedro 5.2 “Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto;”
“Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós,”
Em grego o verbo imperativo traduzido por pastorear vem de (poimai-no). O substantivo “pastor” que aparece em Efésios 4:11, é poimen. Agir como um pastor é ser um cuidador de ovelhas. O começo do versículo poderia ser traduzido simplesmente por “seja um pastor” para o rebanho.
Os homens a quem Pedro incentivava a trabalharem como um pastor eram os que ele chamara de presbíteros como ele. Além desta passagem, outras no Novo Testamento deixam claro que “presbíteros” equivale a “pastores”. A mesma correlação de palavras é vista em Atos 20. Paulo convocou os presbíteros da igreja de Éfeso em Mileto (Atos 20:17). Entre outras coisas, ele os admoestou a “pastorearem” a igreja de Deus (Atos 20:28). O mesmo verbo grego “pastorear” em 1 Pedro 5:2 é usado em Atos 20:28.
“tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente;”
Além de pastorear o rebanho de Deus era também responsabilidade dos presbíteros servir ao rebanho que Deus lhes havia confiado. Mas eles devem se submeter voluntariamente. Há casos em que um presbítero é mantido financeiramente pela igreja, porém geralmente não é assim. É um trabalho de amor. Eles assumem suas responsabilidades porque querem glorificar o Senhor e edificar o Seu povo. Querem ser parceiros do Senhor na tarefa de salvar as almas dos homens. Não é um trabalho que deve ser aceito por constrangimento.
Homens piedosos devem assumir o trabalho com zelo, entusiasmo, espontaneamente. O escritor de Hebreus disse: “Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles; pois velam por vossa alma, como quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo” (Hebreus 13:17). Quando homens bons não aceitam o ministério do presbitério, deixam a porta aberta para os que são menos qualificados. E os resultados nesses casos são desastrosos.
“nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto;”
Embora nos tempos modernos até haja presbíteros que são mantidos financeiramente por igrejas, essa prática parecia ser mais comum no período neotestamentário. Paulo disse a Timóteo que o presbítero deve ser “não avarento” ou “não apegado a dinheiro” (NVI) (1 Timóteo 3:3). Os diáconos não devem ser “cobiçosos de sórdida ganância” (1 Timóteo 3:8), nem os presbíteros (Tito 1:7).
Embora estas palavras possam significar apenas que presbíteros e diáconos devam ser generosos, há razões para se pensar que Paulo as escreveu porque era comum presbíteros, e talvez diáconos, serem remunerados pelo seu trabalho.
Em 1 Timóteo. Paulo admoestou seu cooperador mais jovem a prestar honra dobrada ao presbítero que trabalhasse arduamente na pregação e no ensino. Ele usou o mesmo tipo de linguagem que usou em Coríntios. O apóstolo citou Deuteronômio 25:4: “Não amordaces o boi, quando pisa o trigo”, e acrescentou: “O obreiro é digno do seu salário” (1 Timóteo 5:18; 1 Coríntios 9:9, 14)
Assim como Paulo, Pedro parecia ter a expectativa de que presbíteros recebessem sustento financeiro pelo trabalho prestado ao Senhor. Isso explicaria por que ele disse que os presbíteros não deveriam servir por sórdida ganância. Antes, deveriam servir de boa vontade.
No Evangelho de João, Jesus contou a história de um pastor que foi comparado a um mercenário (João 10:11–15). Não há espaço no reino de Deus para quem trabalha meramente por dinheiro, tanto Paulo como Pedro queriam assegurar a igreja seja servida por homens que trabalham por coisas mais substanciosas do que um contracheque no fim do mês.
Concluindo, os presbíteros tinham de evitar, a qualquer custo, o mero profissionalismo e as atitudes dos líderes de Israel, no Antigo Testamento, que a si mesmos se apascentavam em detrimento do rebanho de Deus (Isaias 56.11; Jeremias 50.6; Ezequiel 34.2-8; Zacarias 10.3; 11.4,5). O Salmo 23 é própria imagem de Jesus como o Bom Pastor. Que os pastores tenham sempre diante de si essa passagem do Livro Santo.
DEIVY FERREIRA
PANIAGO JUNIOR
16/8/2024
FONTES:
QUEIROZ, Silas. O Deus Que Governa o Mundo e Cuida da Família – Os Ensinamentos Divinos nos livros de Rute e Ester para a Nossa Geração. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.
HORTON, Stanley. I e II Pedro – A razão da nossa Esperança. Rio de Janeiro: CPAD.
http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201411_02.pdf