sábado, 27 de julho de 2024

1 Timóteo 2.1

 

1 Timóteo 2.1 “Admoesto-te, pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões, e ações de graças, por todos os homens;”

 

“Admoesto-te, pois, antes de tudo,”

A palavra “admoestar” ” ( noutheteō ), significa aconselhar, advertir. Refere-se a conselhos, observações  e advertências concernentes ao comportamento e à prática de vida do cristão. Paulo admoestava os irmãos em vários lugares (Atos 20:31; 1 Coríntios 4:14). Ao mesmo tempo, ele instruía os discípulos a admoestarem uns aos outros (1 Tessalonicenses 5:14), e especialmente ensinava aos pais sobre a importância de admoestar os próprios filhos (Efésios 6:4).

Um dos motivos de nos reunirmos com os nossos irmãos em Cristo é a admoestação mútua que ajuda cada um a se manter fiel (Hebreus 10:25). Admoestação e advertência fazem parte do trabalho dos evangelistas (1 Timóteo 1:3; 4:13; 2 Timóteo 4:2), mas eles não são os únicos que devem (Romanos 12:8; Gálatas 6:1; Hebreus 3:13).

“Antes de tudo”. As palavras próton pánton “antes de tudo” indicam primazia de importância e não de tempo. A comissão de Cristo para irmos a toda criatura (Marcos 16:15-16) sempre será grande demais para mentes finitas a compreenderem. Precisamos da ajuda de Deus. Por isso, Paulo exortou a Timóteo e a nós a, “antes de tudo”, orarmos.

A oração não é um apêndice no culto, mas parte vital dele. Os apóstolos entenderam a primazia da oração, quando decidiram: “Quanto a nós, nos consagraremos à oração e ao ministério da palavra” (Atos 6.4).

 

“... que se façam deprecações, orações, intercessões, e ações de graças,”

Muito embora o objetivo de Paulo é insistir na centralidade da oração mais do que numa análise de seus tipos, o apóstolo usa aqui quatro formas de oração.

“Deprecações” - O termo (gr. deesis) significa “suplicar, implorar, rogar por” alguém ou alguma coisa (Dicionário Houaiss). Dá a entender um tipo de oração que é feita de modo ardente, dramático, compassivo. A ideia fundamental da palavra grega deesis, é um sentimento de necessidade. A oração começa com esse sentimento de nossa total dependência de Deus. Oração é a insuficiência humana aproximando-se da suficiência divina.

Segundo, as “orações” (gr. proseuchomai) – “oferecer oração ou votos a Deus”. Designam o movimento da alma em direção a Deus. As orações são um ato de adoração a Deus, exaltando-o pela excelência de seus atributos e rogando a ele pela grandeza de suas misericórdias. A oração é tema de grande destaque na Bíblia. No Antigo Testamento, os homens de Deus venceram sob o manto da oração. Davi orava sempre (SaImo 55.16,17) e Daniel venceu na cova dos leões porque tinha reservas de oração (Daniel 6.10). Esses dois exemplos indicam o valor extraordinário da oração fervorosa e sincera, diante de Deus.

Terceiro, as “intercessões” (gr.: enteuxis). Elas estão relacionadas com a súplica em favor de alguém ou de alguma coisa. Tem o sentido de “intervenção, mediação, interferência, intermédio” (Dicionário Houaiss). Do grego enteuxis, significando “apelar para”, ou intercessões em geral, que se fazem em favor de alguém. A palavra enteuxis também traz a ideia de entrar na presença do rei para lhe fazer uma petição. Portanto, nenhum pedido é grande demais para ele. Para Deus não há impossíveis!

Quarto, as “ações de graças”. Essas grandiosas possibilidades alcançadas pela oração criam uma necessidade natural de incluirmos em nossas petições “ações de graça”. Elas tratam da nossa gratidão a Deus pelo que ele tem feito. A palavra grega eucaristia, deixa claro que orar não é apenas aproximar-se de Deus para adorá-lo por quem ele é, e rogar a ele suas bênçãos, mas, também, e sobretudo, agradecê-lo pelo que ele tem feito. Na avaliação da necessidade e do privilégio de trabalharmos com Deus, que adequada se torna a admoestação de Paulo: “dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo” (Efésios 5:20)

 

“... por todos os homens;”

A oração deve ser “em favor de todos os homens”. Não é só a oração que é em favor de todos, o plano de Deus também é para todos. Sua graça é suficiente para que “todos sejam salvos”. Jesus morreu por todos (2 Coríntios 5:14, 15), Ele nos manda ir a todos (Marcos 16:15, 16; Mateus 28:18–20) e disponibilizou o evangelho a todos (Judas 3). Por meio desse evangelho todos serão julgados (Romanos 14:10–12; 2 Coríntios 5:10). Salvar almas do pecado apaga o passado pecaminoso (Atos 2:38; 22:16). O plano de Deus também é para que todos “cheguem ao pleno conhecimento da verdade” (v.4).

A o que parece, as igrejas evangélicas, nos tempos atuais, têm-se esquecido dessa oração “por todos os homens”. E mais comum ouvirem-se orações pela com unidade cristã; por suas atividades, na evangelização, no ensino, no discipulado. São orações legítimas e indispensáveis. Mas o alcance da oração da igreja cristã deve ultrapassar “as quatro paredes” dos templos, nas igrejas locais. Onde quer que formos, jamais encontraremos uma pessoa pela qual não precisamos orar.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
31/7/2024

FONTES:

QUEIROZ, Silas. O Deus Que Governa o Mundo e Cuida da Família – Os Ensinamentos Divinos nos livros de Rute e Ester para a Nossa Geração. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.3

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_200311_05.pdf

RENOVATO, Elinaldo. As ordenanças de Cristo nas cartas pastorais. Rio de Janeiro: CPAD, 2015.

LOPES, Hernandes Dias. 2Timóteo: o testamento de Paulo à igreja. São Paulo: Hagnos, 2014. 

Esdras 1.1

 

Esdras 1.1 “No primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia (para que se cumprisse a palavra do SENHOR, pela boca de Jeremias), despertou o SENHOR o espírito de Ciro, rei da Pérsia, o qual fez passar pregão por todo o seu reino, como também por escrito, dizendo:”

 

“No primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia”

Esse versículo tem um homônimo em 2 Crônicas 36.22 : “Porém, no primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia (para que se cumprisse a palavra do Senhor pela boca de Jeremias), despertou o Senhor o espírito de Ciro, rei da Pérsia, o qual fez passar pregão por todo o seu reino, como também por escrito, dizendo:

O primeiro ano de Ciro seria uma data dentro do ano 539 a.C., quando a Babilônia foi conquistada pela Pérsia e Ciro II começou a governar sobre os judeus. No fatídico banquete de Belsazar na tradução misteriosa da parede da palavra “PERES” “Dividido foi o teu reino, e dado aos medos e aos persas” (Daniel 5.28). Naquela mesma noite Belsazar foi morto e Dario, o medo (Subordinado de Ciro), ocupou o reino dos caldeus.

 

“... (para que se cumprisse a palavra do SENHOR, pela boca de Jeremias),”

A proclamação de Ciro ocorreu para que se cumprisse a Palavra do Senhor, por boca de Jeremias. O decreto do rei cumpria a profecia porque Jeremias já dissera que o povo de Deus retornaria à sua terra após “setenta anos” de cativeiro (Jeremias 25:11; 29:4–10).

Os setenta anos podem ser mensurados de suas maneiras: desde a primeira deportação (ca. 605 a.C.) até o primeiro regresso (ca. 538 a.C.2) ou desde a destruição do templo (ca. 586 a.C.) até o término de sua reconstrução (ca. 516 a.C.).

Outra possibilidade é que “setenta” seja considerado um número simbólico que indica um período completo ou cheio: “Para que se cumprisse a palavra do Senhor, pela boca de Jeremias, até que a terra se agradasse dos seus sábados; todos os dias da assolação repousou, até que os setenta anos se cumpriram” (2 Crônicas 36.21).

 

“... despertou o SENHOR o espírito de Ciro, rei da Pérsia,”

A proclamação anunciada aconteceu porque despertou o Senhor o espírito de Ciro. Isso quer dizer que Deus “tocou o coração de Ciro” – a parte de Ciro que acreditou, pensou e tomou decisões.

A NVI diz “despertou o coração de Ciro”, enquanto outra versão inglesa (REB) diz que Deus “inspirou o rei”. Ciro emitiu a proclamação, mas Deus foi a causa principal do regresso do povo a Jerusalém.

 

“... o qual fez passar pregão por todo o seu reino, como também por escrito, dizendo:”

A natureza oficial do decreto é indicada pelo fato de que ele foi proclamado (talvez lido em voz alta por arautos em todo o reino) e também transcrito (concebivelmente para exposição pública).

À luz dos fatos subseqüentes, também era importante que a proclamação fosse registrada e guardada nos arquivos persas, onde mais tarde pudesse ser encontrada: Então o rei Dario deu ordem, e buscaram nos arquivos, onde se guardavam os tesouros em babilônia: “E em Acmeta, no palácio, que está na província de Média, se achou um rolo, e nele estava escrito um memorial que dizia assim:  No primeiro ano do rei Ciro, este baixou o seguinte decreto: A casa de Deus, em Jerusalém, se reedificará para lugar em que se ofereçam sacrifícios, e seus fundamentos serão firmes; a sua altura de sessenta côvados, e a sua largura de sessenta côvados (Esdras 6:13).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
31/7/2024

FONTES:

QUEIROZ, Silas. O Deus Que Governa o Mundo e Cuida da Família – Os Ensinamentos Divinos nos livros de Rute e Ester para a Nossa Geração. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201711_02.pdf

Jeremias 25.11

 

Jeremias 25.11 “E toda esta terra virá a ser um deserto e um espanto; e estas nações servirão ao rei de babilônia setenta anos.”

 

“E toda esta terra virá a ser um deserto e um espanto;”

No primeiro ano do Rei Nabucodonosor (v.1), rei da Babilônia. Deus por intermédio do profeta Jeremias diz ao povo de Jerusalém (Judá) para se converterem dos seus maus caminhos. Todavia o povo de Judá não o deu ouvido. Por causa disso Deus traria sobre Judá o Rei Nabucodonosor, seu servo (v.9) a fim de executar seu juízo.

O juízo atingiria a todos inclusive a terra, de maneira que causaria espanto. O povo seria objeto de espanto: “os destruirei totalmente, e farei que sejam objeto de espanto, e de assobio, e de perpétuas desolações” (v.9). A terra se tornaria um deserto, como se tornou: “Derramou-se, pois, a minha indignação e a minha ira, e acendeu-se nas cidades de Judá, e nas ruas de Jerusalém, e elas tornaram-se deserto e em desolação, como hoje se vê” (Jeremias 44.6).

 

“... e estas nações servirão ao rei de babilônia setenta anos.”

Nesta seção, apesar de Deus apresentar Seus planos para as nações. Ele Se dirigiu especificamente ao Seu próprio povo. Este fato é visto no uso das expressões “esta terra” e “todas estas nações” e “estas nações” (vv. 9, 11).

Os setenta anos de cativeiro é um número arredondado, contado a partir do quarto ano de Jeoaquim (605 a.C.) até o ano da partida dos primeiros dos que voltaram sob o governo de Ciro, mais ou menos 536 a.C.: “No primeiro ano do seu reinado, eu, Daniel, entendi pelos livros que o número dos anos, de que falara o Senhor ao profeta Jeremias, em que haviam de cumprir-se as desolações de Jerusalém, era de setenta anos” (Daniel 9.2).

Tempo este que comportaria três gerações de reinado da Babilônia: “E agora eu entreguei todas estas terras na mão de Nabucodonosor, rei de babilônia, meu servo; e ainda até os animais do campo lhe dei, para que o sirvam. E todas as nações servirão a ele, e a seu filho, e ao filho de seu filho, até que também venha o tempo da sua própria terra, quando muitas nações e grandes reis se servirão dele” (Jeremias 27.6-7).

Esse número de anos não seria aleatório, seria conforme o número de anos que a terra de Israel não descansou nos anos chamados sabáticos: “Para que se cumprisse a palavra do Senhor, pela boca de Jeremias, até que a terra se agradasse dos seus sábados; todos os dias da assolação repousou, até que os setenta anos se cumpriram” (2 Crônics 36.21).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
31/7/2024

FONTES:

QUEIROZ, Silas. O Deus Que Governa o Mundo e Cuida da Família – Os Ensinamentos Divinos nos livros de Rute e Ester para a Nossa Geração. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201110_02.pdf

HARRISON, R. K. Jeremias e Lamentações – Introdução e Comentário. São Paulo: Mundo Cristão, 1980.

Ezequiel 16.8

 

Ezequiel 16.8 “E, passando eu junto de ti, vi-te, e eis que o teu tempo era tempo de amores; e estendi sobre ti a aba do meu manto, e cobri a tua nudez; e dei-te juramento, e entrei em aliança contigo, diz o Senhor DEUS, e tu ficaste sendo minha.”

 

“E, passando eu junto de ti, vi-te, e eis que o teu tempo era tempo de amores;”

Na segunda vez que o viajante (Deus) passa por ali (cidade de Jerusalém), descobre que a criança abandonada, por ele salva, já chegara à idade do casamento.

Desta vez, ela estava no tempo de amores – uma expressão que significa que ela estava pronta para um relacionamento maduro: “Então vieram a ela os filhos de babilônia para o leito dos amores, e a contaminaram com as suas impudicícias; e ela se contaminou com eles; então a sua alma apartou-se deles (Ezequiel 23:17).

 

“... e estendi sobre ti a aba do meu manto, e cobri a tua nudez;”

A declaração estendi sobre ti as abas do meu manto faz alusão a um ato simbólico em que o futuro marido colocava a parte inferior de seu manto sobre a noiva, pedindo-a em casamento: “E disse ele: Quem és tu? E ela disse: Sou Rute, tua serva; estende pois tua capa sobre a tua serva, porque tu és o remidor (Rute 3:9).

Esse gesto de estender o manto tinha um segundo propósito: cobrir-lhe a nudez. Embora ela tivesse se transformado numa linda mulher, ainda estava nua e suja (indefesa). Passa, então, a lavá-la e purificá-la, porque seu estado externo não melhorou com o decorrer do tempo e ela ainda estava nua e manchada de sangue.

Mas com as atenções do seu benfeitor, e com seus presentes de roupas e jóias, veio a ser uma rainha entre as nações, e sua beleza se tomou renomada por toda a parte.

 

“... e dei-te juramento, e entrei em aliança contigo, diz o Senhor DEUS, e tu ficaste sendo minha.”

Deus desejou torná-la Sua, então jurou-lhe fidelidade e entrou em aliança com ela. John B. Taylor escreveu: A expressão entrar em aliança contigo, embora seja uma expressão legítima para o contrato do casamento (Provérbios 2:17; Malaquias 2:14), dá um indício da realidade histórica da qual esta história é apenas a alegoria.

Parece, portanto, perfeitamente legítimo ver aliança do casamento como sendo uma referência à aliança do Sinai, o momento em que Israel, no propósito de Deus, atingira a maioridade como nação. Nessa aliança, assim como em qualquer contrato de casamento, o marido deveria ser fiel e prover os devidos cuidados e proteção à esposa.

 

Deus na realidade não entrou em aliança com a cidade, e sim com o povo de Israel; ainda que a narrativa se baseie fortemente na história da própria cidade. Ao tentar equacionar fatos históricos com essa ilustração, parece melhor visualizar a jovem e desprovida mulher como sendo Israel na escravidão egípcia. Então, imediatamente antes das dez pragas, Deus adotou Israel para ser o Seu povo.

A adoção ocorreu em Êxodo 6:6, embora o versículo 5 diga que Deus se lembrou da Sua aliança. Essa aliança era a que Ele firmara com Abraão, Isaque e Jacó. De certo modo, quando Deus disse pela primeira vez: “Viva”, Ele entrou em aliança. Entretanto, Ele só agiu diretamente com base nessa aliança a partir da libertação de Israel do Egito (Gênesis 15:8–18).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
31/7/2024

FONTES:

QUEIROZ, Silas. O Deus Que Governa o Mundo e Cuida da Família – Os Ensinamentos Divinos nos livros de Rute e Ester para a Nossa Geração. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

TAYLOR, John B. Ezequiel introdução e comentário. São Paulo: Mundo Cristão, 1984.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201908_02.pdf

Ester 3.13

 

Ester 3.13 “E enviaram-se as cartas por intermédio dos correios a todas as províncias do rei, para que destruíssem, matassem, e fizessem perecer a todos os judeus, desde o jovem até ao velho, crianças e mulheres, em um mesmo dia, a treze do duodécimo mês (que é o mês de Adar), e que saqueassem os seus bens.”

 

“E enviaram-se as cartas por intermédio dos correios a todas as províncias do rei,”

O decreto foi direcionado a todos os líderes do império, dos grandes (os sátrapas do rei) aos menores (os príncipes, ou oficiais locais). Dois fatos sobre esse edito são enfatizados:
1) Ele foi enviado a todo o império (a todas as províncias e aos príncipes de cada povo... na sua própria língua) e afetaria, por tanto, todos os judeus por toda a parte.
2) Apesar de escrito por Hamã, ele foi publicado em nome do rei e selado com o anel dele. Ele possuía a força de umalei real, imutável

O decreto foi enviado, por intermédio dos correios, a todas as províncias do rei. Essa atuação do eficiente sistema postal do Império Persa concorda com o que se acha em 1:22, e o mesmo sistema é mencionado novamente em 8:10 e 14: “Os correios, sobre ginetes velozes, saíram apressuradamente, impelidos pela palavra do rei; e esta ordem foi publicada na fortaleza de Susã”.

O império persa foi o primeiro a estabelecer o sistema de correios, que possuía autoridade para requisitar para este serviço público, cavalos, portadores e alimentos dentre as populações civis que achassem no seu caminho. Esse costume é aludido em Mateus 5.41: “E, se qualquer te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas”. Heródoto escreveu: "Nenhum mortal viaja tão rapidamente como esses mensageiros persas”.

 

“... para que destruíssem, matassem, e fizessem perecer a todos os judeus, desde o jovem até ao velho, crianças e mulheres,”

No dia treze do primeiro mês (nisã, ou março/abril), os secretários do rei foram chamados para colocar o decreto na forma escrita. Faltavam onze meses para a data em que Hamã pretendia efetuar o massacre dos judeus.

Imagine a cena? Hamã ordenou a aniquilação de todos os judeus em cada uma das 127 províncias do reino. Ele colocou por escrito o plano de extermínio e selou-o com o anel do rei, no primeiro mês do ano, mas o mesmo não devia ser executado até o duodécimo mês. Deixe que vivam atormentados, sabendo o que os aguarda, deve ter sido o seu pensamento. Ele não só queria m atá-los, como também torturá-los.

O decreto foi promulgado em cada província... a todos os povos, o convite para se unirem na matança dos judeus evidentemente estava sendo oferecido a todos. Tendo em vista os fatos relatados no capítulo 9, o leitor pode inferir que o convite foi aceito pelos inimigos dos judeus.

No decreto estava determinado para que “Destruíssem, matassem e aniquilassem', esta expressão tríplice é uma característica estilística de documentos legais e expressa “a predileção milenar da oficialidade por terminologia legislativa que sobreviveu às eras, nos Estados Unidos dos dias atuais (e poderíamos acrescentar, no Brasil) não menos do que na antiga Pérsia.” A mesma coisa acontece com o que se segue, embora se devesse pensar que todos os judeus, moços e velhos excluísse mulheres e crianças. Contudo, nesta pena de morte elas foram incluídas especificamente.

Profundamente afetada por essa notícia, Ester mais tarde apelaria ao marido: “Fomos vendidos, eu e o meu povo, para nos destruírem, matarem e aniquilarem de vez” (7:4)

 

“... em um mesmo dia, a treze do duodécimo mês (que é o mês de Adar), e que saqueassem os seus bens.”

A nova lei afirmava que isso deveria acontecer no dia treze do duodécimo mês [adar, ou fevereiro/março]. Esse dia especifico foi escolhido pacientemente por Hamã através de sorte, o Pur.: “No primeiro mês (que é o mês de Nisã), no ano duodécimo do rei Assuero, se lançou Pur, isto é, a sorte, perante Hamã, para cada dia, e para cada mês, até ao duodécimo mês, que é o mês de Adar” (Ester 3.7).

Além disso, os bens dos judeus deveriam ser saqueados; os que os matassem poderiam saquear-lhes os bens. A perspectiva de adquirir riqueza transformou isto numa proposta atraente. Por todo o império, os judeus e seus inimigos se prepararam para a chegada do dia fatal, o dia treze de adar.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
2/8/2024

FONTES:

QUEIROZ, Silas. O Deus Que Governa o Mundo e Cuida da Família – Os Ensinamentos Divinos nos livros de Rute e Ester para a Nossa Geração. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201803_04.pdf

Biblía de estudo Shedd. São Paulo: Vida Nova, 1998.

HARRISON, Everret F; PFEIFFER, Charles F. Comentário Bíblico Moody. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1990.

BALDWIN, Joyce G. Ester – Introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1986.

SWINDOLL, Charles R. Ester: uma mulher de sensibilidade e coragem - tradução de Neyd Siqueira. - São Paulo: Mundo Cristão, 1999.

Salmo 128.6

 

Salmo 128.6 “E verás os filhos de teus filhos, e a paz sobre Israel.”

 

 “E verás os filhos de teus filhos,”

Os homens que temem ao Senhor e andam nos seus caminhos vivem suas jovens vidas novamente, em seus netos. Salomão não disse que “Coroa dos velhos são os filhos dos filhos”? (Provérbios 17.6) E realmente, isto é verdade. O homem bom se alegra porque uma descendência piedosa provavelmente terá continuidade; ele se alegra na crença de que outras casas, tão felizes como a sua, serão edificadas, em que altares para a glória de Deus arderão com o sacrifício da manhã e da tarde.

George Swinnock escreveu: Senhor, que a tua bênção assim acompanhe os meus esforços, que todos os meus filhos possam ser Benaia, edificação do Senhor, e então todos serão Abner, a luz de seu pai; e que todas as minhas filhas possam ser Bitia, filhas do Senhor, e então todas serão Abigail, a alegria de seu pai.

Esta promessa sugere vida longa, e esta vida será feliz, com uma continuidade na nossa descendência. É um sinal da imortalidade do homem o fato de que ele se alegra pela extensão da sua vida através da vida dos seus descendentes.

 

“... e a paz sobre Israel.”

Com estas doces palavras, o salmo 125 foi concluído. Esta é uma fórmula favorita. Que a herança de Deus esteja em paz, e nós estaremos satisfeitos com isto. Nós consideramos como nossa própria prosperidade que os escolhidos do Senhor encontrem repouso e tranqüilidade.

A vida de Jacó foi extremamente agitada e conheceu pouca paz; mas o Senhor o libertou de todas as suas tribulações, e o trouxe a um local de descanso, em Gósen, por algum tempo, e posteriormente, o levou para dormir com seus pais na cova de Macpela. A gloriosa Semente de Deus foi terrivelmente afligida e, por fim, crucificada; mas Ele ressuscitou para a paz eterna, e na sua paz habitamos.

Os descendentes espirituais de Israel ainda compartilham das suas condições angustiantes, mas resta um repouso também para eles, e eles terão paz, do Deus da paz. Israel foi um suplicante nas suas orações nos dias da sua aflição, mas se tornou um príncipe vitorioso, e nisto a sua alma encontrou paz. Sim, é verdade - “Paz sobre Israel! Paz sobre Israel!”

Alexander Henderson citando um famoso clérigo escocês disse: “‘Paz sobre Israel’. A grande bênção da paz, que o Senhor prometeu ao seu povo já nesta vida (pois quando o Senhor concede misericórdia a alguém, Ele também concede paz; a paz e a graça são inseparáveis), esta paz, eu digo, não consiste no fato de que o povo de Deus não tenha inimigos; não, pois existe uma inimizade imortal e incessante contra eles. Nem a sua paz consiste no fato de que os seus inimigos não os atacarão, nem consiste no fato de que os seus inimigos não os perturbarão nem afligirão. Nós apenas nos enganamos se, enquanto estivermos nesta nossa peregrinação, e na nossa batalha aqui, nos prometermos uma paz deste tipo; pois enquanto nós vivermos neste mundo, ainda teremos inimigos, e estes inimigos irão nos atacar, perseguir e afligir”.

Não podemos nos esquecer que somos portadores de uma paz diferente do mundo: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (João 14.27). Uma paz que não cessa, pois faz parte do fruto que Deus concede aos que recebem seu Espírito: “Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança” (Gálatas 5.22).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
31/7/2024

FONTES:

QUEIROZ, Silas. O Deus Que Governa o Mundo e Cuida da Família – Os Ensinamentos Divinos nos livros de Rute e Ester para a Nossa Geração. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

SPURGEON, Charles. Os Tesouros de Davi – Volume 3. Rio de Janeiro: CPAD, 2017. (William Gumatt, Thomas Watson e Christopher Love)

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 27 DE JULHO DE 2024 (Jó 14.7)

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
27 DE JULHO DE 2024
QUANDO A ESPERANÇA BROTA EM MEIOS ÀS TORMENTAS DA VIDA

Jó 14.7 “Porque há esperança para a árvore que, se for cortada, ainda se renovará, e não cessarão os seus renovos.”

 

“Porque há esperança para a árvore que, se for cortada, ainda se renovará,”

Todo homem moribundo certamente refletirá sobre a morte, pois a enfermidade propositalmente o lembrará dela. Aqui Jó fala o que pensa sobre ela, pois está nessa condição. Enquanto meditava Jó observou a árvore. É possível uma árvore cortada, se renovar e tornar a brotar rebentos do seu tronco. Há esperança para ela.

A palavra esperança significa, entre outras coisas, a expectativa de se auferir algum bem ou benefício futuro. No âmbito das Sagradas Escrituras, é a certeza do cumprimento das promessas que nos foram feitas por Deus: “Porque todas quantas promessas há de Deus, são nele sim, e por ele o Amém, para glória de Deus por nós  (2 Coríntios 1.20).

Se o corpo da árvore for cortado, e somente o tronco ou toco for deixado no solo, ainda que possa parecer morto e seco, brotará, e surgirão novos renovos, como se tivessem sido recém plantados. Mas o homem não tem esta esperança de retorno à vida. O que ele deseja dizer é que o homem é inferior à árvore, que é cortada e revive, enquanto o homem não.

Isso não nega uma vida futura, mas um retorno à condição atual da vida. Jó claramente espera por um estado futuro. Ainda assim, é apenas uma esperança vaga e trêmula, não uma garantia; pois Jó não possuía uma revelação da vida futura como temos hoje em Cristo: “E que é manifesta agora pela aparição de nosso Salvador Jesus Cristo, o qual aboliu a morte, e trouxe à luz a vida e a incorrupção pelo evangelho” (2 Timóteo 1:10).

Exceto o único vislumbre brilhante em Jó 19.25-26 “Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra. E depois de consumida a minha pele, contudo ainda em minha carne verei a Deus”.

 

“... e não cessarão os seus renovos.”

Swindoll escreveu: Quando você limpa um campo, o lenhador experiente irá aconselhá-lo a remover os tocos. Não os deixe no solo. Se deixar um toco, ele logo brota quando a chuva cai. A árvore vai voltar; até o arbusto crestado volta a ficar verde. As plantas e as árvores são assim. A umidade da terra e a chuva do céu são de certa forma, percebidas pelo toco de uma árvore, e têm uma influência para revivê-lo: “Ao cheiro das águas brotará, e dará ramos como uma planta” (Jó 14.9).

Elas se renovarão abundantemente como foi renovada a vara seca de Arão: “Sucedeu, pois, que no dia seguinte Moisés entrou na tenda do testemunho, e eis que a vara de Arão, pela casa de Levi, florescia; porque produzira flores e brotara renovos e dera amêndoas” (Números 17.8).

No sonho de Nabucodonosor, quando o fato de ser privado do uso de sua razão foi representado pelo corte de uma árvore, o seu retorno à razão foi representado pelo deixar do tronco na terra, com cadeias de ferro e de bronze, para ser molhado pelo orvalho do céu: “Mas deixai na terra o tronco com as suas raízes, atada com cadeias de ferro e de bronze, na erva do campo; e seja molhado do orvalho do céu, e seja a sua porção com os animais na erva da terra (Daniel 4.15).

Todos os que meditam de dia e de noite na Palavra de Deus serão como árvores renovadas: “Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto no seu tempo; as suas folhas não cairão, e tudo quanto fizer prosperará” (Salmo 1.3).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
21/7/2024

FONTES:

QUEIROZ, Silas. O Deus Que Governa o Mundo e Cuida da Família – Os Ensinamentos Divinos nos livros de Rute e Ester para a Nossa Geração. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

MESQUITA, Antonio Neves. Estudo no livro de Jó – uma interpretação do sofrimento humano. Rio de Janeiro: Juerp, 1979.

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