TEXTO ÁUREO
“E, oito dias depois, estavam outra vez os seus discípulos dentro, e, com eles, Tomé. Chegou Jesus, estando as portas fechadas, e apresentou-se no meio, e disse: Paz seja convosco! ” (João 20.26)
TEXTO ÁUREO
“E, oito dias depois, estavam outra vez os seus discípulos dentro, e, com eles, Tomé. Chegou Jesus, estando as portas fechadas, e apresentou-se no meio, e disse: Paz seja convosco! ” (João 20.26)
LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
24 DE JUNHO DE 2025
JOÃO DEU TESTEMUNHO DO QUE OBSERVOU
João 21.24 “Este é o discípulo que testifica destas coisas e as escreveu; e sabemos que o seu testemunho é verdadeiro.”
“Este é o discípulo que testifica destas coisas e as escreveu; “
Aqui temos uma afirmação direta de que o discípulo amado é o verdadeiro autor do evangelho. O versículo 20 estabeleceu que esse discípulo era o discípulo amado citado em todo o livro. O versículo 24, então, deve ser lido no contexto dos versículos 20 a 23. Apesar que as palavras as escreveu não signifiquem que sua mão conduziu a pena, assim como os termos de João 19.19 não querem dizer que Pilatos redigiu pessoalmente a placa que foi presa à cruz.
O termo destas coisas não pode ser limitado à narrativa do capítulo 21; na verdade, já que o capítulo 21 serve de epílogo, a expressão deve referir-se aos capítulos anteriores a este. O versículo, portanto, afirma que quem confirma a veracidade deste evangelho é alguém que teve contato estreito com tudo o que ele descreve.
As palavras de 1 João 1.3: “O que temos visto e ouvido anunciamos também a vós outros", aplicam-se tanto ao evangelho como à carta a que servem de introdução. De fato, como Dorothy Sayers costumava lembrar, “dos quatro evangelhos, o de João é o único que afirma ser o relato direto de uma testemunha ocular” - acrescentando: “ E qualquer pessoa acostumada a manusear documentos com criatividade percebe que a evidência interna confirma esta afirmação”.
“... e sabemos que o seu testemunho é verdadeiro. ”
Não podemos ter certeza sobre quem foram as pessoas que acrescentam o testemunho delas: “e sabemos que o seu testemunho é verdadeiro”. Deve se referir a um grupo de discípulos com quem o Apóstolo amado se relacionava intimamente. Como, porém, sabiam que seu testemunho era verdadeiro?
Não porque tivessem presenciado os eventos que ele descreve. Estas pessoas estão, sim, dando expressão ao testemunho interior do Espírito Santo. O Espírito que elas, assim como João, tinham recebido, fez surgir dentro delas a certeza de que seu testemunho era verdadeiro; o testemunho começara a demonstrar sua validade na experiência pessoal delas, e por isso sabiam que ele era genuíno.
No mesmo sentido, hoje, muitos leitores do evangelho, ao estudarem o relato do evangelista, são levados a dizer por experiência própria: “Sabemos que este testemunho é verdadeiro". Isto porque este relato ainda penetra em nós com a qualidade da autenticação própria da verdade eterna. Aquele de quem este testemunho é dado é a revelação de Deus em vida humana que, quando recebido, é Deus habitando em nós e nós em Deus.
Essa convicção do Espírito é a mesma que tiveram os discípulos que caminhavam a Emaus: “E disseram um para o outro: Porventura não ardia em nós o nosso coração quando, pelo caminho, nos falava, e quando nos abria as Escrituras?” (Lucas 24.32).
DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
6/6/2025
FONTES:
CABRAL, Elienai. E o Verbo se fez Carne – Jesus sob o olhar do apóstolo do amor. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.
BRUCE, F. F. João introdução e comentário. São Paulo: Mundo Cristão, 1987.
http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_202206_05.pdf
Atos 4:19 “Respondendo, porém, Pedro e João, lhes disseram: Julgai vós se é justo, diante de Deus, ouvir-vos antes a vós do que a Deus;”
“Respondendo, porém, Pedro e João, lhes disseram:”
Os sacerdotes haviam prendido Pedro e João, logo após eles terem curado um coxo junto a porta formosa em nome de Jesus: “hoje somos interrogados acerca do benefício feito a um homem enfermo” (Atos 4:9). Até mesmo os sacerdotes conheciam o coxo e não podiam negar o milagre que foi feito: “Porque a todos os que habitam em Jerusalém é manifesto que por eles foi feito um sinal notório, e não o podemos negar” (Atos 4:16).
Porém os sacerdotes sabiam que não gozavam de popularidade entre o povo. E não se interessavam em investigar a verdade nas declarações. Só desejavam sufocar uma doutrina que ameaçava a supremacia deles. Após discutirem sobre a questão controversa os sacerdotes decidiram ameaçar Pedro e João: “Mas, para que não se divulgue mais entre o povo, ameacemo-los rigorosamente para que não falem mais nesse nome a homem algum” (Atos 4:17).
“Julgai vós se é justo, diante de Deus, ouvir-vos antes a vós do que a Deus;”
Para os apóstolos a situação era difícil, afinal Pedro e João eram cidadãos leais. Eles deviam obedecer às autoridades constituídas, especialmente em se tratando de autoridade religiosa. Juízes justos têm de optar entre o caminho de punir e o de declarar inocente. Estes sacerdotes, no entanto, não eram justos. Irritados contra os apóstolos não ousavam fazer nada mais grave contra eles, “por causa do povo”.
Os apóstolos após ouvirem as ameaças responderam: “Julgai vós se é justo, diante de Deus. ouvir-vos antes a vós do que a Deus? Porque não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido".
Pedro estabeleceu, para sempre, o princípio fundamental entre os limites da obediência cívica e do dever cristão de testemunhar. Quando existe clara contradição entre os mandamentos dos homens e os de Deus, de tal forma que obedecer a uns é desobedecer aos outros, não sobra mais nenhuma dúvida quanto ao que o crente deve fazer.
Os apóstolos tinham sido convocados a serem testemunhas de Jesus Cristo; e eram obrigados por seu dever a continuarem o seu testemunho.
DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
24/06/2025
FONTES:
GONÇALVES, José. A igreja em Jerusalém – Doutrina comunhão e fé: A base para o crescimento da igreja em meio as perseguições. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.
PEARLMAN, Myer. Atos: E as igreja se fez missões. CPAD, 1ª edição, Rio de Janeiro, 1995.
MARSHALL, Howard. Atos - Introdução e Comentário. Vida Nova/Mundo Cristão. 1991.