sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

As 9 Dinastias do Reino do Norte (Israel)


        O Reino do Norte teve nove dinastias e 19 reis. Nenhum deles "andou nos caminhos de Davi”, sendo que a maioria "andou em todos os caminhos de Jeroboão, filho de Nebate, como também nos seus pecados com que tinha feito pecar a Israel" {1 Rs 16.26), esse refrão, ou fraseologia similar, é repetido diversas vezes em 1 e 2 Reis (1 Rs 22.52; 2 Rs 3.3; 10.29; 13.2, 11; 14.24; 15.9, 18, 24).

Primeira dinastia. Foi fundada por Jeroboão I, seu filho, Nadabe, herdou o trono, mas foi assassinado por Baasa: dois reis (1 Rs 12.19,20; 15.27-29).

Segunda dinastia. Fundada por Baasa, seu filho Elá, que herdou o trono e foi assassinado por Zinri: dois reis (1 Rs 16.6, 12-14).

Terceira dinastia. Foi de apenas um rei, Zinri, que reinou apenas oito dias, até que cometeu suicídio: um rei (1 Rs 16.15,16).

■ Quarta dinastia. Onri e Tibni disputaram o trono do Reino do Norte, pois o povo estava dividido, e Onri venceu. Fundou a quarta dinastia e reinou 12 anos, reinaram quatro reis. Comprou o monte de Samaria e fez da cidade a capital do seu reino (1 Rs 16.21 -34). Seus sucessores foram: Acabe, Acazias e Jorão. O último foi assassinado por Jeú, o que marcou o fim da casa de Onri, ou de Acabe, seu filho (1 Rs 16.28; 22.40; 2 Rs 1.17; 9.24). Quarta dinastia: quatro reis.

■ Quinta dinastia. Foi fundada por Jeú, que exterminou toda a casa de Acabe com os seus 70 filhos (2 Rs 10.1, 11, 14). Seus sucessores foram: Jeoacaz, Joás, Jeroboão II e Zacarias: cinco reis (2 Rs 13.1, 9, 13; 14.29).

■ Sexta dinastia. Fundada por Salum ao assassinar o rei Zacarias numa conspiração (2 Rs 15.10), mas reinou apenas um mês e foi assassinado por Menaém, que assumiu o poder: um rei  (2 Rs 15.13, 14).

■ Sétima dinastia. Fundada por Menaém, que reinou 10 anos. Seu filho, Pecaias, sucedeu-lhe no trono, mas foi assassinado por Peca: dois reis (2 Rs 15.22, 25).

Oitava dinastia. Fundada por Peca, assassinado numa conspiração por Oseias: apenas um rei (2 Rs 15.30).

Nona e última dinastia. Fundada por Oseias, que reinou nove anos e foi deposto pelos assírios. É o começo do cativeiro assírio, em que as dez tribos do norte foram levadas para o cativeiro, em 722 a.C: um rei . (2 Rs 17.1-3, 6).

        Samaria veio a ser a sede do governo das dez tribos do norte. Onri, pai do rei Acabe, comprou um monte de "Semer", de onde vem o nome "Samaria” ou "Samária", em hebraico ]Í"10ÊÍ {shõmrôn) (1 Rs 16.24). A situação do Reino do Norte se deteriorou mais depressa, a decadência caminhava para a anarquia generalizada à medida que o tempo passava. O reinado de Jeroboão II foi próspero, mas corrupto, caracterizado pela violência e pelas injustiças sociais. Samaria caiu em 722 d.C., conquistada por Salmaneser V (2 Rs 17.3) e foi consumada depois por Sargão II {Is 20.1). É o fim do Reino do Norte.

        Os pecados de Samaria eram devastadores, o relato dos livros dos reis revela a instabilidade política por conta da apostasia. Essa situação é confirmada nos oráculos do profeta Oseias, combatendo a idolatria, acompanhada de prostituição, de toda espécie de vício e de violência (Os 4.1-9; 5.1-9; 7.1). A política externa era conduzida de forma insensata, o que levou Israel a confiar nessas alianças internacionais e não em Javé, pois eles haviam perdido a fé em Deus (7.11; 8.9). A festa da coroação dos reis tornou-se evento para maquinações de assassinatos em série, rei após rei, juiz após juiz, uma cadeia de conspiradores (2 Rs 15.10; Os 7.5). Porém, Amós foi o único profeta do Reino do Norte a bradar com veemência contra as injustiças sociais.

Fonte:

SOARES, Esequias . O Ministério Profético na Bíblia. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.

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