Atos 12.5 “Pedro, pois, era guardado na prisão; mas a igreja fazia contínua oração por ele a Deus.”
“Pedro, pois, era guardado na prisão;”
O rei Agripa I sentiu-se popular devido ao seu suposto zelo pela religião israelita quando executou Tiago, irmão de João. Encorajado por esta popularidade, resolveu executar o apóstolo mais destacado: Pedro: “E, vendo que isso agradara aos judeus, continuou, mandando prender também a Pedro. E eram os dias dos asmos. E, havendo-o prendido, o encerrou na prisão, entregando-o a quatro quaternos de soldados, para que o guardassem, querendo apresentá-lo ao povo depois da páscoa”.
Pedro foi guardado por 16 soldados que se revezavam em grupos de quatro, durante as quatro vigílias da noite. As precauções exageradas foram tomadas devido a Pedro já ter escapado da prisão em outra ocasião: “Mas de noite um anjo do Senhor abriu as portas da prisão e, tirando-os para fora” (Atos 5.19).
“... mas a igreja fazia contínua oração por ele a Deus.”
A igreja ficou abalada pela natureza repentina, ativa e vigorosa desta nova perseguição. Humanamente falando, nada podia fazer. Os membros se sentiam indefesos e sem saída. Perderam Tiago, e Pedro aguardava execução. Não sabiam qual seria o próximo golpe contra eles. Os cristãos não viam solução.
Contudo, os cristãos tinham o recurso dos que não podem ajudar a si mesmos: a oração. “Mas a igreja fazia contínua oração por ele a Deus”. O recurso da oração sempre está disponível. As vezes é a última possibilidade, mas é a melhor. E lamentável que muitos, em situações difíceis, reservem a oração como último recurso. Depois de tentarem todas as demais saídas.
A oração era “contínua". O texto não declara se todos oravam durante todo o tempo. Ou se organizaram uma “corrente de oração”, em que as pessoas entravam e saiam cedendo lugar a outras. Certamente havia um culto contínuo de oração. Quando Jesus contou ao seus discípulos a parábola do juiz íniquio estava ensinado-os sobre o dever de orar sempre e nunca desfalecer (Lucas 18:1-8). A igreja intercedia continuamente pela soltura dele, mas sabia como se devia orar ao seu Senhor:“Contudo, não se faça a nossa vontade, e, sim, a Tua” (Lucas 22:42).
DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
28/07/2025
FONTES:
GONÇALVES, José. A igreja em Jerusalém – Doutrina comunhão e fé: A base para o crescimento da igreja em meio as perseguições. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.
PEARLMAN, Myer. Atos: E as igreja se fez missões. CPAD, 1ª edição, Rio de Janeiro, 1995.
MARSHALL, Howard. Atos - Introdução e Comentário. Vida Nova/Mundo Cristão. 1991.
