sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

Apocalipse 20.8

Apocalipse 20.8 “E sairá a enganar as nações que estão sobre os quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, cujo número é como a areia do mar para as ajuntar em batalha. ” 


Passados o milênio "Satanás será solto". Porque isto tem de acontecer, só podemos conjeturar. Talvez para que a justiça de Deus seja firmemente vindicada. Poderia alguém perguntar, por exemplo, onde está a justiça divina ao mandar pessoas ao lago de fogo sem que estas hajam avaliado o que realmente perderam. Alguém poderia alegar ainda: Com certeza se o povo soubesse quão maravilhoso seria o reino de Cristo, todos o teriam aceitado.


 “E sairá a enganar as nações que estão sobre os quatro cantos da terra, “ 

Como o grande enganador epai da mentira, Satanás ironicamente engana-se a si mesmo ao achar-se suficientemente forte para derrotar a Deus. É-lhe, pois, permitido sair da prisão para enganar os que se exaltam a si mesmos, e desprezam o reino de Cristo. “As nações” são descritas como estando “nos quatro cantos da terra”. Essa terminologia nada tem a ver com distância, mas com universalidade. “Quatro” é o número da humanidade. A expressão “quatro cantos da terra” indica simplesmente “do mundo inteiro”. O propósito de Satanás em seduzir as nações era “reuni-las para a peleja” (v. 8c). Esta é a mesma peleja sobre a qual lemos em 16:14–16 e 19:1919—a “batalha” decisiva e final entre o bem e o mal. Esta será a última rebelião do diabo. Seus seguidores o acompanharão na derrota final. Nunca mais haverá rebelião contra Deus! Seu amor jamais será contestado.


 “Gogue e Magogue, cujo número é como a areia do mar para as ajuntar em batalha. ”

As nações rebeladas são aqui identificadas como Gogue e Magogue. Tais nomes são emprestados a Ezequiel 38 e 39. Esta batalha, contudo, será bem diferente. É uma simples comparação para mostrar que os tais agem exatamente como os povos que seguiram a Gogue e Magogue.Esse nomes soam agourentos aos nossos ouvidos, mas eram familiares aos cristãos do primeiro século que os conheciam. Gogue e Magogue eram nomes “gravados… profundamente, senão misteriosamente, no pensamento judaico”. Magogue foi um dos filhos de Jafé (Gênesis 10:2; 1 Cronicas 1:5). Evidentemente, a descendência de Magogue tornou-se uma nação, e “Magogue” veio a ser o nome da terra deles (Ezequiel 38:2; 39:6). “Gogue” era o nome de um filho de Joel (1 Crônicas 5:4). Por razões não evidentes a nós, o profeta Ezequiel apropriou-se dos dois termos e usou Magogue como símbolo de tropas armadas contra Israel, denominando seu chefe por “Gogue” (Ezequiel 38:2).O fim do versículo 8 diz que “o número” das tropas reunidas por Satanás era “como a areia do mar” (v. 8d). À medida que a passagem caminha para um clímax, somos levados a imaginar o exército mais numeroso possível. Esse gigantesco exército “marchou, então, pela superfície da terra” (v. 9a).

Quando as tropas do diabo estavam posicionadas para desferir um golpe devastador, o que aconteceu? “Desceu, porém, fogo do céu e os consumiu” (v. 9c). Alguns manuscritos antigos contêm “fogo de Deus, do céu”. Embora esta não seja provavelmente a leitura original, ela expressa a idéia correta. Deus fez chover fogo sobre Sodoma e Gomorra (Gênesis 19:24), Ele usou fogo para castigar Nadabe e Abiú (Levítico 10:1, 2) e prometeu mandar fogo sobre o Magogue de Ezequiel (Ezequiel 39:6). Da mesma forma, um dia o Senhor virá “em chama de fogo, tomando vingança” (2 Tessalonicenses 1:7, 8).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
21/11/2022

Fontes:

SOARES, Esequias e Daniele. A Justiça Divina – A preparação do povo de Deus para os últimos dias no Livro de Ezequiel. Rio de Janeiro: CPAD 2022.

HORTON, S. M. Apocalipse: As coisas que brevemente devem acontecer. 2.ed., Rio de JaneiroCPAD,. 2001

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_200610_02.pdf

Apocalipse 17.5

Apocalipse 17.5 “E, na sua testa, estava escrito o nome: Mistério, a Grande Babilônia, a Mãe das Prostituições e Abominações da Terra. ” 


Após descrever a grande prostituta: “...e vi uma mulher assentada sobre uma besta de cor de escarlata, que estava cheia de nomes de blasfêmia, e tinha sete cabeças e dez chifres. E a mulher estava vestida de púrpura e de escarlata, e adornada com ouro, e pedras preciosas e pérolas; e tinha na sua mão um cálice de ouro cheio das abominações e da imundícia da sua fornicação” (Apocalipse 17:3,4). João desvenda o nome dessa meretriz:


“E, na sua testa, estava escrito o nome: “   

O Apocalipse em sua magnitude é um livro de selo e assinalação. Não é a primeira vez que nos deparamos com nomes escritos na testa. Os santos de Deus foram selados na testa com o nome divino (7:3; 9:4; 14:1). Os seguidores da besta também foram selados na testa e na mão com o nome dela e o número do seu nome (13:17). Na nova terra os redimidos terão o nome de Deus escrito na testa (3:12; 22:4). Isto também pode ser um reflexo do costume romano de prender na cabeça das meretrizes um tipo de pequena faixa ao redor da cabeça que continha seu nome, num tipo de exibição de sua própria desonra. O nome "na sua fronte" indica o seu caráter.


 “ Mistério, a Grande Babilônia, ” 

A palavra grega mysterion, utilizada por João, significa segredo ou doutrina secreta. Esse termo assinala alguma verdade divina que esteve oculta e passou a ser conhecida. Assim sendo, o termo “mistério” indica que o nome Babilônia não é meramente um local geográfico, mas, sim, um simbolismo. O nome "Babilônia" é a forma grega da palavra hebraica Babel, derivada do vocábulo Balai, "confundir", que resultou, por sua vez, no substantivo Babel (Gn 11.9). Os gregos costumavam colocar letras no fim dos nomes, dando assim a Babel a conhecida forma Babilônia. Portanto, Babilônia, está relacionada com Babel, e simboliza o orgulho humano e a rebelião contra o único e verdadeiro Deus (Genesis 11.3,4). O sistema religioso babilônio dominou a Mesopotâmia nos tempos do Antigo Testamento. Até a Assíria adotou a adoração aos deuses babilônios. Aqui, o termo Babilônia é dado a todo o sistema religioso anti-Deus, cujo ápice dar-se-á quando o Anticristo e o seu Falso Profeta implantarem o seu governo após o arrebatamento da Igreja.


“...a Mãe das Prostituições e Abominações da Terra. ” 

Além de trazer a taça cheia de abominações (v.4), a mulher é também a mãe das prostituições e das abominações da terra. Essa grande meretriz, o falso sistema religioso, corrompe a terra com a sua prostituição. Ela leva as nações a se curvarem diante de ídolos. Ela desvia as pessoas do Deus verdadeiro. Ela ensinou falsas doutrinas. Ela se esforça para produzir apóstatas em vez de discípulos de Cristo. Ela vem gerando todas as falsas religiões e seitas desde os dias da torre de Babel até hoje. A palavra "abominação" é usada para tudo o que é detestável aos olhos de Deus, especialmente o que está ligado à idolatria, astrologia, adivinhações, luxúria, magia, e experiências ligadas às drogas e ao ocultismo. Tal sistema religioso pode ser aplicado ainda ao secularismo humanístico, práticas satânicas, filosofias da Nova Era e outros ensinos que rebaixem o nível moral da humanidade.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
25/6/2023

FONTES:

BAPTISTA, Douglas. A igreja de Cristo e o império do mal – Como viver neste mundo dominado pelo espírito da Babilônia. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

HORTON, Stanley. Apocalipse – as coisas que brevemente devem acontecer. Rio de Janeiro: CPAD, 2011.

LADD, George Eldon. Apocalipse - introdução e Comentário. São Paulo: Mundo Cristão, 1986.

SILVA, Severino Pedro. Apocalipse – versículo por versículo. Rio de Janeiro: CPAD, 1988.

 

Apocalipse 1.3

Apocalipse 1.3 “Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo.”


“Bem-aventurado aquele que lê, “

O livro do Apocalipse contém sete bem-aventuranças. Essa é a primeira destas sete (1.3; 14.13; 16.15; 19.9; 20.6; 22.7,14). A referência ao ler (grego, anaginoskon) significa ler em voz alta. Isto implica numa leitura feita na igreja de maneira publica. Esse tipo de leitura foi realizado por Jesus na sinagoga de Satanás: “E, chegando a Nazaré, onde fora criado, entrou num dia de sábado, segundo o seu costume, na sinagoga, e levantou-se para ler.” (Lucas 4:16). Durante a reconstrução de Jerusalém Esdras leu para todo o povo: “ E Esdras abriu o livro perante a vista de todo o povo; porque estava acima de todo o povo; e, abrindo-o ele, todo o povo se pôs em pé. E Esdras louvou ao Senhor, o grande Deus; e todo o povo respondeu: Amém, Amém! levantando as suas mãos; e inclinaram suas cabeças, e adoraram ao Senhor, com os rostos em terra. “ (Neemias 8:5,6). A Timóteo escreveu o apóstolo Paulo: Persiste em ler, exortar e ensinar, até que eu vá. (1 Timóteo 4:13), “ Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem.” (1 Timóteo 4:16). Não podemos negligenciar a leitura da palavra de Deus ela tem poder para produzir salvação: Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna “(João 5:39).


“...e os que ouvem as palavras desta profecia, “

Considerando ainda a situação acima, a maioria das pessoas na reunião pública ouve ao invés de ler. Alguns até mesmo nos nossos dias por não possuir leitura: “Ou dá-se o livro ao que não sabe ler, dizendo: Lê isto, peço-te; e ele dirá: Não sei ler “(Isaías 29:12). Porém, não podemos deixar de contextualizar a quem João estava escrevendo. As pessoas dessa época não possuíam a bíblia em sua cabeceira de cama ou biblioteca, as Bíblias eram manufaturadas e produzidas por rolos o que tornava muito caro adquirir uma para si. As próprias sinagogas não possuíam todos os rolos da bíblia, a de Nazaré possuía o rolo do profeta Isaías. Isso tornava a leitura muito mais importante, pois as pessoas somente tinha acesso as escritura pelo ouvido: “De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus “ (Romanos 10:17). Por esse motivo Jesus repetia as palavras: “Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça” (Marcos 7:16); “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça “ (Mateus 11:15). Esse fato também induz a João a Escrever as mesmas palavras as sete igrejas da Ásia: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas” (Apocalipse 2:11)


“... e guardam as coisas que nela estão escritas; ”

As bênçãos não vêm sobre leitores negligentes ou ouvintes desatentos, mas sobre aqueles que, amorosamente, obedecem aos preceitos e mandamentos encontrados no livro. Guardar não é só memorizar que se leu, é muito mais: é obedecer, é praticar: “Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha;” (Mateus 7:24). Esse conselho Deus já havia dado a Josué: Tão-somente esforça-te e tem mui bom ânimo, para teres o cuidado de fazer conforme a toda a lei que meu servo Moisés te ordenou; dela não te desvies, nem para a direita nem para a esquerda, para que prudentemente te conduzas por onde quer que andares. Não se aparte da tua boca o livro desta lei; antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme a tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido. (Josué 1:7,8).


“... porque o tempo está próximo.”

A iminência da volta de Cristo torna esses conselhos indispensáveis, Paulo escreveu aos Romanos: “E isto digo, conhecendo o tempo, que já é hora de despertarmos do sono; porque a nossa salvação está agora mais perto de nós do que quando aceitamos a fé” (Romanos 13:11). Se a igreja contemporânea devia ser prudente e obediente quanto mais nós que vivemos o cumprimento cabal das profecias: “Aprendei, pois, esta parábola da figueira: Quando já os seus ramos se tornam tenros e brotam folhas, sabeis que está próximo o verão. Igualmente, quando virdes todas estas coisas, sabei que ele está próximo, às portas.” (Mateus 24:32,33). O Sinais da Vinda de Cristo estão cada vez mais presentes no mundo, assim como prevemos o verão devemos entender essa realidade. Sendo assim, Leia, ouça e guarde as palavras de Cristo.



DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
05/03/2022

Fontes:

BAPTISTA, Douglas. A Supremacia das Escrituras – a Inspirada, Inerrante e Infalível Palavra de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

HORTON, Stanley M. Apocalipse as coisas que brevemente devem acontecer. Rio de Janeiro: CPAD, 2001.

SILVA, Severino Pedro. Apocalipse versículo por versículo. Rio de Janeiro: Cpad.



2 João 3

2 João 3 “A graça, a misericórdia, a paz, da parte de Deus Pai e da do Senhor Jesus Cristo, o Filho do Pai, sejam convosco na verdade e amor. ” 


“A graça, a misericórdia, a paz, ” 

O apóstolo João, à semelhança do que Paulo fez em suas cartas a Timóteo, menciona em sua saudação não apenas graça e paz, mas graça, misericórdia e paz. A diferença é que a saudação aqui não é oração nem voto, mas uma confiante afirmação. A graça e a misericórdia são a raiz, e a paz é o fruto. Quando experimentamos a graça e a misericórdia, recebemos a paz. Concordo com John Stott quando ele diz que graça e misericórdia são expressões do amor de Deus, graça para com os culpados e destituídos de méritos, misericórdia para com os necessitados e desamparados. Paz é aquele restabelecimento da harmonia com Deus, com os outros e com nós mesmos a que chamamos salvação. Juntando os termos, paz indica o caráter da salvação, misericórdia a nossa necessidade dela, e graça a livre provisão que dela Deus fez em Cristo. Nessa mesma linha de pensamento, Simon Kistemakerdiz que a graça remove a culpa, a misericórdia remove a miséria, a paz expressa a continuidade da graça e da misericórdia.


“...da parte de Deus Pai e da do Senhor Jesus Cristo, o Filho do Pai, ” 

O apóstolo João destaca já na introdução desta pequena epístola a verdade suprema da divindade de Cristo. A saudação à igreja é dada em nome de Deus Pai e de Jesus Cristo, o Filho do Pai. Jesus Cristo é eternamente gerado do Pai. Ele é Deus de Deus, luz de luz, coigual, coeterno e consubstanciai com o Pai. Desta forma, quem nega o Filho também não tem o Pai (l Jo 2.23). A fé cristã mantém-se em pé ou cai dependendo da maneira como ela vê a doutrina da divindade de Cristo. Se Jesus Cristo é somente um homem, ele não pode salvar-nos. Se ele não encarnou, também não pode se identificar conosco.


‘...sejam convosco na verdade e amor. ”

O apóstolo João usou a palavra verdade quatro vezes em sua saudação (v. 1-3). Esta é a palavra que rege não só esta parte da carta, mas toda a missiva. A igreja estava sendo bombardeada pelos falsos mestres. Eles saíram de dentro da igreja (l Jo 2.19), abandonaram a sã doutrina e se converteram em agentes do anticristo. Estes falsos mestres estavam numa intensa cruzada itinerante, percorriam as igrejas, disseminavam suas heresias, negavam a divindade e a humanidade de Cristo. Quando João destaca a necessidade de conhecer a verdade, precisamos perguntar: o que é a verdade para o apóstolo? Ela representa a realidade em oposição à mera aparência. Fritz Rienecker diz que a palavra grega aletheia, “verdade”, aqui se refere à realidade divina, e significa aquilo que é real em última análise, a saber, o próprio Deus. Jesus é a verdade (Jo 14.6). A Palavra de Deus é a verdade (Jo 17.17). O Espírito que habita em nós é o Espírito da verdade e também nos capacita a conhecer a verdade (Jo 14.16,17; 16.13). A comunidade cristã deve ser caracterizada não só pela verdade, mas também pelo amor. Concordo com John Stott quando diz que devemos evitar a perigosa tendência para o extremismo, dedicando-nos a uma dessas virtudes à expensa da outra. O nosso amor amolece se não for fortalecido pela verdade, e a nossa verdade endurece se não for suavizada pelo amor. Precisamos amar uns aos outros na verdade, e falar a verdade uns com os outros em amor.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
16/03/2022

Fontes:

BAPTISTA, Douglas. A Supremacia das Escrituras – a Inspirada, Inerrante e Infalível Palavra de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

LOPES, Hernandes Dias. João: como ter garantia da salvação. São Paulo: Hagnos 2010. (Comentários expositivos Hagnos)

STOTT, John. I, II, IIIJoão: Introdução e comentário. São Paulo: Edições Vida Nova, 1982.

KISTEMAKER, Simon. Tiago e epístolas de João. Cultura Cristã, 2005.

WIERSBE, Warren W. Comentário bíblico expositivo. Geográfica, Vol. 6.

RIENECKER, Fritz e ROGERS, Cleon. Chave linguística do Novo Testamento grego.São Paulo: Edições Vida Nova, 1985.

1 João 3.4

1 João 3.4 “Qualquer que comete pecado, também comete iniquidade; porque o pecado é iniquidade. “


O propósito imediato desta passagem aponta aos falsos mestres gnósticos. Como vimos, os gnósticos apresentavam mais de uma razão para justificar o pecado. Diziam que o corpo é mau e que, por isso mesmo, não havia nenhum perigo em satisfazer suas luxúrias e saciar seus prazeres, já que o corpo carece de importância, nem tampouco o que lhe suceda.

Estes homens diziam que o homem verdadeiramente espiritual está tão protegido pelo Espírito que pode pecar para satisfazer o seu coração, sem perigo algum.

João declara uma verdade fundamental, da qual não há fuga nem exceção. Esta passagem (e, na verdade, a epístola inteira) está repleta dessas generalizações, dirigidas contra a arrogante presunção dos hereges de que eles constituíam uma elite separada da gente comum. João não admite essa distinção.

Um dúplice padrão de moralidade é completamente estranho à religião cristã. Assim, seis vezesnesta seção ele emprega a expressão (“todo aquele que ou qualquer que ”), O Evangelho, com as suas implicações morais, preocupa-se com todos os homens, não apenas com alguns.


“Qualquer que comete pecado, “ 

Há uma lista extensa de palavras na Bíblia para designar a palavra pecado: erro, iniquidade, transgressão, maldade, impiedade, engano, sedução, rebelião, violência, perversão, orgulho, malícia, concupiscência, prostituição, injustiça e muitos mais.

Muitos desses termos, e outros similares, estão na sombria lista apresentada pelo apóstolo Paulo em Romanos 1:28-32:“E, como eles não se importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convêm;Estando cheios de toda a iniqüidade, fornicação, malícia, avareza, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda, engano, malignidade;Sendo murmuradores, detratores, aborrecedores de Deus, injuriadores, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais e às mães; Néscios, infiéis nos contratos, sem afeição natural, irreconciliáveis, sem misericórdia; Os quais, conhecendo o juízo de Deus (que são dignos de morte os que tais coisas praticam), não somente as fazem, mas também consentem aos que as fazem

No hebraico há mais de uma palavra para designar pecado (awon, peshá), porém há um termo genérico para designar o pecado com todos os seus detalhes, (chattá - pronuncia-se hatá,), que literalmente significa “errar o alvo” (Juízes 20.16). O substantivo derivado desse termo aparece pela primeira vez no relato do assassinato de Abel por seu irmão Caim: “E, senão fizeres bem, o pecado jaz à porta” (Genesis 4.7).

O seu equivalente grego na Septuaginta e no Novo Testamento é hamartia. De onde deriva a matéria da Teologia chamada Harmatiologia (Estudo do Pecado)


“...também comete iniquidade; porque o pecado é iniquidade. “ 

O que é “iniquidade”?A palavra grega para iniquidade (anomia) significa “ilegalidade, transgressão”. O termo hebraico correspondente é (awon), significa “entortar, torcer”, dá a ideia de perverter a lei de Deus.

Tanto que a tradução NVI está dessa forma: “Todo aquele que pratica o pecado transgride a Lei; de fato, o pecado é a transgressão da Lei” (1 João 3:4NVI)

O pecado não é apenas uma falha negativa (hamartia), uma injustiça ou falta de retidão, mas é essencialmente uma ativa rebelião contra a vontade de Deus e uma violação da sua santa lei(anomia). Este fato é tão sério que o anticristo é chamado pelo apóstolo Paulo de: “o homem da iniquidade”, ou seja, o homem sem lei (2 Tessalonicenses 2.3).

O problema não está na quantidade de pecados que praticamos, mas em quem ofendemos. Quando pecamos ofendemos a Deus que colocou sua lei no nosso coração.

Que venhamos resistir ao pecado como José na casa do seu senhor Potifar: “Ninguém há maior do que eu nesta casa, e nenhuma coisa me vedou, senão a ti, porquanto tu és sua mulher; como pois faria eu tamanha maldade, e pecaria contra Deus? ” (Gênesis 39:9)

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
1/7/2023

FONTES:

BAPTISTA, Douglas. A igreja de Cristo e o império do mal – Como viver neste mundo dominado pelo espírito da Babilônia. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

BARCLAY, William. The FirstLetterof John. Tradução: Carlos Biagini. 1974.

STOTT, John. I, II, III João: Introdução e comentário. Edições Vida Nova. São Paulo, SP. 1982:

SCHAEFFER, Francis. A obra consumada de Cristo.

PEDRO, Severino. A Doutrina do Pecado. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2012.

LOPES, Hernandes Dias. I João: como ter garantia da salvação. São Paulo: Hagnos 2010.

 

1 João 5.21

1 João 5.21 “ Filhinhos, guardai-vos dos ídolos. Amém! ” 


Já nos primórdios da Igreja, no primeiro século da Era Cristã, o apóstolo João deparou-se com o problema da existência de ídolos caseiros que famílias cristãs tinham dificuldades em abandonar. Por isso, o apóstolo aconselhou:


“ Filhinhos, “ A palavra, Filhinhos, sugere tanto a idade avançada do autor como o terno e afetuoso relacionamento que havia entre ele e seus leitores. Estes são simplesmente “teknia”, “filhinhos”, em 2:12,28; 3:7,18; 4:4; 5:21. Essa palavra grega ocorre no evangelho de João a partir dos lábios de Jesus, em (João 13:33) “ Filhinhos, ainda por um pouco estou convosco. Vós me buscareis, e, como tinha dito aos judeus: para onde eu vou não podeis vós ir, eu vo-lo digo também agora “. O propósito desta epístola, diz ele, é guardá-los do pecar.


“...guardai-vos dos ídolos. Amém! ”

O dever, guardai-vos dos ídolos, surge naturalmente da condição e caráter do verdadeiro cristão, que ele esteve expondo. O verbo grego usado para guardar significa “vigiar”, “proteger”. David Smith demonstra que ele é empregado com referência a proteger “um rebanho (Lucas 2:8), um depósito ou encargo (1 Timóteo 6:20; 2 Timóteo 1:12,14), um prisioneiro (Atos 12:4) ”. Ora, ídolos são temporais porque representa aquilo que é falso e vazio e, lamentavelmente, os ídolos domésticos são enganosos. Qualquer coisa pode ser um ídolo dentro de casa, como, por exemplo: um emprego, um carro, a televisão, o dinheiro, um filho, um pai ou uma mãe, um estilo de vida. Ademais, como identificar a idolatria dentro e fora de casa? Tudo aquilo que requer lealdade e honra acima de Deus se constitui idolatria. Paulo escreveu aos coríntios e disse: “o ídolo nada é no mundo” (1 Coríntios 8.4). Paulo disse mais: “Pois mesmo que haja os chamados deuses, quer no céu, quer na terra, (como de fato há muitos “deuses” e muitos “senhores”), para nós, porém, há um único Deus, o Pai, de quem vêm todas as coisas e para quem vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, por meio de quem vieram todas as coisas e por meio de quem vivemos” (1 Coríntios 8.5,6, NVI). Temos a tendência de endeusar pessoas em detrimento de Deus.

A Bíblia Viva traduz assim este versículo: “Meus queridos filhos, afastem-se de qualquer coisa que possa tomar o lugar de Deus no coração de vocês”. Já Wescott o disse assim: “Guardai-vos de todos os objetos de falsa devoção”. Na verdade, o que João está dizendo é: não abandone o real pelo ilusório. Todos os substitutos de Deus são ídolos e deles o crente deve guardar-se, vigilante.

 

DEIVY FERRREIRA PANIAGO JUNIOR
06/4/2023

FONTES:

CABRAL, Elienai. Relacionamentos em Família – Superando desafios e problemas com exemplos da Palavra de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

STOTT, John R. W. 1,2e 3 João – Introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1982.

LOPES, Hernandes Ddias. 1, 2 e 3  João: como ter garantia da salvação. São Paulo: Hagnos 2010. (Comentários expositivos Hagnos)

2 Pedro 3.9

2 Pedro 3.9 “O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para conosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se.”


“O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para conosco,

Pedro está falando especificamente da promessa da vinda de Cristo. Em grego, parousia, palavra usada como termo técnico para indicar a visita de um rei ou imperador a uma província. Escarnecedores têm escarnecido dessa promessa e usam a demora da volta do Senhor como prova de que Ele não voltaria.: “Onde está a promessa da sua vinda, porque desde que os pais dormiram, todas as cousas permaneceram como desde o princípio da criação” (2 Pedro 3.4).

Essa atitude dos escarnecedores é semelhante a dos impenitentes do Antigo Testamento que zombavam das advertências a respeito da iminência do julgamento de Judá e Jerusalém: “O Senhor não faz bem nem faz mal” (Sofonias 1.12). Assim o faziam, supondo ser o Senhor impotente para intervir nos problemas deste mundo, mas se o Senhor não cumpriu ainda a sua promessa é por causa da sua longanimidade: “O Senhor é tardio em irar-se, mas grande em poder, e ao culpado não tem por inocente; o Senhor tem o seu caminho na tormenta e na tempestade, e as nuvens são o pó dos seus pés” (Naum 1.3).


 “... não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se.”

O Senhor não está negligenciando nem atrasando sua promessa. Deus está executando os Seus propósitos. Ele “deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade” (1 Timóteo 2:4). Não quer que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento. Deus está dando aos desinformados e rebeldes tempo para ouvirem o testemunho de Jesus, se arrependerem e obedecerem a Ele.

E que entre os salvos haja redimidos de “toda família, e língua, e povo, e nação”. Que todos estes sejam reis e sacerdotes, e que reinem com Cristo por toda a eternidade (Apocalipse 5.9,10). Sim, esta é a única razão para a aparente demora de sua vinda. Ele almeja que haja um número maior de salvos. Além do mais, em relação à população total do mundo, os salvos são poucos; seu número incluirá eventualmente “uma grande multidão que ninguém* pode enumerar” (Apocalipse 7.9)

Antes de morrer, o próprio Jesus falou da Sua volta, mas Ele advertiu que o dia e a hora exata não eram objetos de especulação. Visando salientar essa questão, Ele disse: “Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão o Pai” (Mateus 24:36). Jesus foi cuidadoso ao ensinar seus discípulos sobre como deveriam aguardar pelo fim dos tempos.

Os crentes devem viver prontos para que Jesus Cristo volte cedo ou tarde. Todavia, não devem especular. Seitas cristãs antigas e modernas não se cansam de explorar as visões de Daniel, Ezequiel e Apocalipse. Elaboram sistemas, calculam cronogramas e informam o mundo de que em determinado dia o Senhor vai voltar. Em nenhum trecho do Novo Testamento os discípulos especulam a hora em que o Senhor vai voltar. Vive-se na expectativa de que a volta do Senhor está próxima.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
12/12/2023

FONTES:

GABY, Wagner. Até os confins da terra – Pregando o evangelho a todos os povos até a volta de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

HORTON, Stanley. I e II Pedro – a razão da nossa Esperança. Rio de Janeiro: CPAD, 2012.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201501_01.pdf

 

2 Pedro 2.1

2 Pedro 2.1 “E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição. ” 


“E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, “

Os profetas são a voz de Deus na terra. É fato que onde há verdadeiro há também falso, por isso Moisés advertiu o povo sobre o surgimento de falsos profetas mesmo entre os profetas legítimos (Deuteronômio 18.18-22). Profetizar falsamente era crime em Israel sob pena de morte conforme a lei de Moisés (Dt 13.1-5; 18.20-22). Curiosamente os mesmos termos hebraicos nāvî’, “profeta”, rō’eh, e ḥōzeh, “vidente”; usados para os profetas do Deus vivo, ou videntes como Samuel, Natã e Gade (1Crônicas 29.29), são também aplicados aos falsos profetas. É o contexto que vai diferenciar o verdadeiro e o falso. Jeremias e Ezequiel em particular enfrentaram “falsos profetas”. Jeremias advertiu: “Não deis ouvidos às palavras dos profetas que entre vós profetizam e vos enchem de vãs esperanças; falam as visões do seu coração, não o que vem da boca do Senhor” (Jeremias 23:16). Uma vez que houve “falsos profetas no meio do povo” de Israel, não deveria nos surpreender que houvesse também... falsos mestres entre os primeiros leitores de Pedro.


“...que introduzirão encobertamente heresias de perdição e negarão o Senhor que os resgatou, ”

Uma heresia é um ensino falso que causa divisão e corrói a fé cristã. Num sentido, “heresias de perdição” é uma redundância. Uma heresia por natureza é destrutiva. Ela é destrutiva tanto para a igreja como para o mundo que a igreja quer alcançar com a mensagem de Cristo. As doutrinas destrutivas dos “falsos mestres” combatidas por Pedro eram particularmente terríveis. Elas chegavam ao ponto de renegarem o Soberano Senhor que os resgatou. Em que sentido elas negavam o Senhor? No capítulo anterior, o apóstolo afirmou que os fatos ocorridos na transfiguração culminaram com uma voz da parte de Deus que disse: “Este é o Meu Filho Amado”. A filiação de Jesus e, consequentemente, Sua divindade, parece ser a questão. Para Pedro, a divindade de Cristo estava fora de discussão. É plausível concluir que os “falsos mestres” negavam a plena divindade, ou talvez a total humanidade, do Senhor; mas não podemos afirmar nada além disso. Resgatar ou redimir são ideias intimamente relacionadas. Foi na pessoa do Filho amado de Deus que Jesus pôde redimir as pessoas do pecado. Ao negar a divindade de Cristo, os “falsos mestres” negavam o Seu poder de resgatá-los ou comprá-los


“...trazendo sobre si mesmos repentina perdição. ” 

Uma vez que negam a confissão que repousa no âmago da doutrina cristã, esses “falsos mestres” estão trazendo sobre si mesmos repentina destruição. Pedro já qualificara os ensinos deles de “destruidores”. Tais ensinos destroem outros e trazem destruição aos que os defendem. Se os leitores de Pedro seguissem os “falsos mestres”, a implicação é que trariam a mesma “repentina destruição” sobre si mesmos. Pois, ao negarem-no, trazem sobre si mesmos súbita destruição - a perdição eterna no lago de fogo. Embora julguem-se a salvo, não hão de escapar no dia do Juízo Final. As falsos profetas a sentença de Deus pelo profeta Ezequiel foi: “Minha mão será contra os profetas que têm visões falsas e que adivinham mentiras. Não estarão no conselho do meu povo, não serão inscritos nos registros da casa de Israel, nem entrarão na terra de Israel. E vocês saberão que eu sou o Senhor Deus” (Ezequiel 13:9). O emprego antropomórfico da “mão de Javé” para o julgamento é frequente em Ezequiel (6.14; 14.9, 13; 16.27; 25.7, 13, 16; 35.3). Essa expressão aparece também em Isaías (Isaías 5.25; 10.4). Usando tal expressão, Deus anuncia três tipos de punição: Não estarão no conselho do meu povo, não serão inscritos nos registros da casa de Israel, nem entrarão na terra de Israel.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
28/10/2022

Fontes:

SOARES, Esequias e Daniele. A Justiça Divina – A preparação do povo de Deus para os últimos dias no Livro de Ezequiel. Rio de Janeiro: CPAD 2022.

HORTON, Stanley. I e II Pedro – A razão da nossa Esperança. Rio de Janeiro: CPAD 2012.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201412_04.pdf

 

2 Pedro 1.16

2 Pedro 1.16 “Porque não vos fizemos saber a virtude e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, seguindo fábulas artificialmente compostas, mas nós mesmos vimos a sua majestade, ” 


Nesta altura da carta Pedro parece responder a alguma acusação direta levantada contra ele, ou talvez as acusações fossem contra ele e outros que conviveram com Jesus durante seu ministério terreno. Parece que os falsos mestres acusaram Pedro de inventar histórias sobre Jesus só para dar apoio a sua autoridade.


“Porque não vos fizemos saber a virtude e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, “

Pedro, a fim de responder essas acusações inicialmente se refere ao conteúdo que ele havia difundido. Sobre a virtude (poder) e a vinda do Senhor.

O “poder” de Jesus ficou evidente desde o começo do Seu ministério. Embora vivendo entre seres humanos, seres que Ele havia criado, Jesus curou milagrosamente enfermos incuráveis: “como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o qual andou fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele. ” (Atos 10:38)

Muitos mestres passaram por estes séculos com mensagens diversas e conflitantes. Os seguidores de Jesus, todavia sabiam que seu Mestre não se compara aos outros. Afinal Jesus usou o manto da verdade. Eles sabiam que Jesus, entre outras coisas, é verdadeiro, porque Ele veio com “poder”. Isso nos lembra da afirmação de Nicodemos: ”Rabi, bem sabemos que és mestre vindo de Deus, porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele” (João 3:2).

Aqueles que não o viram sabiam que Ele veio com “poder” porque as testemunhas oculares da Sua majestade eram infinitamente confiáveis: “Depois, foi visto, uma vez, por mais de quinhentos irmãos, dos quais vive ainda a maior parte, mas alguns já dormem também” (1 Coríntios 15:6).

Pedro estava contemplando o futuro quando se referiu à “vinda de nosso Senhor”. Pedro usou a palavra “poder” para retroceder ao tempo em que o Filho de Deus andou entre os homens. Depois, ele voltou os olhos para o que ainda estava por vir. À medida que os apóstolos fizeram conhecer o “poder” de Jesus, eles também fizeram conhecer a Sua “vinda”.

Jesus é mais do que uma lembrança histórica de um homem que viveu no passado. Ele também é um Senhor vivo que “virá” outra vez. Em sua primeira carta, o apóstolo falou sobre a “revelação” do Senhor (Apocalypses) (1 Pedro 1:7, 13; 4:13), mas na segunda carta ele preferiu a palavra “vinda” (parousia) (2 Pedro 1:16; 3:4, 12). Assim como Pedro, Paulo usou os dois termos: “revelação” e “vinda”, alternadamente.

Parousia era uma palavra às vezes usada num sentido geral para a presença ou vinda/chegada de alguém; mas à medida que os apóstolos espalharam o evangelho, ela se tornou um termo técnico para a “vinda” do Senhor em Glória, quando ele se manifestará junto com a Igreja: “Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então, também vós vos manifestareis com ele em glória” (Colossenses 3:4).


 “... seguindo fábulas artificialmente compostas, mas nós mesmos vimos a sua majestade, ” 

O apóstolo negou que ele e as demais testemunhas oculares apostólicas tivessem compartilhado com eles fábulas engenhosamente inventadas. Quando Pedro e os demais contaram a multidões os acontecimentos extraordinários que permearam o ministério de Jesus, alguns os desprezaram como se aquilo fosse apenas mais “fábulas” ou “mitos”.

Os mitos comuns ao mundo pagão não tinham outro propósito senão o entretenimento e uma vaga explicação social ou psicológica das questões humanas. Eles não tratavam de acontecimentos reais já ocorridos na história.

A religião grega estava saturada de mitos, muitos deles centenários. Havia pessoas antigas, e há pessoas modernas, que querem classificar os acontecimentos bíblicos – especialmente os que testificam feitos miraculosos – como mitos sobre deuses e deusas que circularam na sociedade pagã.

Pedro anunciou que ele e outros eram “testemunhas oculares de Sua majestade”. A palavra traduzida por “testemunhas oculares” só ocorre neste versículo do Novo Testamento. Ele era uma testemunha ocular e não era a única. O testemunho de Pedro foi confirmado por outros. Apresentados os argumentos, o apóstolo deu atenção a um acontecimento em particular, um fato extraordinário, que ele testemunhou. A Transfiguração de Jesus, no qual ele tinha visto o poder de Jesus no “monte santo” (1:18). Aqui, o Pai corroborou a glória de Jesus, identificando-o como o Filho amado em quem se comprazia (2 Pedro 1.17). A transformação que ele viu e a voz que ele ouviu era prova suficiente para testificar o fato a todos que o ouvissem: “porque não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido” (Atos 4:20).

A fé cristã baseia sua veracidade em fatos que ocorreram em tempo real. Negar o testemunho histórico de testemunhas bíblicas é desintegrar a base da mensagem cristã. Para os cristãos, a história não pode ser colocada numa categoria à parte da fé. A fé e a história se interceptam.



DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
22/8/2023

FONTES:

BAPTISTA, Douglas. A igreja de Cristo e o império do mal – Como viver neste mundo dominado pelo espírito da Babilônia. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

HORTON, Stanley. I e II Pedro - A razão da nossa Esperança.Rio de Janeiro: CPAD, 2012.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201412_03.pdf

 

1 Pedro 4.1

1 Pedro 4.1 “Se alguém falar, fale segundo as palavras de Deus; se alguém administrar, administre segundo o poder que Deus dá, para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o poder para todo o sempre. Amém! ”


“Se alguém falar, fale segundo as palavras de Deus”. 

A bíblia diz em Números 12:6: “Ouvi agora as minhas palavras; se entre vós houver profeta, eu, o Senhor, em visão a ele me farei conhecer, ou em sonhos falarei com ele. ” Note que o profeta é um intermediário, primeiro Deus fala com o profeta, depois ele deve transmitir as palavras de Deus. Pedro exorta aquele que usa da Palavra a se limitar a falar as palavras de Deus, isso não seria necessário se não houvesse casos de pessoas que falam além do que Deus falou, pois, uma falta ou um detalhe acrescentado pode ser classificado como Palavra que Deus não falou:  “Quando o profeta falar em nome do Senhor, e essa palavra não se cumprir, nem suceder assim; esta é palavra que o Senhor não falou; com soberba a falou aquele profeta; não tenhas temor dele. ” (Deuteronômio 18:22) Vale então a repetição: Se alguém falar, fale segundo as palavras de Deus


“Se alguém administrar, administre segundo o poder que Deus dá “.

O apóstolo Pedro exortou a igreja acerca da administração dos dons de Deus (1Pedro 4.10,11). Ele usou a figura do despenseiro que, antigamente, era o homem que administrava a despensa e tinha total confiança do patrão. O despenseiro adquiria os mantimentos, zelava para que não estragassem e os distribuíam para a alimentação da família. Desta forma, os despenseiros da obra do Senhor devem alimentar a “família de Deus” (1Corintios 4.1; Efésios 2.19). Eles precisam ter o cuidado no uso dos dons concedidos pelo Senhor para prover a alimentação espiritual, objetivando a edificação do Corpo de Cristo: “Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus.


“Para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo” 

Se falarmos conforme as suas palavras e administrarmos os dons de Deus com ordem e Decência glorificaremos a Deus que Deus ao Filho todo o poder nos céus e na terra. Ele nos concedeu os dons ministeriais e seu Espírito nos concedeu os dons espirituais, ambos para servir a igreja buscando sua edificação. Essa igreja quando edificada faz com que Deus seja glorificado no mundo e a Graça de Jesus honrada e valorizada.


“A quem pertence a glória e o poder para todo o sempre. Amém! ” 

A bíblia sobre Cristo nos informa que Ele se humilhou a si mesmo e tomou a forma de servo (Homem), abrindo com isso mão de sua glória (não de sua deidade). Neste mundo ele orou: "E agora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse. ” (João 17:5) Cumprindo sua missão vicária na cruz do calvário Deus ouviu sua oração e o ressuscitou com poder e glória: “Que manifestou em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos, e pondo-o à sua direita nos céus, Acima de todo o principado, e poder, e potestade, e domínio, e de todo o nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro; E sujeitou todas as coisas a seus pés, e sobre todas as coisas o constituiu como cabeça da igreja, ” (Efésios 1:20-22). Ele mesmo afirma a seus discípulos: “É-me dado todo o poder no céu e na terra. ” (Mateus 28:18). Sendo assim, afirmemos como Pedro: “A ele seja a glória e o poderio para todo o sempre. Amém. ” (1 Pedro 5:11)


DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
26/04/2021

Fontes:

RENOVATO, Elinaldo. Dons espirituais e ministeriais - Servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário. Rio de Janeiro: CPAD, 2014.

HORTON, Stanley. I e II Pedro – A razão da nossa Esperança. Rio de Janeiro: CPAD.

HORTON, Stanley M. A Doutrina do Espírito Santo no Antigo e Novo Testamento. 12 ed., RJ: CPAD, 2012.

 

1 Pedro 2.9

1 Pedro 2.9 “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. ”


Logo após dizer que os desobedientes tropeçam em Cristo: “a pedra que os edificadores reprovaram, essa foi a principal da esquina” (1 Pedro 2:7) Pedro acrescentou: “Vós, porém” para afirmar que eles eram totalmente diferentes. Para esclarecer isso o apóstolo usou quatro metáforas para descrever a condição dos cristãos.

Essas metáforas faziam parte da promessa feita por Deus a Israel no Sinai. Se tivessem ouvido sua voz e guardado sua aliança estas coisas seriam verdades para eles: “Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos, porque toda a terra é minha. E vós me sereis um reino sacerdotal e o povo santo. Estas são as palavras que falarás aos filhos de Israel” (Êxodo 19:5,6).

Mas, devido a sua desobediência, estas relações e ministérios nunca chegaram a ser cumpridos na íntegra. Fez-se necessária a Nova Aliança para conduzir judeus e gentios a um novo corpo. As metáforas são:


“Mas vós sois a geração eleita,”

Assim como Deus escolheu Israel dentre as nações para ser seu povo exclusivo: “A esse povo que formei para mim” (Isaías 43:21), Deus também escolheu pessoas de entre todas as nações para formar sua igreja: “Mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus” (1 Coríntios 1:24).

O Senhor não escolheu Israel porque era um grande povo, mas porque o amava (Deuteronômio 7.7,8). Assim também, Deus nos escolheu com base em seu amor e em sua graça. Jesus foi categórico: ”Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós” (João 15.16).

Pedro vê os crentes como o corpo de Cristo, a igreja. Somos uma raça escolhida por Deus dentre todos os povos da terra. Mueller diz que os cristãos formam uma nova raça, diferente tanto de judeus como de gentios. E por isso são uma geração eleita; todos formam uma família, um tipo e espécie de povo distinto do mundo comum, de outro espírito, princípios e prática, que nunca poderiam ser se não fossem escolhidos em Cristo para serem assim, e santificados pelo Espírito.


“... o sacerdócio real, ”

Sob a Lei, somente algumas pessoas eram separadas como sacerdotes. A massa do povo, que não era descendente de Arão, não tomava parte no ministério do templo.

Mas sob a graça, todos os crentes fazem parte do sacerdócio. O cristão não precisa de ninguém, somente de Jesus, para lhe dar acesso ao Santo dos santos, à presença de Deus: “Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus, Pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne” (Hebreus 10.19,20).

Estando numa relação pessoal com Cristo, Ele fez de nós sacerdócio santo, capazes de oferecer sacrifícios aceitáveis a Deus através de seu sacrifício maior: “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” (Romanos 12.1).

A Igreja, pois, não é um mero clube social. Nela, chegamos juntos para o louvor. Os salmos, hinos, pregações, línguas e interpretações, dons e revelação, devem ser ministrados de forma sacerdotal, visando sempre a edificação (construção) do corpo (1 Coríntios 14.26; Efésios 4.15,16; 5.19,20; Colossenses 3.16,17).


“... a nação santa, ”

Pedro retrata o povo de Deus como uma nação santa, o que significa que seus cidadãos foram separados para servir a Deus. Deus nos escolheu para a salvação mediante a santificação e para a santificação. “Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor” (Efésios 1:4)

Portanto, ser parte de uma “nação santa” é um chamado para vivermos uma vida de santidade e consagração a Deus. Isso envolve viver de acordo com os padrões de Deus, refletindo Sua natureza e se separando do pecado e do mundo. Como membros dessa nação, somos desafiados a buscar continuamente a transformação por meio do poder do Espírito Santo..


“... o povo adquirido, ”

A idéia de ser “povo adquirido” está ligada à nossa redenção. Em Efésios 1:7, lemos: “Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da sua graça.” Isso significa que fomos resgatados do poder do pecado e da condenação pela graça de Deus. Jesus nos comprou para que pudéssemos ser livres da escravidão do pecado.

Quando olhamos para a cruz, vemos o preço incrivelmente alto que Deus pagou por nós. Romanos 5:8 nos lembra: “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.” Deus nos amou tanto que estava disposto a sacrificar Seu Filho para nos resgatar. Essa é a profundidade do Seu amor por nós, Seu povo adquirido.

Portanto, ser “o povo adquirido” é uma expressão do imenso amor de Deus por nós. Somos preciosos aos Seus olhos, redimidos pelo preço do sangue de Cristo.

Nós temos um dono, nós somos propriedade do próprio Deus, somos um bem precioso para Ele, fomos comprados pelo sangue de Jesus Cristo.  Assim como Deus não divide sua glória com ninguém, também não nos reparte com ninguém. Somos dele, só dele. O nosso valor não é devido a quem nós somos, mas a quem Deus é.


 “... para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. ”

Depois de descrever os privilégios e atributos da igreja, Pedro fala sobre a missão da igreja. Fomos salvos pela graça para uma sublime missão.

A palavra grega aretes, “virtudes”, era um termo amplamente difundido na época e muito importante na concepção ética e religiosa do helenismo. Estão em vista as grandes obras de Deus na história do seu povo. A redenção humana, o perdão de pecados e a vida eterna – tudo que envolve ser cristão. Também estão em foco aqui as virtudes de Deus, como poder, glória, sabedoria, graça, misericórdia, amor e santidade.

Por meio de sua conduta, os cristãos devem testemunhar que são filhos da luz, e não das trevas: “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus” (Mateus 5:16)

Somos embaixadores dos atributos de Deus e de seus gloriosos feitos. Não podemos calar nossa voz. Não podemos guardar para nós essa mensagem. Precisamos proclamar em alto e bom som quem é Deus e o que ele fez por nós em Cristo Jesus.

Reforçando esse pensamento, William Barclay esclarece que a missão do cristão é contar aos outros o que Deus tem feito por sua alma. Por meio da própria vida e das próprias palavras, o cristão é uma testemunha do que Deus tem feito por ele, pela mediação de Cristo Jesus.



DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
16/12/2023

FONTES:

GONÇALVES, José. O Corpo De Cristo – Origem, Natureza e Missão da Igreja no Mundo. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201409_04.pdf

HORTON, Stanley. I e II Pedro – a razão da nossa esperança. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.

https://veredasdoide.com/1-pedro-2-9-mas-vos-sois-a-geracao-eleita-o-sacerdocio-real-a-nacao-santa-o-povo-adquirido/#google_vignette

Lopes, Hernandes Dias.  1 Pedro: com os pés no vale e o coração no céu. São Paulo: Hagnos, 2012 .

 

1 Pedro 1.16

 1 Pedro 1.16 “Porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou santo. “


“Porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou santo. “ 

Pedro citou a passagem de Levítico 11:44,45: “Porque eu sou o Senhor vosso Deus; portanto vós vos santificareis, e sereis santos, porque eu sou santo; e não vos contaminareis com nenhum réptil que se arrasta sobre a terra; Porque eu sou o Senhor, que vos fiz subir da terra do Egito, para que eu seja vosso Deus, e para que sejais santos; porque eu sou santo

Para sustentar seu argumento: “Sereis santos, porque eu sou santo”.  Mueller diz que o apelo à palavra de Deus serve para ratificar com autoridade o que foi dito. Pedro não baseia sua exortação em seus próprios pensamentos, mas na palavra de Deus.

Warren Wiersbe em seu comentário diz que a Palavra revela a mente de Deus, de modo que devemos aprendê-la; revela o coração de Deus, de modo que devemos amá-la; e revela a vontade de Deus, de modo que devemos obedecê-la. O ser como um todo - a mente, o coração e a volição — precisa ser controlado pela Palavra de Deus.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
9/7/2023

FONTES:

BAPTISTA, Douglas. A igreja de Cristo e o império do mal – Como viver neste mundo dominado pelo espírito da Babilônia. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

MUELLER, Ênio R. I Pedro: Introdução e comentário.

WIERSBE, Warren W. Comentário bíblico expositivo.

BARCLAY, William. Santiago, I y II Pedro.

Lopes, Hernandes Dias. 1 Pedro: com os pés no vale e o coração no. São Paulo: Hagnos, 2012 .

ZIBORDI, Ciro Sanches. Apostila CETADEB -  Teologia Sistemática II. 2010

1 Pedro 1.15

1 Pedro 1.15 “Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver; “


“Mas, como é santo aquele que vos chamou, “ 

Dentre os chamados atributos comunicáveis de Deus está a sua Santidade. Deus é absolutamente santo; sua santidade é infinita e inigualável. A santidade de Deus é singular por causa de sua majestade infinita e também em virtude de Ele ser totalmente distinto e separado, em pureza, de suas criaturas. Ele é santo em si mesmo, em sua essência e em sua natureza: “Não há santo como o Senhor; porque não há outro fora de ti; e rocha nenhuma há como o nosso Deus” (1 Samuel 2:2).

O termo "santo" — hb. qãdôsh e gr. hagios — significa "separação" ou "brilho", "brilhante"; é especificamente divino. A etimologia de qãdôsh é ainda incerta; parece ser uma combinação que indica "queimar no fogo", numa referência à oferta queimada, porém a ideia básica é de "separar, retirar do uso comum". Esse é o pensamento do Antigo Testamento: "para fazer diferença entre o santo e o profano e entre o imundo e o limpo" (Levítico 10.10).

Nenhum atributo divino é tão solenizado nas Escrituras como esse: “E clamavam uns aos outros, dizendo: Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória” (Isaías 6:3).


“...sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver; “ 

Uma vez que aquele que nos chamou é Santo: “Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor“ (Efésios 1:4). Todo o nosso procedimento deve resplandecer o caráter de Deus, a santidade daquele que nos chamou do pecado para a salvação. Tornar-se santo inclui ambas as noções sobre santidade: o elemento de separação, em distinção ao profano, e o elemento ético ou moral."

O verbo santificar vem do grego hagiazõ, que significa “separar, purificar, consagrar”. Desse modo, a santificação é a operação do Espírito Santo em manter o salvo separado do pecado (Romanos 12.1,2).  Santificação é o ato de separar-se do pecado e dedicar-se a Deus. Ele exige santidade de seus filhos [...]; pois sem a santificação ninguém verá o Senhor [...] (Hb 12.14).

Esse termo bíblico aponta para o mais alto padrão ético e moral de vida a fim de agradar a Deus. Nesse sentido, a regeneração preordena os crentes para uma vida afastada do pecado e, por conseguinte, a uma conduta ilibada:

Paulo escreve as igrejas para que sejam seus imitadores: “Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados” (Efésios 5:1). Devemos nos espelhar naqueles que viver diante de deus sem ter do que se envergonhar: “Lembrai-vos dos vossos pastores, que vos falaram a palavra de Deus, a fé dos quais imitai, atentando para a sua maneira de viver” (Hebreus 13:7).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
9/7/2023

FONTES:

BAPTISTA, Douglas. A igreja de Cristo e o império do mal – Como viver neste mundo dominado pelo espírito da Babilônia. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

MUELLER, Ênio R. I Pedro: Introdução e comentário.

WIERSBE, Warren W. Comentário bíblico expositivo.

BARCLAY, William. Santiago, I y II Pedro.

Lopes, Hernandes Dias. 1 Pedro: com os pés no vale e o coração no. São Paulo: Hagnos, 2012 .

ZIBORDI, Ciro Sanches. Apostila CETADEB -  Teologia Sistemática II. 2010

Tiago 4.7

Tiago 4.7 “Sujeitai-vos, pois, a Deus; resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. ” 


“Sujeitai-vos, pois, a Deus; “ 

Tiago exorta seus leitores a fugirem das paixões pecaminosas se submetendo a Deus. Ele começa nos lembrando que o Espírito de Deus, que em nós habita e tem zelo santo por nós, nos admoesta para que obtenhamos “maior graça” (v.6). Para isso, basta que, seguindo sua admoestação, sujeitemo-nos a Deus, isto é, à sua vontade, que é “boa, agradável e perfeita” (Romanos 12.2). Sujeitar é um termo militar que significa fique no seu próprio posto, ponha-se no seu lugar. Quando um soldado quer se colocar no lugar do general ele tem grandes problemas. Renda-se incondicionalmente. Ponha todas as áreas da sua vida sob a autoridade de Deus. Por isso um crente rebelde não pode viver consigo nem com os outros. Davi pecou contra Deus, adulterando, mentindo, matando Urias e escondendo o seu pecado. Mas quando ele se humilhou, se submeteu e confessou, encontrou paz novamente com Deus.


 “...resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. ”

Embora Tiago tenha anteriormente enfatizado a tendência maligna da própria pessoa como responsável pelo pecado (1.14), aqui ele admite a atuação de um ser maligno sobre-humano. A palavra diabolos é usada na Septuaginta como tradução da palavra hebraica de onde vem o título “Satanás”. Assim, os dois títulos têm significados idênticos (cf. Apocalipse 20.2), e sugerem que um dos propósitos básicos do diabo é “separar Deus e homem”. A esta separação o cristão precisa “resistir”. Qualquer que seja o poder que Satanás possa ter, o cristão pode estar absolutamente certo de que recebeu a capacidade para vencer tal poder. Em vez de sucumbirmos ao desejo que Satanás tem de nos separar de Deus, devemos nos achegar ao Senhor. Tiago promete que Deus responde, por sua vez, aproximando-se de nós. Naturalmente, deve estar óbvio aqui que Tiago não está falando de salvação, mas de arrependimento daqueles que já são cristãos. Os que se arrependem sinceramente e voltam para Deus irão encontrá-lo, como o pai do filho pródigo, ansioso por receber de volta seu filho errante.

Ou seja, a melhor forma de mantermos o Diabo afastado de nós é nos sujeitarmos à vontade de Deus. Ele mostra em que contenda devemos engajar-nos, a saber, como diz Paulo, que nossa peleja não seja com a carne e o sangue, porém nos estimula a uma luta espiritual. Então, depois de haver-nos ensinado a mansidão para com os homens, e a submissão para com Deus, ele põe diante de nós a Satanás como nosso inimigo, contra quem nos cabe lutar. Não obstante, a promessa que ele adiciona, relativa à fuga de Satanás, parece ser refutada pela experiência diária; pois é certo que, por mais que alguém energicamente o resiste, mais ferozmente ele investe. Pois Satanás, de certa maneira, age por diversão, quando ele não é energicamente repelido; mas, contra os que realmente o resistem, ele emprega toda a energia que possui. E, ademais, ele nunca se cansa em lutar; mas, quando é vencido em alguma batalha, imediatamente se engaja em outra. A isto respondo que fugirá deve ser tomado aqui por fazer fugir ou debandar. E, indubitavelmente, ainda que ele reitere seus ataques, continuamente, contudo sempre se afasta vencido.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
18/10/2022

Fontes:

GONÇALVES, José. Os ataques contra a igreja de Cristo – As sutilezas de Satanás nestes dias que antecedem a volta de Jesus Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2022.

COELHO, Alexandre e DANIEL, Silas. Fé e Obras - Ensinos de Tiago para uma Vida Cristã Autêntica. Rio de Janeiro: CPAD, 2014.

Lopes, Hernandes Dias. Tiago: transformando provas em triunfo. São Paulo: Hagnos, 2006.

CALVINO, João, 1509-1564. Epístolas gerais / João Calvino; [traduzido por Valter Graciano Martins]. São José dos Campos, SP: Fiel, 2015.

Tiago 3.16

Tiago 3.16 “ Porque, onde há inveja e espírito faccioso, aí há perturbação e toda obra perversa. ” 


“ Porque, onde há inveja e espírito faccioso, “ 

Na sua exposição quanto a sabedoria que vem de Deus e da sabedoria terrena, Tiago, irmão do Senhor estabelece diferenças entre ambas, pois, uma exercitará e paz e outra trará confusão. Nesse versículo ele reafirma dois aspectos da sabedoria humana: A inveja e o espirito faccioso. A inveja é um sentimento indigno para um cristão sincero; é sentimento carnal, ou de influência diabólica, que faz com que um a pessoa sinta-se mal com o sucesso do outro. E sentimento destruidor não só da paz interior, mas que é devastador para a saúde física. E “a podridão dos ossos” (Provérbios 14.30). Na vida de Saul encontramos a manifestação devastadora do ciúme e da inveja. Para Saul era inconcebível que as mulheres cantassem: “Saul feriu os seus milhares, porém, Davi os seus dez milhares (1 Samuel 18:70) “. “Então Saul se indignou muito, e aquela palavra pareceu mal aos seus olhos, e disse: Dez milhares deram a Davi, e a mim somente milhares; na verdade, que lhe falta, senão só o reino? E, desde aquele dia em diante, Saul tinha Davi em suspeita (1 Samuel 18:8,9) “. O que Saul não sabia era que ele mesmo e não Davi seria a vítima da sua atitude de inveja: “E aconteceu no outro dia, que o mau espírito da parte de Deus se apoderou de Saul... (1 Samuel 18:10) “. O que começou com uma aparente “inocente atitude de ciúme, desdobrou-se em raiva e consequente tentativa de assassinato:  “E temia Saul a Davi, porque o Senhor era com ele e se tinha retirado de Saul (1 Samuel 18:12) “. O espirito faccioso no seio da comunidade cristão é de inspiração diabólica. O Espirito de Deus nada tem a ver com divisões e partidarismo eventualmente surgidos na igreja. Essa tendência de criar facções e partidos dentro da igreja não é recente. Desde os primórdios da igreja havia aqueles que estufavam o peito e arrogantemente diziam: “Eu sou de Paulo, e eu de Apolo, e eu de Cefas, e eu de Cristo (1 Coríntios 1:12) “. Paulo por isso chama os cristãos coríntios de carnais: “Porque ainda sois carnais; pois, havendo entre vós inveja, contendas e dissensões, não sois porventura carnais, e não andais segundo os homens? (1 Coríntios 3:3) “.


“...aí há perturbação e toda obra perversa. ”

O que se conquista quando se dá lugar a esses dois aspectos da sabedoria humana que é perturbação (confusão) – provavelmente uma referência a discussões na igreja – e toda espécie de cousas ruins (obra perversa). A bíblia afirma que Deus não tem nada a ver com a confusão: “Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos (I Coríntios 14:33) “; e muito menos simpatizante do mal: “E esta é a mensagem que dele ouvimos, e vos anunciamos: que Deus é luz, e não há nele trevas nenhumas (I João 1:5). Portanto, uma "sabedoria" que provoca uma situação como essa não pode vir de Deus. A sabedoria que vem do alto produz “paz para os que exercitam a paz (Tiago 3:18) “.

 

DEIVY FERRREIRA PANIAGO JUNIOR
02/04/2023

FONTES:

CABRAL, Elienai. Relacionamentos em Família – Superando desafios e problemas com exemplos da Palavra de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

RENOVATO, Elinaldo. As ordenanças de Cristo nas cartas pastorais. Rio de Janeiro: CPAD, 2015.

Lições Bíblicas 1989 - 1 Trimestre - Epistola de Tiago - Raimundo de Oliveira.

PFEIFFER, Charles F. Comentário Bíblico Moody. Batista Regular, 2017.

Tiago 3.14

Tiago 3.14 “Mas, se tendes amarga inveja, e sentimento faccioso em vosso coração, não vos glorieis, nem mintais contra a verdade”.


“Mas, se tendes amarga inveja,”


A inveja é um sentimento indigno para um cristão sincero. Está listada entre as obras da carne e aqui descrita como sinal de sabedoria terrena; é sentimento carnal, ou de influência diabólica, que faz com que um a pessoa em vez de alegrar-se com o triunfo do outro, alegra-se com seu fracasso. Ele não apenas deseja ter ou ser como o outro, mas tem tristeza porque não tem ou não é como o outro. O invejoso é alguém que tem uma super preocupação com sua posição, dignidade e direitos. É sentimento destruidor não só da paz interior, é devastador para a saúde física. “O sentimento sadio é vida para o corpo, mas a inveja é podridão para os ossos” (Provérbios 14.30).

Na vida de Saul encontramos a manifestação devastadora da inveja. Para Saul era inconcebível o que as mulheres cantavam: “Saul feriu os seus milhares, porém, Davi os seus dez milhares” (1 Samuel 18:7) “. “Então Saul se indignou muito, e aquela palavra pareceu mal aos seus olhos, e disse: Dez milhares deram a Davi, e a mim somente milhares; na verdade, que lhe falta, senão só o reino? E, desde aquele dia em diante, Saul tinha Davi em suspeita” (1 Samuel 18:8,9) “. O que Saul não sabia era que ele mesmo e não Davi seria a vítima da sua atitude de inveja: “E aconteceu no outro dia, que o mau espírito da parte de Deus se apoderou de Saul...” (1 Samuel 18:10) .O que começou com uma aparente inocente atitude de ciúme, desdobrou-se em amarga inveja e consequente tentativa de assassinato: “E temia Saul a Davi, porque o Senhor era com ele e se tinha retirado de Saul” (1 Samuel 18:12).


“...e sentimento faccioso em vosso coração,”


O sentimento faccioso no seio da comunidade cristã é de inspiração diabólica. O Espírito de Deus nada tem a ver com divisões e partidarismo eventualmente surgidos na igreja. Essa tendência de criar facções e partidos dentro da igreja não é recente. Desde os primórdios da igreja havia aqueles que estufavam o peito e arrogantemente diziam: “Eu sou de Paulo, e eu de Apolo, e eu de Cefas, e eu de Cristo (1 Coríntios 1:12) “. Paulo por isso chama os cristãos coríntios de carnais: “Porque ainda sois carnais; pois, havendo entre vós inveja, contendas e dissensões, não sois porventura carnais, e não andais segundo os homens? (1 Coríntios 3:3) “. Dentro do judaísmo havia vários partidos. Certa feita Paulo usufrui disso em sua defesa perante um conselho: “E Paulo, sabendo que uma parte era de saduceus e outra de fariseus, clamou no conselho: Homens irmãos, eu sou fariseu, filho de fariseu; no tocante à esperança e ressurreição dos mortos sou julgado. E, havendo dito isto, houve dissensão entre os fariseus e saduceus; e a multidão se dividiu”. (Atos 23:6,7). Facção causa divisão. As rivalidades entre os mestres logo criam rivalidades na igreja. Os homens esforçam-se por ser, cada qual, o líder mais poderoso; e aqueles que os apoiam adicionam combustível ao fogo, até que tudo é consumido pelas chamas devoradoras da carnalidade.


“...não vos glorieis,”

Não há motivo para orgulho dentro da inveja ou da facção. Se Deus não é glorificado, e a obra não é de fé é pecado (Romanos 14.23). Não tenha orgulho do que é pecado. Se querer se orgulhar glorie-se no Senhor: “Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem se glorie o forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas, Mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me entender e me conhecer, que eu sou o Senhor, que faço beneficência, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o Senhor” (Jeremias 9:23,24).



“... nem mintais contra a verdade.”

A inveja produz sentimento faccioso. Este promove a vaidade, e a vaidade se alimenta da mentira (1 Coríntios 4.5).A mentira do diabo, seu pai. enganou Eva. As pessoas hoje por causa do pecado dentro delas continuam crendo nas mentiras do diabo: “Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém”(Romanos 1.25). O diabo se transfigura em anjo de luz para enganar as pessoas. Não despreze a verdade mesmo se ela não te beneficie: “Porque nada podemos contra a verdade, senão pela verdade” (2 Coríntios 13:8)

 

DEIVY FERRREIRA PANIAGO JUNIOR
09/06/2023

FONTES:

CABRAL, Elienai. Relacionamentos em Família – Superando desafios e problemas com exemplos da Palavra de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

RENOVATO, Elinaldo. As ordenanças de Cristo nas cartas pastorais. Rio de Janeiro: CPAD, 2015.

LOPES, Hernandes Dias. Tiago : transformando provas em.Sáo Paulo:Hagnos, 2006.

Hebreus 13.4

Hebreus 13.4 ”Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém, aos que se dão à prostituição, e aos adúlteros, Deus os julgará.”


“Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula;”

O matrimonio ou casamento deve ser estimado por todos. Ele não é apenas um pedaço de papel. Ele deve ser venerado (digno de honra) porque Deus o instituiu no Éden depois de concluir que não era bom para o homem que estivesse sozinho (Genesis 2.18).

A Adão Deus deu Eva a quem ele chamou de osso dos meus ossos e carne da minha carne (Genesis 2.23).

O próprio Deus oficializou esta união e nos  e nos deixou uma ordenança: “Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne” (Gênesis 2:24).

O casamento não deve ser negado a quem o Senhor não negou: “Porque há eunucos que assim nasceram do ventre da mãe” (Mateus 19:12). Era através do matrimonio que se cumpria a primeira comissão: ‘E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra” (Gênesis 1:28).

Leito sem mácula sugere que a união de marido e mulher conserva-os puros e castos diante de Deus. E eles demais devem se envergonhar da sua condição, pois ela as protege da impureza sexual: “Mas, por causa da fornicação, cada um tenha a sua própria mulher, e cada uma tenha o seu próprio marido” (1 Coríntios 7:2).


“... porém, aos que se dão à prostituição, e aos adúlteros, Deus os julgará.

“Aos que se dão em prostituição” (porneia) – Ato sexual com uma prostituta. Porém o termo grego é mais amplo e inclui um grande leque de irregularidades sexuais proibidos pela lei. Como atos incestuosos e homossexualidade, pornografia e masturbação.

“Adúlteros” – Aqueles que violam seus votos matrimoniais. Paulo diz que somos livres para casar com quem quisermos contanto que seja no Senhor. Adultério é  única condição de Cristo para o divorcio. Apesar de Deus odiar o divorcio: “Porque o Senhor, o Deus de Israel diz que odeia o repúdio, e aquele que encobre a violência com a sua roupa, diz o Senhor dos Exércitos; portanto guardai-vos em vosso espírito, e não sejais desleais” (Malaquias 2:16).

“Deus os julgará” Os que de maneira leviana desrespeitar o casamento podem até escapar do julgamento dos homens, mas, se não se arrependerem, jamais escaparão do julgamento de Deus: “Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo” (Hebreus 10:31). Foi determinado um dia para o juízo final, o dia do acerto de contas!


DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
7/7/2023

HENRY, Matthew. Comentário Bíblico – Atos a Apocalipse. Rio de Janeiro: CPAD, 2012.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201408_08.pdf