Joel 2.15 “Tocai a trombeta em Sião, santificai um jejum, convocai uma assembleia solene. “
“Tocai a trombeta em Sião,”
Não se faz soar um alarme para algo que já passou, mas sim para advertir sobre o que é iminente. A trombeta, shophar, ou chifre de carneiro, era tocada como um alarme pelo sentinela que ficava sobre o muro, em caso de invasões inimigas ou outras calamidades. A trombeta deveria ser sempre tocada para convocar o povo para uma guerra ou mesmo para alertar sobre a chegada iminente de um perigo ou calamidade.
Sião era o lugar da morada de Deus, o lugar onde ficava o templo de Deus e onde se celebrava culto a Deus. Dali emanava a Palavra de Deus e os juízos de Deus. A trombeta toca em Sião e para Sião; e dali deveria reverberar para todos os moradores da terra.
A trombeta devia soar em Sião e não nos ouvidos dos exércitos assírios. O problema do povo não era a presença do inimigo, mas a ausência de Deus. O nosso maior problema não são os adversários que nos cercam, mas o nosso pecado. O juízo deve começar pela Casa de Deus (1 Pedro 4.17). Primeiro a igreja precisa voltar-se para o Senhor, depois o mundo o fará.
O avivamento começa com a igreja e, a partir dela, atinge o mundo. Quando a igreja acerta sua vida com Deus, do céu brota a cura para a terra (2 Crônicas 7.14).
“... santificai um jejum,”
O jejum é um exercício espiritual da mais alta importância. Quem jejua tem urgência. Quem jejua tem pressa para buscar o Senhor. Quem jejua tem fome de Deus. Quem jejua afirma que a resposta divina à oração é mais importante que o sustento do corpo. É a subordinação do físico ao espiritual, que caracteriza todos os gigantesca fé. Moisés e Jesus jejuaram quarenta dias. O apóstolo Paulo jejuava regularmente. Hoje, parece que a igreja está convencida de que a atualidade do jejum não é para os nossos dias. Às vezes, só uma calamidade de enormes proporções, como a do tempo de Joel, convence o homem a orar e jejuar.
“... convocai uma assembleia solene. “
Os sacerdotes deveriam convocar uma grande reunião de oração. Uma reunião de arrependimento, de clamor, de busca. Todos os moradores de Judá deveriam buscar a Casa do Senhor. O momento era de calamidade nacional e não bastava um acerto individual. A volta para o Senhor precisava ser coletiva. Há momentos em que o povo precisa sair de suas casas e caminhar na direção da casa de Deus. Há tempo para o culto individual. Porém, agora é um tempo para um grande culto coletivo; não de celebração, mas de choro, de clamor, de arrependimento.
DEIVY FERREIRA
PANIAGO JUNIOR
7/1/2024
Bibliografia
Coelho, Alexandre/Daniel, Silas. Os doze profetas menores. Rio de janeiro, CPAD, 2012.
Lopes, Hernandes Dias. Joel: o profeta do pentecostes. São Paulo: Hagnos, 2009.
PEARLM AN, Myer. Através da Bíblia — livro por livro. 5. ed. São Paulo: Editora Vida, 1978,