Daniel 5:25 “Este, pois, é o escrito que se escreveu: MENE, MENE, TEQUEL, UFARSIM. “
“Este, pois, é o escrito que se escreveu: “
O rei Belsazar promoveu uma festa de profanação das coisas
sagradas (Dn 5.3). O rei, além de se entregar à embriaguez, dá mais um passo na
direção de sua ruína. Ele manda trazer os vasos do templo para profaná-los de
forma estúpida e infame. Profanar as coisas de Deus é um grave pecado, Deus as
santificou: “E aconteceu, no dia em que Moisés acabou de levantar o
tabernáculo, e o ungiu, e o santificou, e todos os seus utensílios, e também o
altar e todos os seus utensílios, e os ungiu, e os santificou” (Números 7:1).
Usar os vasos
do templo, consagrados para o culto ao Senhor, numa festa profana, numa
bacanal, foi uma terrível ofensa à santidade de Deus. Belsazar fez pior que seu
avó. Este saqueou o templo de Jerusalém e levou os vasos sagrados para o templo
de seu deus: “No ano terceiro do reinado de Jeoaquim, rei de Judá, veio
Nabucodonosor, rei da Babilônia, a Jerusalém e a sitiou. E o Senhor entregou nas suas mãos a Jeoaquim,
rei de Judá, e uma parte dos utensílios da Casa de Deus, e ele os levou para a
terra de Sinar, para a casa do seu deus, e pôs os utensílios na casa do tesouro
do seu deus“ (Daniel 1:1,2).
Deus
transforma os prazeres do pecado em perturbação (Daniel 5-5,6,9). Enquanto eles
celebram aos seus deuses, bebendo vinho nos vasos do templo do Senhor, no mesmo
instante, aparecem uns dedos escrevendo na parede: “Na mesma hora,
apareceram uns dedos de mão de homem e escreviam, defronte do castiçal, na
estucada parede do palácio real; e o rei via a parte da mão que estava
escrevendo. Então, se mudou o semblante
do rei, e os seus pensamentos o turbaram; as juntas dos seus lombos se
relaxaram, e os seus joelhos bateram um no outro” (Daniel 5:5,6)
Como os
astrólogos e adivinhadores do rei não poderam traduzir a inscrição Daniel,
recomendado pela Rainha, entra na presença do Rei e lhe dá o seu significado:
¹”Há no teu reino um homem que tem o espírito dos deuses santos; e nos dias de
teu pai se achou nele luz, e inteligência, e sabedoria, como a sabedoria dos
deuses; e teu pai, o rei Nabucodonosor, sim, teu pai, ó rei, o constituiu chefe
dos magos, dos astrólogos, dos caldeus e dos adivinhadores” (Daniel 5:11).
“: MENE, MENE, TEQUEL, UFARSIM. “
As palavras MENE, MENE, TEQUEL E PARSIM eram conhecidas, mas
isoladas como estavam, ninguém sabia que mensagem comunicavam (v. 25). Daniel,
pelo Espírito de Deus, deu a exata interpretação:
a. MENE (v.
26): contou Deus o teu reino e deu cabo dele, isto é, Deus contou o número de
dias do reino e o destruiu.
b. TEQUEL (v.
27): pesado foste na balança e achado em falta. Diante da justiça divina esse
reino não teve qualquer peso.
c. PERES (v.
28): na escritura da parede apareceu o plural: PARSIM. Na interpretação, Daniel
usou o singular PERES. Na Edição Revista e Corrigida de Almeida temos UFARSIM,
no versículo 25. (O "U" corresponde à nossa conjunção "e".
"FARSIM" é uma variante de "PARSIM".) São palavras da
língua aramaica, que é muito próxima da hebraica: dividido foi o teu reino e
dado aos medos e aos persas.
Literalmente,
as palavras isoladas significam, portanto: contado, pesado, divisões. Daniel,
pelo Espírito de Deus, interpretou a mensagem divina. Os medos e os persas
formaram uma coalizão para derrotar Babilônia. A Média lutou sob Dario, e a
Pérsia sob Ciro.
Xenofonte,
historiador grego, diz que os matadores de Belsazar foram Gobrias e Gadatas. Assim
terminou o magnífico império babilônico (a cabeça de ouro da estátua), e teve
início o império medo-persa: ”Naquela mesma noite, foi morto Belsazar, rei
dos caldeus. E Dario, o medo, ocupou o
reino, na idade de sessenta e dois anos” (Daniel 5:30,31)
DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
23/7/2023
FONTES:
BAPTISTA, Douglas. A igreja de
Cristo e o império do mal – Como viver neste mundo dominado pelo espírito da
Babilônia. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.
GILBERTO, Antonio. Daniel e
Apocalipse. Rio de Janeiro: CPAD, 1984.
MESQUITA, Antônio Neves. Estudo no
livro de Daniel. Rio de Janeiro: JUERP, 1978.
LOPES, Hernandes dias. Daniel: um
homem amado no céu. São Paulo, SP: Hagnos 2005.
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