sábado, 1 de novembro de 2025

Romanos 13:5

Romanos 13:5 “Portanto é necessário que lhe estejais sujeitos, não somente pelo castigo, mas também pela consciência.”

 

“Portanto é necessário que lhe estejais sujeitos,”

Tendo em mente que Deus instituiu os governos humanos. “Porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas” (v.1). Toda autoridade é ministro de Deus para o nosso bem (v.4) por isso é esperada a nossa sujeição. Cabral diz que não só devemos acatá-las e obedecer-lhes na “letra da lei”, mas devemos cumprir os seus regulamentos. Calvino disse: “Não se deve pôr em dúvida que o poder civil é uma vocação, não somente santa e legítima diante de Deus, mas também mui sacrossanta e honrosa entre todas as vocações”.

Barclay comenta que Paulo via no estado um instrumento a serviço de Deus, o qual protegia o mundo do caos. Aqueles que administravam o estado estavam desempenhando a parte deles nessa grande tarefa. Conscientes ou não dessa verdade, estavam fazendo o trabalho de Deus e era dever do cristão ajudá-los e não impedi-los. Como servos de Deus, devemos orar pelas autoridades ( 1 Timóteo 2.1,2).

 

“... não somente pelo castigo,”

O Estado recebe a incumbência de uma função explicitamente proibida ao cristão (Romanos 12.17,19). Deus proíbe ao cristão aplicar vingança pessoal e ordena ao Estado fazê-lo. As autoridades governamentais executam a ira de Deus sobre os malfeitores e, desse modo, aplicam a punição, como fica evidente na declaração de Paulo de que ela é vingadora para castigar o que faz mal, podendo até mesmo aplicar a espada (morte).

Paulo primeiramente devia se referir a esses castigos. Mas certamente não podemos excluir o castigo divino, visto que os desobedientes, nesse caso, são rebeldes contra uma instituição ordenada por Deus.

 

“... mas também pela consciência.”

A consciência é aquela faculdade mental dada por Deus a cada ser humano para ajudá-lo a distinguir entre o certo e o errado. Alguns obedecem aos limites de velocidade só por medo de uma multa; outros pagam o imposto de renda só por medo de serem processados.

Paulo disse que devemos obedecer às autoridades, não apenas porque isso é mais seguro, mas porque é o que se deve fazer e  porque é o que Deus quer que façamos. Assim como Paulo, devemos nos esforçar “por ter sempre consciência pura diante de Deus e dos homens” (Atos 24:16).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
01/11/2025

FONTES:

QUEIROZ, Silas. Corpo, Alma e Espírito – A restauração integral do ser humano para chegar a estatura completa de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

http://biblecourses.com/Portuguese/Po_lessons/Po_200905_01.pdf

BARCLAY, William. The Letter to the Romans - Tradução: Carlos Biagini.

Lopes, Hernandes dias. Romanos: o evangelho segundo Paulo. São Paulo, SP: Hagnos 2010.

CABRAL, Elienai. Romanos – O evangelho da justiça de Deus. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus. 1986.

1 Coríntios 8:10

1 Coríntios 8:10 “Porque, se alguém te vir a ti, que tens conhecimento, sentado à mesa no templo dos ídolos, não será a consciência do que é fraco induzida a comer das coisas sacrificadas aos ídolos?”

 

“Porque, se alguém te vir a ti, que tens conhecimento, sentado à mesa no templo dos ídolos,”

Paulo esteve falando do conhecimento que capacita o homem a considerar um ídolo como uma coisa nula. Agora assinala que aquele conhecimento não é universal entre os cristãos. Então ele lembra e aplica o mesmo princípio de amor enfatizado em Romanos 14: “Porque um crê que de tudo se pode comer, e outro, que é fraco, come legumes” (v.2).

Ainda que saibamos que algo não seja errado ou pecaminoso, devemos nos lembrar do irmão (ou irmã) mais fraco, cuja consciência ainda lhes fala que tais coisas são erradas ou pecaminosas.

Os coríntios se arrogavam o “direito” de fazer o que lhes aprouvesse na questão dos ídolos. Paulo lhes lembra que nenhum cristão tem liberdade para assegurar os seus “direitos”, se isto significar dano a outras pessoas. Neste caso, a situação hipotética de um crente fraco ver um crente mais maduro num templo pagão. O homem dotado de saber é retratado como tomando parte numa festa no templo de um ídolo. À mesa é a expressão comum para “reclinar”. Indica uma refeição tomada tranqüilamente.

 

“... não será a consciência do que é fraco induzida a comer das coisas sacrificadas aos ídolos?”

Paulo faz uma pergunta retórica para mostrar o possível dano. Dando um exemplo como esse, “não será a consciência do que é fraco induzida a comer das coisas sacrificadas aos ídolos?”. A resposta é obvia. Esse homem poderia fazer com que o seu irmão mais fraco comesse das coisas sacrificadas aos ídolos. E a consciência dos fracos faria que eles se sentissem de tal forma culpados e pecadores, que poderiam perecer espiritualmente: “Mas aquele que tem dúvidas, se come está condenado, porque não come por fé; e tudo o que não é de fé é pecado” (Romanos 14:22,23). E se voltar para o mundo.

Temos de nos lembrar que o irmão (ou irmã) mais fraco é parte do Corpo de Cristo, uma pessoa por quem Ele morreu. Quando nos entregamos a desejos egocêntricos (que para nós podem não ser errados) e ferimos a consciência fraca de outra pessoa, não apenas pecamos contra essa pessoa, mas pecamos contra Cristo (v.15). Por isso ele escreve a igreja de Roma: “Não destruas por causa da comida a obra de Deus. É verdade que tudo é limpo, mas mal vai para o homem que come com escândalo” (Romanos 14:20).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
01/11/2025

FONTES:)

QUEIROZ, Silas. Corpo, Alma e Espírito – A restauração integral do ser humano para chegar a estatura completa de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

HORTON, Stanley. I e II Coríntios – os problemas da igreja e suas soluções. 3.ed., Rio de Janeiro: CPAD, 2006.

MORRIS, Leon. I Coríntios: Introdução e Comentário. Tradução Odayr Olivetti. São. Paulo. Mundo Cristão, 1983

1 Timóteo 1:19

1 Timóteo 1:19 “Conservando a fé, e a boa consciência, a qual alguns, rejeitando, fizeram naufrágio na fé.”

 

“Conservando a fé, e a boa consciência,”

Paulo encarregou Timóteo de ficar em Éfeso para advertir alguns que não ensinassem outra doutrina (v.3). Timóteo então nas palavras de Paulo estava ali para militar boa milícia (v.18). Os meios para se atingir esse alvo seria “conservar a fé e a boa consciência”.

A “fé que um a vez foi dada aos santos” (Judas 3). Deve ser conservada através da palavra de Deus: “De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus” (Romanos 10.17). Pois a Palavra de Deus edifica a fé (Romanos 10:17). Como somos justificados pela fé (Romanos 5:1, 2; Gálatas 3:26, 27) e andamos por ela fé (2 Coríntios 5:7) através dela vencemos o mundo pela fé (1 João 5:4) e assumimos a natureza de Cristo (Gálatas 2:20). Não é de admirar que Paulo quisesse que Timóteo guardasse a fé! Todo evangelista precisa gerir sua vida e ministério na arena da fé edificada na Palavra.

Quando se mantém a fé, constrói-se a consciência boa. A consciência boa é: “uma consciência sem ofensa, tanto para com Deus como para com os homens” (Atos 24.16); é a “voz interior”, que acusa ou defende cada cristão (Romanos 2.15); ela leva o crente a obedecer a Deus (Romanos 13.5); é o testemunho interior da conduta do crente (2 Coríntios 1.12); é a consciência do crente que serve a Deus com pureza (2 Timóteo 1.3). A consciência não conservada pode se tornar “cauterizada” ou “ferreteada” (1 Timóteo 4:2) ou “corrompida” (Tito 1:15).

 

 “... a qual alguns, rejeitando, fizeram naufrágio na fé.”

Senão mantermos a nossa fé e nossa boa consciência nossos pés logo se desviarão para a direção errada (Jeremias 10:23). E desviaremos os nossos ouvidos da verdade e voltaremos às fábulas (2 Timóteo 4.4). Poderemos assim “naufragar na fé”. O fato de alguns terem “naufragados na fé” não só evidencia o fracasso pessoal deles, como também lança um protesto contra a teoria de “uma vez salvo, sempre salvo”, ou “uma vez na fé, sempre na fé”. (1 Timóteo 4:1; Gálatas 5:4).

Assim, se não levarmos em conta a voz da consciência, permitindo que o pecado permaneça não confessado e não perdoado, a nossa fé não terá vida longa. Todo aquele cuja consciência tenha sido tão manipulada a ponto de tornar-se insensível acha-se em grande perigo. É com intensa força que de Paulo denuncia a oportunidade que esses dois homens, Himeneu e Alexandre (v.20) tiveram de permanecer fiéis! Eles repudiaram as influências divinas e humanas que lhes foram oferecidas com amor.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
01/11/2025

FONTES:)

QUEIROZ, Silas. Corpo, Alma e Espírito – A restauração integral do ser humano para chegar a estatura completa de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_200311_03.pdf

KELLY, John N. D. I e II Timóteo e Tito: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova e Editora Mundo Cristão, 1983.

1 Timóteo 1:5

1 Timóteo 1:5 “Ora, o fim do mandamento é o amor de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida.”

 

“Ora, o fim do mandamento é o amor de um coração puro,”

A Palavra de Deus tem por finalidade a transformação espiritual do ser humano. Esse é o fim do “mandamento” ou o propósito do ensino cristão. Provocar mudança eficaz no interior do homem. Paulo expressa bem essa transformação em 2 Coríntios 5.17: “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.”

Esse ensino (mandamento) não produz efeito superficial, mas profundo, e isso resulta no “amor de um coração puro”. Esse amor, que se revela num “coração” puro, não é qualquer tipo de “amor”, mas o verdadeiro amor cristão, que deriva do amor Àgape, ou amor de Deus. É uma amor sacrificial que se concretiza, ou se materializa, não em teoria, mas num viver santo e puro, conforme a Palavra de Deus. É o amor que faz o crente amar a Deus em primeiro lugar, e “ao próximo como a si mesmo” (Lucas 10.27).

Jesus refere-se aos que têm “coração puro”. São os “limpos de coração, porque eles verão a Deus” (Mateus 5.8). Na Escritura, o coração é o centro e a fonte da totalidade da atividade mental e moral do homem; se ali faltar pureza, obviamente não pode irradiar o amor cristão.

 

“... e de uma boa consciência,”

A segunda evidência desse “mandamento” é “uma boa consciência” cristã. No vernáculo, consciência significa “conhecimento, ciência”. A consciência é a capacidade ou sede da consciência moral, comum a todas as pessoas (Romanos 2.15; 2 Coríntios 4.2). Seu significado básico é a percepção interior que o homem tem da qualidade moral das suas próprias ações. Esse termo, e essa idéia eram populares entre os estóicos, parece que Paulo o tomou emprestado do seu meio-ambiente gentio.

A consciência natural do homem não salvo é influenciada por muitos fatores, tais como sua origem, sua história e suas experiências. Mas a consciência cristã é a convicção interior da condição cristã, na comunhão com Cristo. E o sentimento de firmeza de pensamento; é a certeza da comunhão com Deus. É chamada “boa consciência” no andar com Deus (Atos 23.1; 1 Pedro 3.21); é “ter uma consciência sem ofensa, tanto para com Deus como para com os homens” (Atos 24.16); é a “voz interior”, que acusa ou defende cada pessoa (Romanos 2.15); é a consciência que leva o crente a obedecer a Deus, independentemente de quem quer que seja (Romanos 13.5); é o testemunho interior da conduta do crente (2 Coríntios 1.12); é a consciência do crente que serve a Deus com pureza (2 Timóteo 1.3).

Os falsos mestres, que perturbaram a igreja em Éfeso, não tinham essa “boa consciência” cristã. Eles certamente falavam, ensinavam e agiam conforme a consciência deles (2 Timóteo 4.1); todavia, eram hipócritas e falavam mentiras pois tinham “cauterizado a sua própria consciência” (2 Timóteo 4.2).

 

“... e de uma fé não fingida.”

A consciência cristã está vinculada com a fé, visto que pelo batismo o cristão recebeu perdão pelos seus pecados, e pelo influxo do Espírito Santo passa por aquela “renovação da mente” que o capacita a “experimentar qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Romanos 12:2).

A fé não fingida é terceiro resultado fim do mandamento, ou da Palavra de Deus, na vida do crente. Tem o sentido de fé sincera, autêntica, verdadeira. É a “fé que um a vez foi dada aos santos” (Judas 3). No dizer de Paulo, os falsos mestres queriam ser doutores da lei e não entendendo nem o que dizem nem o que afirmam: “Ninguém vos domine a seu arbítrio com pretexto de humildade e culto dos anjos, envolvendo-se em coisas que não viu; estando em vão inchado na sua carnal compreensão” (Colossenses 2:18). Por isso mesmo, davam-se a fábulas e a genealogias intermináveis (1 Timóteo 1.4), com o que se embaraçavam e embaraçavam seus ouvintes.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
01/11/2025

FONTES:)

QUEIROZ, Silas. Corpo, Alma e Espírito – A restauração integral do ser humano para chegar a estatura completa de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

KELLY, John N. D. I e II Timóteo e Tito: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova e Editora Mundo Cristão, 1983.

RENOVATO, Elinaldo. As ordenanças de Cristo nas cartas pastorais. Rio de Janeiro: CPAD, 2015.

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 1 DE NOVEMBRO DE 2025 (Salmos 121:7)

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
1 DE NOVEMBRO DE 2025
SÓ O SENHOR PODE GUARDAR A NOSSA ALMA

Salmos 121:7 “O Senhor te guardará de todo o mal; guardará a tua alma.”

 

“O Senhor te guardará de todo o mal;”

Ou te protegerá de todo o mal. É uma grande pena que a nossa admirável tradução não conserve a palavra guardar por todo o salmo, pois todo o tempo é a mesma palavra. Deus não apenas guarda os seus, em todos os momentos difíceis, mas também de todas as más influências e operações, dos próprios males. Esta é uma palavra de grande abrangência: ela inclui tudo, e não exclui nada. As asas do Senhor guardam amplamente os seus dos males, grandes e pequenos, temporários e eternos.

Há uma dupla personalidade absolutamente deliciosa neste versículo: o Senhor guarda o crente, não pelo agente, mas por Si mesmo, e a pessoa protegida é definitivamente apontada pela palavra te - não é a nossa propriedade ou o nosso nome que é guardado, mas o nosso ser propriamente dito.

Os peregrinos que estivessem a caminho de Jerusalém poderiam ter confiança em uma viagem segura, a despeito dos muitos perigos potenciais. Os hebreus não desistiriam de suas peregrinações, apesar de seus temores, e também podiam invocar Yahweh como sua mão direita (vs. 5), para que os acompanhasse na jornada. Este versículo (em sido cristianizado e espiritualizado a fim de falar da peregrinação do crente em Cristo, por um caminho protegido, até chegar à Jerusalém celestial: “Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal” (João 17.15).

 

“... guardará a tua alma.”

Para tornar isto ainda mais intensamente real e pessoal, outra sentença é acrescentada, “ ele guardará a tua alma” - ou o Senhor [Jeová] guardará a tua alma. Guardar a alma é a alma [a essência] do ato de guardar. Se a alma for guardada, tudo será guardado: “Amado, desejo que te vá bem em todas as coisas e que tenhas saúde, assim como bem vai a tua alma” (3 João 1.2). A preservação da alma, a parte mais elevada, inclui o corpo, a parte menos elevada: “Mas não se perderá um único cabelo da vossa cabeça. Na vossa perseverança, ganhareis as vossas almas” (Lucas 21.18-19 ARA). A alma, nesta passagem, é uma palavra com muitas facetas e significa a totalidade da pessoa viva.

Deus é o único que guarda a alma. A nossa alma é guardada do domínio do pecado, da infecção do erro, do peso do desânimo, do inchaço do orgulho; guardada do mundo, da carne e do mal. Ele guarda-a mantendo-nos na posse dela; e as guarda de perecer eternamente. Aquele que guarda os seus mandamentos pode confiar que suas almas estão também guardadas: “O que guardar o mandamento guardará a sua alma; porém o que desprezar os seus caminhos morrerá” (Provérbios 19:16). Quem poderá fazer mal a uma alma que é guardada pelo Senhor?

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
28/10/2025

FONTES:

QUEIROZ, Silas. Corpo, Alma e Espírito – A restauração integral do ser humano para chegar a estatura completa de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

CHAMPLIN, Russell Norman. O Antigo Testamento interpretado versículo por versículo. São Paulo: Hagnos, 2001. 

SPURGEON, Charles. Os Tesouros de Davi – Volume III. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

KIDNER, Derek. Salmos 73 - 150 Introdução e Comentário. Derek Kidner. Mundo Cristão. 1981.