terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

Texto Áureo Lição 08: Jesus Viveu a Experiência Humana.Mateus 4.23

TEXTO ÁUREO

“E percorria Jesus toda a Galileia, ensinando nas suas sinagogas, e pregando o evangelho do Reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo. ” (Mateus 4.23)

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 18 DE FEVEREIRO DE 2025 (Marcos 6.2)

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
18 DE FEVEREIRO DE 2025

JESUS E SUA FAMÍLIA ERAM CONHECIDOS NA CIDADE ONDE VIVIAM

Marcos 6.2 “E, chegando o sábado, começou a ensinar na sinagoga; e muitos, ouvindo-o, se admiravam, dizendo: De onde lhe vêm estas coisas? E que sabedoria é esta que lhe foi dada? e como se fazem tais maravilhas por suas mãos? “

 

“E, chegando o sábado, começou a ensinar na sinagoga; ”

O verso 1 diz que Jesus chegou na sua terra (Nazaré) com seus discípulos. Jesus estava acostumado a frequentar a sinagoga, regularmente, aos dias de sábados, porque, vindo a este mundo sob a lei (Gálatas 4.4), cumpriu todos os deveres pertinentes a um israelita piedoso. Então, chegando o sábado compareceu na sinagoga local para adorar.

As sinagogas foram instituídas durante o cativeiro babilônico como centros locais de adoração, após a destruição do templo. Mesmo depois que o Templo foi reconstruído, a adoração nas sinagogas continuou. Os cultos na sinagoga eram bastante informais e consistiam em orações, leitura da Escritura, comentários e doação de ofertas para os pobres.

Jesus ensinava e pregava nas sinagogas judaicas conforme a oportunidade lhe era oferecida pelo chefe ou líder da sinagoga. A reputação de Jesus por toda a Galileia lhe abriu a porta. Jesus pode ter ido a Nazaré para descansar, mas não pôde resistir a essa oportunidade para servir e fazer a vontade de seu Pai.

 

“... e muitos, ouvindo-o, se admiravam, ”

As pessoas que o ouviam ficavam pasmas. O verbo para “admirar” significa “estavam chocados e fora de si”. Isso porque ele não ensinava como os escribas (Mateus 7.29). Os escribas citavam outros rabinos e sentiam que sua função era ser explicadores das tradições. A verdade é que as suas tradições e legalismo insignificante transgrediam a lei revelada de Deus (Marcos 7.9,13).

As palavras pronunciadas por Cristo permeavam as almas presentes com a força da autoridade divina. Não era apenas o que dizia, mas como Ele o dizia, que causou tão grande impressão. Havia nEle algo que emprestava nova vida aos textos bíblicos. O Senhor infundia nova luz às passagens que, embora tão conhecidas, haviam sido sufocadas pelo tradicionalismo da religião judaica. Não havia quem não se impressionasse com a autoridade de suas declarações.

Um escritor judaico declarou que o seu tom não era o de um mero profeta, mas do próprio Deus onipotente em pessoa. Mesmo os grosseiros policiais do templo foram forçados a confessar: “Jamais alguém falou como este homem” (João 7.46).

 

“... dizendo: De onde lhe vêm estas coisas? E que sabedoria é esta que lhe foi dada?

Todavia entre os nazarenos a admiração tornou-se incredulidade. Pois, a familiaridade com ele causou preconceito e não fé. William Barclay diz que, às vezes, estamos demasiadamente próximos das pessoas para ver a sua grandeza. Jesus disse que um profeta não tem honra em sua própria terra.

Com tom de ironia questionavam: “De onde lhe vêm essas coisas? ”, “que sabedoria é esta? ” Jesus não tinha estudado nas escolas rabínicas e eles não podiam explicar seu conhecimento nem seu poder. Viam-no apenas como o carpinteiro, filho de Maria, cujos irmãos e irmãs eles conheciam (v.3). Desafiaram assim a sabedoria óbvia com a qual Ele falava.

 

“...e como se fazem tais maravilhas por suas mãos? “

Nesse tempo, Jesus já havia se manifestado plenamente ao mundo e havia operado muitos milagres em Cafarnaum, a trinta quilômetros de Nazaré. Mas os nazarenos não compreendiam como podia acontecer tais milagres e questionavam: “como se fazem tais maravilhas por suas mãos? “. Como eles não puderam explicá-lo, o rejeitaram. E suspeitaram de artificio ou truque.

Eles levantaram muros para se defenderem do Espírito Santo. O contraste entre o humilde carpinteiro e o profeta sobrenatural foi muito grande para eles compreenderem. Então eles escolheram a descrença, uma escolha que deixou Jesus admirado

Pela incredulidade deles Jesus não realizou nenhum milagre, em vez disso, deixou a cidade por causa dela. Enfermos deixaram de ser curados e pecadores deixaram de ser perdoados. Quão terrivelmente desastroso é o pecado da incredulidade. A incredulidade rouba do povo as maiores bênçãos.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
8/2/2025

FONTES:

SOARES, Esequias. Em defesa da fé: Combatendo as antigas heresias, que se apresentam com nova aparência. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

ROBERTSON, A. T. Comentário Mateus & marcos à luz do novo testamento grego. Rio de Janeiro: CPAD, 2011.

PEARLMAN, Myer. Marcos: O evangelho do servo de Jeová. Rio de Janeiro CPAD, 2005.

Lopes, Hernandes Dias. Marcos: o evangelho dos milagres. São Paulo: Hagnos, 2006.