sábado, 22 de fevereiro de 2025

Eclesiastes 7.20

Eclesiastes 7.20 “Na verdade que não há homem justo sobre a terra, que faça o bem, e nunca peque. “

 “Na verdade que não há homem justo sobre a terra,

Esse versículo eleva a discussão encerrada nos versículos 16-19 a um clímax, fazendo eco às palavras de Salomão em 1 Reis 8:46 “pois não há homem que não peque. Isso é bem enfatizado com a expressão hebraica “ki”, que significa “certamente”. Há aqui uma verdade universal que diz respeito a pecaminosidade do homem (não há homem justo sobre a terra). “Justo” é usado aqui no sentido de “estar correto perante Deus”.

Os melhores homens, e aqueles que na maioria das vezes praticam o bem, não podem dizer que estão perfeitamente livres do pecado; mesmo aqueles que são santificados não estão sem pecado. Salomão em provérbios questionou: “Quem poderá dizer: Purifiquei o meu coração, limpo estou de meu pecado? ” (Provérbios 20.9)

Ninguém que vive deste lado do céu vive sem pecado. Qualquer pessoa erra em algum ponto da lei e consequentemente, perante Deus ela se torna culpada “Porque qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todo” (Tiago 2:10). O apóstolo do amor escreveu se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos (1 João 1.8), fazendo-nos mentirosos, e assim pecando.

 

 “... que faça o bem, e nunca peque. “

Ninguém é tão justo na prática de sua vida que faça apenas o bem sem ter nenhum pecado ligado ao que faz. A única exceção é o Senhor Jesus. Ele fez o bem sem pecar. Pedro, Paulo e João testificam em suas cartas a absoluta ausência de pecado nele: “que não cometeu pecado”, “que não conheceu pecado”, “Nele não há pecado” (1 Pedro 2:22; 2 Coríntios 5:21; 1 João 3:5).

Podemos observar algumas formas de pecados nas Escrituras. Uma delas é o pecado de comissão, ou seja, realizar aquilo que é expressamente condenado por Deus. Esse é o tipo de pecado mais evidente e observado. Os nossos pais, Adão e Eva, foram proibidos de comer do fruto da árvore do bem e do mal. Entretanto, ainda assim dela comeram. Realizar conscientemente o que Deus de antemão condenou é um atentado a sua santidade e justiça:  Nós pecamos como os nossos pais, cometemos a iniqüidade, andamos perversamente” (Salmo 106.6).

Outra forma muito comum é o pecado de omissão. Essa forma de transgredir as leis divinas, muitas vezes, é ignorada entre o povo de Deus. Porém, as consequências do seu julgamento não serão menores diante do Altíssimo (Mateus 25.31-46). Não é apenas deixando de obedecer a lei expressa de Deus que incorremos em pecado, mas de igual modo, quando omitimo-nos de fazer o bem, pecamos contra Deus e a sua justiça: “Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado” (Tiago 5.17).

Não somos capazes de, por nós mesmos, vencermos o pecado! Contudo, em Jesus toda essa grave realidade pode ser superada, pois o Pai enviou o seu Filho para que morresse por nós e, assim, resgatasse-nos da miséria do pecado (Romanos 8.3; Hebreus 10.1-39).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
22/2/2025

FONTES:

SOARES, Esequias. Em defesa da fé: Combatendo as antigas heresias, que se apresentam com nova aparência. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

EATON, Michael A; CARR, G. Lloyd. Eclesiastes e Cantares: introdução e comentário. Mundo Cristão, 1989.

COELHO, Alexandre e DANIEL, Silas. Fé e Obras – Ensinos de Tiago para uma vida cristã autêntica. Rio de Janeiro: CPAD, 2014.

CHAMPLIN, Russell Norman. O Antigo Testamento interpretado versículo por versículo. São Paulo: Hagnos, 2001. 

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry - Poéticos. Rio de Janeiro CPAD, 2008.

https://bibliotecabiblica.blogspot.com/2013/04/eclesiastes-7-significado-explicacao.html

2 Pedro 1.21


2 Pedro 1.21 “Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo. ”

 

“Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum,

Neste ponto, Pedro tinha em mente o Antigo Testamento quando diz “profecia”, mas podemos fazer a mesma aplicação ao Novo (2 Pedro 1.19). A mensagem dos profetas não se resume a uma retórica baseada em imaginação humana, nem é algo artificialmente construído. Nenhuma parte dessa revelação “é de particular interpretação” (v.20). As experiências dos profetas, como as do próprio Pedro no monte da transfiguração, provam a iniciativa divina em comunicar seus oráculos à humanidade.

A Palavra de Deus tem sua origem no céu, e não na terra. Ela procede de Deus, e não do homem. John Wesley disse que a Bíblia só poderia ter três origens: anjos e homens bons; demônios e homens maus; ou Deus. Não poderia ser escrita por anjos e homens bons, pois repetidamente se registra: Assim diz o Senhor. Não poderia ter sido escrita por demônios e homens maus, porque seu conteúdo exalta a santidade e reprova o pecado. Só nos resta uma opção: a Bíblia foi ideia de Deus.

 

“... mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo. ”

Podemos acreditar realmente na Palavra de Deus, pois nenhuma profecia jamais foi entregue porque alguns homens decidiram produzi-la por si mesmos. A Bíblia nunca registrou nenhuma interpretação ou ideias pessoais de quem quer que seja como regra de fé e conduta, mas homens santos de Deus falaram movidos pelo Espírito Santo, ou falaram da parte de Deus, sendo sustentados pelo Espírito Santo.

Os escritores não eram a fonte da mensagem, mas seus portadores. As Escrituras não são palavras de homens, mas a Palavra de Deus enviada por intermédio de homens santos. O Espírito Santo não usava instrumentos; usava homens. O modo de Deus sempre é o da verdade através da personalidade, conforme foi perfeitamente demonstrado na encarnação. Chamamos isso de inspiração dinâmica. Além disto, não fez uso de quaisquer homens, mas, sim, de homens santos, os que estavam dedicados ao Seu serviço e plenamente comprometidos.

Os papéis relativos desempenhados pelos autores humanos e divino não são mencionados, mas, sim, apenas o fato da sua cooperação. Existe implícita nesse verso uma metáfora marítima. Os profetas içaram suas velas, por assim dizer (eram obedientes e receptivos), e o Espírito Santo as enfunou e levou seu barco na direção por Ele desejada. Os homens falavam: Deus falava. Qualquer doutrina correta da Escritura não negligenciará qualquer parte desta verdade.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
22/2/2025

FONTES:

SOARES, Esequias. Em defesa da fé: Combatendo as antigas heresias, que se apresentam com nova aparência. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

HARRISON, Everret F; PFEIFFER, Charles F. Comentário Bíblico Moody. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1990.

HORTON, Stanley. I e II Pedro – A razão da nossa Esperança. Rio de Janeiro: CPAD.

GREEN, Michael. II Pedro e Judas: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2008.

Lopes, Hernandes Dias. 2 Pedro e Judas : quando os falsos profetas atacam a Igreja. São Paulo: Hagnos, 2013.

Lição 8 - Lições Bíblicas Adultos - 1º Trim./2025 - CPAD

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 22 DE FEVEREIRO DE 2025 (João 4.10)

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
22 DE FEVEREIRO DE 2025

JESUS PROCURAVA INTERAGIR COM AS PESSOAS

João 4.10 "Jesus respondeu e disse-lhe: Se tu conheceras o dom de Deus e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva. ”


"Jesus respondeu e disse-lhe: Se tu conheceras o dom de Deus e quem é o que te diz: Dá-me de beber, ”

Há pessoas que não percebem quantos poderes e oportunidades jazem escondidos ao nosso redor. Por não reconhecermos quantas bênçãos se nos oferecem, perdemos milhares delas! “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento” (Oséias 4.6). A mulher samaritana estava falando face a face com aquele que satisfaria a todos os seus anseios de paz e de vida e não o sabia. Há muitas pessoas que passam pela vida bem perto daquilo que poderia revolucionar sua existência, e ficam alheias à verdadeira bem-aventurança. 

O conhecimento que faltava a mulher samaritana falta a muitos até os dias de hoje:

1. Ela não conhecia o dom de Deus, aquilo que Deus queria graciosamente dar a ela. A pobre mulher nem esperava bênçãos da parte de Deus. Desiludida, esgotada, sem caráter, sem alegria, praticava a enfadonha rotina dos serviços diários. Ouvira falar sobre Deus, mas nem sequer sonhava que Ele estivesse disposto a entrar na sua vida, fazendo com que sua existência valesse a pena. 

2. Ela não conhecia a identidade daquele que disse: “Dá-me de beber”. A vinda do Messias era a esperança dos samaritanos, e não somente dos judeus, e ambas as nações tiraram encorajamento e forças desta promessa: suportavam os males do presente, sustentados pela visão do futuro, que se centralizava ao redor da Pessoa do Messias. Agora, o Messias estava falando com esta mulher sem que ela o percebesse. 

Muitos são os que têm familiaridade com as palavras de Jesus, ouvindo-as como se escutassem uma canção. Não são transformados, porém, porque não se apercebem realmente de que as palavras que ouvem não são as de um mestre humano, e sim as do próprio Filho de Deus. Oxalá soubessem quem é o que lhes fala!


 “..., tu lhe pedirias, e ele te daria água viva. ” 

Se ela soubesse quem era Jesus, com quem ela estava falando e que ele fora enviado para dar vida a um mundo perdido “a água viva”, imediatamente, ela lhe pediria um copo dessa água viva. A água “viva” é a que flui ou que jorra de um a fonte a água com movimento, em contraste com a água parada (Efésios. Genesis 26.19; Zacarias 14.8). Simboliza a vida divina que flui mediante o contato com Deus (Jeremias 2.13; Apocalipse 7.17; 21.6; 22.1). 

Assim como a água natural satisfaz a sede física, o Espírito Santo satisfaz a alma que anseia por Deus (SaImos 42.1,2). Em Jeremias 2:13, Deus disse: "Porque dois males cometeu o meu povo: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas". Deus lamentou que seu povo tivesse abandonado o suprimento fresco e contínuo de suas bênçãos, optando por cisternas de água parada, concebidas por mãos humanas. Isso resultou em perderem as bênçãos que sustêm a vida. 

Isaías previu o dia em que o povo de Deus, “com alegria, tiraria água das fontes da salvação” (Isaías 12:3). Jesus, o doador da vida, tem a água que dá vida. A água viva de Jesus é como “uma fonte a jorrar para a vida eterna” (João 4:14). A água viva que flui do “interior” do crente é depois explicada como sendo o Espírito Santo, o qual ainda não tinha sido dado (7:38, 39).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
08/1/2023

Fontes:

RENOVATO, Elinaldo. Aviva a Tua Obra – O chamado das escrituras ao quebrantamento e ao poder de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

PEARLMAN, Myer. João o Evangelho do Filho de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_202111_03.pdf