quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

Colossenses 3:20

Colossenses 3:20 “ Vós, filhos, obedecei em tudo a vossos pais, porque isto é agradável ao Senhor. ”


“ Vós, filhos, obedecei em tudo a vossos pais, “

Filhos (tekna) significa “descendência” ou “descendentes”. O termo não especifica “bebês”, “crianças pequenas” ou “filhos homens”. Nenhuma idade ou gênero é expressa por esse vocábulo. Aparentemente, Paulo se referia a qualquer filho de qualquer idade que estivesse dentro do lar. O apóstolo diz aos filhos que eles devem obedecer a seus pais “em tudo”, ou seja, em todas as áreas da vida. O livro história dos Hebreus de Flavio Josefo nos descreve sobre a obediência de Isaque em Moriá: Abraão falou a Isaque: " Mas, como Deus, depois de vos ter dado a mim, quer agora que eu vos perca, consenti generosamente em oferecer-vos a Ele em sacrifício. Prestemos-Ihe, meu filho, esse ato de obediência e essa honra como testemunho de nossa gratidão pelos favores que Ele nos fez na paz e pela assistência que nos deu na guerra. Como nascestes para morrer, que fim vos pode ser mais glorioso do que ser oferecido em sacrifício por vosso próprio pai ao soberano Senhor do universo, que, em vez de terminar a vossa vida por uma doença, numa cama, ou por uma ferida na guerra, ou por algum outro acidente, aos quais os ho­mens estão sujeitos, vos julga digno de entregar-lhe a alma no meio de orações e sacrifícios, de modo a ficar para sempre unida a Ele? Consolareis assim a minha velhice, dando-me a assistência de Deus em lugar da que eu devia rece­ber de vós, depois de vos ter educado com tanta diligência".Isaque, filho digno de tão admirável pai, escutou essas palavras não somente sem se admirar, mas até com alegria, e respondeu-lhe que ele teria sido indigno de nascer se se recusasse a obedecer à vontade de seu pai, principalmente quan­do ela estava de acordo com a de Deus. Assim dizendo, colocou-se ele mesmo sobre o altar, para ser imolado. É lógico, à luz da Palavra de Deus, que os pais não devem exigir dos filhos o que não é condizente com os princípios bíblicos .Se um pai descrente exige que seu filho, adolescente ou jovem, o acompanhe para a bebedeira ou para a prostituição, é de todo coerente que ofilho não aceite tal proposta, visto que fere a “lei maior”, que é a Palavra de Deus. Mas, “em tudo” o que for lícito, honesto, conveniente e que não atente contra a moral cristã, os filhos devem obedecer a seus pais. Aos efésios, Paulo tem um ensinamento equivalente, que corrobora a exortação dada aos colossenses. Diz o apóstolo: “Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo. Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa, para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra” (Efésios 6.1-3). A obediência dos filhos aos pais é mandamento com promessa de vida abençoada (“te vá bem”) e de longevidade.


“...porque isto é agradável ao Senhor. ”

Obedecer e honrar pai e mãe é mandamento cristão. A obediência é uma atitude de justiça dos filhos para com os pais e para com Deus. É agradável. Ao contrário, a desobediência desonra e é desagradável. A honra dos filhos aos pais é garantia de futuro feliz; é mandamento, com promessa de felicidade — “te vá bem” — e muitos anos de vida. Há muitos que morrem cedo ou vivem infelizes, pois Deus cobra deles pela desobediência à sua Palavra. Essa cobrança pode vir depois, no casamento, na velhice. Em Eclesiastes 12.1, adverte a Palavra de Deus: “Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais venhas a dizer: Não tenho neles contentamento”. Os jovens crentes precisam estar atentos ao que está acontecendo no mundo de hoje, quando muitos estão sendo vítimas da desobediência a seus pais; afinal, como nos diz a Palavra de Deus, é melhor obedecer do que sacrificar. A obediência filial dos filhos é, portanto, parte integrante da resposta que os crentes de todas as idades e posições fazem à vontade de Deus, que é “boa, agradável e perfeita” (Romanos 12.2).

 

DEIVY FERRREIRA PANIAGO JUNIOR
22/04/2023

FONTES: 

CABRAL, Elienai. Relacionamentos em Família – Superando desafios e problemas com exemplos da Palavra de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

RENOVATO, Elinaldo. Colossenses - A Perseverança da Igreja na Palavra Nestes Dias Difíceis e Trabalhosos. Rio de Janeiro: CPAD.

MARTIN, Ralph P. Colossenses e Filemon – Introdução e Comentário. São Paulo: Mundo Cristão, 1984.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201312_03.pdf

JOSEFO, Flavio. História dosHebreus - De Abraão à queda de Jerusalém.Rio de Janeiro: CPAD, 2004.

Colossenses 3.9

Colossenses 3.9 “Não mintais uns aos outros, pois que já vos despistes do velho homem com os seus feitos. “ 


“Não mintais uns aos outros, “

Quando o apóstolo afirmou que seus leitores não deveriam mentir uns aos outros, ele estava se dirigindo à comunidade de cristãos. Ao fazer isto, ele não estava insinuando que é aceitável os cristãos mentirem a outros se não forem cristãos. “Por isso, deixando a mentira, fale cada um a verdade com o seu próximo” (Efésios 4:25a). Não podemos nos esquecer que quem mente identifica-se com o pai da mentira: (João 8:44) “Quando ele profere a mentira fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira”. Eis aí um motivo muito sério para você não mentir. Ou seja. Se você faz uso da mentira, você está se tornando filho do diabo, porque se ele é o pai da mentira". O castigo que Deus reservou aos mentirosos revela como a mentira é séria aos Seus olhos. “Quanto, porém... a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte” (Apocalipse 21:8). “Ficaram de foram todo aquele que ama e prática a mentira” (Apocalipse 22:15). Mentir é proibido no Decálogo (Êxodo 20:16; Deuteronômio 5:20).


“...pois que já vos despistes do velho homem com os seus feitos. “

Com o novo nascimento o velho homem foi removido, e a nova pessoa assumiu o controle. As características que Paulo citou ao descrever as vidas corruptas dos colossenses no passado deveriam ser eliminadas. Eles levavam a vida assim porque eram “inimigos do entendimento” (1:21), eram homens naturais, mas em Cristo se despiram desse “velho homem”. Os erros e práticas do passado já não existiam; “o velho homem” foi despido e substituído pelo “novo homem”. Paulo expressou a mesma ideia em Romanos: “foi crucificado com Ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído” (Romanos 6:6). Paulo usou “homem” referindo ao ser individual, e não à parte física de uma pessoa. Quando um indivíduo se converte a Cristo, o velho eu, que sucumbira ao pecado e cuja vida era corrompida pelo mal, precisa ser removido. Uma nova pessoa com uma personalidade correta e santa deve substituir o velho eu. Paulo também usou a ideia de despir-se ou despojar-se do passado e revestir-se de uma nova vida em outras passagens. Ele mencionou estar crucificado para o mundo: “Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo” (Gálatas 6:14) e para a carne, com as suas paixões e concupiscências: “E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências” (Gálatas 5:24). Ele escreveu sobre renovar o homem interior (2 Coríntios 4:16; Efésios 3:16). Numa linha semelhante, Pedro escreveu que as mulheres cristãs devem adornar o homem interior do coração: “Mas o homem encoberto no coração; no incorruptível traje de um espírito manso e quieto, que é precioso diante de Deus” (1 Pedro 3:4). O novo eu interior deve despojar-se das antigas vestes para se vestir com um novo guarda-roupa.

 

DEIVY FERRREIRA PANIAGO JUNIOR
30/5/2023

FONTES:

CABRAL, Elienai. Relacionamentos em Família – Superando desafios e problemas com exemplos da Palavra de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201312_01.pdf

Filipenses 4.19

Filipenses 4.19 “O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus. ”


O versículo 19 é uma das grandiosas promessas da Bíblia. Dwight Pentecost chamou esse versículo de “uma rocha que calça os pés dos filhos de Deus por todos o tempos”.


“O meu Deus, segundo as suas riquezas,”

Paulo raramente usava essa expressão “o meu Deus”, que consiste num toque pessoal e numa expressão de confiança individual, mas se permite aos filipenses, pois eles o haviam reanimado.

Deus é infinito na riqueza da Sua glória. Tiago, escrevendo as doze tribos dispersas diz: “Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação” (Tiago 1:17).

Um homem que possui fundos limitados descobrirá que esses fundos se esgotam, à medida que ele doa para causas diferentes; mas se ele [tiver] fundos ilimitados, ele [poderá] dar sem limite, e não haverá diminuição de seus recursos.

Visto que Deus é infinito em glória, Ele pode dar para uma série ilimitada de necessidades e ainda ter de sobra recursos infinitos. Assim sendo, Deus é “poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós” (Efésios 3:20).


 “... suprirá todas as vossas necessidades "

Os filipenses haviam cuidado das necessidades de Paulo. Agora o apóstolo desejava que eles soubessem que Deus cuidaria de suas necessidades. Uma vez que os filipenses haviam sido generosos em suas doações para Paulo, Deus seria generoso em Seu cuidado com eles. A lição para nós é que, se tivermos o hábito de dar abnegadamente como os filipenses, Deus suprirá as nossas necessidades. “A mão que é fechada para dar, assim permanece para receber.

Deus há de suprir cada uma de vossas necessidades, ou seja, todas. Isto significa que Deus nos dará toda e qualquer coisa que quisermos? Não. Alguém disse que Ele suprirá as nossas “carências”, e não as nossas “querências”. O Senhor supre aquilo que realmente precisamos, aquilo que é bom para nós. Earl Palmer escreveu: “Nossas necessidades são definidas pelo que Deus quer que nos tornemos, e não pelo que queremos ser ou fazer”.

Temos muitos desejos, mas relativamente poucas necessidades básicas. Os psicólogos e conselheiros expressam as necessidades básicas dos seres humanos de várias maneiras, mas a lista abaixo serve para o nosso propósito:

·         Necessidades físicas (necessidade de comida, roupa, abrigo e outras essenciais à vida)—Deus prometeu suprir nossas necessidades da vida, se fizermos a Sua vontade (Mateus 6:33) “Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.”

 ·         Segurança física (segurança de que as necessidades físicas serão supridas no futuro)—Deus prometeu cuidar de nós no futuro. (Mateus 6:34) “Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal.

 ·         Segurança emocional (necessidade de sentir-se aceito)—Deus estendeu a nós o Seu amor incondicional. (Romanos 5:8) “Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.”

 ·         Um propósito na vida (necessidade de sentir-se requisitado)— ser cristão nos dá uma razão para viver (Efésios 2:10) “Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.

 ·         A oportunidade de desenvolver o potencial (a necessidade de crescer)—em Cristo nos tornamos maduros (Efésios 4:15) “Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo.”


"... em glória, por Cristo Jesus. ”

 Quando diz ”em glória”, subentende-se que Deus haveria de suprir as necessidades dos filipenses de maneira gloriosa. A palavra “suprir” significa “fazer transbordar”. Os filipenses deveriam continuar a ajudar a obra de Deus com desprendimento. As igrejas que investem na obra missionária são abundantemente abençoadas.


DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
16/11/2023

FONTES:

GABY, Wagner. Até os confins da terra – Pregando o evangelho a todos os povos até a volta de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201102_03.pdf

CABRAL, Elienai. Filipenses - A humildade de Cristo como exemplo para a Igreja. Rio de Janeiro: CPAD, 2013.

PALMER, Earl F. Integrity in a World of Pretense: Insights from the Book of Philippians. Downers Grove, Ill.: InterVarsity Press, 1992.

PENTECOST,  J. Dwight. The Joy of Living: A Study of Philippians. Grand Rapids, Mich.: Zondervan Publishing House, 1973.

Filipenses 4.15

Filipenses 4.15 "E bem sabeis também, ó filipenses, que, no princípio do evangelho, quando parti da macedônia, nenhuma igreja comunicou comigo com respeito a dar e a receber, senão vós somente;"


“E bem sabeis também, ó filipenses, que, no princípio do evangelho, quando parti da macedônia,”

Também” implica que Paulo estava ciente da generosidade dos filipenses e que eles sabiam que ele estava ciente disso. A expressão “no início do evangelho” pode se referir à pregação do início do evangelho para os filipenses. A NVI diz “nos seus primeiros dias do evangelho”. Todavia, essas palavras provavelmente se referem apenas a uma nova fase da obra de Paulo que teve seu início em Filipos: “Dou graças ao meu Deus todas as vezes que me lembro de vós, Fazendo sempre com alegria oração por vós em todas as minhas súplicas, Pela vossa cooperação no evangelho desde o primeiro dia até agora” (Filipenses 1:3-5)

Paulo mencionou sair da Macedônia, isso esta descrito em (Atos 17:15) “E os que acompanhavam Paulo o levaram até Atenas, e, recebendo ordem para que Silas e Timóteo fossem ter com ele o mais depressa possível, partiram”. Filipos ficava na Macedônia (Atos 16:12), norte do que hoje é a Grécia. Depois que o apóstolo saiu daquela região, ele foi para a Acaia, o sul do que hoje é a Grécia. Ali, ele pregou em Atenas e Corinto (Atos 17:15—18:11).

Paulo recebeu a ajuda deles até mesmo antes dele sair da província. De Filipos, ele havia viajado uns cento e cinqüenta quilômetros a oeste pela estrada romana, a Via Egnácia, até Tessalônica (Atos 16:39—17:1). Ali ele pregou e ensinou por um tempo. Nesse período, ele exerceu seu ofício de fazer tendas (veja 1 Tessalonicenses 2:9; 2 Tessalonicenses 3:8), mas também recebeu assistência de Filipos. “Porque até para Tessalônica”, escreveu ele, “mandastes não somente uma vez, mas duas, o bastante para as minhas necessidades” (Filipenses 4:16).

A igreja em Filipos era pequena e jovem na fé. Segundo a história bíblica e secular, os cidadãos dessa região enfrentavam uma crise financeira (veja 2 Coríntios 8:1–4). Tessalônica era uma cidade maior e mais rica. Todavia, os cristãos de Filipos enviaram ajuda a Paulo enquanto ele esteve lá.


“...nenhuma igreja comunicou comigo com respeito a dar e a receber, senão vós somente;”

Concluímos com base em 2 Coríntios 11:8 e 9: “Outras igrejas despojei eu para vos servir, recebendo delas salário; e quando estava presente convosco, e tinha necessidade, a ninguém fui pesado. Porque os irmãos que vieram da macedônia supriram a minha necessidade; e em tudo me guardei de vos ser pesado, e ainda me guardarei” (2 Coríntios 11:8,9 ), que os cristãos de Filipos enviaram sustento para Paulo enquanto ele estava em Corinto. Todavia, quando Paulo escreveu sobre a ajuda recebida em Corinto, ele usou o plural “igrejas”. O que, então, ele quis dizer em Filipenses 4:15 quando mencionou “nenhuma igreja se associou comigo... senão unicamente vós outros”?

Talvez Paulo estivesse reforçando que a igreja de Filipos era a única congregação que o ajudou de maneira coerente—a única “sócia” constante em seus empreendimentos missionários. Qualquer que seja o significado exato das palavras “unicamente vós outros”, Paulo estava ressaltando o serviço único prestado pelos cristãos filipenses.

Nunca é cedo demais para uma congregação começar a participar da obra missionária. Às vezes alguns membros raciocinam: “Assim que estivermos firmemente estabelecidos nesta região, vamos mandar contribuições para ajudar a causa do Senhor em outros locais”. Uma congregação pode pensar: “Assim que tivermos um prédio” ou “assim que suprirmos nossas próprias necessidades”—“pensaremos nos perdidos de outros locais”. A igreja em Filipos não raciocinava assim. Embora fosse pequena e pobre, a jovem congregação começou imediatamente a ajudar Paulo o máximo que podia—e continuou dando esse apoio por uma década.

Os filipenses não basearam seus atos no que os outros estavam fazendo (ou não estavam fazendo). Eles amavam Paulo e estavam decididos a ajudá-lo—mesmo que ninguém mais fizesse isso. Deve ter sido muito gratificante para esses irmãos lerem: “Recebi tudo e tenho abundância; estou suprido, desde que Epafrodito me passou às mãos o que me veio de vossa parte” (v. 18a).

Além da ajuda financeira, parece que mandaram roupas e outros artigos. Por causa daquilo que mandaram, Paulo disse com efeito: “Tenho o suficiente para as minhas necessidades atuais—e mais. Tenho até sobras para suprir minhas necessidades futuras”. Saber que você ajudou outros é uma das bênçãos de dar generosamente.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
16/11/2023

FONTES:

GABY, Wagner. Até os confins da terra – Pregando o evangelho a todos os povos até a volta de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201102_03.pdf

Filipenses 2.14

Filipenses 2.14 “ Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas. ” 


“ Fazei todas as coisas "

Quando recebemos uma responsabilidade, a maioria de nós gosta de ter uma descrição do trabalho a ser desempenhado. Queremos saber exatamente o que esperam que façamos e como devemos fazê-lo. Muitas passagens no Novo Testamento poderiam ser citadas como parte da “descrição do trabalho” de um cristão. Alguns versículos dizem respeito ao que devemos fazer. Eles revelam requisitos gerais para cada cristão—como ajudar os outros e adorar a Deus. Também somos desafiados a usar nossos talentos e oportunidades— a encontrar formas pessoais de servir o Senhor. Outras seções se concentram em como devemos cumprir nossas responsabilidades. Filipenses 2:12–18 é uma dessas passagens.

Qualquer que seja a tarefa a ser feita, existe uma maneira de fazê-la de acordo com o que Deus quer. Paulo nos diz “como” na inspirada “descrição de trabalho” que ele registrou.

a) Trabalhe com Reverência! (2:12c) “Com temor e tremor”
b) Trabalhe Confiantemente! (2:13) “porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade”
c) Trabalhe de Boa Vontade! (2:14) “Fazei tudo sem murmurações nem contendas”
d) Trabalhe Sem Ofender os Outros! (2:15) “para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta...”
e) Trabalhe Continuamente! (2:16) “preservando a palavra da vida”
f) Trabalhe com Alegria! (2:17, 18) “alegrai-vos e congratulai-vos comigo”.

Sobre Trabalhar de Boa Vontade:


"... sem murmurações"

“Murmurações”Na língua grega aparecem os termos “gongysmos ougongystes”, que dão a ideia daquele que rosna, ou seja, significa o ato de rosnar, como o cachorro que rosna. Na verdade, “murmurar” sempre esteve presente com pessoas invejosas e rebeldes (João 7.12; At 6.1; 1 Pedro 4.9). A murmuração feita pelos israelitas que atravessaram o deserto, sob a liderança de Moisés, e passaram a reclamar e murmurar contra ele, dizendo que jamais deveriam ter saído do Egito (Números 11.1-6; 14.1-4; 20.2; 21.4,5) deixando Moisés muito constrangido. Moisés os chamou de “geração perversa e rebelde” (Deuteronômio 32.5,20. Paulo usou o exemplo dos israelitas para fazer a seguinte admoestação em 1 Coríntios 10:10: “Nem murmureis, como alguns deles murmuraram e foram destruídos pelo exterminador”.


"... nem contendas. ” 

“Contendas” São aquelas briguinhas e disputas que criam desarmonia. Na língua grega do Novo Testamento, a palavra contendas é “dialogismos”,que combina a preposição “dia” com a palavra para “raciocínio” (logismos) e descreve as disputas e debates inúteis que têm como objetivo criar dúvidas e separações, mas o significado predominante no Novo Testamento é “maus pensamentos”. É o mesmo que dissensões e litígios que muitos cristãos hoje em dia promovem, levando seus irmãos aos tribunais para resolver essas situações (1 Coríntios 6.1-11).

Quando lemos as palavras “murmurações” e “contendas”, podemos nos lembrar do comportamento de uma criança, cujo pai ou uma mãe lhe dá uma ordem e ela reclama e às vezes até discute com eles. Paulo quer que sejamos mais maduros do que isso ao obedecermos às instruções do nosso Pai celestial. A admoestação para fazer tudo “sem murmurações nem contendas” tem implicação geral; mas, no contexto, refere-se especialmente aos trabalhos que realizamos para o Senhor. Alguns irmãos ativos na causa do Senhor estragam seus esforços por reclamarem e murmurarem constantemente. Como Deus vê nossas murmurações enquanto trabalhamos para Ele? Imagine que você ganhou um presente—algo especial, que você sempre quis ter. Todavia, ao lhe dar o presente, a pessoa começa a reclamar do preço ou insinuar que preferia não ter dado nada. Como você se sentiria? Provavelmente, mandaria a pessoa ficar com ele! Tente, então, imaginar como o Senhor Se sente quando reclamamos e murmuramos enquanto executamos as instruções que recebemos dEle. Devemos trabalhar de boa vontade.

 

DEIVY FERRREIRA PANIAGO JUNIOR
16/04/2023

FONTES:

CABRAL, Elienai. Relacionamentos em Família – Superando desafios e problemas com exemplos da Palavra de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

CABRAL, Elienai. Filipenses - A humildade de Cristo como exemplo para a Igreja. Rio de Janeiro: CPAD, 2013.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201012_09.pdf

Filipenses 2.4

Filipenses 2.4 “Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros.”


“Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros.”

No mundo de hoje, cada pessoa cuida e pensa primeiro de si mesma, e seu olhar está atento apenas aos próprios interesses. Os interesses dos outros estão fora de seu verdadeiro campo de visão. Por isso, tampouco existe no mundo verdadeira comunhão, mas somente o medo recíproco e a ciumenta autodefesa contra o outro. Na irmandade da Igreja de Jesus, isso pode e deve ser diferente.

É importante ressaltar que Paulo não exige que eu negligencie as minhas coisas e somente me engaje a favor dos outros. A Bíblia ensina que toda pessoa deve ter uma preocupação legítima consigo mesma: “Assim devem os maridos amar as suas próprias mulheres, como a seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo. Porque nunca ninguém odiou a sua própria carne; antes a alimenta e sustenta, como também o Senhor à igreja” (Efésios 5:28,29). O que Paulo espera que o nosso olhar de amor e preocupação também caia sobre as necessidades, dificuldades e aflições do nosso irmão.

O apóstolo Paulo procura inculcar na mente dos cristãos que o espírito egoísta contradiz o espírito cristão, cujo padrão de vida baseia-se no amor ao próximo. Antes de querer pensar apenas nas minhas coisas, nos meus interesses, devo pensar em ser útil às pessoas nos seus interesses: “Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas” (Mateus 7:12).

A convivência com os irmãos da mesma fé requer de cada cristão uma boa dose de humildade e desprendimento. O meu crescimento não pode prejudicar o crescimento dos demais. Os meus dons não são para o usufruto meu, mas devem ser úteis à comunidade. Os que buscam primazia no seio da igreja com atitudes egoístas se esquecem do princípio deixado por Jesus: “E qualquer que, dentre vós, quiser ser o primeiro será servo de todos”(Marcos 10.44).

Na ética cristã, aprendemos um princípio básico em relação às pessoas que é o de, primeiro, pensar nos outros no sentido de ajudar: “E consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras” (Hebreus 10:24)

O Espírito Santo ajuda o crente a evitar todo partidarismo, egoísmo e vanglória, produzindo no seu coração um sentimento de respeito e amor pelos demais irmãos da mesma fé:                O amor seja não fingido. Aborrecei o mal e apegai-vos ao bem. Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros.  Não sejais vagarosos no cuidado; sede fervorosos no espírito, servindo ao Senhor” (Romanos 12:9-11)

No aspecto familiar da igreja: Deus é nosso Pai e nós somos irmãos e irmãs. Em outras religiões os adeptos se tratam como “irmãos”; mas, pelo que se sabe, só no cristianismo os membros são orientados a amarem uns aos outros como irmãos. Como irmãos e irmãs em Cristo, eles deveriam se amar cordialmente uns aos outros; deveriam buscar o melhor uns para os outros. Jesus disse: “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros” (João 13:35). Não devemos nos preocupar em ser honrados; mas em honrar os outros.

O amor não se deixa levar pela “auto-estima”, mas pela “outro-estima”.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
26/11/2023

FONTES:

GABY, Wagner. Até os confins da terra – Pregando o evangelho a todos os povos até a volta de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2013.

CABRAL, ElienaI. Fllipenses - A humildade de Cristo como exemplo para a Igreja. – Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 1999.

LOPES, Hernandes dias. Filipenses: a alegria triunfante no meio das provas; Hernandes Dias Lopes. São Paulo: Hagnos, 2007.

DE BOOR, Werner. Carta aos Efésios, Filipenses e Colossenses, 2006.

Bruce , F. F. Filipenses, 1992.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201012_07.pdf

http://biblecourses.com/Portuguese/Po_lessons/Po_200904_05.pdf

Efésios 6.2

Efésios 6.2 "Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa;"


"Honra a teu pai e a tua mãe, " 

Honra no original quer dizer: "dar valor a, considerar digno, estimar, reverenciar". Os filhos devem ser ensinados a honrar os pais, porque assim a Bíblia ordena. Honrar pai e mãe é muito abrangente e envolve cuidar dos pais, principalmente na velhice: "Ouve a teu pai, que te gerou, e não desprezes a tua mãe, quando vier a envelhecer” (Proverbios 23.22) Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé, e é pior do que o infiel (1 Timóteo 5:8) .  Os judeus colocam o quinto mandamento como dever do homem para com Deus. Os mandamentos de caráter vertical, do compromisso do israelita com Deus, de amar a Deus acima de todas as coisas, de acordo com o ensino de Jesus, são teológicos e estão registrados na primeira tábua; os outros são de caráter horizontal, são preceitos éticos que constam da segunda tábua, resumidos no segundo mandamento de amar o próximo como a si mesmo. Esta é a interpretação judaica. Esta linha de pensamento mostra a relevância de honrar os pais, os quais são representantes de Deus. Honrar pai e mãe ocupa um lugar de elevada consideração na lei porque a autoridade deles foi delegada por Deus. Desobedecer a eles, portanto, é desobedecer a Deus, pois eles estão investidos de autoridade sobre a vida e receberam a responsabilidade do bem-estar dos filhos. "O que ferir a seu pai ou a sua mãe certamente morrerá... E quem amaldiçoar a seu pai ou a sua mãe certamente morrerá" (Êxodo 21.15, 17)


"..que é o primeiro mandamento com promessa; " 

Por que Deus faz promessas aos obedientes nesse mandamento? Porque a célula mater da sociedade é a família. O bom relacionamento entre pais e filhos dignificados com a honra, o amor e o respeito trará resultados positivos. A discussão do ensino apostólico é sobre o significado de "primeiro mandamento com promessa". A dificuldade reside no fato de a promessa de Deus conceder misericórdia a milhares de gerações dos que o amam constar do segundo mandamento (Exôdo 20.6; Dt 5.10). Há quem afirme que a frase "primeiro mandamento com promessa" tem o sentido de importância Mas a melhor interpretação é de que se trata do primeiro mandamento da segunda tábua (conforme a divisão dos Dez Mandamentos já explorada) Paulo faz a citação e reafirma o texto que está em Êxodo 12.20. A promessa tem um sentido presente e futuro. A obediência desse mandamento para os filhos lhes trará bênçãos materiais e espirituais. O crente deseja o Céu antes de tudo, mas a promessa é também "sobre a terra".

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
07/04/2023

FONTES

CABRAL, Elienai. Comentário Bíblico: Efésios 3ª Ed. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 1999.

SILVA, Esequias Soares da. Os dez mandamentos: valores divinos para uma sociedade em constante mudança. Rio de Janeiro: CPAD, 2014.

Efésios 6.1

Efésios 6.1 "Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo. "


"Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor..." 

A obediência é um princípio que deve ser ensinado aos filhos. Esse princípio deve nortear suas vidas para que sejam felizes. A natureza humana é rebelde, independentemente da idade. Se um filho não for contido e levado à obediência poderá correr o risco de perder-se em rebeldia. A obediência deve ser ensinada com firmeza e com amor. A desobediência desonra os pais, visto que é a obediência o alicerce da felicidade de um lar. A obediência deve ser racional, passível e cheia de amor. Há muitos pais que exigem obediência dos filhos, mas um tipo de obediência cega e irracional. Pais são autoridades constituidas sobre nós, devemos por isso obedece-los. Todas as pessoas vivem sob e sobre autoridade; ninguém escapa dessa responsabilidade. Jesus disse: "Porque eu desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou" (Jo 6.38). A expressão "no Senhor" indica a razão do ensino. Por que obedecer "no Senhor"? Primeiro, porque é uma ordem dEle, não do apóstolo especificamente. A Bíblia deve ser nossa regra de fé e conduta; a ela devemos submissão.


"...porque isto é justo"  

Porque é justo? Paulo está falando a respeito de uma lei natural que existe desde o princípio do mundo. Deus já havia colocado a sua lei no coração de todos os homens, mesmo antes de se revelar a Moisés no Sinai: Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou (Romanos 1:19) (2.14, 15). Essa prática existe em todas as civilizações antes e depois de Moisés. Todos esses povos já reconheciam a importância de obedecer e respeitar aos pais como fundamento para uma sociedade estável. Sua inobservância sinaliza a decadência da estrutura social. Infelizmente, o que se vê na atualidade é inversão desses valores.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
07/04/2023

FONTES

CABRAL, Elienai. Comentário Bíblico: Efésios 3ª Ed. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 1999.

SILVA, Esequias Soares da. Os dez mandamentos: valores divinos para uma sociedade em constante mudança. Rio de Janeiro: CPAD, 2014.

Efésios 1.6

Efésios 1.6 “Para louvor da glória de sua graça, pela qual nos fez agradáveis a si no Amado, “


A passagem de Efésios 1.3-14 é “um salmo de louvor pela redenção e consumação das coisas criadas, cumpridas em Cristo peio Espírito segundo o propósito eterno de Deus”. A palavra "bendito" tem um sentido exclusivo e singular, porque restringe-se a Deus. Só Ele é digno de ser bendito. Porém, os homens tornam-se benditos quando recebem as bênçãos da parte desse Deus bendito.

O vocábulo indica que o crente pode usar palavras sobre Deus que evidenciem suas dádivas. O uso dessa expressão pelo apóstolo no início da carta surge como uma canção oferecida a Deus por suas grandes bênçãos. É uma forma de louvor.

Paulo estava cheio da graça divina ao escrever essa carta, por isso brotavam de seus lábios muito louvor e adoração. Por três vezes, nos versos 6, 12 e 14 do mesmo capítulo, o apóstolo ensina que a finalidade de todas as coisas que Deus realiza é para louvor de sua glória.


 “Para louvor da glória de sua graça, “ 

Esta expressão é semelhante ao que Paulo disse mais adiante nesta passagem (vv. 12, 14). As três ocorrências desta frase assinalam a parte que as três Pessoas da Deidade desempenham na nossa salvação, dando-nos bênçãos que já recebemos. A mais importante motivação do universo é a glória de Deus. O " Breve Catecismo de Westminster " expressa isto bem na resposta à sua primeira pergunta, "Qual é o principal objetivo do homem?" "O principal objetivo do homem é glorificar a Deus, e deleitar-se nEle eternamente".

Todavia aqui a ênfase está na graça de Deus. A graça de Deus inclui o Seu caráter bem como a Sua obra. "A graça é imerecida, sem jus e irrecompensável" (Chafer). É o favor auto dependente de Deus concedido aos homens pecadores, que apenas merecem a Sua ira. O eterno propósito de Deus suscita o louvor a Deus. O apóstolo escreve: “Porque dele e por Ele, e para Ele, são todas as coisas; glória, pois, a Ele eternamente. Amem” (Romanos 11:36; Colossenses 1:16).

Esse testemunho é mantido até o último livro das Escrituras. No livro do Apocalipse lemos: “Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder, porque todas as coisas tu criaste, sim, por causa da tua vontade vieram a existir e foram criadas” (Apocalipse 4:11).


“... pela qual nos fez agradáveis a si no Amado, “

Nesse versículo, a segurança de nossa aceitação como filhos de Deus está no Amado, que é Cristo. Ele é o Filho amado de Deus (Mateus 3.17; 17.5), e em Colossenses 1.13 temos uma expressão paralela que afirma ser Jesus "o Filho do seu amor". A graça de Deus se manifestou a nós por causa do seu amado Filho — Jesus!

Andrew T. Lincoln sugeriu como significado que Jesus é “o Filho amado por excelência”. Tudo que Deus fez pelos pecadores e por meio de Cristo não foi simplesmente ignorar o pecado. Embora Deus seja cheio de graça, misericórdia e amor, Ele também é um Deus de santidade e justiça. Portanto, o pecado precisa ser julgado e Ele fez isso na cruz. Todos que estão “em Cristo” encontram-se no lugar onde a santidade e a justiça de Deus podem ser saciadas enquanto Ele tem misericórdia dos pecadores (veja Romanos 3:23–26).

A graça “concedida” aos que estão em Cristo foi dada uma vez por todas no passado para os pecados, sendo uma oferta totalmente suficiente de Cristo pelo pecado (Hebreus 10:12). Paulo incluiu toda a Divindade no louvor por toda a obra da salvação do homem em 1:3–14. Suadoxologia concentrou-se em Deus Pai, no Filho e no Espírito Santo; pois os três tiveram parte no propósito de Deus!

Não podemos fazer a nós mesmos aceitáveis a Deus. Nossa justiça é como trapo de imundícia aos seus olhos. Mas ele, por sua graça, fez-nos aceitáveis em Cristo. “Cristo habita para sempre no amor infinito de Deus, e como estamos em Cristo, o amor de Deus para com Cristo está em nós de uma maneira maravilhosa. ” Quando o filho pródigo chegou em casa com as vestes rasgadas e sujas da lama do chiqueiro, seu pai o abraçou e o beijou e lhe deu nova roupagem! Ele se tornou aceitável ao pai. É como se alguém tomasse um leproso e o transformasse num jovem radiante.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
21/9/2023

FONTES:

BAPTISTA, Douglas. A igreja de Cristo e o império do mal – Como viver neste mundo dominado pelo espírito da Babilônia. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

Cabral, Elienai. Comentário Bíblico: Efésios, 3a Ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1999.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201304_04.pdf

FOULKES, Francis. Efésios: introdução e comentário. Tradução: Márcio Loureiro Redondo. 3 ed. São Paulo: Vida Nova/Mundo Cristão, 1984. (Série Cultura Bíblica, n.10).

PFEIFFER, Charles F. e HARRISON, Everett F. Comentário Bíblico Moody. São Paulo: IBR. 1995.

LOPES, Hernandes DiasEfésios: igreja, a noiva gloriosa de Cristo. São Paulo: Hagnos, 2009.

STOTT, John R. W. A mensagem de Efésios: a nova sociedade de Deus [tradução de Gordon Chown] - 6.a ed. - São Paulo: ABU Editora, 2001.

Gálatas 5.16

Gálatas 5.16 "Digo, porém: Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne."


"Digo, porém"

Continua as ideias já iniciadas no capítulo desenvolvendo-as em um novo sentido, explicando-as e, sobretudo, sobrepujando-as.


"Andai em Espírito,”.

Ou viver no espírito. O tempo verbal (presente) indica uma ação habitual, no sentido geral de “conduta de uma pessoa, ou seja, da realização de sua vida, é um termo que quase só Paulo e João utilizam”. Viver pelo Espírito é ser guiado no Espírito ou deixar-se guiar pelo Espírito. Espírito é o que possibilita ao homem tal comportamento ou sua causa. Assim, a expressão representa o fundamento e modo do comportamento. Precisamente este proceder tem a consequência e a promessa de que, se assim fizerem, não irão satisfazer as obras da carne.


“... e não cumprireis a concupiscência da carne."

A palavra grega traduzida aqui por  concupiscência, significa desejos por algo, a intenção etc. A palavra carne a determina como uma concupiscência egoísta. Pois a carne deseja o que é contrário ao Espírito. Entretanto, de onde Paulo tira sua confiança de que uma vida dirigida pelo Espírito se torna impossível o ceder às paixões da carne? No fato de que o Espírito e a carne, que tem em suas mãos respectivamente a direção de nossa vida, perseguem tendências opostas e que se excluem mutuamente. Assim, o Espírito tem todo o poder de destruir a carne.

No nosso contexto se fala da carne com estranha neutralidade e objetividade como se ela fosse um poder personificado. Paulo fala da carne, e pensa em nossa carne; nosso corpo humano, tal e como existimos; “segundo a qual” caminhamos. Pensa-se na carne, portanto, que é a medida e a norma do nosso agir e pensar. Esse poder carnal tem seus próprios desejos, com os quais tenta desviar a pessoa de sua conduta normal, que deve ser vivida segundo o Espírito (cf. Rm 8.3,6-8; 9.8; G1 5.13,19). Esse poder da carne está em constante luta contra outro, que é o Espírito.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
13/03/2023

Fontes:

SOARES, Germano. Gálatas - Comentário. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.

2 Coríntios 4.7

2 Coríntios 4.7 “Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. “


“Temos, porém, este tesouro em vasos de barro,”

No mundo de Paulo, uma incrível variedade de objetos eram feitos de barro cozido: telhas, vasos de cozinha, panelas, lâmpadas, formas, jarros e vasos decorativos. Cerca de oito séculos antes da época de Paulo, Corinto liderava a lista das principais cidades gregas que comercializavam cerâmica de barro por toda a bacia do Mediterrâneo.

Sítios arqueológicos no Oriente Próximo estão repletos de fragmentos de cerâmica grega. Milhares de potes de barro decorados com temas mitológicos sobreviveram em tumbas antigas e em outros lugares, sendo, atualmente, exibidos em museus.

A argila era abundante e a fabricação de vasos era barata. A mesma porção de argila, dependendo de como fosse moldada, poderia tornar-se um vaso de grande valor ou um objeto de pouco valor: “Ora, numa grande casa não somente há vasos de ouro e de prata, mas também de pau e de barro; uns para honra, outros, porém, para desonra” (2 Timóteo 2:20).

Paulo descreveu o corpo humano como um vaso de barro ou argila, comum e dispensável, vulnerável e corruptível. Todavia dentro de nós possuímos um tesouro! Qual o tesouro que temos? O evangelho de Jesus Cristo que resplandeceu em nossos corações “para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo” (2 Coríntios 4:6).

A mensagem do evangelho era como um lote de joias depositado dentro de um pote comum. Se o apóstolo morresse antes da volta do Senhor, a mensagem da redenção em Cristo sobreviveria nos ensinamentos transmitidos por outros.

Paulo diz isso, porque “o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que não lhes resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus” (2 Coríntios 4:4). Temos que nós alegrar com isso afinal: “Porque a vós é dado conhecer os mistérios do Reino dos céus” (Mateus 13:11)


“... para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós.” 

Paulo reconhece que o valor e a grandeza do tesouro estavam na mensagem, não nele mesmo nem em nenhum homem que proclamasse o evangelho.: “Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim se não anunciar o evangelho!” (1 Coríntios 9:16).

Deus não muda nosso corpo agora, mas escolheu nos deixar em fraqueza humana de forma que seja óbvio a todos que a grandeza do seu poder, manifestada por meio dos seus servos, é “de Deus e não de nós”. Paulo foi usado por Deus para realizar muitos milagres, contudo ele permaneceu fisicamente, fraco e sem impressão.

Quando Paulo que era usado para curar os irmãos pediu que Deus o curasse, ele ouviu: “E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo” (2 Coríntios 12:9).

Que venhamos nos alegra no Senhor que é a nossa força. Repita como Joel: “diga o fraco: Eu sou forte” (Joel 3:10). Com Cristo em nós somos a maioria!


DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR

15/7/2023

FONTES:

BAPTISTA, Douglas. A igreja de Cristo e o império do mal – Como viver neste mundo dominado pelo espírito da Babilônia. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_202107_02.pdf

HORTON, Stanley. I e II Coríntios – os problemas da igreja e suas soluções. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.

2 Coríntios 1.10

2 Coríntios 1.10 “O qual nos livrou de tão grande morte e livrará; em quem esperamos que também nos livrará ainda, ” 


 “...o qual nos livrou de tão grande morte e livrará; "

Paulo expressou gratidão a Deus quando diz, “o qual nos livrou e livrará de tão grande morte”. Ele estava confiante de que Deus, em quem tinham esperado ainda continuaria a livrá-los dos perigos. Ele declarou que depositara constantemente a sua esperança de livramento em Deus. De sua parte, Paulo faria o que Deus o havia comissionado para fazer. E o fez quando advertido a não ir a Jerusalém, mais tarde na casa de Filipe o evangelista: ”Que fazeis vós, chorando e magoando-me o coração? Porque eu estou pronto não só a ser ligado, mas ainda a morrer em Jerusalém pelo nome do Senhor Jesus” (Atos 21:13)


"... em quem esperamos que também nos livrará ainda, ” 

Em surgindo perigo, ele confiaria no livramento de Deus. A força que Paulo encontrou é notável. Ele acabara de passar por uma provação que poderia ter lhe custado a vida. A esperança no Deus que o libertou no passado era o que o sustinha. Atos conta o restante da história: esse fiel missionário continuaria a enfrentar perigos, prisões e ameaças de morte nos próximos anos. Em face à incerteza que se apoderou dele, o apóstolo declarou que sua esperança estava em Deus.

Muito antes do seu tempo, os salmistas traduziram em palavras os clamores desesperados dos sofredores. Ao exemplo de muitos que o antecederam e muitos que o sucederiam, Paulo pôde encontrar conforto em palavras como estas: “No meu leito, quando de Ti me recordo e em Ti medito, durante a vigília da noite. Porque Tu me tens sido auxílio; à sombra das Tuas asas, eu canto jubiloso” (Salmos 63:6, 7).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
22/8/2023

FONTES:

BAPTISTA, Douglas. A igreja de Cristo e o império do mal – Como viver neste mundo dominado pelo espírito da Babilônia. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_202106_02.pdf

HORTON, Stanley. I e II Coríntios – os problemas da Igreja e suas soluções. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.

2 Coríntios 1:9

2 Coríntios 1:9 “Mas já em nós mesmos tínhamos a sentença de morte, para que não confiássemos em nós, mas em Deus, que ressuscita os mortos,  ” 


Paulo começou 2 Coríntios falando sobre como a tribulação passou a fazer parte da vida dos que aceitaram o amor de Deus na Pessoa do Seu Filho Jesus, porém deixa claro que Deus não deixa nenhum de nós sozinhos: “Não vos deixarei órfãos” (João 14:18).

Ele permaneceu ao lado deles quando se depararam com oposição. Tendo Cristo ao seu lado em tempos de tribulação, Paulo experimentou a consolação que só Deus pode dar. Em 1:3, Paulo escreveu sobre o Deus de Israel, que é o “Pai de misericórdias” e “Deus de toda consolação”; mas não cita nenhum exemplo dessas misericórdias em até o versículo 7.

Simplesmente disse a seus leitores: “Deus nos consolou em nossa tribulação” e “o conforto foi abundante em Cristo”. Depois de lançar o alicerce, guiado pelo Espírito, Paulo decidiu que estava na hora de se explicar mais detalhadamente.

Agora, ele estava pronto para narrar abertamente as provações que sofrera na Ásia. E ele queria que sentissem o que ele sentiu quando se viu confrontado pela fúria da multidão a clamar em uníssono: “Grande é a Diana dos efésios” (Atos 19:28).


“Mas já em nós mesmos tínhamos a sentença de morte, "

Esse evento é narrado por Lucas. Que em Atos 19.1 a 20.1 fala do seu ministério apóstolo na cidade de Éfeso na sua terceira viagem missionária: “Depois de três meses, alguns membros da sinagoga obstinadamente recusaram-se a crer e publicamente falaram mal do Caminho” (Atos 19-9). Estes incrédulos provavelmente devem ter persistido em manter Paulo sob aflição.

Ele havia escrito 1 Coríntios de Éfeso. A respeito de seu trabalho apostólico na Ásia e em outros lugares, ele escreveu: “E por que também nós nos expomos a perigos a toda hora? ”, e acrescentou: “Dia após dia, morro! ” (1 Coríntios 15:30, 31). O apóstolo disse que “em Éfeso”, o centro administrativo romano da província da Ásia, ele lutou “com feras” (15:32). Ainda que estivesse usando uma metáfora, os perigos que Paulo enfrentou nessa cidade devem ter sido fora da anormalidade.

Depois de dois anos de debates diários na escola de certo Tirano e de muitos milagres extraordinários, os artesãos (Fabricantes de ídolos), liderados por um ourives de prata chamado Demétrio incitaram um motim, porque a venda das imagens de prata da deusa Ártemis (Diana em grego) estava caindo. Entretanto, a vida de Paulo não foi ameaçada nesta ocasião.

Alguns creem que houve outras ameaças e tribulações que o livro de Atos não nos conta. Talvez Paulo tenha sido até encarcerado mais uma vez. Pode ser que o apóstolo tenha até presenciado amigos serem espancados ou mortos. As experiências de Paulo na Ásia, sobretudo em Éfeso, parecem ter sido as mais traumáticas (Atos 19:23–41). Paulo não dá detalhes, mas está claro que ele estava em verdadeiro perigo, perigo tal que realmente se sentia como um prisioneiro sob a “sentença de morte”.

O que Paulo queria que os coríntios soubessem era que Deus permite que coisas aconteçam para levar-nos ao nosso extremo, até onde podemos suportá-las a fim de nos ensinar a confiar nEle que ressuscita os mortos não nos abandonará: “..., mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar” (1 Coríntios 10:13)


"... para que não confiássemos em nós, mas em Deus, que ressuscita os mortos; “

Mesmo sendo um apóstolo escolhido, sempre que a ocasião exigiu, Paulo teve de aprender a confiar em Deus. Assim como foi necessário a muitos outros cristãos, Paulo e seus companheiros aprenderam esta lição: que não confiemos em nós mesmos, e sim no Deus que ressuscita os mortos. Lembrar que Deus ressuscita até mortos, é afirmar sua onipotência em qualquer situação. Abraão quando foi sacrificar Isaque fez isso: “considerou que Deus era poderoso para até dentre os mortos o ressuscitar” (Hebreus 11:18)


DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
22/8/2023

FONTES:

BAPTISTA, Douglas. A igreja de Cristo e o império do mal – Como viver neste mundo dominado pelo espírito da Babilônia. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_202106_02.pdf

HORTON, Stanley. I e II Coríntios – os problemas da Igreja e suas soluções. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.

Efésios 6.20

Efésios 6.20 “Pelo qual sou embaixador em cadeias; para que possa falar dele livremente, como me convém falar. “


“Pelo qual sou embaixador em cadeias; "

Anteriormente na carta Paulo se designara tanto “prisioneiro... por amor de vós, gentios” quanto “prisioneiro no Senhor” (3:1; 4:1). Consequentemente, ele está dizendo que o evangelho, o Senhor e os gentios são três razões para a sua prisão. Era, então um prisioneiro por causa desses três fatores.

Mas mesmo nessa condição Paulo recebeu graça para resistir. Paulo pensa em si mesmo como sendo o embaixador de Jesus Cristo, devidamente acreditado para representar o seu Senhor na corte imperial em Roma! O embaixador é aquele que representa os interesses de um governo e os do seu dirigente máximo.

Nas ocasiões festivas, os embaixadores usavam correntes a fim de revelarem riqueza, poder e dignidade do governo que representavam. E Paulo, servindo a Cristo crucificado, consideraria as cadeias dolorosas de ferro que o prendiam como as insígnias mais apropriadas para a representação do seu Senhor!

Como poderia ter vergonha do seu falar no nome dele? Pelo contrário, orgulhava-se de ser o embaixador de Cristo, ainda que estivesse passando pela anomalia de ser “embaixador em cadeias”.


"... para que possa falar dele livremente, como me convém falar. “

O que mais preocupava Paulo não era, no entanto, que os seus pulsos fossem libertos das cadeias, mas, sim, que a sua boca fosse aberta em testemunho. Não que ele fosse libertado, mas, sim, que o evangelho viesse a ser difundido livremente e sem impedimento. É por isto, pois, que ele orou, e que pediu que os efésios orassem também. Contra esta oração, os principados e as potestades não teriam qualquer poder.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
2/12/2023

FONTES:

GABY, Wagner. Até os confins da terra – Pregando o evangelho a todos os povos até a volta de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201308_12.pdf

Cabral, Elienai. Comentário Bíblico: Efésios - 3a Ed. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 1999

Stott, John R. W. A mensagem de Efésios: a nova sociedade de Deus [tradução de Gordon Chown] - 6.a ed. - São Paulo: ABU Editora, 2001.

 

Efésios 6:19

Efésios 6:19 “E por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra com confiança, para fazer notório o mistério do evangelho. “


Após instruir apresentar aos efésios a armadura de deus para que eles possam resistir as astutas ciladas do diabo. Paulo apresenta a última parte da estratégia divina para vencermos a guerra contra Satanás e participarmos do ataque contra o inimigo. Essa estratégia é a oração (v.18).

A palavra "orando" está no gerúndio, o que dá a ideia de continuidade da ação. Podemos concluir que a oração faz parte permanente de todo o equipamento de guerra exposto nos versículos precedentes (vv. 14-17).

Orar não é preparar-se para a batalha; orar é justamente onde a batalha começa! Depois de nos vestirmos para a luta, de sabermos quem é o adversário e de conhecer nossos aliados, estamos prontos para prosseguir ao ataque. O exército do Senhor marcha de joelhos no chão!

O diabo não quer que os cristãos orem. Ele não se importa com outras coisas que venhamos a fazer. Ele não se impressiona com a beleza de nossas vozes ao louvar a Deus nem com o poder da nossa pregação. O diabo zomba de nossos planos, mas ele tem medo das nossas orações.

Ele sabe que é aí que o cristão ganha ou perde a guerra. Jamais seremos mais fortes do que nossas orações. Nenhuma igreja jamais será mais poderosa do que a vida de oração de seus membros. Jesus advertiu: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação...” (Mateus 26:41).

A igreja precisa de uma coisa: mais guerreiros de oração! São soldados que clamam pela bênção de Deus, que clamam por Sua força e que clamam por recursos divinos contra o adversário. Paulo ensina a igreja a “orar por todos os santos


“E por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, 

Aqui Paulo solicita a intercessão em seu favor. A lição oferecida aqui é que nenhuma pessoa viva pode dispensar a ajuda intercessora dos santos a seu próprio favor. Paulo era exemplo em tudo quanto ensinava. Ele orava incessantemente por todos e carecia da mesma ajuda. Sua batalha era ferrenha contra as forças do mal, e ele sabia que sozinho não podia vencer. Ele precisava de força espiritual e sabia que as intercessões a seu favor muito o ajudariam. A intercessão sincera anula qualquer presunção diante de Deus e nos torna acessíveis às bênçãos que pedimos.


"... a palavra com confiança, para fazer notório o mistério do evangelho, ”

Paulo pede "para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra com confiança". Paulo não queria "abrir a boca" para falar de si mesmo ou para falar de vãs filosofias, como os gregos, senão de Jesus Cristo, o Salvador e Senhor. Ele precisava de coragem moral e espiritual para que, ao "abrir a boca", a palavra saísse com segurança e confiança.

Nessa batalha espiritual, a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus, precisava movimentar-se com firmeza, e Paulo deseja usá-la "com confiança" e ter golpes certeiros contra o pecado.

Segundo, pede "para fazer notório o mistério do evangelho" Esse mistério já foi revelado aos "santos", mas aos que estão em trevas lhes é desconhecido. Por isso, precisamos notificá-lo a todos os homens. E o mistério do poder transformador (Romanos 1.16) que o Evangelho realiza na vida dos pecadores. Para "fazer notório" esse mistério é preciso poder espiritual.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
2/12/2023

FONTES:

GABY, Wagner. Até os confins da terra – Pregando o evangelho a todos os povos até a volta de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201308_12.pdf

Cabral, Elienai. Comentário Bíblico: Efésios - 3a Ed. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 1999

Stott, John R. W. A mensagem de Efésios: a nova sociedade de Deus [tradução de Gordon Chown] - 6.a ed. - São Paulo: ABU Editora, 2001.

 

Efésios 6:12

Efésios 6:12 “Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais. ”


“Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, “

O conflito contra o reino das trevas “não é contra carne e sangue”. “Carne e sangue” significa “ seres humanos” na sua presente natureza humana mortal: “Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus” (Mateus 16:17). Não é contra a pessoa humana, mas contra o reino das trevas nas “regiões celestes”. Noutras palavras, nossa luta não é contra homens ou mulheres, mas contra inteligências cósmicas; nossos inimigos não são humanos, mas demoníacos.

Os leitores asiáticos de Paulo estavam bem familiarizados com este fato. Sem dúvida se lembravam — ou deviam ter ouvido contar o caso — do incidente dos exorcistas judeus em Éfeso (Filhos de Ceva) que foram suficientemente atrevidos para procurarem expulsar espíritos malignos em nome de Jesus sem eles mesmos conhecerem o Jesus cujo nome invocavam. Ao invés de conseguirem o que tentavam, foram dominados pelo endemoninhado e fugiram em pânico, desnudos e feridos: "E, saltando neles o homem que tinha o espírito maligno, e assenhoreando-se de todos, pôde mais do que eles; de tal maneira que, nus e feridos, fugiram daquela casa” (Atos 19:16)

Na continuidade do versículo em comento, Paulo identifica as forças do mal que marcham contra a Igreja.


“...mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais. ”

O apóstolo menciona a existência de quatro categorias entre as hostes de Satanás que atuam no propósito do reino das trevas dispostas em ordem de batalha contra os crentes, a saber: principados, potestades, príncipes do mundo destas trevas e hostes espirituais da iniquidade.

Esses seres são caracterizados por três aspectos: são poderosos; são malignos e são astutos.

O termo “principados” é a forma plural do grego arché, com a ideia de primazia de poder ou domínio, e o termo “potestades” é plural de exoussía, que denota liberdade para agir e autoridade para presidir. A expressão refere-se a governos ou autoridades tanto na esfera terrestre quanto na espiritual.

Príncipes destas trevas” significam literalmente “governantes do mundo” que, ao lado de Satanás, governam sobre a atual Ordem Mundial, organizada em rebelião contra Deus. Stott lembra que eles também são chamados de “os dominadores deste mundo tenebroso”, o que pode ser referência ao título de “príncipe deste mundo”, que Jesus atribuiu ao Diabo:“..., porque já o príncipe deste mundo está julgado” (João 16.11), bem como a declaração de João de que “todo o mundo está no maligno” (1 João 5.19).

Quanto às “hostes espirituais da maldade”, compreende-se as vastas hostes de demônios que servem aos propósitos iníquos de Satanás para a destruição geral: “O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância” (João 10:10)

Literalmente, essas forças espirituais do mal, habitam nas regiões celestes: “Em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência” (Efésios 2:2).

Apesar desse imenso império do mal, a Igreja é exortada a não temer. Em contraste com o poder do domínio sobrenatural hostil, Paulo enfatiza a superioridade do poder de Deus e a supremacia de Cristo (Ef 1.19-23; 4.8-10).

Ele demonstra que os fiéis têm acesso a esse poder em virtude de sua união com Cristo”. Doravante, somos incentivados a lutar e, sobretudo, vencer, pois o Senhor da Igreja está elevado ao nível “acima de todo principado, e poder, e potestade, e domínio” (1.21).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
26/11/2023

FONTES:

GABY, Wagner. Até os confins da terra – Pregando o evangelho a todos os povos até a volta de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

CABRAL, Elienai. Comentário Bíblico: Efésios. 3a Ed. – Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 1999.

BAPTISTA, Douglas. A igreja eleita – Redimida pelo sangue de Cristo e selada com o Espírito Santo da promessa. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.

PFEIFFER, Charles F. Comentário Bíblico Moody. Batista Regular, 2017.

STOTT, John. A mensagem de Efésios - A Nova Sociedade de Deus [tradução de Gordon Chown] - 6.a ed. - São Paulo: ABU Editora, 2001.

FOULKES, Francis. Efésios – Introdução e comentário. São Paulo: Edições Vida Nova, 2014.