sábado, 15 de março de 2025

Atos 15.6


Atos 15.6 "Congregaram-se, pois, os apóstolos e os anciãos para considerar este assunto."



"Congregaram-se, pois, os apóstolos e os anciãos" 

Os apóstolos foram escolhidos diretamente pelo Senhor Jesus. Nessa época eram considerados as colunas da Igreja. A sua unidade doutrinária era considerada o ensino ortodoxo. Tanto que Paulo escreveu aos Efésios que eles eram o fundamento da igreja (Efésios 2.20) 

Os anciãos também conhecidos como bispos ou presbíteros eram eleitos pelos apóstolos, que após evangelizarem uma região os estabeleciam a fim de zelar da nova igreja e conservar os ensinos que foram transmitidos diretamente pelos apóstolos presencialmente ou por epístolas. 

Paulo, mais tarde, formularia as qualificações dos “presbíteros” por escrito. Na sua maioria, incluiriam questões de integridade moral, mas principalmente a fidelidade ao ensino dos apóstolos e o dom de ensino também eram essenciais para essa eleição. 

Devido a uma questão em aberto foi marcado o chamado Concílio de Jerusalém. Neste Concílio foram ouvidos os apóstolos e anciãos presentes para resolver sobre um importante assunto. 


"... para considerar este assunto." 

O assunto a ser considerado pelos Apóstolos e anciãos era se os gentios deveria se circuncidar para se salvar. Esse ponto de vista estava sendo ensinado por alguns que haviam descido da Judeia (v.1). Esse ensino escandalizou Paulo e Barnabé. Que contenderam com estes. 

A questão não foi resolvida nessa ocasião, então resolveu-se que Paulo e Barnabé e algum desses judeus deveriam subir a Jerusalém e levar esse assunto para que a maioria dos Apóstolos e dos anciãos resolvessem de uma vez por todas. 

A fim de se cumprir a instrução do nosso Senhor que diz: “Também vos digo que, se dois de vós concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus” (Mateus 18.19). 



DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
17/3/2025

FONTES:

SOARES, Esequias. Em defesa da fé: Combatendo as antigas heresias, que se apresentam com nova aparência. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

1 Coríntios 16.2


1 Coríntios 16.2 "No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade, para que não se façam as coletas quando eu chegar."



"No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade,"

O que Paulo os dirigiu a fazer, requeria a separação regular de uma quantia, ou dinheiro. Em grego é literalmente: “Cada um de vós, sozinho, ponha de parte algo acumulando de acordo com os lucros”. “Sozinho” significa “em casa”.

Devemos notar que Paulo não estabelece o quanto eles deveriam dar. Diz a pena que deveriam dar conforme a sua prosperidade. Afinal já uma soma que pode não ser nada para o rico pode ser um grande sacrifício para um pobre. O coração do homem deve lhe dizer o quanto ele deve dar e a sua cabeça o quanto ele pode dar.

Que eles tenham de fazê-lo especificamente “no primeiro dia” da semana parece significativo. Outras menções do primeiro dia, como a reunião em Trôade (Atos 20.2-7), consideradas junto com a ressurreição de Jesus no primeiro dia da semana, sugerem que os cristãos faziam culto no domingo.
Há também evidência de que os cristãos judeus iam às sinagogas aos sábados para testemunhar e depois reuniam-se no primeiro dia da semana para fazer culto e estimarem uns aos outros. 

Entretanto, a questão de Paulo é que juntando semanalmente eles teriam mais a dar do que se fizessem somente uma coleta quando fosse a eles.


"... para que não se façam as coletas quando eu chegar."

Paulo deseja que a coleta seja feita antes da chegada dele. Incidentalmente emprega o termo indefinido "quando". Indicado que o tempo da sua visita é incerto. 

ssim como aconteceu em atos 6. O apóstolo Paulo entendeu que essa questão não precisava ser feita diretamente por ele: "Não é razoável que nós deixemos a palavra de Deus e sirvamos às mesas"(Atos 6.2). Sendo conhecedor disso deixou a responsabilidade individual. Fazendo assim adiantaria o tempo da sua visita e também da sua partida para supriar as necessidades dos santos emn Jerusalém. 


DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
21/3/2025

HORTON, Stanley. I e II Coríntios – os problemas da igreja e suas soluções. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.

BARCLAY, William. I y II Coríntios. 1973

MORRIS, Leon. I Coríntios: Introdução e Comentário. Tradução Odayr Olivetti. São. Paulo. Mundo Cristão, 1983

1 Coríntios 16:1


1 Coríntios 16:1 "Ora, quanto à coleta que se faz para os santos, fazei vós também o mesmo que ordenei às igrejas da Galácia."



"Ora, quanto à coleta que se faz para os santos,"

Paulo trata agora do assunto de uma coleta para o povo de Deus, provavelmente em resposta a outra pergunta na carta que eles lhe haviam escrito. O povo de Deus que ele tem em mente são os santos pobres em Jerusalém (v.3). 

Havia uma certa irmandade no mundo antigo. No mundo grego havia associações chamadas "eranoi". Se uma pessoa passava por dias maus ou por uma necessidade repentina, seus amigos se reuniam para juntar um empréstimo livre de juros para ajudá-la. 

A sinagoga tinha funcionários cuja tarefa era a de arrecadar dos que tinham e repartir entre os pobres. Freqüentemente os judeus que tinham saído de seu país e tinham prosperado, enviavam mensageiros a Jerusalém com suas contribuições para o templo e para os pobres. 

Paulo não queria que a Igreja cristã ficasse atrás dos judeus e pagãos em generosidade. Mas para Paulo esta coleta para os pobres de Jerusalém significava mais que isto.


"... fazei vós também o mesmo que ordenei às igrejas da Galácia."

Paulo não quer que os coríntios pensem que ele está pondo neles toda a responsabilidade ou que está lhes pedindo que façam algo que outras assembléias não estão fazendo. 

Por isso, Paulo lhes diz que está lhes dando as mesmas instruções que deu aos crentes gálatas. Em sua Carta aos Gálatas (escrita provavelmente antes desta), Paulo fala sobre sua diligência em se lembrar dos pobres: "Recomendando-nos somente que nos lembrássemos dos pobres, o que também procurei fazer com diligência" (Galatas 2.10). 

Atos 11.27-30 registra que O profeta neotestamentário Ágabo predisse uma fome e o povo de Antioquia respondeu enviando Paulo e Barnabé com uma dádiva. Agora havia outra oportunidade de ajudar os santos acometidos em Jerusalém. Assim, Paulo diz aos coríntios o que disse aos gálatas.


DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
21/3/2025

HORTON, Stanley. I e II Coríntios – os problemas da igreja e suas soluções. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.

BARCLAY, William. I y II Coríntios. 1973

1 Coríntios 5.5


1 Coríntios 5.5 "Seja, este tal, entregue a Satanás para destruição da carne, para que o espírito seja salvo no dia do Senhor Jesus."




"Seja, este tal, entregue a Satanás para destruição da carne, "

Somente aqui e em 1 Timóteo 1:20 (ao falar de Himeneu e Alexandre) Paulo de fato instruiu a igreja a entregar a Satanás o membro em pecado. Significa com isto que o tal deveria ser excomungado, separado da comunhão do povo de Deus, a igreja.

A igreja é o campo em que Cristo exerce o domínio de Deus. O campo de ação de Satanás abrange todo o mundo fora do corpo de Cristo.(João 12:31; 16:11; Atos 26:18; Colossenses 1:13). Quando eles se recusarem a comer com ele, estariam fazendo com que o mesmo voltasse ao âmbito do mundo, onde Satanás é o príncipe das trevas e teria controle (Efésios 6.12).

Talvez Paulo intuísse que se envolver em pecado e, ao mesmo tempo, manter uma relação frouxa com o povo de Deus mascara o pecado, de modo que seus efeitos destrutivos não sejam aparentes. Todavia, quando sua comunhão com a igreja é cortada, ela é forçada a enfrentar seus pecados diretamente.

Quando o homem visse a escuridão de seu pecado, isso resultaria na destruição dos desejos carnais arraigados na conduta reprovada. Quando Satanás é o disciplinador de Deus, ele o faz involuntariamente. O pecado se alimenta do próprio pecado e reproduz sofrimento, de maneira que as consequências desagradáveis do pecado podem fazer o pecador cair em si (Lucas 15:17).



"... para que o espírito seja salvo no dia do Senhor Jesus."

Podemos observar aqui a possibilidade de alguém estar em comunhão "aparente" com a igreja e não estar em comunhão com Cristo. Mas o propósito pretendido dessa entrega a Satanás é o propósito da salvação: "que o espírito do homem pudesse ser salvo no Dia do Senhor."

A disciplina não quer somente expressar a justa indignação de Deus contra o pecado, mas visa também resgatar a alma do pecador para o Senhor no dia do juízo. Era uma disciplina que se exercitava não só para castigar, mas também para despertar. Tratava-se de fazê-lo repensar, de fazê-lo ver a enormidade do que tinha feito. 

Sempre atrás do castigo e a disciplina, na igreja primitiva, estava a convicção de que devia levar-se a cabo com o propósito, não de destroçar, mas sim de refazer o homem que tinha pecado.


DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
20/3/2025

FONTES:

SOARES, Esequias. Em defesa da fé: Combatendo as antigas heresias, que se apresentam com nova aparência. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201702_02.pdf

HORTON, Stanley. I e II Corintios – os problemas da igreja e suas soluções. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.

Romanos 15.25


Romanos 15.25 "Mas agora vou a Jerusalém para ministrar aos santos."


"Mas agora vou a Jerusalém para ministrar aos santos."


Paulo havia compartilhado com os romanos seus planos de viagem. Ele pretende ir a Roma, para visitá-los apenas "de passagem"(v.24). E, de Roma, seguirá viagem para a Espanha, pois, segundo ele não tinha mais lugar nas regiões que estava e temia edificar sobre fundamento alheio (v.20).

Todavia antes de ir a Roma ele tinha algo mais importante que tinha que resolver. Quando ele diz "Mas agora" quer dizer que sua partida é iminente; virtualmente, ela já começou. Ele tem que ir a Jerusalém primeiro. Ele vai com o propósito de "servir aos santos" ali, o povo de Deus, neste caso, a comunidade cristã judaica.

Nenhuma explicação é nos dada sobre a causa da pobreza de Jerusalém. Pode ter sido resultado da "grande fome" que fora predita por Ágabo:  "E naqueles dias desceram profetas de Jerusalém para Antioquia. E, levantando-se um deles, por nome Ágabo, dava a entender pelo Espírito, que haveria uma grande fome em todo o mundo, e isso aconteceu no tempo de Cláudio César. E os discípulos determinaram mandar, cada um conforme o que pudesse, socorro aos irmãos que habitavam na Judeia.  O que eles com efeito fizeram, enviando-o aos anciãos por mão de Barnabé e de Saulo"

Uma sugestão plausível é que ela teria relação com o fato de que os cristãos da igreja primitiva de Jerusalém repartiam suas economias entre si. Mesmo aplaudindo a generosidade deles, há quem questione a sensatez desse gesto; afinal, eles vendiam e davam ", tomando seu capital e distribuindo-o como renda" e não como previdencia.

Paulo queria que os romanos entendessem sua delonga em visitá-los. E usa esse fato para que os romanos entendessem havia sido realizado uma coleta para os pobres dentre os santos que estão em Jerusalém pelo irmão da Macedônia e à Acaia (v.26).


DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
19/3/2025

FONTES:

SOARES, Esequias. Em defesa da fé: Combatendo as antigas heresias, que se apresentam com nova aparência. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

STOTT, John. A Mensagem De Romanos. ABU, 2000.

Romanos 16.1


Romanos 16.1 "Recomendo-vos, pois, Febe, nossa irmã, a qual é serva na igreja que está em Cencreia,"



"Recomendo-vos, pois, Febe, nossa irmã,"

Febe (Phoibe) era um nome grego bem comum. Significa radiante ou brilhante. Paulo chama-a de nossa irmã "e não é pouca coisa ser chamada de irmã de Paulo" William Hendriksen é da opinião de que o nome Febe deriva da mitologia pagã, sendo outra palavra para Artemis, a brilhante e radiante deusa lua, identificada com Diana, deusa romana."

Febe estava indo primeiro que Paulo e Roma, por isso o Apóstolo escreveu a recomentando. John Murray diz que Febe era uma mulher que realizara eminentes serviços à igreja, e a recomendação tinha de ser proporcional a seu caráter e devoção." É bem provável que Febe tenha recebido a incumbência de levar a carta de Paulo aos Romanos ao seu destino em Roma, se bem que, aparentemente, havia também outro motivo que a levava à cidade, talvez algum negócio ou "muito provavelmente uma questão judicial". 

Assim, ela precisaria levar consigo uma "carta de recomendação" que a apresentasse aos cristãos em Roma. Essas cartas eram comuns no mundo antigo e necessárias para proteger as pessoas de charlatões; aliás, são mencionadas diversas vezes no Novo Testamento.


 
"...  a qual é serva na igreja que está em Cencreia,"

Ela era "serva". Entende-se pela expressão servir que ela tinha uma função especifica na igreja. Pois, em outras passagens o original grego é traduzido como diácono. Seria então Febe uma diaconisa. Stott escreve: Pode ser que diakonos seja usado aqui no sentido mais amplo. Por outro lado, nós sabemos que a função de "diácono" já existia, mesmo de forma bastante elementar."

Ela servia na igreja em Cencreia. Cencreia era uma antiga cidade portuária situada próxima de Corinto. Era o porto mais ocidental da extremidade do Golfo Sarônico. Paulo partiu daqui no final da sua primeira visita a Corinto, na segunda viagem missionária. Havia uma igreja neste lugar onde Febe servia.


DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
21/3/2025

FONTES:SOARES, Esequias. Em defesa da fé: Combatendo as antigas heresias, que se apresentam com nova aparência. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

PFEIFFER, Charles F.; REA, VOS, Howard F.; REA, John.Dicionário Bíblico Wycliffe. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.

CABRAL, Elienai. Romanos – O evangelho da justiça de Deus. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus. 1986.

STOTT, John. A mensagem de Romanos. ABU Editora, 2000.
Lopes, Hernandes Dias. Romanos: o evangelho segundo Paulo. São Paulo, SP: Hagnos 2010.

Romanos 16.2


Romanos 16.2 "Para que a recebais no Senhor, como convém aos santos, e a ajudeis em qualquer coisa que de vós necessitar; porque tem hospedado a muitos, como também a mim mesmo."



"Para que a recebais no Senhor, como convém aos santos, e a ajudeis em qualquer coisa que de vós necessitar; 

Em sua apresentação de Febe Paulo pede à igreja de Roma que a receba, dando-lhe uma recepção e hospitalidade dignas de um cristão: "a recebam no Senhor, como convém aos santos", e também que lhe prestem a ajuda de que venha a necessitar como estrangeira na capital, presumivelmente no que concerne aos seus outros negócios: "a ajudem em tudo o que vier a precisar". 

A palavra grega parasthete, traduzida como “ajudar”, significa auxiliar, assistir, ficar atrás a fim de empurrar, de sustentar alguém. Chegara o momento de Febe colher os frutos de sua semeadura. De acordo com Adolf Pohl, Febe trabalhava no vasto campo da assistência e do cuidado de necessitados.
Ela havia cuidado de muitos e agora deveria ser alvo do cuidado da igreja

Este capítulo refuta a idéia de que Paulo não gostava de ver mulheres trabalhando nas igrejas ou entre os crentes. Seu tributo prestado a Febe é seguido de saudações a várias pessoas e grupos. Entre as pessoas saudadas estão oito mulheres. Paulo comenta especificamente o trabalho de cinco dessas mulheres (Maria, v. 6; Priscila, uma cooperadora, v. 3; Trifena e Trifosa, v. 12; Pérside, v. 12). A mãe de Rufo é tão querida de Paulo que ele a chama também de mãe (v. 13). Só duas mulheres são mencionadas sem comentários – Júlia e a irmã de Nereu (v. 15).


"... porque tem hospedado a muitos, como também a mim mesmo."

Paulo diz que ela tem sido de grande auxílio para muita gente, inclusive ele mesmo. Esta frase é uma tradução deprostatis, que pode significar "patronesse" ou "benfeitora". É evidente que Febe era uma mulher de posses que usava a sua riqueza para apoiar a igreja e também o apóstolo.

Charles Erdman acrescenta que essa palavra tem também o sentido de patrocinadora. Isso
demonstra que Febe era uma mulher de posses que usava a sua riqueza para apoiar a igreja e também o apóstolo.

Febe usou seus recursos não apenas para seu deleite e conforto, mas para sustentar e socorrer muitos irmãos. Era uma mulher altruísta, abnegada, desapegada das coisas materiais e apegada às pessoas. Sua vida, sua casa e seus bens estavam a serviço da igreja. Ela não se blindou para viver confortavelmente num castelo seguro em meio às tempestades da vida, mas serviu de porto seguro para muitos que estavam sendo batidos pelos vendavais furiosos das circunstâncias adversas. 


DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
21/3/2025

FONTES:SOARES, Esequias. Em defesa da fé: Combatendo as antigas heresias, que se apresentam com nova aparência. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

CABRAL, Elienai. Romanos – O evangelho da justiça de Deus. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus. 1986.

STOTT, John. A mensagem de Romanos. ABU Editora, 2000.
Lopes, Hernandes Dias. Romanos: o evangelho segundo Paulo. São Paulo, SP: Hagnos 2010.

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 15 DE MARÇO DE 2025 (João 1.17)

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
15 DE MARÇO DE 2025
A GRAÇA E A VERDADE VIERAM POR JESUS CRISTO

João 1.17 “Porque a lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo. ”

 

“Porque a lei foi dada por Moisés;

Deus havia escolhido Moisés para ser o legislador de Israel. Ele ordenou que Moisés subisse no Sinai: Sobe a mim ao monte, e fica lá; e dar-te-ei as tábuas de pedra e a lei, e os mandamentos que tenho escrito, para os ensinar” (Êxodo 24.12) e o revelou a lei que expressava a sua vontade. Através de Moisés a Lei foi transmitida aos filhos de Jacó: “Moisés nos deu a lei, como herança da congregação de Jacó” (Deuteronômio 33.4).

Por causa da forte relação de Moisés com a Lei de Deus ela ficou conhecida como a “Lei de Moisés”: “Esforçai-vos, pois, muito para guardardes e para fazerdes tudo quanto está escrito no livro da lei de Moisés; para que dele não vos aparteis, nem para a direita nem para a esquerda” (Josué 23.6).

Aqui, portanto, como nos escritos de Paulo, Cristo substitui a lei de Moisés como ponto central da revelação divina e do estilo de vida. Este evangelho mostra de diversas maneiras que a nova ordem cumpre, ultrapassa e substitui a antiga: o vinho da nova criação é melhor que a água usada na religião judaica (João 2.10); o novo templo é mais excelente que o antigo (João 2.19); o novo nascimento é a porta de entrada para um nível de vida que não pode ser alcançado pelo nascimento natural, mesmo dentro do povo escolhido (João 3.3,5); a água viva do Espírito, que Jesus concede, é muito superior à água do poço de Jacó e à água derramada no ritual da festa dos Tabernáculos, no pátio do templo (João 4.13., 7.37); o pão do céu é a realidade da qual o maná no deserto foi só um vislumbre (João 6.32). Moisés foi o mediador da lei; Jesus Cristo é mais que mediador, é a corporificação da graça e da verdade. “O Verbo era o que Deus era."

 

“... a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo. ”

A maneira pela qual Deus se deu a conhecer a Moisés não era sem graça e verdade; pelo contrário, ele se revelou a Moisés como “grande em misericórdia e fidelidade" (Êxodo 34.6), e os mesmos termos são repetidamente usados no A.T. como resumo do seu caráter: “Porém tu, Senhor, és um Deus cheio de compaixão, e piedoso, sofredor, e grande em benignidade e em verdade” (Salmo 86.15). Porém, tudo o que destas qualidades foi manifesto nos tempos do A.T. foi revelado em plenitude concentrada no Verbo encarnado.

A lei foi uma expressão da graça de Deus, visto que foi dada para o homem; mas embora fosse uma expressão do amor de Deus, era incompleta e, portanto, insuficiente para salvar o homem do pecado. No entanto, com a vinda do Verbo, cheio de graça e de verdade, o plano total da salvação foi revelado. Agora, os seres humanos têm tudo que é necessário para se apresentarem justos diante de Deus.

 

 

Embora todo o Prólogo tenha discorrido acerca do Verbo, o nome Jesus aparece pela primeira vez aqui. Neste evangelho, geralmente Jesus é o seu nome pessoal e Cristo é um título ou descrição “Messias” ou "Ungido”, mas nesta passagem Jesus Cristo parece ter sido usado como o nome duplo pelo qual ele era comumente conhecido entre os cristãos de fala grega.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
4/3/2025

FONTES:

SOARES, Esequias. Em defesa da fé: Combatendo as antigas heresias, que se apresentam com nova aparência. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_202110_02.pdf

BRUCE, F. F. João introdução e comentário. São Paulo: Mundo Cristão, 1987.