quarta-feira, 30 de julho de 2025

1 Coríntios 6:5

    

1 Coríntios 6:5 “Para vos envergonhar o digo. Não há, pois, entre vós sábios, nem mesmo um, que possa julgar entre seus irmãos?”

 

“Para vos envergonhar o digo.”

O apóstolo achou irônico os coríntios agirem como se fossem incapazes de emitir sábios julgamentos quando surgiam conflitos entre irmãos. No caso dos partidos e facções, eles haviam demonstrado uma exacerbada opinião com base na própria sabedoria: “Ninguém se engane a si mesmo. Se alguém dentre vós se tem por sábio neste mundo, faça-se louco para ser sábio. Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus; pois está escrito: Ele apanha os sábios na sua própria astúcia. E outra vez: O Senhor conhece os pensamentos dos sábios, que são vãos” (1 Coríntios 3:18-20).

Onde foi parar essa sabedoria presunçosa? Por que ela tinha sido tão abundante nas discussões filosóficas, mas tão escassa na questão prática de resolver disputas? O apóstolo esperava que exercessem sabedoria no que diz respeito à vida da igreja.

Entre os dons espirituais que Paulo viu naqueles crentes estava o bom julgamento que poderia guiá-los quando surgissem disputas. Alguns, evidentemente, tinham o dom de “governo” ou de administração: “E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro doutores, depois milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas” (1 Coríntios 12:28). Esse termo sugere a capacidade de conduzir, tal como um piloto de navio dirige uma embarcação num curso seguro.

A recusa de quem possuía esse dom em aceitar tal responsabilidade punha em dúvida a sua fé. Irmãos sábios não deveriam hesitar em emitir julgamentos quando a igreja precisasse deles. Se a igreja carecia de homens sábios ou se recusava seguir os que eram sábios para guiar, isso era uma vergonha.

 

“Não há, pois, entre vós sábios, nem mesmo um, que possa julgar entre seus irmãos?”

Paulo queria que os irmãos sábios da igreja não se omitissem em arbitrar as diferenças entre eles. Afinal, um dia, os crentes cristãos tomarão parte no governo do mundo (Mateus 19-28; 2 Timóteo 2.12; Apocalipse 22.5). O apóstolo Paulo havia perguntado: “Ou não sabeis que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deverá ser julgado por vós, sois, acaso, indignos de julgar as coisas mínimas? (v.2).

Em comparação com esta grande responsabilidade, as questões que os crentes estavam levando perante os juízes pagãos eram “triviais”. Com certeza, os crentes já deviam ser competentes para julgar tais casos. Paulo reforça este pensamento declarando que nós também “havemos de julgar os anjos” (v.3). Isso deve nos fazer sentir ainda mais competentes para julgar as coisas da vida cotidiana.

Pois, levar os problemas internos da igreja para os tribunais de fora da igreja é um fraco testemunho do evangelho. O lugar de tratar dos assuntos domésticos é em casa. Paulo então pergunta: “Mas irá um irmão a juízo contra outro irmão, e isto perante os incrédulos?” (v.6).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
30/07/2025 

FONTES:

GONÇALVES, José. A igreja em Jerusalém – Doutrina comunhão e fé: A base para o crescimento da igreja em meio as perseguições. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201702_03.pdf

https://textoaureoebd.blogspot.com/2025/07/1-corintios-61.html 

LOPES, Hernandes Dias. I Coríntios: como resolver conflitos na igreja. São Paulo: Hagnos, 2008

HORTON, Stanley. I e II Coríntios – os problemas da igreja e suas soluções. 3.ed., Rio de Janeiro: CPAD, 2006.

1 Coríntios 6.1

    

1 Coríntios 6.1 “Ousa algum de vós, tendo algum negócio contra outro, ir a juízo perante os injustos, e não perante os santos?”

 

“Ousa algum de vós, tendo algum negócio contra outro, ir a juízo perante os injustos,”

As contendas assim como os escândalos sempre vão existir: “Ai do mundo, por causa dos escândalos; porque é mister que venham escândalos, mas ai daquele homem por quem o escândalo vem! “ (Mateus 18:7). As contendas existem também dentro do lar. Existiu entre Caim e Abel, entre Esaú e Jacó, entre Absalão e Amnon, entre Sara e Hagar. Existe hoje entre marido e mulher, entre pais e filhos, filhos e pais, irmãos e irmãs.Há contendas entre as nações e há tensões e contendas também dentro da igreja.

A Bíblia registra alguns exemplos. Na igreja de Filipos existiam duas mulheres: Evódia e Síntique, que não pensavam concordemente no Senhor (Filipenses 4.2). Os próprios líderes, Paulo e Barnabé, em um dado momento da caminhada missionária, tiveram desacordo e precisaram se separar, pois já não podiam caminhar juntos (Atos 15.36-40).

Isso acontece porque os crentes não são perfeitos. Eles formam uma comunidade de pessoas que ainda não estão prontas e acabadas. Alguém já disse que a igreja é uma fábrica de reciclagem de lixo, onde Deus está trabalhando. Deus está transformando gente complicada, torta, e doente existencialmente, em gente santa. Nós decepcionamos as pessoas e as pessoas nos decepcionam. Nós machucamos as pessoas e elas nos machucam. As tensões e as contendas sempre existiram. E elas ainda existem dentro da própria igreja. Nós temos queixas uns contra os outros “Suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também” (Colossenses 3.13).

A situação em Corinto era tão grave, que além das contendas dentro da igreja, eles estavam arrastando os próprios irmãos para os tribunais do mundo, para julgar suas causas internas e domésticas de maneira secular. Essa é a realidade que Paulo constata na igreja. Triste realidade, porém um fato inegável. Hodge cita a máxima rabínica: “Um estatuto que obriga a todos os israelitas é que, se um israelita tem uma causa contra*outro, o processo não deve ser feito diante dos gentios.”

Paulo não quer dizer que não podemos usar os tribunais civis ou criminais em situações sérias que envolvam incrédulos. Nem quis dizer que os juízes pagãos nunca davam um veredicto ou decisão justa. Mas os casos entre crentes seriam observados pelo mundo pagão, que então ficaria a questionar o amor cristão proclamado pelos crentes coríntios. Este prospecto horrorizava Paulo. Levar os problemas internos da igreja para os tribunais de fora da igreja é um fraco testemunho do evangelho. O lugar de tratar dos assuntos domésticos é em casa. Paulo pergunta: “Mas irá um irmão a juízo contra outro irmão, e isto perante os incrédulos?” (v.6).

 

 

 “...e não perante os santos?”

Os crentes que levavam seus problemas internos e seus relacionamentos machucados para resolvê-los fora da igreja  estavam fracassando em viver a sua posição em Cristo. A igreja não estava entendendo a posição que ela ocupava aos olhos de Deus.

Paulo queria que a Igreja coríntia procurasse seus membros sábios para arbitrar as diferenças entre eles. Um dia, os crentes cristãos tomarão parte no governo do mundo (Mateus 19-28; 2 Timóteo 2.12; Apocalipse 22.5). O apóstolo Paulo pergunta: “Ou não sabeis que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deverá ser julgado por vós, sois, acaso, indignos de julgar as coisas mínimas? (v.2).

Em comparação com esta grande responsabilidade, as questões que os crentes estavam levando perante os juízes pagãos eram “triviais”. Com certeza, os crentes já deviam ser competentes para julgar tais casos. Paulo reforça este pensamento declarando que nós também “havemos de julgar os anjos” (v.3). Isso deve nos fazer sentir ainda mais competentes para julgar as coisas da vida cotidiana

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
30/07/2025 

FONTES:

GONÇALVES, José. A igreja em Jerusalém – Doutrina comunhão e fé: A base para o crescimento da igreja em meio as perseguições. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

LOPES, Hernandes Dias. I Coríntios: como resolver conflitos na igreja. São Paulo: Hagnos, 2008

HORTON, Stanley. I e II Coríntios – os problemas da igreja e suas soluções. 3.ed., Rio de Janeiro: CPAD, 2006.

Lição 5 - Lições Bíblicas Adultos - 3º Trim./2025 - CPAD

TEXTO ÁUREO LIÇÃO 5: UMA IGREJA CHEIA DE AMOR. Atos 4.32

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 30 DE JULHO DE 2025 (1 Tessalonicenses 4:9)

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
30 DE JULHO DE 2025
O AMOR COMO UM DEVER CRISTÃO DA FRATERNIDADE

1 Tessalonicenses 4:9 “Quanto, porém, ao amor fraternal, não necessitais de que vos escreva, visto que vós mesmos estais instruídos por Deus que vos ameis uns aos outros;”

 

“Quanto, porém, ao amor fraternal, não necessitais de que vos escreva,”

Amor fraternal vem do vocábulo grego filadelfia, em que se percebe imediatamente a semelhança a Filadélfia, a “cidade do amor fraternal”. Esse tipo de amor se distinguia no grego de outras emoções semelhantes. Era a emoção que normalmente se sentia por um parente, uma emoção geralmente espontânea. Devemos amar os nossos irmãos da fé como se fossem nossos irmãos de sangue.Este tipo de amor implica uma devoção recíproca. O amor fraternal é ensinado no AT (Levítico 19.18) e fazia parte da tradição transmitida na igreja (Marcos 12.29-31; João 13.34).

Paulo disse que não havia necessidade de que ele escrevesse a eles sobre esse amor porque eles já haviam sido por Deus instruídos sobre esse assunto, sendo assim sobre isso o desejo do apóstolos é somente que eles progridam nesse estado cada vez mais: “Finalmente, irmãos, nós vos rogamos e exortamos no Senhor Jesus que, como de nós recebestes, quanto à maneira por que deveis viver e agradar a Deus, e efetivamente estais fazendo, continueis progredindo cada vez mais; porque estais inteirados de quantas instruções vos demos da parte do Senhor Jesus“ (1 Tessalonicenses 4:1,2).

 

“... visto que vós mesmos estais instruídos por Deus que vos ameis uns aos outros;”

Eles não precisavam que Paulo “escrevesse” sobre o amor fraternal, pois eles já haviam sido oralmente “instruídos por Deus” sobre o assunto. Paulo, evidentemente, não estava dizendo que Deus Se revelou diretamente a eles. Ele quis dizer que eles foram “por Deus instruídos” num sentido indireto quando ele (Paulo) estava presente em Tessalônica ensinando sobre o favor de Deus.

A passagem de Paulo por Tessalônica em sua segunda viagem missionária foi corrida e tumultuada. Ele permaneceu ali por três sábados disputando acerca de Cristo na sinagoga local, mas precisou sair de lá à noite por causa do grande alvoroço que se estabeleceu na cidade por conta de judeus  desobedientes e homens perversos que habitavam ali.

Apesar da curta passagem Paulo lhes instruiu sobre o amor inspirado por Deus. Quando um homem inspirado fala, suas palavras não são palavras de homens, mas são a palavra de Deus: ”Por isso também damos, sem cessar, graças a Deus, pois, havendo recebido de nós a palavra da pregação de Deus, a recebestes, não como palavra de homens, mas (segundo é, na verdade), como palavra de Deus, a qual também opera em vós, os que crestes” (1 Tessalonicenses 2:13)

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
12/07/2025 

FONTES:

GONÇALVES, José. A igreja em Jerusalém – Doutrina comunhão e fé: A base para o crescimento da igreja em meio as perseguições. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201503_02.pdf