quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Lição 6 - Lições Bíblicas Adultos - 4º Trim./2024 - CPAD

Texto Áureo Lição 06: A Promessa de Cura Divina. Isaías 53.4

TEXTO ÁUREO

João 5.24 “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida”.

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 06 DE OUTUBRO DE 2024 (Genesis 6.3)

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
06 DE OUTUBRO DE 2024
COM O TEMPO, O HOMEM PASSOU A VIVER MENOS

Genesis 6.3 “Então disse o Senhor: Não contenderá o meu Espírito para sempre com o homem; porque ele também é carne; porém os seus dias serão cento e vinte anos. ”

“Então disse o Senhor: Não contenderá o meu Espírito para sempre com o homem; porque ele também é carne”

Esse versículo apresenta uma serei de desafios até suas traduções são variadas. A ARA traduz: “Então, disse o Senhor: O meu Espírito não agirá para sempre no homem”. O verbo hebraico para contender pode ser traduzido também como lutar com ou permanecer com. A primeira tradução representaria Deus usando continuamente de força para com os homens rebeldes, para mantê-los em linha e para evitar que se destruam completamente como resultado de seu comportamento pecador. O segundo ponto de vista representaria Deus como tomando a determinação de afastar seu fôlego vital da vida do homem, resultando, é claro, na morte.

A razão para o Espírito que Deus deu ao homem não permanecer (não contender) nele “para sempre” é que ele “é carnal”. A palavra hebraica equivalente a “carnal” (basar), possui vários significados e deve ser entendida segundo o contexto. Aqui essa palavra pode indicar a fragilidade da nossa natureza física: “Ele, porém, que é misericordioso, perdoou a sua iniquidade; e não os destruiu, antes muitas vezes desviou deles o seu furor, e não despertou toda a sua ira. Porque se lembrou de que eram de carne, vento que passa e não volta” (Salmos 78.38-29). Mas também pode ser perfeitamente uma referência à fraqueza da natureza humana decaída “Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos” (Efésios 2.3). Algumas versões traduzem a palavra “carne” por “natureza humana” (NTJ).

 

“..., porém os seus dias serão cento e vinte anos. ”

Alguns afirmam que Deus encurtou o tempo de vida do homem por causa de sua inclinação para o pecado e a maldade. Será que Deus determinou que, após o dilúvio, Ele limitaria o tempo de vida do homem para uns 120 anos, e não quase 900 anos, como está registrado a respeito dos pré-diluvianos, no capítulo 5? Este palpite é plausível no contexto imediato da destruição do mundo. Talvez Deus tenha decidido não mais tolerar pessoas vivendo por tanto tempo com pensamentos e atos completa e continuamente malignos (6:5).

Alguns continuaram a viver mais de 120 anos. Noé, por exemplo, tinha 600 anos quando o dilúvio sobreveio à terra (7:6) e viveu até os 950 anos (9:29). Abraão viveu 175 anos (25:7), Isaque viveu até 180 anos (35:28) e Jacó, até 147 (47:28). José viveu 110 anos (50:26), Moises ainda era forte quando morreu aos 120 anos (Deuteronômio 34:7) e Josué viveu 110 anos (Josué 24:29). No grupo posterior, só Arão excedeu a idade de 120 (Números 33:39), morrendo aos 123. Obviamente, isto poderia sugerir que 120 anos veio a ser a longevidade máxima depois de Noé. Essa redução aconteceu gradualmente, havendo algumas exceções à regra.

Uma segunda ideia é que os 120 anos representam um período de graça antes do dilúvio, no qual Noé, “pregador de justiça”: “Ele não poupou o mundo antigo quando trouxe o dilúvio sobre aquele povo ímpio, mas preservou Noé, pregador da justiça, e mais sete pessoas” (2 Pedro 2:5), teria tempo para advertir a humanidade de que o julgamento divino estava próximo, visando ao arrependimento daquela geração: “no qual também foi e pregou aos espíritos em prisão, os quais, noutro tempo, foram desobedientes, quando Deus aguardava com paciência nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca, na qual poucas pessoas, apenas oito, foram salvas através da água” (1 Pedro 3:19, 20). Uma antiga obra judaica interpretou essa declaração como um tempo de provação: “Eu lhes darei um prazo: cento e vinte anos; caso possam ser convertidos”. Esta última ideia é mais sustentável porque se encaixa melhor no contexto mais amplo da longevidade dos indivíduos que viveram após o dilúvio. Além disso, esse tempo foi necessário para que a família de Noé construísse a arca, a qual tinha consideráveis dimensões.

Sobre a contradição Kidner escreveu: “Os cento e vinte anos poderiam ser o período de espera antes do dilúvio, ou a média menor da duração da vida humana, que doravante se deveria esperar. Qualquer destes significados harmoniza-se com o que se segue em Gênesis. ”

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
04/11/2024

FONTES:

RENOVATO, Elinaldo. As Promessas de Deus - Confie e Viva as Bênçãos do Senhor porque Fiel é o que Prometeu. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

https://textoaureoebd.blogspot.com/search?q=a+carne+%C3%A9+fraca

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201508_01.pdf

Kidner, Derek. Gênesis: introdução e comentário. Trad. Odayr Olivetti.São Paulo: Vida Nova, 2004.

HARRISON, Everret F; PFEIFFER, Charles F. Comentário Bíblico Moody. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1990.