domingo, 30 de abril de 2023

LIÇÃO 6 - Pais Zelosos e Filhos Rebeldes – 2 Trimestre de 2023.


TEXTO ÁUREO “ Vós, filhos, obedecei em tudo a vossos pais, porque isto é agradável ao Senhor. ” (Colossenses 3:20)

“ Vós, filhos, obedecei em tudo a vossos pais, “ Filhos (tekna) significa “descendência” ou “descendentes”. O termo não especifica “bebês”, “crianças pequenas” ou “filhos homens”. Nenhuma idade ou gênero é expressa por esse vocábulo. Aparentemente, Paulo se referia a qualquer filho de qualquer idade que estivesse dentro do lar. O apóstolo diz aos filhos que eles devem obedecer a seus pais “em tudo”, ou seja, em todas as áreas da vida. O livro história dos Hebreus de Flavio Josefo nos descreve sobre a obediência de Isaque em Moriá: Abraão falou a Isaque: " Mas, como Deus, depois de vos ter dado a mim, quer agora que eu vos perca, consenti generosamente em oferecer-vos a Ele em sacrifício. Prestemos-Ihe, meu filho, esse ato de obediência e essa honra como testemunho de nossa gratidão pelos favores que Ele nos fez na paz e pela assistência que nos deu na guerra. Como nascestes para morrer, que fim vos pode ser mais glorioso do que ser oferecido em sacrifício por vosso próprio pai ao soberano Senhor do universo, que, em vez de terminar a vossa vida por uma doença, numa cama, ou por uma ferida na guerra, ou por algum outro acidente, aos quais os ho­mens estão sujeitos, vos julga digno de entregar-lhe a alma no meio de orações e sacrifícios, de modo a ficar para sempre unida a Ele? Consolareis assim a minha velhice, dando-me a assistência de Deus em lugar da que eu devia rece­ber de vós, depois de vos ter educado com tanta diligência". Isaque, filho digno de tão admirável pai, escutou essas palavras não somente sem se admirar, mas até com alegria, e respondeu-lhe que ele teria sido indigno de nascer se se recusasse a obedecer à vontade de seu pai, principalmente quan­do ela estava de acordo com a de Deus. Assim dizendo, colocou-se ele mesmo sobre o altar, para ser imolado. É lógico, à luz da Palavra de Deus, que os pais não devem exigir dos filhos o que não é condizente com os princípios bíblicos. Se um pai descrente exige que seu filho, adolescente ou jovem, o acompanhe para a bebedeira ou para a prostituição, é de todo coerente que o filho não aceite tal proposta, visto que fere a “lei maior”, que é a Palavra de Deus. Mas, “em tudo” o que for lícito, honesto, conveniente e que não atente contra a moral cristã, os filhos devem obedecer a seus pais. Aos efésios, Paulo tem um ensinamento equivalente, que corrobora a exortação dada aos colossenses. Diz o apóstolo: “Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo. Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa, para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra” (Efésios 6.1-3). A obediência dos filhos aos pais é mandamento com promessa de vida abençoada (“te vá bem”) e de longevidade.

“...porque isto é agradável ao Senhor. ” Obedecer e honrar pai e mãe é mandamento cristão. A obediência é uma atitude de justiça dos filhos para com os pais e para com Deus. É agradável. Ao contrário, a desobediência desonra e é desagradável. A honra dos filhos aos pais é garantia de futuro feliz; é mandamento, com promessa de felicidade — “te vá bem” — e muitos anos de vida. Há muitos que morrem cedo ou vivem infelizes, pois Deus cobra deles pela desobediência à sua Palavra. Essa cobrança pode vir depois, no casamento, na velhice. Em Eclesiastes 12.1, adverte a Palavra de Deus: “Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais venhas a dizer: Não tenho neles contentamento”. Os jovens crentes precisam estar atentos ao que está acontecendo no mundo de hoje, quando muitos estão sendo vítimas da desobediência a seus pais; afinal, como nos diz a Palavra de Deus, é melhor obedecer do que sacrificar. A obediência filial dos filhos é, portanto, parte integrante da resposta que os crentes de todas as idades e posições fazem à vontade de Deus, que é “boa, agradável e perfeita” (Romanos 12.2).

 

DEIVY FERRREIRA PANIAGO JUNIOR
22/04/2023

FONTES:

CABRAL, Elienai. Relacionamentos em Família – Superando desafios e problemas com exemplos da Palavra de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

RENOVATO, Elinaldo. Colossenses - A Perseverança da Igreja na Palavra Nestes Dias Difíceis e Trabalhosos. Rio de Janeiro: CPAD.

MARTIN, Ralph P. Colossenses e Filemon – Introdução e Comentário. São Paulo: Mundo Cristão, 1984.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201312_03.pdf

JOSEFO, Flavio. História dos Hebreus - De Abraão à queda de Jerusalém. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.

Lição 6 - Lições Bíblicas Adultos - 2º Trim./2023 - CPAD

domingo, 23 de abril de 2023

LIÇÃO 5 - Motim em Família – 2 Trimestre de 2023.


TEXTO ÁUREO “ Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas. ” (Filipenses 2.14)

Quando recebemos uma responsabilidade, a maioria de nós gosta de ter uma descrição do trabalho a ser desempenhado. Queremos saber exatamente o que esperam que façamos e como devemos fazê-lo. Muitas passagens no Novo Testamento poderiam ser citadas como parte da “descrição do trabalho” de um cristão. Alguns versículos dizem respeito ao que devemos fazer. Eles revelam requisitos gerais para cada cristão—como ajudar os outros e adorar a Deus. Também somos desafiados a usar nossos talentos e oportunidades— a encontrar formas pessoais de servir o Senhor. Outras seções se concentram em como devemos cumprir nossas responsabilidades. Filipenses 2:12–18 é uma dessas passagens.

Qualquer que seja a tarefa a ser feita, existe uma maneira de fazê-la de acordo com o que Deus quer. Paulo nos diz “como” na inspirada “descrição de trabalho” que ele registrou.

a) Trabalhe com Reverência! (2:12c) “Com temor e tremor”
b) Trabalhe Confiantemente! (2:13) “porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade”
c) Trabalhe de Boa Vontade! (2:14) “Fazei tudo sem murmurações nem contendas”
d) Trabalhe Sem Ofender os Outros! (2:15) “para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta...”
e) Trabalhe Continuamente! (2:16) “preservando a palavra da vida”
f) Trabalhe com Alegria! (2:17, 18) “alegrai-vos e congratulai-vos comigo”.

Sobre Trabalhar de Boa Vontade:

“Murmurações” Na língua grega aparecem os termos “gongysmos ougongystes”, que dão a ideia daquele que rosna, ou seja, significa o ato de rosnar, como o cachorro que rosna. Na verdade, “murmurar” sempre esteve presente com pessoas invejosas e rebeldes (João 7.12; At 6.1; 1 Pedro 4.9). A murmuração feita pelos israelitas que atravessaram o deserto, sob a liderança de Moisés, e passaram a reclamar e murmurar contra ele, dizendo que jamais deveriam ter saído do Egito (Números 11.1-6; 14.1-4; 20.2; 21.4,5) deixando Moisés muito constrangido. Moisés os chamou de “geração perversa e rebelde” (Deuteronômio 32.5,20. Paulo usou o exemplo dos israelitas para fazer a seguinte admoestação em 1 Coríntios 10:10: “Nem murmureis, como alguns deles murmuraram e foram destruídos pelo exterminador”.

“Contendas” São aquelas briguinhas e disputas que criam desarmonia. Na língua grega do Novo Testamento, a palavra contendas é “dialogismos”, que combina a preposição “dia” com a palavra para “raciocínio” (logismos) e descreve as disputas e debates inúteis que têm como objetivo criar dúvidas e separações, mas o significado predominante no Novo Testamento é “maus pensamentos”. É o mesmo que dissensões e litígios que muitos cristãos hoje em dia promovem, levando seus irmãos aos tribunais para resolver essas situações (1 Coríntios 6.1-11).

Quando lemos as palavras “murmurações” e “contendas”, podemos nos lembrar do comportamento de uma criança, cujo pai ou uma mãe lhe dá uma ordem e ela reclama e às vezes até discute com eles. Paulo quer que sejamos mais maduros do que isso ao obedecermos às instruções do nosso Pai celestial. A admoestação para fazer tudo “sem murmurações nem contendas” tem implicação geral; mas, no contexto, refere-se especialmente aos trabalhos que realizamos para o Senhor. Alguns irmãos ativos na causa do Senhor estragam seus esforços por reclamarem e murmurarem constantemente. Como Deus vê nossas murmurações enquanto trabalhamos para Ele? Imagine que você ganhou um presente—algo especial, que você sempre quis ter. Todavia, ao lhe dar o presente, a pessoa começa a reclamar do preço ou insinuar que preferia não ter dado nada. Como você se sentiria? Provavelmente, mandaria a pessoa ficar com ele! Tente, então, imaginar como o Senhor Se sente quando reclamamos e murmuramos enquanto executamos as instruções que recebemos dEle. Devemos trabalhar de boa vontade.

 

DEIVY FERRREIRA PANIAGO JUNIOR
16/04/2023

FONTES:

CABRAL, Elienai. Relacionamentos em Família – Superando desafios e problemas com exemplos da Palavra de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

CABRAL, Elienai. Filipenses - A humildade de Cristo como exemplo para a Igreja. Rio de Janeiro: CPAD, 2013.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201012_09.pdf

Lição 5 - Lições Bíblicas Adultos - 2º Trim./2023 - CPAD

sábado, 22 de abril de 2023

Leitura Bíblica Diária Cpad - 22 de Abril de 2023 - Jonas 2.8

BREVE HISTÓRIA DO PROTESTANTISMO NO BRASIL

BREVE HISTÓRIA DO PROTESTANTISMO NO BRASIL

Introdução

O objetivo deste texto é apresentar uma visão panorâmica da história do protestantismo no Brasil. Inicia com as primeiras manifestações protestantes no período colonial, prossegue com a implantação definitiva do movimento durante o império e chega ao Brasil republicano, com o surgimento do protestantismo de matriz brasileira.

1. O contexto político-religioso (1500-1822)

Portugal surgiu como nação independente da Espanha durante a Reconquista (1139-1249). Seu primeiro rei foi D. Afonso Henriques. O novo país tinha fortes ligações com a Inglaterra. O apogeu da história de Portugal foi o período das grandes navegações e dos grandes descobrimentos com a formação do império colonial português na África, Ásia e América Latina.

1.1 Padroado

No final da Idade Média, a forte integração entre a igreja e o estado na Península Ibérica deu origem ao fenômeno conhecido como “padroado” ou patronato real. Pelo padroado, a Igreja de Roma concedia a um governante civil certo grau de controle sobre uma igreja nacional em apreciação por seu zelo cristão e como incentivo para futuras ações em favor da igreja. Entre 1455 e 1515, quatro papas concederam direitos de padroado aos reis portugueses. Portanto, a descoberta e colonização do Brasil foi um empreendimento conjunto do Estado português e da Igreja Católica, no qual a coroa desempenhou o papel predominante.

Um dos primeiros representantes oficiais do governo português foi Tomé de Sousa com ele vieram os primeiros membros de uma nova ordem religiosa católica – a Sociedade de Jesus ou os jesuítas. Manoel da Nóbrega, José de Anchieta e seus companheiros foram os primeiros missionários e educadores do Brasil colonial. Essa ordem iria atuar ininterruptamente no Brasil durante 210 anos (1549-1759).

1.2 Igreja Católica

No período colonial houve dois tipos bastante distintos de catolicismo no Brasil. Em primeiro lugar, havia a religiosidade dos colonos, escravos e senhores de engenho, centralizada na “casa grande” e caracterizada pela informalidade, pequena ênfase em dogmas, devoção aos santos e Maria e permissividade moral. Ao mesmo tempo, nos centros urbanos havia o catolicismo das ordens religiosas, mais disciplinado e alinhado com Roma. Havia ainda as irmandades, que por vezes tinham bastante independência em relação à hierarquia.  

Em conclusão, no período colonial o estado exerceu um rígido controle sobre a área eclesiástica. Com isso a igreja teve dificuldade em realizar adequadamente o seu trabalho evangelístico e pastoral. O catolicismo popular era culturalmente forte, mas débil nos planos espiritual e ético. Apesar das suas debilidades, a igreja foi um importante fator na construção da unidade e da identidade nacional.

2. Presença protestante no Brasil colonial

Nos séculos 16 e 17, duas regiões do Brasil foram invadidas por nações européias: a França e a Holanda. Muitos dos invasores eram protestantes, o que provocou forte reação dos portugueses numa época em que estava em pleno curso a Contra Reforma. O esforço pela expulsão dos invasores fortaleceu a consciência nacional, mas ao mesmo tempo aumentou o isolamento do Brasil.

2.1 Pioneiros

No ano de 1532, chegou, ao Brasil, o primeiro protestante: o luterano Heliodoro Heoboano, gerente e guarda livros de um italiano chamado Jose Adorno, filho de um amigo de Lutero: Heliodoro Heoboano Hessen, famoso Humanista de Erfurt, que aportou em São Vicente.

Hans Staden partiu de Sevilha rumo ao Rio da Prata (argentina) em um navio espanhol em 1549, mas o navio veio a naufragar no ano seguinte, no litoral do atual estado brasileiro de Santa Catarina. Os integrantes da expedição, depois de passarem dois anos na região, decidiram rumar para a cidade de Assunção: uma parte deles iria por terra e outra parte, por navio. Staden se juntou ao segundo grupo e rumou para a cidade de São Vicente, onde tentaria fretar um navio capaz de chegar a Assunção. Hans foi capturado por uma tribo selvagem canibal. Enquanto aguardava a morte certa Hans começou a orar e cantar o Salmo 130 na versão de Lutero. Os Selvagens ficaram encantados com seus cânticos e adiaram sua morte para ouvi-lo e entender seu significado. Hans aprendeu a língua dos índios e lhes pregou o Evangelho e ensionou-lhe outros salmos e canções.

2.2 Os franceses na Guanabara (1555-1567)

Em dezembro de 1555 o Rio de Janeiro foi invadido uma expedição comandada por Nicolas Durand de Villegaignon. O empreendimento contou com o apoio do almirante Gaspard de Coligny (1519-1572), um simpatizante e futuro correligionário dos protestantes franceses (huguenotes).

Inicialmente, Villegaignon se mostrou simpático à Reforma. Escreveu ao reformador João Calvino, em Genebra, na Suíça, pedindo pastores e colonos evangélicos para sua colônia. Uma segunda expedição chegou em 1557, trazendo um pequeno grupo de huguenotes liderados pelos pastores Pierre Richier e Guillaume Chartier.

O grupo conquistou uma pequena Ilha chamada pelos indígenas de Serigipe onde no dia 10 de março de 1557 foi realizado o primeiro culto protestante da história do Brasil e das Américas. Serigipe se chama hoje Ilha de Villegaignon. E em 21 de março houve a primeira celebração da Ceia do Senhor sob o rito calvinista.

Mas a idéia de implantar o protestantismo no brasil falhou quando foram expulsos pelos portugueses em 1560. A França Antártica entrou para a história como a primeira tentativa de se estabelecer uma igreja e um trabalho missionário protestante na América Latina.

2.3 Os holandeses no Nordeste (1630-1654)

Em 1568 as Províncias Unidas dos Países Baixos tornaram-se independentes da Espanha. A nova e próspera nação calvinista criou em 1621 a Companhia das Índias Ocidentais, na época em que Portugal estava sob o domínio da Espanha (1580-1640).

Em 1630 a Companhia das Índias Ocidentais tomou Recife e Olinda e dentro de cinco anos apossou-se de grande parte do nordeste brasileiro. O maior líder do Brasil holandês foi o príncipe João Maurício de Nassau-Siegen, que governou por apenas sete anos (1637-1644). Ele foi notável administrador e incentivador das ciências e das artes. Concedeu uma boa medida de liberdade religiosa aos habitantes católicos e judeus do Brasil holandês.

Os holandeses criaram sua própria igreja estatal nos moldes da Igreja Reformada da Holanda. Durante os 24 anos de dominação, foram organizadas 22 igrejas e congregações. As igrejas foram servidas por mais de 50 pastores além de pregadores auxiliares. Havia também muitos “consoladores dos enfermos” e professores de escolas paroquiais.  

As igrejas destacaram-se pela sua atuação beneficente e sua ação missionária junto aos índios. Havia planos de preparação de um catecismo, tradução da Bíblia e ordenação de pastores indígenas. Todavia, levados por considerações econômicas os holandeses mantiveram intacto o sistema de escravidão negra, ainda que tenham concedido alguns direitos aos escravos.  

Após alguns anos de divergências com os diretores da Companhia das Índias Ocidentais, Maurício de Nassau renunciou em 1644 e no ano seguinte começou a revolta dos portugueses e brasileiros contra os invasores, que finalmente foram expulsos em 1654. 

No restante do período colonial, o Brasil manteve-se isolado, sendo inteiramente vedada a entrada de protestantes. Porém, com a transferência da família real portuguesa que fugia das guerras napoleônicas, em 1808, abriram-se as portas do país para a entrada legal dos primeiros protestantes (anglicanos ingleses).

O artigo 12 do Tratado de Comércio e Navegação [...] não serão perturbados, inquietados, perseguidos ou molestados por causa de sua religião, mas antes terão perfeita liberdade de consciência e licença para assistirem e celebrarem o serviço divino em honra do Todo-poderoso Deus, quer seja dentro de suas casas particulares, quer nas igrejas e capelas, que Sua Alteza Real agora, e para sempre graciosamente lhes permite a permissão de edificarem e manterem dentro de seus domínios.

3. Igreja e Estado no Brasil Império (1822-1889)

Com a independência do Brasil, surgiu a necessidade de atrair imigrantes europeus, inclusive protestantes. A Constituição Imperial, promulgada em 1824, concedeu-lhes certa liberdade de culto, ao mesmo tempo em que confirmou o catolicismo como religião oficial. 

Art. 5. A Religião Catholica Apostolica Romana continuará a ser a Religião do Império. Todas as outras Religiões serão permitidas com seu culto doméstico, ou particular em casas para isso destinadas, sem forma alguma exterior do Templo. 

Até a Proclamação da República, os protestantes enfrentariam sérias restrições no que diz respeito ao casamento civil, uso de cemitérios e educação. Segundo Zagonel: “Os protestantes sempre foram considerados cidadãos de segunda classe diante da igreja oficial”.

Essa situação de marginalidade e inferioridade foi resolvida sem 1863 com a Lei 1.1144 de 11 de setembro, que estendeu aos ministros formalmente reconhecidos das religiões acatólicas o direito de celebrar casamentos com efeitos legais. Regulamentado o registro civil dos filhos protestantes, assim como registros de óbitos e o sepultamento de protestantes em lugar apropriado.

As denominações protestantes que adentraram durante o século XIX foram Anglicana, Luterana, Metodista, Presbiteriana e Batista.

4. Igreja e estado: período republicano (1889-2017)

A separação entre a igreja e o estado foi efetivada pelo Decreto nº 119-A, de 7 de janeiro de 1890, que consagrou a plena liberdade de culto. Em fevereiro de 1891, a primeira Constituição republicana confirmou a separação entre a igreja e o estado, bem como proclamou outras medidas liberais como a plena liberdade de culto, o casamento civil obrigatório e a secularização dos cemitérios. Sob influências liberais e positivistas, a Constituição omitiu o nome de Deus, afirmando assim a caráter não religioso do novo regime, e a Igreja Católica foi colocada em pé de igualdade com todos os outros grupos religiosos; a educação foi secularizada, sendo a religião omitida do novo currículo. Em uma carta pastoral de março de 1890, os bispos deram as boas-vindas à República, mas também repudiaram a separação entre a igreja e o estado.  


Alderi Souza de Matos

FONTE

https://drive.google.com/file/d/1nUAp_1-K3J3I77PjR_YmXWacGmbYBf-E/view?usp=sharing

segunda-feira, 17 de abril de 2023

Leitura bíblica diária Cpad - 17 de abril de 2023 - 2 Timóteo 3.5

Segunda, 17 de abril de 2023.

Fique longe de pessoas assim

“Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te. “ (2 Timóteo 3:5)

O Apóstolo Paulo está preso num calabouço romano, na sala de espera do martírio. A fornalha da perseguição contra a igreja está acesa. Paulo dá suas últimas recomendações a Timóteo, um pastor jovem, doente e tímido, sobre como enfrentar vitoriosamente o tempo do fim.

(2 Timóteo 3:1) “Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos...” Os últimos dias, segundo a opinião de John N. D. Kelly, denotam o período pouco antes da parousia e do fim da era presente. Outros entendem que é uma referência a todo o período compreendido entre a primeira e a segunda vindas de Cristo. (Atos 2.14-17; Hebreus 1.1-2). Para descrever esses dias duros, trabalhosos, difíceis, furiosos e violentos. Paulo emprega um termo grego usado para descrever os endemoninhados gadarenos que estavam furiosos (Mateus 8.28). Isso indica que a violência dos últimos dias será incitada pelos demônios (1 Timóteo 4.1).

Será uma época de terrível florescimento do mal, em que todos os alicerces morais são sacudidos. É como se o mundo se tornasse ainda mais mundano. (2 Timóteo 3:2-4) “…porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, ”

“Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. “ Todos os problemas relatados anteriormente não estão descrevendo apenas um mundo ímpio, mas também pessoas religiosas. As pessoas frequentam a igreja, mas não mudam a vida. Essas pessoas têm forma de piedade, mas nenhum poder.

Hans Burki destaca acertadamente que aqueles que trazem a aparência de uma natureza temente a Deus, mas negam seu poder, apegar-se-ão à forma da religião, mas se distanciarão do Senhor. E bem verdade que ainda preservam os costumes formais da religiosidade, mas não lhe concedem nenhuma influência sobre sua vida.

John Stott diz que, na história da humanidade, a religião e a moralidade têm estado mais distantes entre si do que juntas. As próprias Escrituras testificam esse fato de forma evidente:

Os grandes profetas éticos dos séculos VIII e VII a.C. apontaram os pecados de Israel e Judá nesse particular. Amós denunciou o crescimento da religião e da injustiça simultaneamente (Amós 2.8) “E se deitam junto a qualquer altar sobre roupas empenhadas, e na casa dos seus deuses bebem o vinho dos que tinham multado (Amós 2:8) “.

Isaías fez um diagnóstico parecido em Judá (Isaías 1.14-15) “As vossas luas novas, e as vossas solenidades, a minha alma as odeia; já me são pesadas; já estou cansado de as sofrer. Por isso, quando estendeis as vossas mãos, escondo de vós os meus olhos; e ainda que multipliqueis as vossas orações, não as ouvirei, porque as vossas mãos estão cheias de sangue “.

Jesus, em seu tempo, trouxe a lume a hipocrisia dos fariseus (Mateus 23.25) “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que limpais o exterior do copo e do prato, mas o interior está cheio de rapina e de intemperança “.

A mesma epidemia ainda se repetia entre as pessoas que Paulo está aqui descrevendo (3.5). Evidentemente essas pessoas frequentavam a igreja, cantavam hinos, diziam “amém” às orações e deitavam dinheiro no gazofilácio. Tinham aparência e palavras piedosas, mas nada mais eram que forma sem poder, aparência externa sem realidade interna, religião sem moral, fé sem obras.

Essas pessoas gostão das expressões visíveis, das práticas ascéticas e das discussões intermináveis sobre trivialidades religiosas, pensando ser obviamente justos por serem obviamente religiosos. Mas assim “negaram” a eficácia ou o poder da piedade cristã, por tomarem parte em tantas atitudes e práticas “não religiosas” listadas na introdução que caracterizaram o mundo pagão.

“Destes afasta-te. “ Paulo não está ordenando que Timóteo se afaste de todos os pecadores, porque, se assim fosse, precisaria sair do mundo (I Coríntios 5.10). Paulo está dizendo que Timóteo não deve ter comunhão com aqueles que se dizem crentes, mas vivem de forma desordenada ou hipócrita. “Mas agora vos escrevi que não vos associeis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com o tal nem ainda comais (1 Coríntios 5:11) “.

 

DEIVY FERRREIRA PANIAGO JUNIOR
10/04/2023

FONTES:

CABRAL, Elienai. Relacionamentos em Família – Superando desafios e problemas com exemplos da Palavra de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

LOPES, Hernandes Dias. 2Timóteo: o testamento de Paulo à igreja. São Paulo: Hagnos, 2014.

 

domingo, 16 de abril de 2023

Lição 4 - Lições Bíblicas Adultos - 2º Trim./2023 - CPAD

LIÇÃO 4 - Ídolos na Família – 2 Trimestre de 2023.


TEXTO ÁUREO “ Filhinhos, guardai-vos dos ídolos. Amém! ” (1 João 5.21)

Já nos primórdios da Igreja, no primeiro século da Era Cristã, o apóstolo João deparou-se com o problema da existência de ídolos caseiros que famílias cristãs tinham dificuldades em abandonar. Por isso, o apóstolo aconselhou:

“ Filhinhos, “ A palavra, Filhinhos, sugere tanto a idade avançada do autor como o terno e afetuoso relacionamento que havia entre ele e seus leitores. Estes são simplesmente “teknia”, “filhinhos”, em 2:12,28; 3:7,18; 4:4; 5:21. Essa palavra grega ocorre no evangelho de João a partir dos lábios de Jesus, em (João 13:33) “ Filhinhos, ainda por um pouco estou convosco. Vós me buscareis, e, como tinha dito aos judeus: para onde eu vou não podeis vós ir, eu vo-lo digo também agora “. O propósito desta epístola, diz ele, é guardá-los do pecar.

“...guardai-vos dos ídolos. Amém! ” O dever, guardai-vos dos ídolos, surge naturalmente da condição e caráter do verdadeiro cristão, que ele esteve expondo. O verbo grego usado para guardar significa “vigiar”, “proteger”. David Smith demonstra que ele é empregado com referência a proteger “um rebanho (Lucas 2:8), um depósito ou encargo (1 Timóteo 6:20; 2 Timóteo 1:12,14), um prisioneiro (Atos 12:4) ”. Ora, ídolos são temporais porque representa aquilo que é falso e vazio e, lamentavelmente, os ídolos domésticos são enganosos. Qualquer coisa pode ser um ídolo dentro de casa, como, por exemplo: um emprego, um carro, a televisão, o dinheiro, um filho, um pai ou uma mãe, um estilo de vida. Ademais, como identificar a idolatria dentro e fora de casa? Tudo aquilo que requer lealdade e honra acima de Deus se constitui idolatria. Paulo escreveu aos coríntios e disse: “o ídolo nada é no mundo” (1 Coríntios 8.4). Paulo disse mais: “Pois mesmo que haja os chamados deuses, quer no céu, quer na terra, (como de fato há muitos “deuses” e muitos “senhores”), para nós, porém, há um único Deus, o Pai, de quem vêm todas as coisas e para quem vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, por meio de quem vieram todas as coisas e por meio de quem vivemos” (1 Coríntios 8.5,6, NVI). Temos a tendência de endeusar pessoas em detrimento de Deus. 

A Bíblia Viva traduz assim este versículo: “Meus queridos filhos, afastem-se de qualquer coisa que possa tomar o lugar de Deus no coração de vocês”. Já Wescott o disse assim: “Guardai-vos de todos os objetos de falsa devoção”. Na verdade, o que João está dizendo é: não abandone o real pelo ilusório. Todos os substitutos de Deus são ídolos e deles o crente deve guardar-se, vigilante.

 

DEIVY FERRREIRA PANIAGO JUNIOR
06/4/2023

FONTES:

CABRAL, Elienai. Relacionamentos em Família – Superando desafios e problemas com exemplos da Palavra de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

STOTT, John R. W. 1,2e 3 João – Introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1982.

LOPES, Hernandes Ddias. 1, 2 e 3  João: como ter garantia da salvação. São Paulo: Hagnos 2010. (Comentários expositivos Hagnos)

segunda-feira, 10 de abril de 2023

Leitura bíblica diária Cpad - 10 de Abril de 2023 - Provérbios 6.34

Segunda, 10 de abril de 2023.

O ciúme desperta a fúria das pessoas

“Porque furioso é o ciúme do marido; e de maneira nenhuma perdoará no dia da vingança “. (Provérbios 6:34)

A partir do verso 20 Salomão começa a dar conselhos sobre fidelidade conjugal. Ele inicia com grande apelo progenitor a seus leitores: “ Filho meu, guarda o mandamento de teu pai e não deixes a lei de tua mãe (Provérbios 6:20). O mandamento que ele dá é “guarda-te da má mulher “; “das lisonjas da mulher estranha”; “não cobice sua formosura”; “não te prendas com os seus olhos” (As mulheres antigas já pintavam os olhos como fazem as modernas, que pintam de claro ou escuro as pálpebras, tornando as olhadelas mais sugestivas.

O texto dá a entender que há duas espécies de mulheres: a casada e a prostituta. Tanto uma como a outra são um perigo, embora a casada envolva crime duplo, por causa do ciúme do marido. Ele afirma que por causa de uma mulher prostituta se chega a pedir um bocado de pão e que a adúltera anda a caça de preciosa vida. A diferença entre as duas mulheres é que a prostituta é uma pobre mercadora que vende o corpo a troco de um pedaço de pão, e faz disso a sua própria vida. A casada, porém, é uma víbora, pois, tendo o seu marido que dela cuida e sustenta, anda à caça de vidas por vaidade e luxo sexual.

Essa é mais perigosa pelos resultados que produz na vida de alguém. Nos versos 27 e 28 ele adverte que se acontecer certamente haverá consequências: “Tomará alguém fogo no seu seio, sem que as suas vestes se queimem? Ou andará alguém sobre as brasas, sem que se queimem os seus pés? “. Algumas dessas consequências são: “destruirá a sua alma”; “achará castigo e vilipêndio” (desprezo) e “seu opróbrio (vergonha) nunca se apagará ”. Há no contexto o exemplo do ladrão que deverá indenizar sete vezes tanto evidenciando que esta pessoa traidora terá prejuízos financeiros pela transgressão.

Além disso, há outro perigo, o maior, talvez: o esposo ultrajado porque o ciúme excita o furor do marido (v. 33). O ciúme cega e não há compaixão no dia de vingança:  “O furor é cruel e a ira destruidora, mas quem resistirá diante do ciúme? (27.4) ”. O marido ultrajado não aceitará presentes ou reparos, ainda que sejam muitos (v. 35). Aliás, não há reparos em tais prejuízos, nem resgate. Dente por dente era a lei, pois nos tempos bíblicos o adultério era punido como um crime merecedor da pena de morte. O adúltero e a adúltera certamente seriam mortos. Todos sabiam disto. Portanto, aqueles que, agem deliberadamente de maneira contrária à lei, podem ser considerados como homicidas de si mesmos.  Se você não teme a ira de Deus, ainda assim deve temer a ira de um homem. Assim é o ciúme, tão forte como a morte e tão duro como a sepultura. No dia da vingança, quando o adúltero será julgado pela sua vida, o acusador não poupará esforços nem custos na acusação, não demonstrará piedade para com você, como talvez demonstrasse a alguém que o tivesse roubado.

Um exemplo da retribuição deste pecado pode ser notado na experiência de Davi: “Agora, pois, não se apartará a espada jamais da tua casa, porquanto me desprezaste e tomaste a mulher de Urias, o heteu, para que te seja por mulher. Assim diz o Senhor: Eis que suscitarei da tua mesma casa o mal sobre ti, e tomarei tuas mulheres perante os teus olhos, e as darei a teu próximo, o qual se deitará com tuas mulheres perante este sol (2 Samuel 12:10,11) ”. Absalão quando tentou usurpar o trono se deitou em público com as mulheres de seu pai: “E disse Aitofel a Absalão: Entra às concubinas de teu pai, que deixou para guardarem a casa; e, assim, todo o Israel ouvirá que te fizeste aborrecível para com teu pai, e se fortalecerão as mãos de todos os que estão contigo. Estenderam, pois, para Absalão uma tenda no terrado, e entrou Absalão às concubinas de seu pai perante os olhos de todo o Israel (2 Samuel 16:21,22) “.

O que se chega à mulher do próximo é o mesmo que andar sobre brasas, pois não ficará sem castigo aquele que a tocar (v. 29). Um dia o pecado é descoberto, e então virá o acerto de contas.

 

DEIVY FERRREIRA PANIAGO JUNIOR
29/03/2023

FONTES:

CABRAL, Elienai. Relacionamentos em Família – Superando desafios e problemas com exemplos da Palavra de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

MESQUITA, Antônio Neves. Estudo no Livro de Provérbios. JUERP, 1979.

LIÇÃO 3 - Ciúme, o Mal que Prejudica a Família – 2 Trimestre de 2023.


TEXTO ÁUREO “ Porque, onde há inveja e espírito faccioso, aí há perturbação e toda obra perversa. ” (Tiago 3.16)

“ Porque, onde há inveja e espírito faccioso, “ Na sua exposição quanto a sabedoria que vem de Deus e da sabedoria terrena, Tiago, irmão do Senhor estabelece diferenças entre ambas, pois, uma exercitará e paz e outra trará confusão. Nesse versículo ele reafirma dois aspectos da sabedoria humana: A inveja e o espirito faccioso. A inveja é um sentimento indigno para um cristão sincero; é sentimento carnal, ou de influência diabólica, que faz com que um a pessoa sinta-se mal com o sucesso do outro. E sentimento destruidor não só da paz interior, mas que é devastador para a saúde física. E “a podridão dos ossos” (Provérbios 14.30). Na vida de Saul encontramos a manifestação devastadora do ciúme e da inveja. Para Saul era inconcebível que as mulheres cantassem: “Saul feriu os seus milhares, porém, Davi os seus dez milhares (1 Samuel 18:70) “. “Então Saul se indignou muito, e aquela palavra pareceu mal aos seus olhos, e disse: Dez milhares deram a Davi, e a mim somente milhares; na verdade, que lhe falta, senão só o reino? E, desde aquele dia em diante, Saul tinha Davi em suspeita (1 Samuel 18:8,9) “. O que Saul não sabia era que ele mesmo e não Davi seria a vítima da sua atitude de inveja: “E aconteceu no outro dia, que o mau espírito da parte de Deus se apoderou de Saul... (1 Samuel 18:10) “. O que começou com uma aparente “inocente atitude de ciúme, desdobrou-se em raiva e consequente tentativa de assassinato:  “E temia Saul a Davi, porque o Senhor era com ele e se tinha retirado de Saul (1 Samuel 18:12) “. O espirito faccioso no seio da comunidade cristão é de inspiração diabólica. O Espirito de Deus nada tem a ver com divisões e partidarismo eventualmente surgidos na igreja. Essa tendência de criar facções e partidos dentro da igreja não é recente. Desde os primórdios da igreja havia aqueles que estufavam o peito e arrogantemente diziam: “Eu sou de Paulo, e eu de Apolo, e eu de Cefas, e eu de Cristo (1 Coríntios 1:12) “. Paulo por isso chama os cristãos coríntios de carnais: “Porque ainda sois carnais; pois, havendo entre vós inveja, contendas e dissensões, não sois porventura carnais, e não andais segundo os homens? (1 Coríntios 3:3) “.

“...aí há perturbação e toda obra perversa. ” O que se conquista quando se dá lugar a esses dois aspectos da sabedoria humana que é perturbação (confusão) – provavelmente uma referência a discussões na igreja – e toda espécie de cousas ruins (obra perversa). A bíblia afirma que Deus não tem nada a ver com a confusão: “Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos (I Coríntios 14:33) “; e muito menos simpatizante do mal: “E esta é a mensagem que dele ouvimos, e vos anunciamos: que Deus é luz, e não há nele trevas nenhumas (I João 1:5). Portanto, uma "sabedoria" que provoca uma situação como essa não pode vir de Deus. A sabedoria que vem do alto produz “paz para os que exercitam a paz (Tiago 3:18) “.

 

DEIVY FERRREIRA PANIAGO JUNIOR
02/04/2023

FONTES:

CABRAL, Elienai. Relacionamentos em Família – Superando desafios e problemas com exemplos da Palavra de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

RENOVATO, Elinaldo. As ordenanças de Cristo nas cartas pastorais. Rio de Janeiro: CPAD, 2015.

Lições Bíblicas 1989 - 1 Trimestre - Epistola de Tiago - Raimundo de Oliveira.

PFEIFFER, Charles F. Comentário Bíblico Moody. Batista Regular, 2017. 

segunda-feira, 3 de abril de 2023

Leitura bíblica diária CPAD - 3 de abril de 2023 - Romanos 12.2

Segunda, 03 de abril de 2023. 

A vontade de Deus sempre é perfeita 


“E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus “. (Romanos 12:2) 


“E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, A que mundo se refere? A palavra mundo, no grego significa: ordem de coisas; sistema. Existe também em 1 Coríntios 1.20; 2.6; 3.18; 2 Coríntios 4.4; Gálatas 1.4, a palavra século no grego significa “ o pensamento predominante da época”. Os dois termos “ mundo” e “ século” estão interligados nos significados. Porém, o conselho de Paulo: E não vos conformar com este mundo” significa não entrar na forma do mundo, mas na forma de Deus. A forma do mundo é o sistema espiritual satânico que domina o “ mundo” das criaturas humanas. Eles deviam se “transformar” Esse verbo grego significa transfigurar, moldar. É o mesmo verbo usado pelo apóstolo Pedro quando escreveu aos cristãos: “Como filhos obedientes, não vos conformando com as concupiscências que antes havia em vossa ignorância; ” (1 Pedro 1.14). Assim como o líquido assume a forma do recipiente que ocupa, da mesma forma o cristão, se Não se guiar pela Palavra de Deus, pode ser moldado de acordo com a cultura à sua volta. Essa transformação diz respeito ao interior e implica numa mudança radical em toda a maneira de ser da pessoa transformada. Não se conformar “ com o mundo” e, além de não entrar na forma do mundo, ter uma transformação espiritual que modifique toda a nossa vida. A renovação da mente significa a renovação dos seus motivos e fins. Paulo aconselha os cristãos de Filipos a exercitar sua mente enchendo-as de virtudes espirituais: “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai. (Filipenses 4:8) “. 

 

“...para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus “.  Esses exercícios espirituais sugeridos para renovarmos a mente proporcionam conhecimento da Palavra de Deus e discernimento espiritual úteis para decidirmos o que Deus quer que façamos em determinada situação. Uma vez que nos apresentamos a Deus em sacrifício vivo (v.1), e nossa mente é renovada pela Palavra de Deus, passaremos então a pensar corretamente e nas coisas certas. O propósito da “transformação moral e espiritual” é que o crente possa “experimentar” a vontade gloriosa de Deus. Quando nos “apresentamos”, automaticamente “experimentamos a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. Pergunta-se, então: - Qual é a vontade de Deus? - A vontade de Deus é a expressão do seu caráter na nossa vida diária. 

 

DEIVY FERRREIRA PANIAGO JUNIOR 
27/3/2023 


FONTES: 


CABRAL, Elienai. Relacionamentos em Família – Superando desafios e problemas com exemplos da Palavra de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2023. 

CABRAL, Elienai. Romanos – O evangelho da justiça de Deus. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus. 1986. 

GONÇALVES, José. Maravilhosa Graça - O evangelho de Jesus Cristo revelado na Carta aos Romanos. Rio de Janeiro: CPAD, 2016. 

http://biblecourses.com/Portuguese/Po_lessons/Po_200904_03.pdf