quarta-feira, 31 de julho de 2024

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 31 DE JULHO DE 2024 (Gênesis 2:24)

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
31 DE JULHO DE 2024
A LIDERANÇA MASCULINA NA FAMÍLIA PRESSUPÕEM ATITUDE, AMOR E HONRA

Gênesis 2:24 “Portanto, deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne. ” 


“ Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, “ 

Os filhos devem deixar seus pais para inaugurarem uma nova família, que não será igual a família do marido e nem a família da mulher. Assim, à sombra dos seus pais, o novo casal certamente não poderia, jamais, cumprir integralmente o projeto do Criador. Essa nova família terá que se desenvolver naturalmente. O pastor Reynaldo Odilo em seu livro, Eu e a minha casa, tem um capítulo que nos ensina muito sobre a importância de deixar os pais. Ele aponta que os pais devem ser deixados em três aspectos: geográfico, emocional e financeiro.

Geográfico. Toda família precisa de “espaço” para crescer. Para isso, Deus mandou o novo casal, antes de se unir, deixar pai e mãe. Observe uma planta. Ela precisa de um espaço só dela: veja quando o trigo divide um pequeno espaço geográfico com o joio — Mateus 13.28-30 — é um problema. A grande dificuldade é que as raízes do joio e do trigo podem se entrelaçar, diante da proximidade territorial. Isso significa a necessidade do trigo por um espaço individual, próprio. A mesma coisa acontece com o novo lar. A casa dos pais pode ser um lugar cheio de amor, carinho, conforto e compreensão, porém nunca será o melhor lugar para construir uma nova família. Ê preciso deixar tudo o que prende o novo casal ao passado! Não é fácil, mas é preciso.

Emocional ou psicológico. A planta precisa de luz solar para fazer a fotossíntese e crescer. Entretanto, essa radiação trará certo incômodo a ela nos horários mais quentes do dia. Isso, porém, é necessário. Utilizando o mesmo raciocínio, pode-se dizer que os pais não devem privar seus filhos dos eventuais desafios psicológicos — exposição ao sol. É preciso que cada nova família adquira individualidade, tomando suas próprias decisões. Por mais que "doa” ver os filhos passarem por certos "percalços” no novo contexto familiar, o bloqueio emocional ao novo casal, pelos pais, (impedir que deixe psicologicamente os genitores) ensejará prejuízo.

Financeiro. A ordem de "deixar pai e mãe” também atinge a parte financeira, porém o dever de os pais ajudarem financeiramente os filhos (2 Coríntios 12.14) e vice-versa (Marcos 7.10-13) nunca terminará diante de Deus, bem como perante a lei civil. Muitos filhos casados, de maneira irresponsável, sobrecarregarem seus pais financeiramente, inclusive indo morar com eles, tirando-lhes a privacidade e fazendo-lhes passar, ocasionalmente, privações. Por outro lado, pais que fazem questão de pagar todas as despesas dos filhos casados, impedindo-lhes de ter suas próprias experiências financeiras, também podem dar origem a inúmeros conflitos dentro da nova família, fazendo a situação do casal ficar insustentável.

Não existe nenhuma contradição entre os mandamentos do Senhor, pois eles são puros e alumiam os olhos (Salmo 19.7,8). Honrar pai e mãe, assim, não entra em contradição com o mandamento que determina deixar pai e mãe, por ocasião do casamento. Como mencionado, esse "deixar” restringe-se, tão somente, aos aspectos geográfico, emocional e financeiro, mas em relação ao dever de honrá-los permanecerá enquanto os filhos estiverem vivos. Jesus, por exemplo, até na hora da morte honrou sua mãe, provendo-lhe uma casa para morar — a de João.


“..., e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne. ” 

A palavra para “apegar-se” significava originalmente “colar ou cimentar”. No casamento, marido e mulher tornam-se “uma só carne” (Efésios 5:28–31). Essa unicidade é fisicamente expressa pela união sexual deles (veja 1 Coríntios 6:16; 7:2–4). Deus fez o homem e a mulher para se complementarem e se completarem mutuamente (Gênesis 2:18, 24). Esse plano original deveria ser o modelo para todas as futuras uniões sexuais. 

Por sua própria natureza, esse modelo exclui a poligamia, a poliandria, o divórcio e o novo casamento. João Crisóstomo escreveu: “Se fosse da vontade de Deus fazer as coisas dessa maneira, quando Ele fez um homem, teria feito muitas mulheres”. A intenção de Deus exclui uniões do mesmo sexo (Romanos 1:26, 27). Se Ele tivesse planejado que homens estivessem com homens e mulheres com mulheres, Ele teria feito outro homem para Adão e outra mulher para Eva. Quando os homens alteram os propósitos de Deus, os resultados são catastróficos.


DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
15/7/2023

FONTES:

BAPTISTA, Douglas. A igreja de Cristo e o império do mal – Como viver neste mundo dominado pelo espírito da Babilônia. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

ODYLO, Reinaldo. Eu e minha Casa - Orientações da Palavra de Deus para a Família do Século XXI. Rio de Janeiro: CPAD, 2016.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201209_02.pdf

terça-feira, 30 de julho de 2024

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 30 DE JULHO DE 2024 (Salmo 27.14)


LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
30 DE JULHO DE 2024
ESPERANDO O TEMPO CERTO E O DESFECHO DO DEVIDO PROCESSO 

Salmo 27.14Espera no Senhor, anima-te, e ele fortalecerá o teu coração; espera, pois, no Senhor.”

 

Espera no Senhor, anima-te,”

“Espera no Senhor” - O salmista exorta a si mesmo a depender do Senhor pelo fato de que ele nunca falhou em suas promessas. A palavra hebraica para esperar significa, na verdade, ter esperança. Ter esperança em Deus é esperar por Sua ação em Seu tempo propício: “Mas os que esperam no Senhor renovarão as forças, subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; caminharão, e não se fatigarão” (Isaías 40.31). Espera à porta do Senhor com oração. Espera aos seus pés com humildade. Espera à sua mesa com serviço. Espera à sua janela com expectativa.

Consola-te, segura com firmeza (septuaginta), porta-te vigorosamente ou deixa-te como homem, cuja palavra o apóstolo Paulo usou em 1 Coríntios 16.13: Vigiai, estai firmes na fé; portai-vos varonilmente, e fortalecei-vos”. Estas são palavras de encorajamento contra o desleixo, o medo, o desânimo de coração ou outras fraquezas.

“Anima-te” - Este é o lema do soldado. Seja o meu também. Sempre precisamos de ânimo e, para o seu exercício, temos tanta razão quanto necessidade, se formos soldados do Rei Jesus. As palavras de encorajamento são reminiscentes das palavras de Moisés a Josué: “Esforça-te e anima-te; porque com este povo entrarás na terra que o Senhor jurou a teus pais lhes dar; e tu os farás herdá-la (Deuteronômio 31:7), da comissão de Deus a Josué: “Esforça-te, e tem bom ânimo (Josué 1:6, 7, 9, 18) e das palavras de Josué ao povo: “Não temais, nem vos espanteis; esforçai-vos e animai-vos; porque assim o fará o Senhor a todos os vossos inimigos, contra os quais pelejardes (Josué 10:25). A história da redenção não terminou com a Conquista. Continua enquanto o povo de Deus “esperar no Senhor” e fazer a sua vontade.

 

“... e ele fortalecerá o teu coração;”

Como o agricultor que espera pacientemente a semente germinar e a safra amadurecer, os crentes devem esperar com paciência no Senhor que certamente os libertará e julgará seus opressores. Enquanto esperam, eles precisam “fortalecer” seus corações: "Sede vós também pacientes, fortalecei os vossos corações; porque já a vinda do Senhor está próxima" (Tiago 5.8). Sendo o coração fortalecido, o mecanismo inteiro da humanidade estará cheio de poder. O coração forte torna o braço forte. 

Paulo fez a mesma exortação  aos tessalonicenses que aguardavam a parousia: "Para confirmar os vossos corações, para que sejais irrepreensíveis em santidade diante de nosso Deus e Pai, na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo com todos os seus santos" (1 Tessalonicenses 3.13), e o autor de Hebreus recomenda que o coração esteja “confirmado com graça”, como um antídoto contra o falso ensino (Hebreus 13.9). O que se recomenda, então, é um firme apego à fé em meio de tentações e provações.

“Espera, pois, no Senhor.”

Na palavra “pois”, Davi coloca o seu selo particular nas palavras que, como homem inspirado, ele fora movido a escrever. É o seu testemunho como também o mandamento de Deus. De fato, este que escreve estas notas parcas descobriu por experiência que estas palavras são tão doces, tão reanimadoras, tão proveitosas para aproximar-se de Deus que por conta própria ele também se sente preso a escrever: “Espera, pois, no Senhor”.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
29/7/2024

FONTES:

QUEIROZ, Silas. O Deus Que Governa o Mundo e Cuida da Família – Os Ensinamentos Divinos nos livros de Rute e Ester para a Nossa Geração. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

SPURGEON, Charles. Os tesouros de Davi – Volume 3. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

MOO, Douglas J. Tiago - Introdução e Comentário. São Paulo: Vida Nova, 1990.

segunda-feira, 29 de julho de 2024

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 29 DE JULHO DE 2024 (Hebreus 13.4)


LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
29 DE JULHO DE 2024
O CASAMENTO COMO INSTITUIÇÃO DIVINA FUNDAMENTAL

Hebreus 13.4 ”Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém, aos que se dão à prostituição, e aos adúlteros, Deus os julgará.”


“Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula;”

O matrimonio ou casamento deve ser estimado por todos. Ele não é apenas um pedaço de papel. Ele deve ser venerado (digno de honra) porque Deus o instituiu no Éden depois de concluir que não era bom para o homem que estivesse sozinho (Genesis 2.18).

A Adão Deus deu Eva a quem ele chamou de osso dos meus ossos e carne da minha carne (Genesis 2.23).

O próprio Deus oficializou esta união e nos  e nos deixou uma ordenança: “Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne” (Gênesis 2:24).

O casamento não deve ser negado a quem o Senhor não negou: “Porque há eunucos que assim nasceram do ventre da mãe” (Mateus 19:12). Era através do matrimonio que se cumpria a primeira comissão: ‘E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra” (Gênesis 1:28).

Leito sem mácula sugere que a união de marido e mulher conserva-os puros e castos diante de Deus. E eles demais devem se envergonhar da sua condição, pois ela as protege da impureza sexual: “Mas, por causa da fornicação, cada um tenha a sua própria mulher, e cada uma tenha o seu próprio marido” (1 Coríntios 7:2).


“... porém, aos que se dão à prostituição, e aos adúlteros, Deus os julgará.

“Aos que se dão em prostituição” (porneia) – Ato sexual com uma prostituta. Porém o termo grego é mais amplo e inclui um grande leque de irregularidades sexuais proibidos pela lei. Como atos incestuosos e homossexualidade, pornografia e masturbação.

“Adúlteros” – Aqueles que violam seus votos matrimoniais. Paulo diz que somos livres para casar com quem quisermos contanto que seja no Senhor. Adultério é  única condição de Cristo para o divorcio. Apesar de Deus odiar o divorcio: “Porque o Senhor, o Deus de Israel diz que odeia o repúdio, e aquele que encobre a violência com a sua roupa, diz o Senhor dos Exércitos; portanto guardai-vos em vosso espírito, e não sejais desleais” (Malaquias 2:16).

“Deus os julgará” Os que de maneira leviana desrespeitar o casamento podem até escapar do julgamento dos homens, mas, se não se arrependerem, jamais escaparão do julgamento de Deus: “Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo” (Hebreus 10:31). Foi determinado um dia para o juízo final, o dia do acerto de contas!


DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
7/7/2023

HENRY, Matthew. Comentário Bíblico – Atos a Apocalipse. Rio de Janeiro: CPAD, 2012.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201408_08.pdf

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 29 DE JULHO DE 2024 (Gênesis 2.18)

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
29 DE JULHO DE 2024
O CASAMENTO COMO INSTITUIÇÃO DIVINA FUNDAMENTAL

Gênesis 2.18 “E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele.” 


“E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só;” 

Eis aqui um exemplo do cuidado do Criador pelo homem, e a sua preocupação paternal pelo seu conforto. Embora Deus lhe tivesse dado a conhecer que ele era um súdito, dando-lhe um mandamento (w. 16,17), aqui o Senhor também o faz saber, para seu encorajamento na sua obediência, que ele era um amigo, um favorito, e alguém por cuja satisfação o Senhor sentia ternura. 

Embora houvesse um mundo superior de anjos, e um mundo inferior de animais, e o homem estivesse entre eles, ainda assim, não havendo ninguém da mesma natureza e nível de existência, ninguém com quem ele pudesse conviver familiarmente, ele podia ser verdadeiramente considerado só. Pois o homem é uma criatura sociável. É um prazer, para ele, trocar conhecimentos e afetos com aqueles semelhantes a ele, informar e ser informado, amar e ser amado. 

Aquilo que Deus diz aqui, sobre o primeiro homem, Salomão diz, sobre todos os homens (Eclesiastes 4.9): "Melhor é serem dois do que um, mas ai do que estiver só".  Se houvesse somente um homem no mundo, que homem melancólico ele deveria ter sido! A solidão perfeita transforma um paraíso em um deserto, e um palácio em uma masmorra. Portanto, são tolos aqueles que são egoístas e desejariam estar sozinhos na terra. 

Mesmo na nossa melhor condição neste mundo, temos necessidade da ajuda uns dos outros. Pois somos membros uns dos outros, e assim o olho não pode dizer à mão: "Não tenho necessidade de ti" I Coríntios 12.21. Nós devemos, portanto, ficar satisfeitos de receber ajuda de outros, e dar ajuda a outros, se houver oportunidade.  Somente Deus conhece perfeitamente as nossas necessidades, e é perfeitamente capaz de suprir todas elas, Filipenses 4.19. Somente nele está a nossa ajuda, e dele são todos aqueles que nos ajudam.


“... far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele.”

Alguns entendem que a palavra “auxiliadora” é um termo degradante que retrata a mulher como sendo inferior ao homem. Para eles, a palavra soa como se ela pudesse ser comparada a uma serva que ajuda sua ama com várias tarefas domésticas.  O uso bíblico do termo “adjudora ou auxiliadora” é muito diferente dessas idéias. Basicamente, denota qualquer um que presta assistência a outra pessoa, grupo ou nação fazendo algo que este não poderia fazer sozinho. Carrega a ideia de “ação comum ou cooperação de [sujeito] e [objeto] quando a força de um é insuficiente”. 

Geralmente, o auxiliador é superior a quem está sendo auxiliado, como na ocasião em que uma nação fraca como Judá pediu ajuda ao Egito para lutar contra os babilônios (Isaías 31:1–3). A superioridade do auxiliador sobre quem é auxiliado é evidente em cerca de quarenta ocorrências no Antigo Testamento, em que Deus é retratado como o “auxiliador” de Seu povo (veja Êxodo 18:4; Deuteronômio 33:26). De modo algum Deus poderia ser considerado inferior ao homem porque Ele Se inclinou para ajudar, libertar e salvar os que confiam nEle e O invocam na hora da necessidade. 

A mulher, a auxiliadora do homem, nem é superior nem é inferior a ele; antes, ela deve ser sua companheira e compartilhar igualmente com ele de uma vida em comum. Um homem e uma mulher possuem temperamentos diferentes e trazem para o casamento dons e qualidades diferentes. Cada um tem um papel a desempenhar à medida que os dois edificam uma vida juntos; mas seus diferentes papéis se complementam (se preenchem e se completam), suprindo o que falta na outra pessoa e fortalecendo áreas que podem estar fracas. O resultado é que cada um se torna uma pessoa melhor ao ser suprido com atributos e habilidades trazidos pelo outro para o casamento. 

Evidentemente, o autor de Gênesis só estava descrevendo a criação da mulher, a qual deveria ser uma auxiliadora do homem, mas o princípio se aplica a todo relacionamento marido/mulher (Mateus 19:3–6; Efésios 5:25–33; 1 Pedro 3:1–7). Além de ser uma auxiliadora do homem, a posição da mulher é ainda mais definida por ser ela “idônea” para ele, ou literalmente “diante” ele. O termo carrega em si a conotação de “proeminência” ou “ser evidente”; mas em 2:18 e20, sugere que ela “corresponde a” o homem. 

O hebraico contém uma expressão composta preposicionada que significa literalmente que a mulher é “como o oposto dele”. Em outras palavras, ele não precisa de alguém exatamente como ele, mas como ele em alguns aspectos e diferente dele em outros aspectos. O homem precisa de mais do que apenas alguém que o auxilie em sua rotina diária de trabalho ou criação de filhos. Embora esses papeis possam estar incluídos, ele também precisa de apoio espiritual, psicológico e físico mútuos do sexo oposto que só o companheirismo íntimo com uma esposa proporciona. 

Não bastou ter Deus criado um ambiente perfeito em que o homem habitasse ou ter Deus criado o homem para ter comunhão com seu Criador; o Senhor também fez o homem como um ser social para ter relacionamentos com outros seres humanos, especialmente com uma esposa. Quando Deus observou que a solidão do homem não era boa, Ele estava dizendo essencialmente que o homem só pode ter realmente “vida quando amar, dar de si mesmo... a outro ser no seu mesmo nível”.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
01/08/2022

Fontes:

GONÇALVES, José. Os ataques contra a igreja de Cristo – As sutilezas de Satanás nestes dias que antecedem a volta de Jesus Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2022.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201506_04.pdf

HENRY, Matthew. Comentário Bíblico – Pentateuco. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.

domingo, 28 de julho de 2024

Lição 05: O Casamento de Rute e Boaz – A Remição da Família – 3º Trimestre de 2024.


 TEXTO ÁUREO
 

“Agora, pois, minha filha, não temas; tudo quanto disseste te farei, pois, toda a cidade do meu povo sabe que és mulher virtuosa. ” (Rute 3.11)

 

“Agora, pois, minha filha, não temas; tudo quanto disseste te farei,

Surpreso pela firme convicção de Rute, por não tem procurado alguém mais jovem (v.10), mas, priorizado a lei do levirato. Boaz entende perfeitamente a atitude de Rute e o seu pedido de casamento. Boaz diz a Rute para não ter medo, porque ele faria o que ela lhe pedia.

Todavia, havia uma questão em aberto. Boaz era apenas sobrinho de Elimeleque, enquanto que havia ainda um irmão vivo. Embora pronto a assumir a responsabilidade do go'el (isto é, de "remidor"). A obrigação do casamento em levirato caía sobre este "outro resgata­dor" antes de cair sobre Boaz. Apenas se o outro não aprouvesse resgatá-la (v.13) este poderia agir como levir. E isso de fato aconteceu: “Então disse o remidor: Para mim não a poderei redimir, para que não prejudique a minha herança; toma para ti o meu direito de remissão, porque eu não a poderei redimir” (Rute 4.6).

Boaz empenhou sua honra e sua palavra de que cumpriria os desejos do coração de Rute e trabalharia na direção de atender plenamente ao seu pedido. Então a orienta como ela deveria proceder.

 

“... pois toda a cidade do meu povo sabe que és mulher virtuosa. ”

A palavra traduzida por cidade literalmente é “portão”. Nas cidades palestinas, o lugar de encontro usualmente era ao lado do portão. “Todo o portão”, assim, significa “todas as pessoas que se reúnem na cidade”.

Todo o povo que se reunia à porta da cidade para conversar ou tratar de negócios estivera falando dela, comen­tando sua virtude, chamando-a de mulher virtuosa, "uma noiva digna de ser conquistada" (como Knox prefere traduzir livremente).

Essa palavra é usada a respeito da mulher ideal (Provérbios 31:10), a mulher que é “coroa de seu marido” (Provérbios 12:4). A Bíblia diz: “Enganosa é a graça, e vã, a formosura, mas a mulher que teme ao Senhor, essa será louvada” (Provérbios 31.30).

Rute foi uma mulher que impactou a cidade não pela sua beleza, mas pelas suas virtudes. Sua beleza interior era mais esplêndida do que sua beleza exterior. O maior patrimônio que possuímos é o nosso nome, o nosso caráter. O bom nome vale mais do que as riquezas.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
19/6/2024

FONTES:

QUEIROZ, Silas. O Deus Que Governa o Mundo e Cuida da Família – Os Ensinamentos Divinos nos livros de Rute e Ester para a Nossa Geração. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

HARRISON, Everret F; PFEIFFER, Charles F. Comentário Bíblico Moody. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1990.

ATKINSON, David. A Mensagem de RUTE. Abu, 1991.

LOPES, Hernandes Dias. Rute: Uma perfeita história de amor. São Paulo: Hagnos, 2007.

CUNDALL, Arthur Ernest; MORRIS, Leon. Juízes e Rute: introdução e comentário. 1. ed. São Paulo: Vida Nova, 1986.

Texto Áureo Lição 05 - O Casamento de Rute e Boaz – A Remição da Família...

Lição 5 - Lições Bíblicas Adultos - 3º Trim./2024 - CPAD

sábado, 27 de julho de 2024

1 Timóteo 2.1

 

1 Timóteo 2.1 “Admoesto-te, pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões, e ações de graças, por todos os homens;”

 

“Admoesto-te, pois, antes de tudo,”

A palavra “admoestar” ” ( noutheteō ), significa aconselhar, advertir. Refere-se a conselhos, observações  e advertências concernentes ao comportamento e à prática de vida do cristão. Paulo admoestava os irmãos em vários lugares (Atos 20:31; 1 Coríntios 4:14). Ao mesmo tempo, ele instruía os discípulos a admoestarem uns aos outros (1 Tessalonicenses 5:14), e especialmente ensinava aos pais sobre a importância de admoestar os próprios filhos (Efésios 6:4).

Um dos motivos de nos reunirmos com os nossos irmãos em Cristo é a admoestação mútua que ajuda cada um a se manter fiel (Hebreus 10:25). Admoestação e advertência fazem parte do trabalho dos evangelistas (1 Timóteo 1:3; 4:13; 2 Timóteo 4:2), mas eles não são os únicos que devem (Romanos 12:8; Gálatas 6:1; Hebreus 3:13).

“Antes de tudo”. As palavras próton pánton “antes de tudo” indicam primazia de importância e não de tempo. A comissão de Cristo para irmos a toda criatura (Marcos 16:15-16) sempre será grande demais para mentes finitas a compreenderem. Precisamos da ajuda de Deus. Por isso, Paulo exortou a Timóteo e a nós a, “antes de tudo”, orarmos.

A oração não é um apêndice no culto, mas parte vital dele. Os apóstolos entenderam a primazia da oração, quando decidiram: “Quanto a nós, nos consagraremos à oração e ao ministério da palavra” (Atos 6.4).

 

“... que se façam deprecações, orações, intercessões, e ações de graças,”

Muito embora o objetivo de Paulo é insistir na centralidade da oração mais do que numa análise de seus tipos, o apóstolo usa aqui quatro formas de oração.

“Deprecações” - O termo (gr. deesis) significa “suplicar, implorar, rogar por” alguém ou alguma coisa (Dicionário Houaiss). Dá a entender um tipo de oração que é feita de modo ardente, dramático, compassivo. A ideia fundamental da palavra grega deesis, é um sentimento de necessidade. A oração começa com esse sentimento de nossa total dependência de Deus. Oração é a insuficiência humana aproximando-se da suficiência divina.

Segundo, as “orações” (gr. proseuchomai) – “oferecer oração ou votos a Deus”. Designam o movimento da alma em direção a Deus. As orações são um ato de adoração a Deus, exaltando-o pela excelência de seus atributos e rogando a ele pela grandeza de suas misericórdias. A oração é tema de grande destaque na Bíblia. No Antigo Testamento, os homens de Deus venceram sob o manto da oração. Davi orava sempre (SaImo 55.16,17) e Daniel venceu na cova dos leões porque tinha reservas de oração (Daniel 6.10). Esses dois exemplos indicam o valor extraordinário da oração fervorosa e sincera, diante de Deus.

Terceiro, as “intercessões” (gr.: enteuxis). Elas estão relacionadas com a súplica em favor de alguém ou de alguma coisa. Tem o sentido de “intervenção, mediação, interferência, intermédio” (Dicionário Houaiss). Do grego enteuxis, significando “apelar para”, ou intercessões em geral, que se fazem em favor de alguém. A palavra enteuxis também traz a ideia de entrar na presença do rei para lhe fazer uma petição. Portanto, nenhum pedido é grande demais para ele. Para Deus não há impossíveis!

Quarto, as “ações de graças”. Essas grandiosas possibilidades alcançadas pela oração criam uma necessidade natural de incluirmos em nossas petições “ações de graça”. Elas tratam da nossa gratidão a Deus pelo que ele tem feito. A palavra grega eucaristia, deixa claro que orar não é apenas aproximar-se de Deus para adorá-lo por quem ele é, e rogar a ele suas bênçãos, mas, também, e sobretudo, agradecê-lo pelo que ele tem feito. Na avaliação da necessidade e do privilégio de trabalharmos com Deus, que adequada se torna a admoestação de Paulo: “dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo” (Efésios 5:20)

 

“... por todos os homens;”

A oração deve ser “em favor de todos os homens”. Não é só a oração que é em favor de todos, o plano de Deus também é para todos. Sua graça é suficiente para que “todos sejam salvos”. Jesus morreu por todos (2 Coríntios 5:14, 15), Ele nos manda ir a todos (Marcos 16:15, 16; Mateus 28:18–20) e disponibilizou o evangelho a todos (Judas 3). Por meio desse evangelho todos serão julgados (Romanos 14:10–12; 2 Coríntios 5:10). Salvar almas do pecado apaga o passado pecaminoso (Atos 2:38; 22:16). O plano de Deus também é para que todos “cheguem ao pleno conhecimento da verdade” (v.4).

A o que parece, as igrejas evangélicas, nos tempos atuais, têm-se esquecido dessa oração “por todos os homens”. E mais comum ouvirem-se orações pela com unidade cristã; por suas atividades, na evangelização, no ensino, no discipulado. São orações legítimas e indispensáveis. Mas o alcance da oração da igreja cristã deve ultrapassar “as quatro paredes” dos templos, nas igrejas locais. Onde quer que formos, jamais encontraremos uma pessoa pela qual não precisamos orar.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
31/7/2024

FONTES:

QUEIROZ, Silas. O Deus Que Governa o Mundo e Cuida da Família – Os Ensinamentos Divinos nos livros de Rute e Ester para a Nossa Geração. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.3

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_200311_05.pdf

RENOVATO, Elinaldo. As ordenanças de Cristo nas cartas pastorais. Rio de Janeiro: CPAD, 2015.

LOPES, Hernandes Dias. 2Timóteo: o testamento de Paulo à igreja. São Paulo: Hagnos, 2014. 

Esdras 1.1

 

Esdras 1.1 “No primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia (para que se cumprisse a palavra do SENHOR, pela boca de Jeremias), despertou o SENHOR o espírito de Ciro, rei da Pérsia, o qual fez passar pregão por todo o seu reino, como também por escrito, dizendo:”

 

“No primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia”

Esse versículo tem um homônimo em 2 Crônicas 36.22 : “Porém, no primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia (para que se cumprisse a palavra do Senhor pela boca de Jeremias), despertou o Senhor o espírito de Ciro, rei da Pérsia, o qual fez passar pregão por todo o seu reino, como também por escrito, dizendo:

O primeiro ano de Ciro seria uma data dentro do ano 539 a.C., quando a Babilônia foi conquistada pela Pérsia e Ciro II começou a governar sobre os judeus. No fatídico banquete de Belsazar na tradução misteriosa da parede da palavra “PERES” “Dividido foi o teu reino, e dado aos medos e aos persas” (Daniel 5.28). Naquela mesma noite Belsazar foi morto e Dario, o medo (Subordinado de Ciro), ocupou o reino dos caldeus.

 

“... (para que se cumprisse a palavra do SENHOR, pela boca de Jeremias),”

A proclamação de Ciro ocorreu para que se cumprisse a Palavra do Senhor, por boca de Jeremias. O decreto do rei cumpria a profecia porque Jeremias já dissera que o povo de Deus retornaria à sua terra após “setenta anos” de cativeiro (Jeremias 25:11; 29:4–10).

Os setenta anos podem ser mensurados de suas maneiras: desde a primeira deportação (ca. 605 a.C.) até o primeiro regresso (ca. 538 a.C.2) ou desde a destruição do templo (ca. 586 a.C.) até o término de sua reconstrução (ca. 516 a.C.).

Outra possibilidade é que “setenta” seja considerado um número simbólico que indica um período completo ou cheio: “Para que se cumprisse a palavra do Senhor, pela boca de Jeremias, até que a terra se agradasse dos seus sábados; todos os dias da assolação repousou, até que os setenta anos se cumpriram” (2 Crônicas 36.21).

 

“... despertou o SENHOR o espírito de Ciro, rei da Pérsia,”

A proclamação anunciada aconteceu porque despertou o Senhor o espírito de Ciro. Isso quer dizer que Deus “tocou o coração de Ciro” – a parte de Ciro que acreditou, pensou e tomou decisões.

A NVI diz “despertou o coração de Ciro”, enquanto outra versão inglesa (REB) diz que Deus “inspirou o rei”. Ciro emitiu a proclamação, mas Deus foi a causa principal do regresso do povo a Jerusalém.

 

“... o qual fez passar pregão por todo o seu reino, como também por escrito, dizendo:”

A natureza oficial do decreto é indicada pelo fato de que ele foi proclamado (talvez lido em voz alta por arautos em todo o reino) e também transcrito (concebivelmente para exposição pública).

À luz dos fatos subseqüentes, também era importante que a proclamação fosse registrada e guardada nos arquivos persas, onde mais tarde pudesse ser encontrada: Então o rei Dario deu ordem, e buscaram nos arquivos, onde se guardavam os tesouros em babilônia: “E em Acmeta, no palácio, que está na província de Média, se achou um rolo, e nele estava escrito um memorial que dizia assim:  No primeiro ano do rei Ciro, este baixou o seguinte decreto: A casa de Deus, em Jerusalém, se reedificará para lugar em que se ofereçam sacrifícios, e seus fundamentos serão firmes; a sua altura de sessenta côvados, e a sua largura de sessenta côvados (Esdras 6:13).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
31/7/2024

FONTES:

QUEIROZ, Silas. O Deus Que Governa o Mundo e Cuida da Família – Os Ensinamentos Divinos nos livros de Rute e Ester para a Nossa Geração. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201711_02.pdf

Jeremias 25.11

 

Jeremias 25.11 “E toda esta terra virá a ser um deserto e um espanto; e estas nações servirão ao rei de babilônia setenta anos.”

 

“E toda esta terra virá a ser um deserto e um espanto;”

No primeiro ano do Rei Nabucodonosor (v.1), rei da Babilônia. Deus por intermédio do profeta Jeremias diz ao povo de Jerusalém (Judá) para se converterem dos seus maus caminhos. Todavia o povo de Judá não o deu ouvido. Por causa disso Deus traria sobre Judá o Rei Nabucodonosor, seu servo (v.9) a fim de executar seu juízo.

O juízo atingiria a todos inclusive a terra, de maneira que causaria espanto. O povo seria objeto de espanto: “os destruirei totalmente, e farei que sejam objeto de espanto, e de assobio, e de perpétuas desolações” (v.9). A terra se tornaria um deserto, como se tornou: “Derramou-se, pois, a minha indignação e a minha ira, e acendeu-se nas cidades de Judá, e nas ruas de Jerusalém, e elas tornaram-se deserto e em desolação, como hoje se vê” (Jeremias 44.6).

 

“... e estas nações servirão ao rei de babilônia setenta anos.”

Nesta seção, apesar de Deus apresentar Seus planos para as nações. Ele Se dirigiu especificamente ao Seu próprio povo. Este fato é visto no uso das expressões “esta terra” e “todas estas nações” e “estas nações” (vv. 9, 11).

Os setenta anos de cativeiro é um número arredondado, contado a partir do quarto ano de Jeoaquim (605 a.C.) até o ano da partida dos primeiros dos que voltaram sob o governo de Ciro, mais ou menos 536 a.C.: “No primeiro ano do seu reinado, eu, Daniel, entendi pelos livros que o número dos anos, de que falara o Senhor ao profeta Jeremias, em que haviam de cumprir-se as desolações de Jerusalém, era de setenta anos” (Daniel 9.2).

Tempo este que comportaria três gerações de reinado da Babilônia: “E agora eu entreguei todas estas terras na mão de Nabucodonosor, rei de babilônia, meu servo; e ainda até os animais do campo lhe dei, para que o sirvam. E todas as nações servirão a ele, e a seu filho, e ao filho de seu filho, até que também venha o tempo da sua própria terra, quando muitas nações e grandes reis se servirão dele” (Jeremias 27.6-7).

Esse número de anos não seria aleatório, seria conforme o número de anos que a terra de Israel não descansou nos anos chamados sabáticos: “Para que se cumprisse a palavra do Senhor, pela boca de Jeremias, até que a terra se agradasse dos seus sábados; todos os dias da assolação repousou, até que os setenta anos se cumpriram” (2 Crônics 36.21).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
31/7/2024

FONTES:

QUEIROZ, Silas. O Deus Que Governa o Mundo e Cuida da Família – Os Ensinamentos Divinos nos livros de Rute e Ester para a Nossa Geração. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201110_02.pdf

HARRISON, R. K. Jeremias e Lamentações – Introdução e Comentário. São Paulo: Mundo Cristão, 1980.

Ezequiel 16.8

 

Ezequiel 16.8 “E, passando eu junto de ti, vi-te, e eis que o teu tempo era tempo de amores; e estendi sobre ti a aba do meu manto, e cobri a tua nudez; e dei-te juramento, e entrei em aliança contigo, diz o Senhor DEUS, e tu ficaste sendo minha.”

 

“E, passando eu junto de ti, vi-te, e eis que o teu tempo era tempo de amores;”

Na segunda vez que o viajante (Deus) passa por ali (cidade de Jerusalém), descobre que a criança abandonada, por ele salva, já chegara à idade do casamento.

Desta vez, ela estava no tempo de amores – uma expressão que significa que ela estava pronta para um relacionamento maduro: “Então vieram a ela os filhos de babilônia para o leito dos amores, e a contaminaram com as suas impudicícias; e ela se contaminou com eles; então a sua alma apartou-se deles (Ezequiel 23:17).

 

“... e estendi sobre ti a aba do meu manto, e cobri a tua nudez;”

A declaração estendi sobre ti as abas do meu manto faz alusão a um ato simbólico em que o futuro marido colocava a parte inferior de seu manto sobre a noiva, pedindo-a em casamento: “E disse ele: Quem és tu? E ela disse: Sou Rute, tua serva; estende pois tua capa sobre a tua serva, porque tu és o remidor (Rute 3:9).

Esse gesto de estender o manto tinha um segundo propósito: cobrir-lhe a nudez. Embora ela tivesse se transformado numa linda mulher, ainda estava nua e suja (indefesa). Passa, então, a lavá-la e purificá-la, porque seu estado externo não melhorou com o decorrer do tempo e ela ainda estava nua e manchada de sangue.

Mas com as atenções do seu benfeitor, e com seus presentes de roupas e jóias, veio a ser uma rainha entre as nações, e sua beleza se tomou renomada por toda a parte.

 

“... e dei-te juramento, e entrei em aliança contigo, diz o Senhor DEUS, e tu ficaste sendo minha.”

Deus desejou torná-la Sua, então jurou-lhe fidelidade e entrou em aliança com ela. John B. Taylor escreveu: A expressão entrar em aliança contigo, embora seja uma expressão legítima para o contrato do casamento (Provérbios 2:17; Malaquias 2:14), dá um indício da realidade histórica da qual esta história é apenas a alegoria.

Parece, portanto, perfeitamente legítimo ver aliança do casamento como sendo uma referência à aliança do Sinai, o momento em que Israel, no propósito de Deus, atingira a maioridade como nação. Nessa aliança, assim como em qualquer contrato de casamento, o marido deveria ser fiel e prover os devidos cuidados e proteção à esposa.

 

Deus na realidade não entrou em aliança com a cidade, e sim com o povo de Israel; ainda que a narrativa se baseie fortemente na história da própria cidade. Ao tentar equacionar fatos históricos com essa ilustração, parece melhor visualizar a jovem e desprovida mulher como sendo Israel na escravidão egípcia. Então, imediatamente antes das dez pragas, Deus adotou Israel para ser o Seu povo.

A adoção ocorreu em Êxodo 6:6, embora o versículo 5 diga que Deus se lembrou da Sua aliança. Essa aliança era a que Ele firmara com Abraão, Isaque e Jacó. De certo modo, quando Deus disse pela primeira vez: “Viva”, Ele entrou em aliança. Entretanto, Ele só agiu diretamente com base nessa aliança a partir da libertação de Israel do Egito (Gênesis 15:8–18).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
31/7/2024

FONTES:

QUEIROZ, Silas. O Deus Que Governa o Mundo e Cuida da Família – Os Ensinamentos Divinos nos livros de Rute e Ester para a Nossa Geração. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

TAYLOR, John B. Ezequiel introdução e comentário. São Paulo: Mundo Cristão, 1984.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201908_02.pdf

Ester 3.13

 

Ester 3.13 “E enviaram-se as cartas por intermédio dos correios a todas as províncias do rei, para que destruíssem, matassem, e fizessem perecer a todos os judeus, desde o jovem até ao velho, crianças e mulheres, em um mesmo dia, a treze do duodécimo mês (que é o mês de Adar), e que saqueassem os seus bens.”

 

“E enviaram-se as cartas por intermédio dos correios a todas as províncias do rei,”

O decreto foi direcionado a todos os líderes do império, dos grandes (os sátrapas do rei) aos menores (os príncipes, ou oficiais locais). Dois fatos sobre esse edito são enfatizados:
1) Ele foi enviado a todo o império (a todas as províncias e aos príncipes de cada povo... na sua própria língua) e afetaria, por tanto, todos os judeus por toda a parte.
2) Apesar de escrito por Hamã, ele foi publicado em nome do rei e selado com o anel dele. Ele possuía a força de umalei real, imutável

O decreto foi enviado, por intermédio dos correios, a todas as províncias do rei. Essa atuação do eficiente sistema postal do Império Persa concorda com o que se acha em 1:22, e o mesmo sistema é mencionado novamente em 8:10 e 14: “Os correios, sobre ginetes velozes, saíram apressuradamente, impelidos pela palavra do rei; e esta ordem foi publicada na fortaleza de Susã”.

O império persa foi o primeiro a estabelecer o sistema de correios, que possuía autoridade para requisitar para este serviço público, cavalos, portadores e alimentos dentre as populações civis que achassem no seu caminho. Esse costume é aludido em Mateus 5.41: “E, se qualquer te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas”. Heródoto escreveu: "Nenhum mortal viaja tão rapidamente como esses mensageiros persas”.

 

“... para que destruíssem, matassem, e fizessem perecer a todos os judeus, desde o jovem até ao velho, crianças e mulheres,”

No dia treze do primeiro mês (nisã, ou março/abril), os secretários do rei foram chamados para colocar o decreto na forma escrita. Faltavam onze meses para a data em que Hamã pretendia efetuar o massacre dos judeus.

Imagine a cena? Hamã ordenou a aniquilação de todos os judeus em cada uma das 127 províncias do reino. Ele colocou por escrito o plano de extermínio e selou-o com o anel do rei, no primeiro mês do ano, mas o mesmo não devia ser executado até o duodécimo mês. Deixe que vivam atormentados, sabendo o que os aguarda, deve ter sido o seu pensamento. Ele não só queria m atá-los, como também torturá-los.

O decreto foi promulgado em cada província... a todos os povos, o convite para se unirem na matança dos judeus evidentemente estava sendo oferecido a todos. Tendo em vista os fatos relatados no capítulo 9, o leitor pode inferir que o convite foi aceito pelos inimigos dos judeus.

No decreto estava determinado para que “Destruíssem, matassem e aniquilassem', esta expressão tríplice é uma característica estilística de documentos legais e expressa “a predileção milenar da oficialidade por terminologia legislativa que sobreviveu às eras, nos Estados Unidos dos dias atuais (e poderíamos acrescentar, no Brasil) não menos do que na antiga Pérsia.” A mesma coisa acontece com o que se segue, embora se devesse pensar que todos os judeus, moços e velhos excluísse mulheres e crianças. Contudo, nesta pena de morte elas foram incluídas especificamente.

Profundamente afetada por essa notícia, Ester mais tarde apelaria ao marido: “Fomos vendidos, eu e o meu povo, para nos destruírem, matarem e aniquilarem de vez” (7:4)

 

“... em um mesmo dia, a treze do duodécimo mês (que é o mês de Adar), e que saqueassem os seus bens.”

A nova lei afirmava que isso deveria acontecer no dia treze do duodécimo mês [adar, ou fevereiro/março]. Esse dia especifico foi escolhido pacientemente por Hamã através de sorte, o Pur.: “No primeiro mês (que é o mês de Nisã), no ano duodécimo do rei Assuero, se lançou Pur, isto é, a sorte, perante Hamã, para cada dia, e para cada mês, até ao duodécimo mês, que é o mês de Adar” (Ester 3.7).

Além disso, os bens dos judeus deveriam ser saqueados; os que os matassem poderiam saquear-lhes os bens. A perspectiva de adquirir riqueza transformou isto numa proposta atraente. Por todo o império, os judeus e seus inimigos se prepararam para a chegada do dia fatal, o dia treze de adar.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
2/8/2024

FONTES:

QUEIROZ, Silas. O Deus Que Governa o Mundo e Cuida da Família – Os Ensinamentos Divinos nos livros de Rute e Ester para a Nossa Geração. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201803_04.pdf

Biblía de estudo Shedd. São Paulo: Vida Nova, 1998.

HARRISON, Everret F; PFEIFFER, Charles F. Comentário Bíblico Moody. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1990.

BALDWIN, Joyce G. Ester – Introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1986.

SWINDOLL, Charles R. Ester: uma mulher de sensibilidade e coragem - tradução de Neyd Siqueira. - São Paulo: Mundo Cristão, 1999.

Salmo 128.6

 

Salmo 128.6 “E verás os filhos de teus filhos, e a paz sobre Israel.”

 

 “E verás os filhos de teus filhos,”

Os homens que temem ao Senhor e andam nos seus caminhos vivem suas jovens vidas novamente, em seus netos. Salomão não disse que “Coroa dos velhos são os filhos dos filhos”? (Provérbios 17.6) E realmente, isto é verdade. O homem bom se alegra porque uma descendência piedosa provavelmente terá continuidade; ele se alegra na crença de que outras casas, tão felizes como a sua, serão edificadas, em que altares para a glória de Deus arderão com o sacrifício da manhã e da tarde.

George Swinnock escreveu: Senhor, que a tua bênção assim acompanhe os meus esforços, que todos os meus filhos possam ser Benaia, edificação do Senhor, e então todos serão Abner, a luz de seu pai; e que todas as minhas filhas possam ser Bitia, filhas do Senhor, e então todas serão Abigail, a alegria de seu pai.

Esta promessa sugere vida longa, e esta vida será feliz, com uma continuidade na nossa descendência. É um sinal da imortalidade do homem o fato de que ele se alegra pela extensão da sua vida através da vida dos seus descendentes.

 

“... e a paz sobre Israel.”

Com estas doces palavras, o salmo 125 foi concluído. Esta é uma fórmula favorita. Que a herança de Deus esteja em paz, e nós estaremos satisfeitos com isto. Nós consideramos como nossa própria prosperidade que os escolhidos do Senhor encontrem repouso e tranqüilidade.

A vida de Jacó foi extremamente agitada e conheceu pouca paz; mas o Senhor o libertou de todas as suas tribulações, e o trouxe a um local de descanso, em Gósen, por algum tempo, e posteriormente, o levou para dormir com seus pais na cova de Macpela. A gloriosa Semente de Deus foi terrivelmente afligida e, por fim, crucificada; mas Ele ressuscitou para a paz eterna, e na sua paz habitamos.

Os descendentes espirituais de Israel ainda compartilham das suas condições angustiantes, mas resta um repouso também para eles, e eles terão paz, do Deus da paz. Israel foi um suplicante nas suas orações nos dias da sua aflição, mas se tornou um príncipe vitorioso, e nisto a sua alma encontrou paz. Sim, é verdade - “Paz sobre Israel! Paz sobre Israel!”

Alexander Henderson citando um famoso clérigo escocês disse: “‘Paz sobre Israel’. A grande bênção da paz, que o Senhor prometeu ao seu povo já nesta vida (pois quando o Senhor concede misericórdia a alguém, Ele também concede paz; a paz e a graça são inseparáveis), esta paz, eu digo, não consiste no fato de que o povo de Deus não tenha inimigos; não, pois existe uma inimizade imortal e incessante contra eles. Nem a sua paz consiste no fato de que os seus inimigos não os atacarão, nem consiste no fato de que os seus inimigos não os perturbarão nem afligirão. Nós apenas nos enganamos se, enquanto estivermos nesta nossa peregrinação, e na nossa batalha aqui, nos prometermos uma paz deste tipo; pois enquanto nós vivermos neste mundo, ainda teremos inimigos, e estes inimigos irão nos atacar, perseguir e afligir”.

Não podemos nos esquecer que somos portadores de uma paz diferente do mundo: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (João 14.27). Uma paz que não cessa, pois faz parte do fruto que Deus concede aos que recebem seu Espírito: “Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança” (Gálatas 5.22).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
31/7/2024

FONTES:

QUEIROZ, Silas. O Deus Que Governa o Mundo e Cuida da Família – Os Ensinamentos Divinos nos livros de Rute e Ester para a Nossa Geração. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

SPURGEON, Charles. Os Tesouros de Davi – Volume 3. Rio de Janeiro: CPAD, 2017. (William Gumatt, Thomas Watson e Christopher Love)

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 27 DE JULHO DE 2024 (Jó 14.7)

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
27 DE JULHO DE 2024
QUANDO A ESPERANÇA BROTA EM MEIOS ÀS TORMENTAS DA VIDA

Jó 14.7 “Porque há esperança para a árvore que, se for cortada, ainda se renovará, e não cessarão os seus renovos.”

 

“Porque há esperança para a árvore que, se for cortada, ainda se renovará,”

Todo homem moribundo certamente refletirá sobre a morte, pois a enfermidade propositalmente o lembrará dela. Aqui Jó fala o que pensa sobre ela, pois está nessa condição. Enquanto meditava Jó observou a árvore. É possível uma árvore cortada, se renovar e tornar a brotar rebentos do seu tronco. Há esperança para ela.

A palavra esperança significa, entre outras coisas, a expectativa de se auferir algum bem ou benefício futuro. No âmbito das Sagradas Escrituras, é a certeza do cumprimento das promessas que nos foram feitas por Deus: “Porque todas quantas promessas há de Deus, são nele sim, e por ele o Amém, para glória de Deus por nós  (2 Coríntios 1.20).

Se o corpo da árvore for cortado, e somente o tronco ou toco for deixado no solo, ainda que possa parecer morto e seco, brotará, e surgirão novos renovos, como se tivessem sido recém plantados. Mas o homem não tem esta esperança de retorno à vida. O que ele deseja dizer é que o homem é inferior à árvore, que é cortada e revive, enquanto o homem não.

Isso não nega uma vida futura, mas um retorno à condição atual da vida. Jó claramente espera por um estado futuro. Ainda assim, é apenas uma esperança vaga e trêmula, não uma garantia; pois Jó não possuía uma revelação da vida futura como temos hoje em Cristo: “E que é manifesta agora pela aparição de nosso Salvador Jesus Cristo, o qual aboliu a morte, e trouxe à luz a vida e a incorrupção pelo evangelho” (2 Timóteo 1:10).

Exceto o único vislumbre brilhante em Jó 19.25-26 “Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra. E depois de consumida a minha pele, contudo ainda em minha carne verei a Deus”.

 

“... e não cessarão os seus renovos.”

Swindoll escreveu: Quando você limpa um campo, o lenhador experiente irá aconselhá-lo a remover os tocos. Não os deixe no solo. Se deixar um toco, ele logo brota quando a chuva cai. A árvore vai voltar; até o arbusto crestado volta a ficar verde. As plantas e as árvores são assim. A umidade da terra e a chuva do céu são de certa forma, percebidas pelo toco de uma árvore, e têm uma influência para revivê-lo: “Ao cheiro das águas brotará, e dará ramos como uma planta” (Jó 14.9).

Elas se renovarão abundantemente como foi renovada a vara seca de Arão: “Sucedeu, pois, que no dia seguinte Moisés entrou na tenda do testemunho, e eis que a vara de Arão, pela casa de Levi, florescia; porque produzira flores e brotara renovos e dera amêndoas” (Números 17.8).

No sonho de Nabucodonosor, quando o fato de ser privado do uso de sua razão foi representado pelo corte de uma árvore, o seu retorno à razão foi representado pelo deixar do tronco na terra, com cadeias de ferro e de bronze, para ser molhado pelo orvalho do céu: “Mas deixai na terra o tronco com as suas raízes, atada com cadeias de ferro e de bronze, na erva do campo; e seja molhado do orvalho do céu, e seja a sua porção com os animais na erva da terra (Daniel 4.15).

Todos os que meditam de dia e de noite na Palavra de Deus serão como árvores renovadas: “Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto no seu tempo; as suas folhas não cairão, e tudo quanto fizer prosperará” (Salmo 1.3).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
21/7/2024

FONTES:

QUEIROZ, Silas. O Deus Que Governa o Mundo e Cuida da Família – Os Ensinamentos Divinos nos livros de Rute e Ester para a Nossa Geração. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

MESQUITA, Antonio Neves. Estudo no livro de Jó – uma interpretação do sofrimento humano. Rio de Janeiro: Juerp, 1979.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_202102_04.pdf

SWINDOLL, Charles R. Jó: Um homem de tolerância heroica - São Paulo: Mundo Cristão, 2004.

HENRY, Matthew. Comentário Bíblico –Livros Poéticos:  Rio de Janeiro, CPAD.

FAUSSET, A. R.; BROWN, David; JAMIESON , R. Jamieson, Fausset and Brown’s commentary on the whole Bible. Grand Rapids: Zondervan Classic Reference Series, 1999.Crossway Books, 1999.

sexta-feira, 26 de julho de 2024

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 26 DE JULHO DE 2024 (Gálatas 6.7)

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
26 DE JULHO DE 2024
A INFLEXÍVEL LEI DA SEMEADURA DA VIDA

Gálatas 6.7 “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. “ 


Contexto

O apóstolo Paulo está chegando ao final de sua carta. Seus temas principais já foram apresentados. Tudo o que resta são algumas advertências finais. À primeira vista, essas instruções e exortações parecem estar muito frouxamente ligadas entre si. No entanto, um exame mais detalhado, revelará o elo de ligação. É justo que os crentes, uma vez tendo recebido instrução espiritual de seus mestres na fé, contribuam materialmente em favor destes (v. 6). 

De acordo com a semeadura, assim será também a colheita. Se plantais a semente de vossas cobiças egoístas, se semeais no campo da carne, obtereis um a colheita corrupta. Mas se semeais na boa terra do Espírito, obtereis um a colheita de vida eterna”. Tendo como base o fato de que o princípio da semeadura é implacável, Paulo exorta os gálatas a não se cansarem de fazer o bem, principalmente aos domésticos da fé (vv. 9 e 10). É a explicação do grande princípio da semeadura e da colheita que será apresentado no versículo 7:


“Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; “ 

Paulo começa com uma advertência para que não se enganem, não errem. Essa advertência serve para preparar a ideia seguinte, que é uma lei imutável. A possibilidade de se enganar é mencionada diversas vezes no Novo Testamento. (1 Coríntios 15.33) “Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes”. Jesus disse que o diabo é um mentiroso e o pai da mentira, e advertiu os seus discípulos contra a possibilidade de serem enganados. João nos adverte, na sua segunda epístola, que “muitos enganadores têm saído pelo mundo fora”; Paulo nos roga, em sua carta aos Efésios: “ Ninguém vos engane com palavras vãs”. Já em Gálatas ele pergunta aos seus leitores: “Quem vos fascinou? ” (3:1) e fala ainda da pessoa que “ a si mesma se engana” (6:3). 

Afinal, muitos se tem enganado acerca desta inexorável lei da semeadura e da colheita. A palavra grega para escarnecer tem um sentido de “torcer o nariz”, “tratar despercebidamente”, “ridicularizar” conforme escreve Salomão ““O filho sábio alegra seu pai, mas o homem insensato despreza a sua mãe” (Provérbios 15.20). A ideia é tornar Deus ridículo mediante a defraudação e o não cumprimento da sua vontade. Deus não é do tipo suscetível à zombaria. Torna-se extremamente fútil tentar zombar dEle. 

O que o apóstolo diz aqui é que os homens podem enganar a si mesmos, mas não podem enganar a Deus. Embora pensem que podem escapar desta lei da semeadura e colheita, eles não podem. Podem até continuar semeando suas sementes e fechando os olhos às consequências, mas um dia o próprio Deus vai fazer a colheita.


“...porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. “ 

Este é um princípio de ordem e coerência que se acha inscrito em toda vida, material e moral. A agricultura, por exemplo. Depois do dilúvio, Deus prometeu a Noé que, enquanto houvesse terra, haveria “ sementeira e ceifa”, isto é, a semeadura e a colheita não teriam fim: “Enquanto a terra durar, sementeira e sega, e frio e calor, e verão e inverno, e dia e noite, não cessarão” (Genesis 8:22). 

Se um lavrador deseja ter colheita, deve semear a semente no seu campo; caso contrário, não haverá colheita. Além disso, o tipo de colheita que ele vai obter é determinado de antemão pelo tipo de semente que ele semeia. Isso acontece com a natureza, a qualidade e a quantidade. Se ele semear cevada, vai colher cevada; se semear trigo, colherá trigo. Semelhantemente, uma boa semente produz uma boa colheita, e uma semente ruim produz uma colheita ruim. Além disso, se ele semeia com abundância, pode esperar uma colheita abundante; mas se semeia parcamente, também vai colher parcamente: “E digo isto: Que o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância, em abundância ceifará” (2 Coríntios 9:6). 

Reunindo tudo, podemos dizer que se um lavrador deseja uma safra abundante de um a determinada semente, então, além de semear a semente adequada, esta deve ser boa e tem de ser semeada com abundância. Só assim ele pode esperar uma boa colheita. O homem colherá o que semeou. Deus deixa que o homem lavre sua sorte com as próprias mãos (livre arbítrio). Ele concede liberdade ao homem para semear onde queira, e, portanto, para colher o que queira. Exatamente esse mesmo princípio opera na esfera moral e na espiritual. Quem decide como será a colheita, não são os que colhem, mas os semeadores. 

Se um homem é fiel e consciencioso em sua semeadura, então pode confiantemente aguardar uma boa colheita. Se ele “ semeia ventos”, como costumamos dizer, só pode “ colher tempestades”! Por outro lado, segundo a observação de Elifaz, o temanita: “os que lavram a iniquidade e semeiam o mal, isso mesmo eles segam” (Jó 4:8). Ou, como Oséias advertiu os seus contemporâneos (8:7), “ porque semeiam ventos, segarão tormentas” (referindo-se ao juízo divino).

 

DEIVY FERRREIRA PANIAGO JUNIOR
18/5/2023

FONTES:

CABRAL, Elienai. Relacionamentos em Família – Superando desafios e problemas com exemplos da Palavra de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

SOARES, Germano. Gálatas – Comentário. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.

BOYD, Frank M.  Comentário Bíblico.../ 1 ed. - Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 1996.

STOTT, John. A mensagem de gálatas. São Paulo: ABU, 2000.