sábado, 8 de fevereiro de 2025

João 2.1


João 2.1 “E, ao terceiro dia, fizeram-se umas bodas em Caná da Galileia; e estava ali a mãe de Jesus. “

 

“E, ao terceiro dia, fizeram-se umas bodas em Caná da Galileia; “

Jesus estava voltando para a Galileia: “No dia seguinte quis Jesus ir à Galileia (João 1.43). No terceiro dia após comissionar Felipe e Natanael. Geralmente a contagem é inclusiva: Nós diríamos dois dias depois. Houve um casamento em Caná da Galiélia que Jesus foi convidado.

Caná da Galiléia era uma vila mencionada apenas no evangelho de João como o local onde Jesus realizou o seu primeiro milagre (v.11), como o lugar onde Ele pronunciou as palavras que curaram o filho do nobre que jazia doente em Cafarnaum (João 4.46) e corno a casa de Natanael (João 21.2), isto talvez justifique o convite de alguns dos recentes discípulos.

A presença do nosso Senhor no casamento sugere que Jesus aprova a vida social. Ele procurava a companhia das pessoas a fim de espalhar a sua influência e doutrina, e para deixar que as pessoas o conhecessem e, por meio dele, à graça de Deus. Enquanto os fariseus se afastavam dos pecadores e continuavam a dar guarida ao pecado no coração (Mateus 23.25-28), Jesus se conservava separado do pecado e dava as boas-vindas aos pecadores, a fim de salvá-los.

Devemos seguir seu exemplo nesta matéria. Somos o sal da terra, mas, a fim de sermos eficazes, precisamos entrar em contato com aquilo que precisa ser salgado; para sermos pescadores dos homens, devemos ir para onde estão os peixes; para sermos luz do mundo, devemos aparecer e brilhar.

Sua presença sugere também que Cristo aprova o casamento. Afinal, nenhum relacionamento humano tipifica um mistério espiritual tão profundo (Mateus 22.1-14; 25.10; Apocalipse 19.7; 22.17). É digno, portanto, da mais elevada honra: “Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula” (Hebreus 13.4).

 

“... e estava ali a mãe de Jesus. “

Naquele casamento se encontrava também a mãe de Jesus. A mãe de Jesus aparece somente duas vezes neste evangelho, aqui e na cruz (João 19.25). Há uma alusão a ela em João 6.42. Em nenhuma destas passagens consta que seu nome pessoal seja Maria. A razão disto pode simplesmente ser o desejo de evitar confusão com outras mulheres com este nome, mencionadas no evangelho.

Maria, decerto, tinha íntima conexão com a família que celebrava o casamento, como se percebe do seu conhecimento da falta de vinho “Não têm vinho” (v.3) e das ordens que deu aos serventes: “Fazei tudo quanto ele vos disser” (v.5). Barclay diz que evangelhos posteriores que nunca foram introduzidos no Novo Testamento agregaram certos detalhes a este relato. Um dos Evangelhos cópticos do Egito nos diz que Maria era irmã da mãe do noivo.

No relato só se menciona Maria, não se fala nada de José. A explicação mais provável é que a esta altura José já tivesse morrido. A morte prematura de José justificaria que a razão pela qual Jesus passou dezoito longos anos em Nazaré foi tomar a incumbência da manutenção de sua mãe e sua família. Só quando seus irmãos e irmãs menores puderam ocupar-se de si mesmos e da casa, Jesus os deixou.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
8/2/2025

FONTES:

SOARES, Esequias. Em defesa da fé: Combatendo as antigas heresias, que se apresentam com nova aparência. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

PFEIFFER, Charles F.; REA, VOS, Howard F.; REA, John.Dicionário Bíblico Wycliffe. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006. 

PEARLMAN, Myer. João o evangelho do Filho de Deus. Rio de Janeiro, CPAD, 2024.

BRUCE, F. F. João introdução e comentário. São Paulo: Mundo Cristão, 1987.

BARCLAY, William. The Gospel of John - Tradução: Carlos Biagini.

Marcos 6.2


Marcos 6.2 “E, chegando o sábado, começou a ensinar na sinagoga; e muitos, ouvindo-o, se admiravam, dizendo: De onde lhe vêm estas coisas? E que sabedoria é esta que lhe foi dada? e como se fazem tais maravilhas por suas mãos? “

 

“E, chegando o sábado, começou a ensinar na sinagoga; ”

O verso 1 diz que Jesus chegou na sua terra (Nazaré) com seus discípulos. Jesus estava acostumado a frequentar a sinagoga, regularmente, aos dias de sábados, porque, vindo a este mundo sob a lei (Gálatas 4.4), cumpriu todos os deveres pertinentes a um israelita piedoso. Então, chegando o sábado compareceu na sinagoga local para adorar.

As sinagogas foram instituídas durante o cativeiro babilônico como centros locais de adoração, após a destruição do templo. Mesmo depois que o Templo foi reconstruído, a adoração nas sinagogas continuou. Os cultos na sinagoga eram bastante informais e consistiam em orações, leitura da Escritura, comentários e doação de ofertas para os pobres.

Jesus ensinava e pregava nas sinagogas judaicas conforme a oportunidade lhe era oferecida pelo chefe ou líder da sinagoga. A reputação de Jesus por toda a Galileia lhe abriu a porta. Jesus pode ter ido a Nazaré para descansar, mas não pôde resistir a essa oportunidade para servir e fazer a vontade de seu Pai.

 

“... e muitos, ouvindo-o, se admiravam, ”

As pessoas que o ouviam ficavam pasmas. O verbo para “admirar” significa “estavam chocados e fora de si”. Isso porque ele não ensinava como os escribas (Mateus 7.29). Os escribas citavam outros rabinos e sentiam que sua função era ser explicadores das tradições. A verdade é que as suas tradições e legalismo insignificante transgrediam a lei revelada de Deus (Marcos 7.9,13).

As palavras pronunciadas por Cristo permeavam as almas presentes com a força da autoridade divina. Não era apenas o que dizia, mas como Ele o dizia, que causou tão grande impressão. Havia nEle algo que emprestava nova vida aos textos bíblicos. O Senhor infundia nova luz às passagens que, embora tão conhecidas, haviam sido sufocadas pelo tradicionalismo da religião judaica. Não havia quem não se impressionasse com a autoridade de suas declarações.

Um escritor judaico declarou que o seu tom não era o de um mero profeta, mas do próprio Deus onipotente em pessoa. Mesmo os grosseiros policiais do templo foram forçados a confessar: “Jamais alguém falou como este homem” (João 7.46).

 

“... dizendo: De onde lhe vêm estas coisas? E que sabedoria é esta que lhe foi dada?

Todavia entre os nazarenos a admiração tornou-se incredulidade. Pois, a familiaridade com ele causou preconceito e não fé. William Barclay diz que, às vezes, estamos demasiadamente próximos das pessoas para ver a sua grandeza. Jesus disse que um profeta não tem honra em sua própria terra.

Com tom de ironia questionavam: “De onde lhe vêm essas coisas? ”, “que sabedoria é esta? ” Jesus não tinha estudado nas escolas rabínicas e eles não podiam explicar seu conhecimento nem seu poder. Viam-no apenas como o carpinteiro, filho de Maria, cujos irmãos e irmãs eles conheciam (v.3). Desafiaram assim a sabedoria óbvia com a qual Ele falava.

 

“...e como se fazem tais maravilhas por suas mãos? “

Nesse tempo, Jesus já havia se manifestado plenamente ao mundo e havia operado muitos milagres em Cafarnaum, a trinta quilômetros de Nazaré. Mas os nazarenos não compreendiam como podia acontecer tais milagres e questionavam: “como se fazem tais maravilhas por suas mãos? “. Como eles não puderam explicá-lo, o rejeitaram. E suspeitaram de artificio ou truque.

Eles levantaram muros para se defenderem do Espírito Santo. O contraste entre o humilde carpinteiro e o profeta sobrenatural foi muito grande para eles compreenderem. Então eles escolheram a descrença, uma escolha que deixou Jesus admirado

Pela incredulidade deles Jesus não realizou nenhum milagre, em vez disso, deixou a cidade por causa dela. Enfermos deixaram de ser curados e pecadores deixaram de ser perdoados. Quão terrivelmente desastroso é o pecado da incredulidade. A incredulidade rouba do povo as maiores bênçãos.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
8/2/2025

FONTES:

SOARES, Esequias. Em defesa da fé: Combatendo as antigas heresias, que se apresentam com nova aparência. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

ROBERTSON, A. T. Comentário Mateus & marcos à luz do novo testamento grego. Rio de Janeiro: CPAD, 2011.

PEARLMAN, Myer. Marcos: O evangelho do servo de Jeová. Rio de Janeiro CPAD, 2005.

Lopes, Hernandes Dias. Marcos: o evangelho dos milagres. São Paulo: Hagnos, 2006.

Lucas 4.16


Lucas 4.16 “E, chegando a Nazaré, onde fora criado, entrou num dia de sábado, segundo o seu costume, na sinagoga, e levantou-se para ler. ”

 

“E, chegando a Nazaré, onde fora criado, “

A cidade de Nazaré não era um lugar importante até se tomar famosa na época do NT como o lugar onde o Senhor Jesus passou sua infância. A cidade de Nazaré não é mencionada no AT, no Talmude, nem pelo historiador Josefo. As referências literárias mais antigas a esse lugar aparecem no NT. Nazaré era um povoado pequeno, destaca Sérgio Junqueira, onde todo mundo conhecia todo mundo.

Era a residência de Maria e José (Lucas 1,26,27; 2.39) e o lugar onde o anjo anunciou a Maria o nascimento do Messias (Lucas 1.26-28). Foi para esse lugar que José levou a criança e sua mãe depois da peregrinação pelo Egito (Mateus 2.19-23), e também o lugar onde Jesus atingiu a maioridade e passou cerca de 30 anos de sua vida (Lucas 2.39­ 51).

Embora sua cidade natal fosse Belém, por causa do decreto de Cesar Augusto: (Lucas 2.1-7). sua longa associação com essa cidade fez com que fosse chamado de Jesus de Nazaré (Lucas 18.37), e que seus discípulos se tornassem conhecidos posteriormente como nazarenos (Atos 24.5). A reputação de Nazaré não era das melhores; seu povo havia desenvolvido uma péssima reputação quanto à moral e a religião: “Pode qualquer coisa boa vir de Nazaré? “ (João 1.46).

 

“... entrou num dia de sábado, segundo o seu costume, na sinagoga, e levantou-se para ler. ”

Durante o cativeiro na Babilônia, depois da destruição do Templo, o povo instituiu sinagogas como centros locais de adoração. Mesmo depois que o Templo foi restaurado, a adoração nas sinagogas continuou. Paulo apresentou a maior parte de suas pregações em sinagogas (Atos 13:14, 15).

Lucas observa que Jesus estava acostumado a frequentar os cultos da sinagoga, regularmente, aos dias de sábados. Ele vai à sinagoga no sábado para adorar. Ele não só assiste o culto, mas também participa. Os cultos na sinagoga eram bastante informais e consistiam em orações, leitura da Escritura, comentários e doação de ofertas para os pobres.

 “... e levantou-se para ler ”. Esta era a postura habitual para a leitura das Escrituras na sinagoga. Qualquer outra postura seria um desrespeito às Sagradas Escrituras. O leitor não tinha permissão sequer de apoiar-se em alguma coisa enquanto lia. Desta vez foi dada a Jesus a oportunidade de falar.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
8/2/2025

FONTES:

SOARES, Esequias. Em defesa da fé: Combatendo as antigas heresias, que se apresentam com nova aparência. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

GONÇALVES, José. Lucas – O evangelho de Jesus o homem perfeito. Rio de Janeiro: CPAD, 2015.

HARRISON, Everret F; PFEIFFER, Charles F. Comentário Bíblico Moody. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1990.

FIGUEIRA, Eulálio & JUNQUEIRA, Sérgio. Teologia e Educação — educar para a caridade. São Paulo: Editora Paulinas, 2012.

PFEIFFER, Charles F.; REA, VOS, Howard F.; REA, John.Dicionário Bíblico Wycliffe. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006. 

HARPER, A. F. (Ed.). Comentário Bíblico Beacon. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.

ARRINGTON French L; STRONSTAD Roger. Comentário Bíblico Pentecostal – Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 8 DE FEVEREIRO DE 2025 (1 João 4.15)

 
LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
8 DE FEVEREIRO DE 2025
QUEM CONFESSA QUE JESUS É O FILHO DE DEUS, DEUS ESTÁ NELE

1 João 4.15 “Qualquer que confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus está nele, e ele em Deus. ”

 

“Qualquer que confessar que Jesus é o Filho de Deus, ”

O ancião na sua epístola invoca várias fórmulas correntes de confissão (1 João 1:9; 1 João 2:23, 1 João 4:2), elas devem ser compreendidas como típicas da igreja cristã desde o princípio, e envolvem discernimentos sem os quais seria impossível a comunhão com o Pai e de uns com os outros.

A confissão é mais do que falar com a boca ela origina-se no coração (alma). O apóstolo Paulo escreveu aos romanos: que diz? “Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação” (Romanos 10.9-10). Assim está alicerçada sobre a lealdade da alma a Cristo, pois deve haver a confissão da vida, rendição e obediência, e não meramente da palavra em apoio a um credo. Tal confissão dá apoio ao evangelho anunciado pelos apóstolos, combatendo as inovações dos hereges.

Jesus, o homem, é igualmente o divino Filho de Deus, o Cristo, o Verbo eterno, o Logos. Essa confissão da deidade de Jesus Cristo concorda com a doutrina dos apóstolos. Em Mateus 16:16, Pedro declara: "Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo", ao que Jesus responde: "Bem-aventurado és tu, Simão, filho de Jonas, porque isto não te foi revelado por carne ou sangue, mas por meu Pai que está nos céus" (Mateus 16:17, NVI). Aqui, Jesus destaca a revelação divina necessária para tal confissão. É um reconhecimento que vai além do raciocínio humano e está enraizado em uma compreensão espiritual concedida por Deus.

O mesmo João escreveu: “Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (João 20.31). Essa confissão é prova (quando genuína) de nossa comunhão com Deus (1 João 1:3).

Essa epístola foi escrita para abordar falsos ensinamentos e para tranquilizar os crentes sobre sua fé. Uma das principais heresias que confrontavam a igreja primitiva era o gnosticismo, que negava a verdadeira humanidade e divindade de Jesus. Ao enfatizar a importância de confessar Jesus como o Filho de Deus, João refuta esses falsos ensinamentos e reafirma os princípios fundamentais da doutrina cristã.

 

“Deus está nele, e ele em Deus. ”

Isso já fora dito no décimo terceiro versículo: “Nisto conhecemos que estamos nele, e ele em nós, pois que nos deu do seu Espírito”. O Espírito Santo, como o Espírito da verdade, capacita os crentes a entender e confessar Jesus como o Filho de Deus e os capacita a viver de acordo com a vontade de Deus e evidencia a habitação mútua.

Este conceito de habitação mútua é um tema recorrente nos escritos de João, particularmente no Evangelho de João e nas epístolas. Em João 15:4, Jesus diz: "Permaneçam em mim, e eu permanecerei em vocês. Nenhum ramo pode dar fruto por si mesmo; deve permanecer na videira. Nem vocês podem dar fruto, a menos que permaneçam em mim" (NVI). Esta imagem da videira e dos ramos ilustra a união íntima e vital entre Cristo e Seus seguidores.

É impossível separar Deus de Jesus. Negar a Jesus é perder todo conhecimento de Deus, porque só Ele pode nos brindar esse conhecimento. Negar a Jesus é estar separados de Deus, porque nossa comunhão com Deus depende de nossa resposta a Jesus: “Portanto, todo aquele que me confessar diante dos homens, também eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus; mas aquele que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante de meu Pai, que está nos céus” (Mateus 10:32-33).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
31/1/2025

FONTES:

SOARES, Esequias. Em defesa da fé: Combatendo as antigas heresias, que se apresentam com nova aparência. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

CHAMPLIN, Norman. O Novo Testamento Interpretado: Versículo Por Versículo, Volume 1. São Paulo: Hagnos, 2001.

https://biblechat.ai/pt/arquivo-de-perguntas/novo-testamento/epistolas-gerais/o-que-1-joao-415-ensina-sobre-confessar-reconhecer-jesus/