segunda-feira, 17 de novembro de 2025

1 Coríntios 7:37

1 Coríntios 7:37 “Todavia o que está firme em seu coração, não tendo necessidade, mas com poder sobre a sua própria vontade, se resolveu no seu coração guardar a sua virgem, faz bem.”

 

“Todavia o que está firme em seu coração, não tendo necessidade,”

Paulo lembra aos casados que a crise presente não os habilita a mudar o seu estado civil pelo divórcio, nem os solteiros (os viúvos) devem buscar um cônjuge: “Estás ligado à mulher? Não busques separar-te. Estás livre de mulher? Não busques mulher” (v.27). Ele reafirma a sua preferência de que a virgem não seja dada em casamento: “Digo, porém, aos solteiros e às viúvas, que lhes é bom se ficarem como eu” (v.8).

Paulo não é contra o casamento. É um estado santo: “Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula” (Hebreus 13.4). Mas ele sabe que sob as atuais circunstâncias o casamento traria “tribulações” (pressões, circunstâncias difíceis causadas provavelmente pela perseguição), por isso queria com este conselho poupá-los de muita dificuldade (v.28). Seria mais fácil suportarem qualquer circunstância que viesse, se ao mesmo tempo não tivessem de cuidar de um marido ou de uma esposa. Cuidadosamente ele aconselha as condições de seguir esse procedimento.

Um homem inclinado para o celibato “que não possui necessidade”, ou seja, impulso sexual ou pressões na sociedade em geral (como a de um contrato matrimonial) poderia mostrar-se “firme em seu coração” acerca do seu voto, formal ou informalmente feito, de permanecer no celibato. Se seu íntimo é que tomou tal decisão, não deve sujeitar-se a pressões de qualquer natureza. Ele não deve pensar que está agindo “sem decoro”.

 

“... mas com poder sobre a sua própria vontade, se resolveu no seu coração guardar a sua virgem, faz bem.”

Nesse caso, o homem que prefere permanecer celibatário tem o dom do celibato. Se ele é capaz de controlar-se, de dominar os seus desejos e possui domínio sobre a sua própria vontade. Domínio é exousia, “ autoridade” , “ direito” “domínio”, de sorte que domínio sobre o seu próprio arbítrio significa, “ o direito de levar a efeito o seu próprio propósito” o que significa como é óbvio, alguém que controla as suas paixões ou alguém que mantém seu desejo sob controle.

Paulo se referia à própria virgindade dele, isto é, o seu estado virginal, embora o estado virginal de sua noiva também pode estar em pauta. Ambas representam traduções possíveis. Todavia, seria estranho a aprovação de um contrato não cumprido ter louvor, pois o apóstolo afirma que tal homem faria bem e estaria agindo com nobreza em sua firme resolução de permanecer no celibato.

Muitos questionam se Paulo alguma vez foi casado. Porém, visto que ele deu seu voto pelo martírio de Estevão e outros (Atos 26.10), isto significaria que era membro do Sinédrio, o qual exigia que seus membros fossem casados (Livro judaico dos porquês). Muitos acreditam que a esposa de Paulo morreu e ele era viúvo.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
17/11/2025

FONTES:

QUEIROZ, Silas. Corpo, Alma e Espírito – A restauração integral do ser humano para chegar a estatura completa de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

MORRIS, Leon. I Coríntios: Introdução e Comentário. Tradução Odayr Olivetti. São. Paulo. Mundo Cristão, 1983

HORTON, Stanley. I e II Corintios – os problemas da igreja e suas soluções. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.

CHAMPLIN, Russell Norman. O Novo Testamento interpretado versículo por versículo. São Paulo: Hagnos, 2001.

KOLATCH, Alfred J. Livro judaico dos porquês. São Paulo: Sefer, 1996.

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