segunda-feira, 30 de junho de 2025

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 30 DE JUNHO DE 2025 (Atos 2:1)

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
30 DE JUNHO DE 2025
A MANIFESTAÇÃO DIVINA E OS SINAIS DO PENTECOSTES

Atos 2:1“E, cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos concordemente no mesmo lugar; “

 

“E, cumprindo-se o dia de Pentecostes, “

O nome “Pentecoste” deriva da palavra grega “cinquenta” por ser realizada 50 dias após a Páscoa (Levítico 23.15-21). Essa festa religiosa do Antigo Testamento era conhecida também como festas das semanas (Shavuot). Além de Festa das Semanas, era chamada de Festa da Colheita (Êxodo 23:16) — (porque celebrava o fim do ciclo do cultivo da cevada) e a Festa da Sega, dos primeiros frutos (Êxodo 23:16; Números 28:26). Esta festa judaica celebra a entrega da Torá a Moisés no Monte Sinai, cinquenta dias após o início da Páscoa.

No sábado, após a noite de Páscoa, os sacerdotes colhiam o molho de cevada, previamente selecionado. Eram as primícias da colheita, que deviam ser oferecidas ao Senhor. Quarenta e nove dias eram contados após o oferecimento do molho movido diante do Senhor. E no qüinquagésimo dia - o Pentecoste - eram movidos diante de Deus dois pães. Os primeiros feitos da ceifa de trigo. Não se podia preparar e comer nenhum pão antes de oferecer os dois primeiros a Deus. Isto mostrava que se aceitava sua soberania sobre o mundo. Depois, outros pães podiam ser assados e comidos.

O Pentecoste foi a evidência da glorificação de Cristo. A descida do Espírito era como um “telegrama” sobrenatural, informando a chegada de Cristo à mão direita de Deus. Também testemunhava que o sacrifício de Cristo fora aceito no Céu. Havia chegado a hora de proclamar sua obra consumada.

 

“... estavam todos concordemente no mesmo lugar; “

O horário era por volta das nove da manhã (terceira hora do dia). O lugar era o cenáculo (Atos 1.13) duma casa particular, local regular para a observância de festas religiosas, tais como a Páscoa. Embora esses judeus provavelmente freqüentassem as reuniões de culto três vezes por dia no Templo (Lucas 24.53) estavam no cenáculo onde “perseveravam unânimes em oração” aguardado a promessa do pai.

Segundo o historiador Lucas cento e vinte crentes que louvavam e bendiziam ao Senhor reunidos (Atos 1.15). Os mais ilustres reunidos ali eram os onze discípulos: “Pedro e Tiago, João e André, Filipe e Tomé, Bartolomeu e Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão, o Zelote, e Judas, irmão de Tiago, Maria mãe de Jesus, e seus irmãos” (Atos 1.13-14).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
12/06/2025

FONTES:

GONÇALVES, José. A igreja em Jerusalém – Doutrina comunhão e fé: A base para o crescimento da igreja em meio as perseguições. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

PEARLMAN, Myer. Atos: E as igreja se fez missões. CPAD, 1ª edição, Rio de Janeiro, 1995.

MARSHALL, Howard. Atos - Introdução e Comentário. Vida Nova/Mundo Cristão. 1991.

STOTT, John R. W. A Mensagem de Atos: Até aos Confins da Terra, São Paulo: ABU, 1994.


domingo, 29 de junho de 2025

LIÇÃO 01: A IGREJA QUE NASCEU NO PENTECOSTES - 3 TRIMESTRE DE 2025

TEXTO ÁUREO

“E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem” (Atos 2.4).


“E todos foram cheios do Espírito Santo...”  

Quem são esses todos? Quase 120 pessoas (Atos 1:15). Esses quase 120 permaneceram no mesmo lugar, em Jerusalém (Atos 2:1), obedecendo a ordem de Jesus para aguardarem a Promessa do Pai de Serem batizados com o Espírito Santo (Atos 1:4). Essa promessa do Pai diz respeito a promessa que Deus o fez a Abraão de todas as nações serem benditas nele: “Para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios por Jesus Cristo, e para que pela fé nós recebamos a promessa do Espírito “ (Gálatas 3:14). O fato de todos terem recebidos a promessa demonstra o que Pedro afirma na casa de Cornélio:  “Reconheço por verdade que Deus não faz acepção de pessoas; Mas que lhe é agradável aquele que, em qualquer nação, o teme e faz o que é justo “ (Atos 10:34,35). Afinal o próprio Jesus durante o último dia da festa dos tabernáculos: "Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre. E isto disse ele do Espírito que haviam de receber os que nele cressem; porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter sido glorificado. ” (João 7:38,39). Importante ressaltar a diferença do termo “ser cheio do Espírito Santo” Na teologia de Lucas e do Apóstolo Paulo, segundo o contexto de Lucas ser cheio do Espírito Santo sempre está associado ao dom de línguas, enquanto para Paulo uma vida cheia do Espírito refere-se a evidenciar o fruto do espírito: “E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito" (Efésios 5:18).


“...e começaram a falar em outras línguas, ”. 

Notemos alguns fatos importantes sobre o falar em línguas. O que produz esta manifestação? O impacto do Espírito de Deus sobre a alma humana. É tão direto e com tanto poder, que a pessoa fica extasiada, falando de modo sobrenatural. Isto pelo fato de a mente ficar totalmente controlada pelo Espírito. Para os discípulos, era evidência de estarem controlados pelo poder do Espírito prometido por Cristo. Quando a pessoa fala uma língua que nunca aprendeu, pode ter a certeza de que algum poder sobrenatural assumiu o controle sobre ela. Alguns argumentam que a manifestação do falar em línguas limitou-se à época dos apóstolos. Aconteceu para ajudá-los a estabelecer o Cristianismo, uma novidade naquela época. Não existe, no entanto, limites à continuidade dessa manifestação no Novo Testamento. Mesmo no quarto século depois de Cristo, Agostinho, o notável teólogo do Cristianismo, escreveu: “Ainda fazemos como fizeram os apóstolos, quando impuseram as mãos sobre os samaritanos, invocando sobre eles o Espírito mediante a imposição das mãos. Espera-se por parte dos convertidos que falem em novas línguas. ” Ireneu (115-202 d.C.), notável líder da Igreja, era discípulo de Policarpo, que por sua vez foi discípulo do apóstolo João. Ireneu escreveu: “Temos em nossas igrejas muitos irmãos que possuem dons espirituais e que. por meio do Espírito, falam toda sorte de línguas” . A Enciclopédia Britânica declara que a glossolalia (o falar em línguas) “ocorreu em reavivamentos cristãos durante todas as eras; por exemplo, entre os frades mendicantes do século XIII, entre os jansenistas e os primeiros quaquers, entre os convertidos de Wesley e Whitefield, entre os protestantes perseguidos de Cevennes, e entre os irvingitas”. Podemos multiplicar as referências, demonstrando que o falar em línguas, por meios sobrenaturais, tem ocorrido em toda a história da Igreja. (Nota: O falar em línguas nem sempre é em língua conhecida. Ver 1 Coríntios 14.2.)


“...conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem. ”

Cremos e ensinamos que o Espírito Santo é uma pessoa. Sua personalidade está presente em toda a Bíblia de maneira abundante e inconfundível e tem sido crença da Igreja desde o princípio. A Bíblia revela todos os elementos constitutivos da personalidade do Espírito Santo, como intelecto, emoção e vontade, em 1 Coríntios 12:11 está escrito: “Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer“. Esse versículo nos revela que o Espírito Santo possui vontade, nos indicando sua personalidade “como quer “ Essa vontade nunca contradiz as outras pessoas da Trindade, pois possuem uma mesma natureza e essência. O Espírito Santo relaciona-se com os crentes de maneira pessoal, pois somente uma pessoa poderia agir como mestre, consolador, santificador e guia. Cremos e declaramos que o Espírito Santo ensina, fala, guia em toda a verdade, julga, ama, contende, convida e intercede. Ele é Deus, Ele é pessoal. Até por isso os cristãos são batizados também em seu nome: "batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo" (Mateus 28.19).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
14/03/2022

Fontes:

BAPTISTA, Douglas. A Supremacia das Escrituras – a Inspirada, Inerrante e Infalível Palavra de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

PEARLMAN, Myer. Atos: e a Igreja se Fez Missões. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.

SOARES, Esequias. Declaração de Fé das Assembleias de Deus.Rio de Janeiro: CPAD, 2017.


sábado, 28 de junho de 2025

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 28 DE JUNHO DE 2025 (1 Tessalonicenses 4:14-16)

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
28 DE JUNHO DE 2025
PAULO RENOVOU A ESPERANÇA DAQUELES QUE DORMEM EM CRISTO

1 Tessalonicenses 4:14-16 "Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com eleDizemo-vos, pois, isto, pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro."


"Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele."

Esta revelação não é uma repreensão da parte de Paulo aos tessalonicenses, mas sim um a mensagem recebida diretamente do Senhor: “Porque assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem. Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo” (1 Coríntios 15:21,22), com o propósito de aquietar a solicitude para com alguns irmãos já falecidos, talvez como mártires, ou mesmo em circunstâncias normais. Os tessalonicenses não tinham um a opinião clara sobre a sorte desses irmãos.  

Paulo considera-os como aqueles que já dormem. Nenhum a evidência há de que Paulo acreditasse no “sono da alma”, uma heresia que hoje é propagada por algumas seitas. Ele está simplesmente empregando a mesma linguagem figurada (Eufemismo) que o próprio Senhor usou ao referir-se à morte do corpo, que aparentemente apenas dormia (cf. Mateus 9.24). O eufemismo é a figura de linguagem usada para tornar um enunciado mais brando ou agradável e menos agressivo (No caso os mortos). 

 

"Dizemo-vos, pois, isto, pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem." 

Paulo torna a lembra-los da procedência da sua revelação como em (1 Coríntios 11:23): “Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei”. O que antes era mistério de Deus, é divulgado claramente pelo Apóstolo: aqueles que dormem no Senhor aguardam a consumação final da ressurreição “Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho. Mas, se o viver na carne me der fruto da minha obra, não sei então o que deva escolher. Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir, e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor” (Filipenses 1:21-23); 

Enquanto os crentes vivos serão trasladados por ocasião da segunda vinda de Cristo, sendo este o destino dos santos. Os crentes vivos que participarem do rapto da Igreja não terão vantagem sobre os crentes falecidos: “Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados; Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados” (1 Coríntios 15.51-52). 


"Porque o mesmo Senhor descerá do céu"

A afirmação sobre o mesmo Senhor nos lembra a promessa particular a igreja primeva pelos anjos: “E, estando com os olhos fitos no céu, enquanto ele subia, eis que junto deles se puseram dois homens vestidos de branco. Os quais lhes disseram: Homens galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir” (Atos 1:10,11). O mesmo Senhor que nos salvou e nos guardou na peregrinação da vida. O mesmo Cristo que morreu e ressuscitou para a nossa redenção e justificação. O mesmo Filho que subiu ao Céu para interceder por nós.  


"... com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro."

Somente os fiéis, mortos e vivos, ouvirão os sonidos divinos de chamada, vindos do céu, e serão arrebatados pelo poder de Deus ao encontro do Senhor nos ares. O brado de Jesus pode ter significado limitado aos que morreram: “Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, e agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem viverão” (João 5:25). A ressurreição dos crentes falecidos é chamada Primeira Ressurreição: “ressuscitarão primeirofaz distinção a segunda ressurreição que acontecerá após no juízo final: “E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação” (João 5:29) 

A voz do arcanjo deve estar relacionada também com Israel: “E naquele tempo se levantará Miguel, o grande príncipe, que se levanta a favor dos filhos do teu povo...” (Daniel 12:1).  

Enquanto que a trombeta pode se referir a igreja: “Depois destas coisas, olhei, e eis que estava uma porta aberta no céu; e a primeira voz, que como de trombeta ouvira falar comigo, disse: Sobe aqui, e mostrar-te-ei as coisas que depois destas devem acontecer” (Apocalipse 4:1)  

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR 

Fontes: 

BOYD, Frank M. Comentário Bíblico Gálatas, Filipenses, 1 e 2 Tessalonicenses e Hebreus. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 1996. 

SILVA, Antônio Gilberto da. O Calendário da Profecia. Rio de Janeiro. Casa. Publicadora das Assembléias de Deus, 1985. 

sexta-feira, 27 de junho de 2025

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 27 DE JUNHO DE 2025 (1 Coríntios 15:8)

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
27 DE JUNHO DE 2025
O APÓSTOLO PAULO VIU O CRISTO RESSURRETO

1 Coríntios 15:8 “E por derradeiro de todos me apareceu também a mim, como a um nascido fora de tempo.”

 

“E por derradeiro de todos me apareceu também a mim,”

Paulo coloca a visão que tivera no caminho de Damasco no mesmo nível das outras aparições da ressurreição. Ele cita algumas pessoas que viram Jesus ressuscitado. Segundo sua ordem o primeiro foi Cefas (Pedro), depois os doze, depois mais de quinhentos irmãos, depois por Tiago e afirma que por derradeiro apareceu também a ele. A frase “Também a mim” é expressada com certa ênfase,  querendo dizer “até mesmo a Paulo, o principal dos pecadores, Cristo apareceu”.

A aparição de Cristo ressurreto a Paulo foi descrita por Lucas no capítulo 9 de Atos dos Apóstolos. Essa experiência também era contada por Paulo sempre que havia possibilidade. Paulo após sua prisão defendeu-se dos seus acusadores em Jerusalém contando sua experiência (Atos 22.6-11). Paulo também relatou esse fato ao Rei Agripa em Cesáreia Marítima (Atos 26.13-16). E aqui aos membros da igreja de Corinto que diziam que não havia ressurreição.

O fato de Jesus ter aparecido a Paulo “por derradeiro de todos” significa que Paulo foi o último a ser testemunha em primeira mão da ressurreição de Jesus e, portanto, o último a ser comissionado por Jesus como apóstolo. Como testemunhas diretas e mensageiros do Senhor ressurreto, eles puseram o fundamento da Igreja de Jesus Cristo, um fundamento que nunca pode ser acrescentado ou alterado (Efésios 2.20). Assim, estes apóstolos não podem ter sucessores”.

 

“... como a um nascido fora de tempo.”

Paulo pensa em si como o último da fila dos que viram o Senhor. Um “nascido fora de tempo”, isso pode significar, “um nascimento prematuro”, “um aborto”. A palavra “abortivo” pode indicar a sua violenta e antinatural entrada no colégio apostólico, pois ela é empregada como uma expressão injuriosa.

Talvez tivesse sido arremessada a Paulo por seus opositores. Ele não era um homem formoso (2 Coríntios 10:10), e eles podem ter combinado um insulto à sua aparência pessoal com uma crítica à sua doutrina, dizendo que, “muito longe de ter nascido de novo, Paulo era um aborto” (Barclay).

Porque ele foi o último dos apóstolos a ver Cristo ressuscitado, alguns desafiaram sua autoridade apostólica (1 Coríntios 9-3; 2 Coríntios 11.4- 6,13). Ele teve cuidado em declarar repetidas vezes que o seu apostolado não era “da parte dos homens, nem por homem algum, mas por Jesus Cristo e por Deus Pai” (Gálatas 1.1). E isso é evidente na maioria das suas epístolas.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
8/6/2025

FONTES:

CABRAL, Elienai. E o Verbo se fez Carne – Jesus sob o olhar do apóstolo do amor. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

MORRIS, Leon. I Coríntios: Introdução e Comentário. Tradução Odayr Olivetti. São. Paulo. Mundo Cristão, 1983

HORTON, Stanley. I e II Coríntios – os problemas da igreja e suas soluções. 3.ed., Rio de Janeiro: CPAD, 2006.

quinta-feira, 26 de junho de 2025

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 26 DE JUNHO DE 2025 (João 20.16)

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
26 DE JUNHO DE 2025
MARIA MADALENA AVISTOU O CRISTO RESSURRETO

João 20.16 “Disse-lhe Jesus: Maria! Ela, voltando-se, disse-lhe: Raboni, que quer dizer: Mestre.”

 

“Disse-lhe Jesus: Maria!”

Maria Madalena havia sido abordada pelo Cristo ressurreto, mas não o conheceu. Ela estava confusa após ver dois anjos assentados no túmulo e em prantos por acreditar que haviam roubado o corpo do seu Senhor.

Jesus sem ser reconhecido por ela lhe perguntou: “Mulher, por que choras? Quem buscas?” (v.15). Jesus havia sido enterrado no sepulcro novo que ficava em um horto. Quando ela foi questionada acreditou que quem falava com ela era o hortelão ou jardineiro. Então o questiona por estar ali se havia sido ele que removeu o corpo de Jesus.

Então Jesus pronunciou o seu nome familiar, com o mesmo tom de voz e ênfase já conhecidos a ela (João 10.3,14).

 

 Ela, voltando-se, disse-lhe: Raboni, que quer dizer: Mestre.”

A pergunta gentil do simpático estranho não foi suficiente para que ela o reconhecesse, mas quando ele a chamou pelo nome a situação mudou. Sua prostração desapareceu imediatamente; diante dela estava algo muito melhor do que ela sonhara ser possível. Em vez do cadáver que ela esperara recuperar, ela se viu de repente, face a face com Senhor vivo.

A palavra com que ela o saudou provavelmente era a mesma que sempre usou para dirigir-se a ele. Rabôni era uma forma aramaica mais enfática e talvez mais honrosa que o simples “rabino”. Esse era o mais alto dos títulos que os judeus davam a um mestre , significa “ Meu grande Mestre ” , e raríssimas vezes falado em público. Bartimeu usou esse titulo para chamar a atenção de Jesus: “Jesus, tomando a palavra, perguntou-lhe: "Que queres que te faça? Rabôni, respondeu-lhe o cego, que eu veja!” (Marcos 10.51 VC).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
8/6/2025

FONTES:

CABRAL, Elienai. E o Verbo se fez Carne – Jesus sob o olhar do apóstolo do amor. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

BRUCE, F. F. João introdução e comentário. São Paulo: Mundo Cristão, 1987.

Pearlman. Myer. João – o evangelho do filho de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.

Atos 4:23

 

Atos 4:23 “E, soltos eles, foram para os seus, e contaram tudo o que lhes disseram os principais sacerdotes e os anciãos. ”

 

“E, soltos eles, foram para os seus, “

Quando o Sinédrio soltou Pedro e João, os apóstolos imediatamente buscaram os irmãos em Cristo.A NVI diz “para os seus” e a BLH diz“para o seu grupo”. A língua original simplesmente diz “os seus” conforme essa tradução. Entendemos pelo contexto (v.33-34). que isso foi uma reunião com os demais apóstolos.

É digno de nota que Pedro e João tiveram a quem correr após as dificuldades que passaram. Jesus também precisou de amigos, os apóstolos também, assim como cada um de nós. Esta é uma das razões por que Deus instituiu a igreja: “Por isso exortai-vos (consolai-vos) uns aos outros, e edificai-vos uns aos outros, como também o fazeis” (1 Tessalonicenses 5:11). Deus pretendia que pudéssemos ganhar forças por meio do mútuo companheirismo. Se você quer estar preparado para os golpes de Satanás, mantenha firmes seus laços com a irmandade cristã!

 

“... e contaram tudo o que lhes disseram os principais sacerdotes e os anciãos. ”

Quando ali chegaram “contaram tudo o que lhes disseram os principais sacerdotes e os anciãos” (Atos 4:23). Pedro e João chagaram eufóricos pela sua experiência. McGarvey disse: “Quem volta de um campo difícil de semear carregando boas notícias, fica com o coração palpitando enquanto sua história não é contada”.

Assim como Paulo e Barnabé após a primeira viagem missionária: “E, quando chegaram e reuniram a igreja, relataram quão grandes coisas Deus fizera por eles, e como abrira aos gentios a porta da fé” (Atos 14.27), Pedro e João reuniram os seus para contar quão grandes coisas o Senhor tinha feito através deles. Não somente o que disseram os sacerdotes, mas o milagre operado através deles ao coso da porta formosa.

A referência aos principais sacerdotes e os anciãos sugere que, do ponto de vista de Lucas, os escribas, que representavam o ponto de vista farisaico, estavam menos estreitamente envolvidos no assunto: “E, estando eles falando ao povo, sobrevieram os sacerdotes, e o capitão do templo, e os saduceus” (Atos 4:1).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
24/06/2025 

FONTES:

GONÇALVES, José. A igreja em Jerusalém – Doutrina comunhão e fé: A base para o crescimento da igreja em meio as perseguições. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

PEARLMAN, Myer. Atos: E as igreja se fez missões. CPAD, 1ª edição, Rio de Janeiro, 1995.

MARSHALL, Howard. Atos - Introdução e Comentário. Vida Nova/Mundo Cristão. 1991.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_200110_05.pdf

Atos 4:24

 

Atos 4:24 “E, ouvindo eles isto, unânimes levantaram a voz a Deus, e disseram: Senhor, tu és o Deus que fizeste o céu, e a terra, e o mar e tudo o que neles há;”

 

“E, ouvindo eles isto, unânimes levantaram a voz a Deus, ”

Após Pedro e João contar para os seus tudo que disseram os principais sacerdotes e anciões a eles. A congregação unânime levantou a voz a Deus. A palavra para "unânime" é uma das palavras preferidas de Lucas, ele emprega dez vezes e que ocorre apenas uma vez em todo o resto do Novo Testamento.

Essa "unanimidade" era mais do que uma atividade conjunta, envolvendo uma concordância pelo que estavam orando. Eles oravam com uma mente ou um propósito: “Completai o meu gozo, para que sintais o mesmo, tendo o mesmo amor, o mesmo ânimo, sentindo uma mesma coisa“ (Filipenses 2:2).

Após ouvir as ameaças dos sacerdotes a igreja orou a Deus. A oração é o recurso mais poderoso da igreja, quando ameaçada pelo mundo. Para nos prepararmos para essas ocasiões em que Satanás dificulta as coisas, precisamos de laços íntimos não somente com irmãos, mas também com Deus! “A oração não é uma fuga da responsabilidade; é nossa resposta à capacidade de Deus.

 

“...e disseram: Senhor, tu és o Deus que fizeste o céu, e a terra, e o mar e tudo o que neles há;”

Esta oração enfatizou a soberania de Deus. Começava por: “Tu, Soberano Senhor, que fizeste o céu, a terra, o mar e tudo o que neles há ”. A palavra grega traduzida por “Senhor” não é a palavra comum kurios, mas, sim, despotes (déspota), o que tem poder absoluto!  Por isso muitas traduções têm “Soberano Senhor”. Começaram a orar apelando ao Todo-poderoso que fez tudo (incluindo o Sinédrio), que tem o controle de tudo (incluindo o Sinédrio)! O controle de Deus sobre a situação específica que os apóstolos enfrentaram será enfatizado nos próximos quatro versículos.

Essa oração reflete o uso do Antigo Testamento, não apenas do Salmo 2, que será explicitamente citado, mas também a oração de Ezequias em Isaías 37:16-20: “Ó Senhor dos Exércitos, Deus de Israel, que habitas entre os querubins; tu mesmo, só tu és Deus de todos os reinos da terra; tu fizeste os céus e a terra” (v.16) que deu o padrão geral e sugeriu parte da fraseologia.

Essa oração indica que a igreja primitiva se voltava para Deus em tempos de perseguição, e achava consolação no fato de que Ele sabia de antemão o que aconteceria, e pedia forças para continuar seu testemunho.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
26/06/2025 

FONTES:

GONÇALVES, José. A igreja em Jerusalém – Doutrina comunhão e fé: A base para o crescimento da igreja em meio as perseguições. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

PEARLMAN, Myer. Atos: E as igreja se fez missões. CPAD, 1ª edição, Rio de Janeiro, 1995.

MARSHALL, Howard. Atos - Introdução e Comentário. Vida Nova/Mundo Cristão. 1991.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_200110_05.pdf

https://textoaureoebd.blogspot.com/2025/06/atos-114.html

quarta-feira, 25 de junho de 2025

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 25 DE JUNHO DE 2025 (Lucas 24:47)

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
25 DE JUNHO DE 2025
A FÉ DA IGREJA BASEIA-SE NAS PALAVRAS DE JESUS

Lucas 24:47 “E em seu nome se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém. “

 

“E em seu nome se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, “

A ressurreição de Cristo possibilitou a mensagem de arrependimento e perdão, e impôs aos seus seguidores que pregassem o Evangelho ao mundo inteiro. Arrependimento para remissão de pecados eram a doutrina enfatizada na pregação do Pentecoste: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, em remissão de pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo” (Atos 2:38).

Arrependimento é uma santa tristeza pelo pecado, seguida pelo abandono deste. E uma total reviravolta feita pela pessoa que descobriu estar andando pelo caminho errado. É um ato da vontade mediante o qual a pessoa, sob convicção, altera totalmente sua atitude para com Deus e com o pecado. Cumpre assim a ordem do profeta: “Criai em vós um coração novo e um espírito novo...” (Ezequiel 18.31).

Na antiga nação de Israel, a remissão era um instrumento para controlar a escravidão e a dívida pessoal (Deuteronômio 15.1-3,9; 31,10). Em todo sétimo ano o escravo deveria ser liberto (Êxodo 21.2). Semelhantemente, no sétimo ano o devedor deveria ser liberto, e a dívida não deveria ser cobrada (Deuteronômio 15.2). Todos poderiam ser remidores, porém eram as pessoas mais ricas que mais exerciam esse direito de remir tanto escravos como dívidas.

Essa remissão foi realizada pelo nosso Grande Deus e Salvador Jesus Cristo “o qual se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniquidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras” (Tito 2.14).

 

“... em todas as nações, começando por Jerusalém. “

O universalismo deste Evangelista ressalta-se na sua referência a todas as nações. Não é um perdão mesquinho, disponível para algumas almas piedosas e nacionalistas, mas, sim, para todos os homens: “Porque a graça salvadora de Deus se há manifestado a todos os homens, Ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, e justa, e piamente” (Tito 2:11,12).

O Evangelho tinha de ser pregado a partir de Jerusalém, porque era primeiramente para os judeus, e era natural que os discípulos começassem onde viviam. Nossa “Jerusalém” é o lar, a fábrica, a igreja local, nossa própria cidade. Os que testificam com sucesso em “Jerusalém” terão sucesso “até aos confins da terra”. Os que fracassam em seu lugar de origem provavelmente fracassarão quando chegarem “aos confins da terra”.

Outro motivo para começar em Jerusalém seria a promessa do pai que sobre eles desceriam: “E, estando com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que, disse ele, de mim ouvistes” (Atos 1:4). Depois disso eles seriam revestidos de poder para cumprir cabalmente a comissão não apenas em Jerusalém: “Mas recebereis o poder do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria, e até aos confins da terra” (Atos 1:8).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
8/6/2025

FONTES:

CABRAL, Elienai. E o Verbo se fez Carne – Jesus sob o olhar do apóstolo do amor. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

PERLMAN, Myer. Lucas, o Evangelho do Homem Perfeito. l.ed. - Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 1995.

MORRIS, Leon L. Lucas, Introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2007. (Série cultura bíblica)

https://textoaureoebd.blogspot.com/2024/01/atos-24.html

https://textoaureoebd.blogspot.com/2025/03/salmo-497.html