sábado, 1 de março de 2025

Atos 14.23

Atos 14.23 “E, havendo-lhes, por comum consentimento, eleito anciãos em cada igreja, orando com jejuns, os encomendaram ao Senhor em quem haviam crido. ”

 

“E, havendo-lhes, por comum consentimento, eleito anciãos em cada igreja,

Na primeira viagem missionária, Barnabé e Paulo fizeram o caminho inverso para retornar a Antioquia da Síria para que assim revisitassem os irmãos. Eles deixando Derbe, passaram novamente por Listra, Icônio e Antioquia da Psidia (V.21) para confirmar os ânimos dos novos discípulos (v.22).

Para não deixar as novas igrejas desamparadas eles elegeram por comum consentimento anciãos em cada igreja. Isso começou a ser feito a partir daqui e tornou-se universal em toda a obra missionária. Eles concordaram acerca dos eleitos, conforme a instrução do nosso Senhor: “Também vos digo que, se dois de vós concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus” (Mateus 18.19). Esses anciãos seriam supervisores das igrejas.

Mais tarde, Paulo formularia as qualificações dos “presbíteros” por escrito. Na sua maioria, incluiriam questões de integridade moral, mas principalmente a fidelidade ao ensino dos apóstolos e o dom de ensino também eram essenciais para essa eleição.

 

“... orando com jejuns, os encomendaram ao Senhor em quem haviam crido. ”

Assim, como eles mesmos haviam sido encomendados: “E dali navegaram para Antioquia, de onde tinham sido encomendados à graça de Deus para a obra que já haviam cumprido” (Atos 14.26), orando com jejuns: “Então, jejuando e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram” (Atos 13.3). Paulo e Barnabé os consagraram a excelente obra do episcopado (. Timóteo 3.1).

No Antigo Testamento, o jejum era uma prática relacionada a um momento de humilhação diante de Deus para receber de Deus o perdão, expressava arrependimento: “Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, e com choro, e com pranto” (Joel 2:12), no Novo Testamento, indica prioridades: “E era viúva, de quase oitenta e quatro anos, e não se afastava do templo, servindo a Deus em jejuns e orações, de noite e de dia” (Lucas 2:37).

Jesus jejuou no deserto, antes de ser tentado. Ensinou aos seus discípulos que há espíritos malignos que só seriam expulsos após um período de jejum e oração (Marcos 9.29). Em Atos 10, o centurião Cornélio jejuou por quatro dias e recebeu uma orientação divina para chamar Pedro para falar em sua casa. O alimento não era tudo o que importava para os primeiros cristãos. Às vezes, para cumprir os propósitos de Deus, eles ignoravam à hora das refeições. Observamos que eles assim faziam também para eleger novos obreiros.

O Didaquê nos revela que os primeiros cristãos, assim como os fariseus da época de Jesus (Lucas 18.12), jejuavam duas vezes por semana: “Os seus jejuns não devem coincidir com os dos hipócritas. Eles jejuam no segundo e no quinto dia da semana. Porém, você deve jejuar no quarto dia e no dia da preparação”.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
6/3/2025

FONTES:

SOARES, Esequias. Em defesa da fé: Combatendo as antigas heresias, que se apresentam com nova aparência. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

STOTT, John R. W. A Mensagem de Atos: Até aos Confins da Terra, São Paulo: ABU, 1994.

 https://textoaureoebd.blogspot.com/2024/01/atos-132.html

DIDAQUÉ: Catecismo dos primeiros cristãos. 4ªed. Petrópolis: Vozes, 1983.

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