Mateus 13:44 "Também o reino dos céus é semelhante a um tesouro escondido num campo, que um homem achou e escondeu; e, pelo gozo dele, vai, vende tudo quanto tem, e compra aquele campo. "
O capítulo 13 de Mateus contém uma série especial de parábolas, ilustrando de forma simples a história espiritual da Igreja, do início à consumação.
Usualmente aqui as parábolas apresentam-se em pares, com sentidos semelhantes:
• A recepção da pregação - o semeador;
• A extensão e desenvolvimento do Reino - o grão de mostarda e o fermento;
• O valor do Reino - o tesouro escondido e a pérola;
• A purificação do Reino - o joio e a rede.
"Também o reino dos céus é semelhante a um tesouro escondido num campo,"
No Oriente antigo, a insegurança da situação levava os ricos a adotarem um expediente: dividiam seus bens em três partes. Uma parte era em pregada no comércio; outra, convertida em joias que podiam ser facilmente transportadas ou vendidas; e a terceira, enterrada.
O segredo do esconderijo não era revelado a ninguém: o tesouro estaria perdido se o dono não voltasse. Talvez o dono do campo, mencionado nesta parábola, tivesse escondido o tesouro diante do avanço de algum exército invasor e, aprisionado por ele, morrido no cativeiro sem revelar o seu segredo.
Os achados de Qumran ilustram esse fato. O Manuscrito de Cobre achado em Qumran enumera sessenta e quatro lugares ocultos na Palestina onde vários tesouros teriam sido enterrados, incluindo ouro, prata, substâncias aromáticas e manuscritos.
Nos dias de Jesus algumas pessoas deixavam suas ocupações para sair à busca de tesouros. Pois, acontecia de um camponês afortunado achar um desses tesouros enquanto cavava os campos (Jó 28.15-19; Provérbios 3.13,15; 8.11)
Até hoje, os arqueólogos que examinam ruínas escavadas de civilizações antigas
sofrem a hostilidade dos aldeões, quando estes suspeitam haver algum tesouro
escondido no local da escavação. Ainda se organizam expedições para procurar
tesouros. A busca jamais perdeu o seu fascínio!
Para a
juventude, há grande emoção na leitura de histórias acerca de tesouros
perdidos. Os famosos livros A Ilha do Tesouro e O Conde de Monte Cristo são
exemplos, principalmente este último, que descreve a descoberta de uma fabulosa
riqueza.
Facilmente entendemos como a parábola do tesouro prendia a atenção dos ouvintes do Senhor.
Imagine o cenário. o homem anda por um campo que não é seu, quando, de repente, bate em algo duro e metálico. Agachando-se, vê a tampa de um baú enterrado. Uns poucos golpes de picareta, e riquezas enormes surgem-lhe à vista. Com dedos nervosos, esconde o tesouro e apressa-se em voltar para casa, a fim de tratar da compra do campo.
"... e, pelo gozo dele, vai, vende tudo quanto tem, e compra aquele campo. "
O afortunado descobridor se dispôs a sacrificar tudo o que possuía a fim de adquirir o campo onde o tesouro fora encontrado. O mesmo se aplica a quem entende a grandeza do reino de Deus. Nenhum preço é alto demais para quem quer possuir o reino (6:33; Lucas 18:28–30; Filipenses 3:8, 9). A verdadeira riqueza obtém-se pela amorosa submissão à lei suprema de Deus, a quem amamos por saber que nos amou primeiro.
Por que possuir a Cristo é a maior riqueza da alma?
DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIIOR
17/3/2024
FONTES:
PEARLMAN, Myer. Mateus: O evangelho do grande Rei. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.
http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201207_07.pdf
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