domingo, 17 de março de 2024

Jó 1:13

Jó 1:13 "E sucedeu um dia, em que seus filhos e suas filhas comiam, e bebiam vinho, na casa de seu irmão primogênito, "


"E sucedeu um dia, 

Preste atenção no relato bíblico no final do versículo anterior: "E Satanás saiu da presença do Senhor."v12 "E sucedeu um dia" v13. O inimigo de nossas almas não está de brincadeira, ele busca o tempo todo quem pode destruir: "Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar; " (1 Pedro 5:8).

Mal havia tido autorização de Deus para agir contra Jó e com crueldade, num dia festivo. Fez com que o dia mal batesse a porta de Jó: "Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes" (Efésios 6:13)


"...em que seus filhos e suas filhas comiam, e bebiam vinho, na casa de seu irmão primogênito, "

Narra o texto sagrado: “(Os filhos de Jó) iam às casas uns dos outros e faziam banquetes, cada um por sua vez, e mandavam convidar as suas três irmãs a comerem e beberem com eles. Decorrido o turno de dias de seus banquetes, chamava Jó a seus filhos e os santificava; levantava-se de madrugada e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles, pois dizia: Talvez tenham pecado os meus filhos e blasfemado contra Deus em seu coração. Assim o fazia Jó continuamente” (Jó 1.4-5).

O texto, acima citado, não revela de imediato a apostasia em que haviam caído os filhos de Jó. Mas se recorrermos ao original, veremos que "Mishteh" é a palavra para “banquete”; traz a imagem de uma irrefreável orgia na qual os convivas agem irrefletida e loucamente: “Comamos e bebamos, porque amanhã todos morreremos”(1 Coríntios 15:32). 

Até podemos imaginar a vergonha que sentia o patriarca. Se trabalhava, os filhos folgavam. Se punha os servos na lida, os filhos consumiam-se num ócio maligno. Se alguém supõe ser o ócio algo criativo, jamais leu a história de Jó. Somente dois grupos cultuam o ócio: os que seguem o Diabo e os que o imitam.

O autor sagrado assim critica os filhos de Jó; censurando: “Sucedeu um dia, em que seus filhos e suas filhas com iam e bebiam vinho na casa do irmão primogênito” (Jó I 3).

Quão profanos e hipócritas eram aqueles jovens! E o coração de Jó não se enganava: “Talvez tenham pecado os meus filhos e blasfemado contra Deus em seu coração” (Jó 1.5).

Naqueles vinhos clarificados e envelhecidos, deleitavam-se eles em seus vícios precoces; zombavam dos esforços do pai; e aos jornaleiros deste mostravam que, embora não trabalhassem, tudo possuíam. Já imaginou todas aquelas propriedades em mãos tão irresponsáveis? Tudo haveria de arruinar-se numa única estiagem.

O que a festa na casa do irmão mais velho representava? Representava a maior das festas da família. O primogênito era o mais rico o que receberia porção dobrada da herança e o que mais possuía confiança do pai.

Nesse dia em que eles imaginavam que havia paz e segurança foram surpreendidos por Satanás: "Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida, e de modo nenhum escaparão" (1 Tessalonicenses 5:3).


DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
18/10/2020

FONTES:

ANDRADE, Claudionor. Jó O problema do sofrimento do justo e seu propósito – Rio de Janeiro: CPAD, 2003.

GONÇALVES, José. A Fragilidade Humana e a Soberania Divina: O Sofrimento e a Restauração de Jó. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.

ANDERSON, Francis I. Jó – introdução e comentário. São Paulo: Edições. Vida Nova e Editora Mundo Cristão

HENRY, Matthew. Comentário Bíblico –Livros Poéticos:  Rio de Janeiro, CPAD.

SWINDOLL, Charles R. Jó: Um homem de tolerância heroica - São Paulo: Mundo Cristão, 2004.

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