quinta-feira, 29 de julho de 2021

Lição 5: O Reinado de Acazias – 3 Trimestre de 2021


(Texto Áureo) “Tenha já fim a malícia dos ímpios; mas estabeleça-se o justo, provas os corações e os rins. ” (Salmos 7:9)

O benjamita Cuxe acusara Davi ao rei Saul de conspiração traiçoeira contra a autoridade da realeza. Este rei tinha a inclinação de crer prontamente, tanto pelo ciúme que sentia de Davi quanto pelo possível relacionamento que existia entre ele, o filho de Quis, e este Cuxe, ou Quis, o benjamita. Aquele que está perto do trono pode causar mais dano a um súdito do que um caluniador comum. Podemos dar a este salmo o nome de Cântico do Santo Caluniado. Até o mais dolorido dos males é motivo para a composição de um salmo. É uma bênção quando transformamos o acontecimento mais desastroso em tema de uma canção, pois assim vencemos o nosso grande inimigo. Aprendamos uma lição com Lutero, que disse: “Davi compôs salmos. Nós também comporemos salmos e os cantaremos tão bem quanto possível para honrarmos ao nosso Senhor e revidarmos e escarnecermos do Diabo”.

 “Tenha já fim a malícia dos ímpios; mas estabeleça-se o justo” Davi ora, no geral, pela conversão dos pecadores e pelo estabelecimento dos santos. Aqui estão duas coisas que cada um de nós deve desejar e pode esperar: (1) A destruição do pecado, que pode ter um fim em nós mesmos e nos outros. Quando a corrupção é descartada, quando cada caminho tolo e pensamento espúrio são abandonados, e o riacho que corre violentamente em direção ao mundo e à carne é levado de volta e corre na direção de Deus e do céu, então a loucura dos ímpios tem um fim. Quando existe uma reforma geral das atitudes, quando os ateus e os profanos são convencidos e convertidos, quando um fim é colocado na disseminação da infecção do pecado, é aí que os homens maus não mais prosseguem, que sua tolice é manifestada, quando os desígnios maldosos dos inimigos da igreja são frustrados, o seu poder é enfraquecido e o homem do pecado é destruído, então tem já fim a malícia dos ímpios. E é por isso que todos aqueles que amam a Deus - e pelo seu bem odeiam o mal - desejam e oram. (2) A perpetuação da justiça. “... mas estabeleça-se o justo”. Assim como nós oramos para que os maus se tornem bons, oramos também para que os bons se tornem ainda melhores, para que eles não possam ser seduzidos pela astúcia dos ímpios, nem surpreendidos pela sua malícia, para que eles possam ser confirmados na sua escolha dos caminhos de Deus e na sua resolução de preservá-lo. Para que eles possam ser firmes nos interesses de Deus e da religião, e zelosos no empenho de trazer um fim à malícia dos ímpios.

“...pois tu, ó justo Deus” No livro de Naum antes de descrever o julgamento de Nínive, o profeta descreve o Juiz, Jeová, a Quem nos apresenta, não como um Executor injusto e caprichoso, mas. Um que é tardio em irar-se, que espera pacientemente os frutos do arrependimento antes de castigar. Não devemos imaginar, ao pensarmos na ira de Deus, que seja algo semelhante ao furor ardente, apaixonado, cego e insensato de um homem en­raivecido. Ele é tardio para se vingar, mas uma vez ultrapassado o limite, devido ao estado das coisas que exi­jam a nova atitude de vingança, Ele é tão irresistível qual um furação que furiosamente agita o mar, ou como um vento dos desertos que passa sobre a terra deixando- -a em desolação. Veja como as palavras “zelo, vingança, ira, furor, indignação, ferocidade, fúria” descrevem o fato impressionante da ira de Deus. No homem a ira chega a ser o seu soberano e o domina. Deus é sempre o soberano da Sua ira e a usa”. Cristo recebeu de Deus toda a autoridade no céu e na terra: “E também o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo; Para que todos honrem o Filho, como honram o Pai. Quem não honra o Filho, não honra o Pai que o enviou.” (João 5:22,23). “Porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do homem que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos. ” (Atos 17:31)

“...provas o coração e a mente”. Como mostra a experiência comum, o funcionamento da mente, em particular os sentimentos da alegria, aflição e choro, causam efeito extremamente notáveis no coração e nos rins: “E exultarão os meus rins, quando os teus lábios falarem coisas retas. ” (Provérbios 23:16); “Assim o meu coração se azedou, e sinto picadas nos meus rins. ” (Salmos 73:21). Pela posição isolada no corpo e estarem escondidos na gordura, esses órgãos são usados para denotar as operações e sentimentos mais secretos da alma. 0 “coração” significa as cogitações, e a “mente”, os sentimentos. Provar, ver ou examinar a mente é ver ou examinar os pensamentos ou desejos mais secretos da alma. A palavra de Deus é apta para discernir esses pensamentos: “Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração. ” (Hebreus 4:12)

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
29/07/2021

Fontes:

POMMERENING, Claiton, Ivan. O Plano de Deus para Israel em meio a infidelidade da nação – As correções e os ensinamentos divinos no período dos reis de Israel. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

HENRY, Matthew. Comentário Bíblico – Livros Poéticos. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.

PEARLMAN, Myer. Através da Bíblia – Livro por Livro. 26ª Impressão. São Paulo: Editora Vida, 2005.

SPURGEON, Charles. Os Tesouros de Davi – Volume I. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.


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