João 17.4 "Eu glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer."
"Eu glorifiquei-te na terra,"
O objetivo de Jesus ao passar pela terra foi glorificar a Deus. Isso acontece quando realizamos a sua vontade. Deus é glorificado quando manifestamos frutos de arrependimento mediante a boas obras: "Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus" (Mateus 5.16), quando isso acontece até os gentios glorificam a Deus: "E para que os gentios glorifiquem a Deus pela sua misericórdia" (Romanos 15.9). Deus é glorificado quando concordamos na terra: "Para que concordes, a uma boca, glorifiqueis ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo" (Romanos 15.6). Deus é glorificado quando sofremos por causa da justiça: "Mas, se padece como cristão, não se envergonhe, antes glorifique a Deus nesta parte" (1 Pedro 4.16).
Jesus havia manifestado as obras de Deus. Quando estava a caminho de Emaús ouviu o testemunho de um dos seus discípulos que não o houvera reconhecido: "És tu só peregrino em Jerusalém, e não sabes as coisas que nela têm sucedido nestes dias? E ele lhes perguntou: Quais? E eles lhe disseram: As que dizem respeito a Jesus Nazareno, que foi homem profeta, poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo" (Lucas 24.18-19).
Demonstrou misericórdia a uma mulher siro-fenícia na questão da sua filha atormentada. Após isso: "a multidão se maravilhou vendo os mudos a falar, os aleijados sãos, os coxos a andar, e os cegos a ver; e glorificava o Deus de Israel" (Mateus 15.31). Pregou sobre acordo entre irmãos: "Também vos digo que, se dois de vós concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus" (Mateus 18.19).
E padeceu por causa da justiça: "pois também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais as suas pisadas. O qual não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano. O qual, quando o injuriavam, não injuriava, e quando padecia não ameaçava, mas entregava-se àquele que julga justamente; Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados" (1 Pedro 2.21-24).
"... tendo consumado a obra que me deste a fazer."
Aqui Jesus disse que havia completado a missão para a qual Deus o enviara: Mais do que nunca, o fato de Jesus se fazer carne revelou a natureza do próprio Deus. Este foi o seu propósito ao vir à terra. Ele anunciou que tinha vindo para fazer a vontade daquele que o enviara e para realizar a obra do Pai: "A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar a sua obra" (João 4.34).
A obra que o Pai lhe havia confiado tinha como foco a cruz, como revelou Jesus na primeira vez em que anunciou que era chegada a sua hora: "É chegada a hora em que o Filho do homem há de ser glorificado" (João 12.23)
Embora Jesus falasse como se a sua obra na terra já tivesse sido consumada, morrer na cruz era o único ato de obediência que lhe faltava realizar. Um dia antes de fazer seu sacrifício, ao se consagrar para isso em oração, ele antecipou a conclusão da obra da cruz. O fato de falar disso como se já o tivesse consumado mostra seu total comprometimento com a maior obra que Deus lhe confiara.
No outro dia a hora nona ele gritaria na cruz: "Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito" (João 19.30)
DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
22/4/2024
FONTES:
GOMES, Osiel. A Carreira que nos está proposta – O caminho da salvação, santidade e perseverança para chegar ao céu. Rio de Janeiro, CPAD, 2024.
PEARLMAN, Myer. João o Evangelho do Filho de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.
http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_202204_04.pdf
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