TEXTO ÁUREO
“Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; ” (João 11.25)
“Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; “
Após a lastima de Marta, sobre a demora de Jesus. Ele disse que seu irmão iria ressuscitar. Marta entendeu que se Jesus se referia ressurreição do último dia, Marta considerou que essa declaração era apenas uma declaração formal de consolo, porém Jesus não se referia a essa futura ressurreição, mas a algo que operaria ali naquele momento. Então disse a Marta: “Eu sou a ressurreição e a vida“.
O Senhor Jesus Cristo, em virtude da sua natureza divina, diz: “Eu sou”. Ou seja, não era tarde demais para ressuscitar Lázaro, nem é cedo demais para o dia da ressurreição; hoje mesmo, Ele poderia como fizera ressuscita-lo. Observe que "a ressurreição e a vida” representam causa e o efeito: Jesus é a ressurreição porque é a vida: “Nele estava a vida” (João 1.4). É a vida que produz a ressurreição.
Nesse mesmo evangelho ele havia testificado: “Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, e agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem viverão. Porque, como o Pai tem a vida em si mesmo, assim deu também ao Filho ter a vida em si mesmo” (João 5:25,26). A Ressurreição de Lázaro apenas dependia dele, por isso ele a deu essa resposta: “Pois, assim como o Pai ressuscita os mortos, e os vivifica, assim também o Filho vivifica aqueles que quer” (João 5:21).
“... quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; ”
Os que morrem no Senhor continuam a viver, a despeito da desintegração do corpo, e passarão a ter um corpo espiritual (Filipenses 1.23; 1 Tessalonicenses 4.13,14). Jesus é a vida; segue-se, portanto, que “todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá”. Os crentes em Cristo nunca morrem no sentido com um do conceito da morte; para eles, a morte não é o fim; é o passar de um estado de vida para um estado mais sublime.
Não há nenhum instante de interrupção da sua vida de fé e de comunhão com Deus; o crente adormece no que diz respeito a esta vida e, neste mesmo instante, já está despertado na vida eterna, além do túmulo. “Os que estão “em Cristo” (1 Tessalonicenses 4.14-17) não podem ser separados dEle, nem pela vida, nem pela morte (Romanos 8.38).
Isto é mais do que um anúncio da ressurreição geral do último dia; é uma previsão da ressurreição do próprio Jesus e a certeza de que os que nele crêem, estando unidos a ele pela fé, participarão da sua vida ressurreta mesmo experimentando a morte do corpo: “Mas temos confiança e desejamos antes deixar este corpo, para habitar com o Senhor” (2 Coríntios 5:8). E mais do que isto, no que se refere a esta participação na sua vida ressurreta e à posse da vida eterna, tal vida não conhece a morte. Jesus já tinha dito: “Se alguém guardar a minha palavra, não verá a morte, eternamente“ (João 8.51). A vida mortal chegará ao fim; a vida verdadeira dura para sempre. Temos aqui uma antecipação da promessa que será feita no cenáculo: “Porque eu vivo, vós também vivereis" (João 14.19).
DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
5/5/2025
FONTES:
CABRAL, Elienai. E o Verbo se fez Carne – Jesus sob o olhar do apóstolo do amor. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.
Pearlman. Myer. João – o evangelho do filho de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.
BRUCE, F. F. João introdução e comentário. São Paulo: Mundo Cristão, 1987.

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