Lucas 12.2 “Mas nada há encoberto que não haja de ser descoberto; nem oculto, que não haja de ser sabido.”
“Mas nada há encoberto que não haja de ser descoberto; nem oculto, que não haja de ser sabido.”
O dito acerca do fermento dos fariseus (v.1) está em todos os três Evangelhos Sinóticos, mas o dito acerca de revelar o que está encoberto falta em Marcos, e é achado num contexto diferente em Mateus. Mas, não há razão para sustentar que a matéria deva ser igual em todos os três Evangelhos. Na verdade, há razão para pensar que Jesus repetiu Seu ensino em ocasiões diferentes com leves variações. Neste caso, o fermento dos fariseus é a hipocrisia. A prática de dizer uma coisa e fazer outra.
Nesse versículo (v.2) Jesus escolhe fazer uma indicação de que a hipocrisia é uma política de curto prazo. No fim, tudo ficará descoberto. A arte de ser hipócrita depende da capacidade de conservar algumas coisas ocultas. Quando o ocultamento já não é possível, o hipócrita é inevitavelmente desmascarado: “Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido” (1 Coríntios 13.12).
No presente, os fariseus têm certas coisas encobertas ou ocultas. Mas no fim, no dia do juízo, tudo será conhecido: “Mas eu vos digo que de toda a palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no dia do juízo” (Mateus 12.36).
Pois, Deus observa cada palavra que nos dizemos, mesmo aquelas de que nem nos mesmos nos damos conta: “Sem que haja uma palavra na minha lingua, eis que, o Senhor, tudo conheces” (Salmos 139.4). Ainda que seja dita sem consideração ou objetivo, Deus toma conhecimento dela.
A iniquidade que esta oculta sob uma aparência de piedade também será descoberta, talvez neste mundo - como foi a de Judas, e a de Simão o mágico - ou mais tarde, naquele grande Dia do Juízo, quando tudo o que estiver encoberto como os segredos dos corações dos homens será manifesto: ”Porque Deus há de trazer a juízo toda a obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau” (Eclesiastes 12.14).
Se a religião dos homens não vencer e curar a maldade de seus corações, ela não servira sempre como uma capa. Esta chegando o dia em que os hipócritas serão despidos de suas folhas de figueira: “Porque eis que aquele dia vem ardendo como fornalha; todos os soberbos, e todos os que cometem impiedade, serão como a palha; e o dia que está para vir os abrasará, diz o SENHOR dos Exércitos, de sorte que lhes não deixará nem raiz nem ramo" (Malaquias 4.1).
DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
21/09/2024
MORRIS, Leon L. Lucas, Introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2007. (Série cultura bíblica)
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry - Mateus a João. Rio de Janeiro CPAD, 2008.
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