domingo, 16 de junho de 2024

Rute 2.12

 

Rute 2.12 “O Senhor galardoe o teu feito, e seja cumprido o teu galardão do Senhor, Deus de Israel, sob cujas asas te vieste abrigar. ” 

 

“O Senhor galardoe o teu feito, e seja cumprido o teu galardão do Senhor, ”

A fama de Rute chegou na sua frente no campo de Boaz. Suas virtudes precederam sua chegada a Belém. Elas são destacadas pelos trabalhadores de Boaz (2.7) e depois por ele próprio (2.11).

Boaz sabia que ele não poderia recompensar Rute adequadamente por sua lealdade. Por isso, orou para que Rute fosse abundantemente recompensada pelo Senhor.

A devoção cristã sempre teve a devida cautela de não fazer o bem "por amor a uma recompensa". Mas as palavras que Boaz usa aqui são "retribuição" e "recompensa". Essa oração de Boaz pedindo a Deus um "pagamento" para Rute por seu devotado serviço deve ser entendida no contexto de sua fé no Senhor da aliança.

Talvez seja conveniente fazer aqui uma distinção entre o que se costuma chamar de recompen­sas "arbitrárias" e aquelas que são "verdadeiras" recompensas. As recompensas arbitrárias não têm qualquer relação direta com o comportamento que as causou. Não há necessariamente nada de errado em se ser recompensado arbitrariamente (como receber di­nheiro por uma pintura a óleo que você criou).

As "verdadeiras" recompensas, pelo contrário, são consequências diretas e integralmente relacionadas com o comportamento (como a satisfação de ser capaz de pintar depois de muita prática). Assim, a verdadeira recompensa de se dar esmolas, orar e jejuar é o relacio­namento com Deus, o que essas atividades pretendem expressar.

Quando Jesus insiste em que as boas obras deveriam ser feitas sem interesse em recompensa, ele também dá a entender que a "verdadeira" recompensa pela bondade deve ser deixada com Deus. Um precioso relacionamento com Deus é a "devida recom­pensa" da obediência amorosa em resposta à sua iniciativa de graça e amor: A Abrão Deus disse: "Não temas ... eu sou o teu escudo, o teu grandíssimo galardão" (Génesis 15:1).

 

“Deus de Israel, sob cujas asas te vieste abrigar. ”

A oração de Boaz termina com esta frase, que de diversas maneiras focaliza o tema de todo o livro. Ela inclui este gracioso quadro de Deus como uma águia que estende as asas sobre os seus filhotes: “Como a águia desperta a sua ninhada, move-se sobre os seus filhos, estende as suas asas, toma-os, e os leva sobre as suas asas” (Deuteronômio 32.11)

Embora Rute se visse como uma “estrangeira”, Boaz a enxerga como um membro da família de Javé, sob cujas asas ela “veio buscar refúgio”:

 

Rute, antes de chegar a Israel, creu no Deus de Israel; antes de entrar nos campos de Belém, a Casa do Pão, já havia saciado sua fome naquele que é o Pão da Vida. Todo aquele que busca abrigo sob as asas do Onipotente encontra refúgio seguro. Deus jamais desampara aqueles que nEle esperam.

Não há mérito em nós, mas todos aqueles que buscam refúgio sob as asas do Onipotente encontram salvação. A mensagem central do evangelho mostra que todos os que se humilham e buscam refúgio encontram ampla provisão, forte proteção e rica comunhão sob as asas do Onipotente. Como uma galinha ajunta seus pintinhos sob as asas para protegê-los do mal, assim Deus protege aqueles que O buscam (Mateus 23.37).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
19/6/2024

FONTES:

QUEIROZ, Silas. O Deus Que Governa o Mundo e Cuida da Família – Os Ensinamentos Divinos nos livros de Rute e Ester para a Nossa Geração. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

HARRISON, Everret F; PFEIFFER, Charles F. Comentário Bíblico Moody. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1990.

ATKINSON, David. A Mensagem de RUTE. Abu, 1991.

LOPES, Hernandes Dias. Rute: Uma perfeita história de amor. São Paulo: Hagnos, 2007.

Nenhum comentário:

Postar um comentário