(Texto Áureo) “Não te vingarás, nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor. ” (Levítico 19.18)
“Não te vingarás, ” Aqui somos instruídos a nos despir de toda a
maldade e malícia, e a nos vestir de amor fraterno. Não devemos ter más
intenções com ninguém. Se nosso irmão nos fez algum mal, não devemos
devolver-lhe o mal, isto é vingança. A vingança é prerrogativa de Deus, que é o
Juiz de toda a terra (Gênesis 18.25). Ele como justo Juiz (2 Timóteo 4.8), além
de soberano sabe fazer justiça. “Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o
Senhor” (v.19) é uma citação de Deuteronômio 32.35. É difícil, mas é possível,
com a ajuda do Espírito Santo. Deus nos recompensará. Não é pecado requerer
seus direitos em juízo. O que não é cristão é um crente levar seu irmão a juízo
por questões litigiosas, causando escândalos, quando deveria levar tais coisas
ao pastor (1 Coríntios 6.1-8).
“..., nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; “ Está
escrito em Tiago 1:20: “Porque a ira do homem não opera a justiça de Deus ”. O
homem em sua ira é incapaz de ser justo. A ira é um profundo sentimento de ódio
e rancor contra a outra pessoa. Uma vez descontrolada, ela não produz a justiça
de Deus, mas uma justiça segundo o critério da pessoa que sofreu o dano: a
vingança. A Palavra de Deus não proíbe o crente de ficar indignado contra a
injustiça (Isaías 58.1,7; Lucas 19.45). Contudo, ao mesmo tempo, a Bíblia
estabelece limites para o nosso temperamento não se achar irrefletido,
descontrolado, deixando-nos impulsivamente irados (Efésios 4.26; Provérbios
17.27). O cristão, templo do Espírito Santo, tem de levar a sua mente cativa a
Cristo (2 Coríntios 10.5) e manifestar o fruto do Santo Espírito: o domínio
próprio (Gálatas 5.22 — ARA). Fuja da aparência do mal. Tenha
autocontrole. É algo mal-intencionado, e é a destruição da amizade, guardar
ressentimentos por ofensas, e deixar que este sentimento nos devore para
sempre.
“...mas amarás o teu próximo como a ti mesmo. ” O maior mandamento
é: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de
todo o teu entendimento” (Mateus 22:37). O segundo maior mandamento é: “Amarás
o teu próximo como a ti mesmo” (Mateus 22:39). Este mandamento se encontra em
Mateus, Marcos e Lucas – mas foi dado pela primeira vez no Antigo Testamento,
no Livro do Levítico. Em um livro sobre rituais de sacrifício, festas
religiosas e pureza cerimonial, é surpreendente encontrar a sublime verdade de
que os israelitas deveriam amar seus semelhantes como a si mesmos. No NT o
apóstolo Paulo nos mostra como ele é o resumo de todas as leis da segunda tábua
da lei, Romanos 13.9,10; Gálatas 5.14. Nós devemos amar nosso próximo tão
verdadeiramente como amamos a nós mesmos, e sem dissimulação. Devemos evidenciar
nosso amor pelo nosso próximo da mesma maneira que evidenciamos nosso amor por
nós mesmos, evitando o seu mal e procurando o seu bem, o máximo que pudermos.
Devemos fazer ao nosso próximo aquilo que desejamos que seja feito a nós mesmos
(Mt 7.12), colocando nossa alma no lugar da sua alma, Jó 16.4,5. Na verdade,
nós devemos, em muitos casos, renunciar a nós mesmos pelo bem do nosso próximo,
como Paulo, 1 Coríntios 9.19ss. Com isto, o Evangelho vai além daquele
excelente preceito da lei. Pois Cristo, ao dar a sua vida por nós, nos ensinou
até mesmo a dar nossas vidas pelos irmãos, em alguns casos (1 Jo 3.16), e desta
maneira, amar ao nosso próximo mais do que a nós mesmos.
“Eu sou o Senhor. ” Em relação à
organização do capítulo 19, R. K. Harrison escreveu: “Embora esta seção trate
de uma grande variedade de preceitos morais, legais, cerimoniais e espirituais
de uma forma aparentemente desorganizada, de fato esses preceitos estão
dispostos em dezesseis parágrafos distintos, cada um terminando com a frase: Eu
sou o Senhor (o Deus). Estas passagens estão dispostas em três seções
principais (2b–10; 11–18; 19–37) de quatro, quatro e oito unidades,
respectivamente”. Este conjunto de leis termina sempre com uma declaração
sucinta, enfatizando que cada mandamento dado neste capítulo (e em outros
trechos) deveria ser obedecido. O próprio Deus disse que Israel deveria guardar
todos os Seus estatutos e todos os Seus juízos. Dois fatores são enfatizados:
todas as leis de Deus (e não apenas algumas delas) deveriam ser obedecidas (não
apenas acreditadas). Se os israelitas se dedicassem a obedecer a todos os
mandamentos de Deus, Ele Se agradaria. Só então escapariam do castigo. Essa
conclusão foi garantida por um fato de suma importância: o Deus que prescrevera
essas leis disse: “Eu sou o Senhor”! Sendo Ele o Senhor, seria insensato
opor-se a Ele ou ignorá-lo.
DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
11/05/2022
Fontes:
GOMES, Osiel. Os valores do reino de Deus – a relevância do
sermão do monte para a igreja de Cristo. Rio de Janeiro: Cpad, 2022.
HENRY, Matthew. Comentário Bíblico – Pentateuco. Rio de
Janeiro: CPAD, 2010.
COELHO, Alexandre e DANIEL, Silas. Fé e Obras — Ensinos de
Tiago para uma vida cristã autêntica. Rio de Janeiro: CPAD.
http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201811_01.pdf
http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201811_02.pdf
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